Michel Temer
reitera a parlamentares que 'vai ficar até o fim'
Estadao Conteúdo
Hoje em Dia - Belo
Horizonte
No "open
house" do Alvorada oferecido pelo presidente Michel Temer aos ministros e
parlamentares da base aliada, Temer reiterou, de forma enérgica, que "vai
ficar até o fim" e que "não vai ceder às pressões". Em sua fala,
ele voltou a reconhecer que cometeu um equívoco sem os devidos rituais de segurança
ao receber o empresário Joesley Batista.
"Mas este é o meu estilo", lembrou Temer, acrescentando que precisa mudar. Temer disse ser comum receber muitos dos parlamentares, depois das 22h. "Meu regime de trabalho é meia noite, uma hora, vocês sabem que eu recebo, e falo com todo mundo", observou.
"O encontro foi uma grande pajelança com muita representatividade", comentou um dos presentes ao dizer que o presidente estava "muito firme". Temer também teria avisado que continuará à disposição para receber e conversar com quem quiser falar com ele.
"Mas este é o meu estilo", lembrou Temer, acrescentando que precisa mudar. Temer disse ser comum receber muitos dos parlamentares, depois das 22h. "Meu regime de trabalho é meia noite, uma hora, vocês sabem que eu recebo, e falo com todo mundo", observou.
"O encontro foi uma grande pajelança com muita representatividade", comentou um dos presentes ao dizer que o presidente estava "muito firme". Temer também teria avisado que continuará à disposição para receber e conversar com quem quiser falar com ele.
Temer faz ofensiva para evitar desmanche da base
Depois de Michel Temer investir na estratégia de desqualificar o empresário Joesley Batista e pedir ao Supremo Tribunal Federal a suspensão do inquérito contra ele com base na delação do dono da JBS, o presidente e seus principais ministros fizeram um esforço concentrado para evitar o desmanche da base aliada. Principais sócios da coalizão governista, PSDB e DEM atenderam a apelos do Planalto e decidiram esperar a decisão do STF para anunciar se rompem ou não com a gestão Temer.
A reunião marcada no
sábado, 20, à noite pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que assumiu o
comando da legenda, foi desmarcada na manhã de ontem, com a ajuda do presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A defesa de Temer pede a suspensão do
inquérito até que seja verificada a integridade do áudio da conversa entre o
presidente e Joesley, gravado e entregue pelo empresário à Procuradoria-Geral
da República. A Polícia Federal começou a realizar na noite de domingo a
perícia na gravação.
À noite, Temer
reuniu 23 deputados federais, seis senadores e 17 dos 28 ministros no Palácio
da Alvorada para discutir a crise política. Tasso e o presidente do DEM,
Agripino Maia (RN), compareceram. No início da tarde, diante de informações de
que o jantar convocado pelo presidente seria esvaziado, seus interlocutores
dispararam telefonemas para garantir quórum. Os relatos que têm chegado ao
núcleo duro do governo não são otimistas. Há pressão de diretórios estaduais
pelo desembarque.
Até o momento, PSB -
sétima maior bancada na Câmara, com 35 deputados - e Podemos (antigo PTN) já
anunciaram o rompimento com o Planalto. Na ofensiva para conter a saída de
parlamentares aliados, o governo também busca manter a agenda de votações no
Congresso Nacional e indicar que a pauta das reformas, principalmente a
trabalhista e a da Previdência, será retomada.
Apesar da alta
temperatura da crise política, movimentos ligados à esquerda fizeram atos
esvaziados no domingo pelo País. As manifestações nas ruas a favor da renúncia
e de eleições diretas não chegaram a ter dimensão que abalasse ainda mais o
Planalto.

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