Liberdade de
Aécio será definida hoje pela primeira turma do STF
Amália Goulart
Aécio - Desde que
foi afastado do cargo ele está recluso na casa em Brasília
Senador por Minas Gerais,
ex-governador por dois mandatos, deputado federal e segundo colocado nas
eleições presidenciais de 2014 com 51 milhões de votos. Aécio Neves da Cunha,
neto de Tancredo Neves, filiado ao PSDB, estrela da política mineira, terá o destino
decidido nesta terça-feira (20) por cinco ministros que compõem a 1ª Turma
do Supremo Tribunal Federal (STF). Pode ter a prisão decretada ao fim do
julgamento, o que enterraria a carreira política do senador, hoje afastado das
funções, conforme ventila-se entre parlamentares.
A 1ª Turma manteve, por 3 votos a 2, a
detenção da irmã de Aécio, Andrea Neves. Os mesmos ministros decidirão o futuro
do senador.
“Aguardamos com serenidade. Não faz
sentido manter Aécio afastado. É uma condenação antecipada, antes de ser
julgado. Então, não podemos esperar que o Supremo vá mandar prendê-lo”, afirmou
o deputado federal Domingos Sávio, que é presidente do PSDB mineiro e um dos
interlocutores do senador.
A situação, conforme Sávio, é de
perplexidade. Segundo ele, Aécio aguarda a definição com sobriedade. Mas está
inconformado, especialmente com a prisão da irmã, conselheira política de longa
data.
“Estive com ele pessoalmente. O
encontrei em uma situação de absoluta sobriedade. Ele está, como era de se
esperar, muito chateado com tudo isso”, afirmou. Segundo Sávio, manter Andrea
presa é uma tortura para Aécio. “A impressão que dá é a de que é uma tentativa
de acuá-lo, uma espécie de tortura. Esse tipo de tortura emocional é algo que
deve ser melhor pensado”, completou. Aécio foi flagrado por Joesley Batista
pedindo R$ 2 milhões. O empresário também diz que o senador recebeu propina.
Na segunda-feira, o Conselho de Ética abriu
prazo para decidir sobre mandato de Aécio. E a defesa da irmã dele pediu para
ser julgada pela 1ª instância, além de reiterar o pedido de liberdade.
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