Trump:
investigação sobre a Rússia é a maior caça às bruxas na história americana
AFP
Também via Twitter,
Trump acusou o antecessor Barack Obama e a rival democrata nas eleições,
Hillary Clinton, de "atos ilegais", que não especificou
O presidente Donald Trump criticou nesta quinta-feira (18) a investigação sobre o suposto conluio de sua equipe de campanha com a Rússia, que chamou de "maior caça às bruxas" na história dos Estados Unidos.
"Esta é a maior
caça às bruxas individual de um político na história americana!", escreveu
Trump no Twitter, um dia depois do ex-diretor do FBI Robert Mueller ter sido
designado como investigador especial da suposta interferência russa nas eleições
americanas.
Também via Twitter,
Trump acusou o antecessor Barack Obama e a rival democrata nas eleições,
Hillary Clinton, de "atos ilegais", que não especificou.
"Com todos os
atos ilegais que aconteceram na campanha de Clinton e na administração Obama,
eles nunca tiveram um conselheiro especial designado", escreveu em
referência ao investigador especial.
A incerteza política
em Washington afetava nesta quinta-feira o dólar e os mercados ao redor do
mundo: Wall Street e as Bolsas europeias abriram em baixa, prudentes diante das
dificuldades de Trump, assim como o mercado de petróleo em Nova York.
A Bolsa de Tóquio
fechou em baixa com a desvalorização da moeda americana e nem os bons números
do crescimento do Japão conseguiram reverter a tendência.
Investigação exaustiva
O Departamento de
Justiça nomeou Mueller como investigador especial, em um ambiente de crescente
crise política nos Estados Unidos.
Trump insistiu na
quarta-feira em sua inocência e expressou confiança que uma "investigação
exaustiva" mostrará que efetivamente sua campanha eleitoral não teve ajuda
de nenhuma "entidade estrangeira".
Desde sua posse, em
20 de janeiro, Trump busca desesperadamente encerrar a polêmica por suas
supostas relações com a Rússia durante a campanha, mas desde então o problema não
parou de crescer e agora já ameaça paralisar sua presidência.
As investigações se
concentram nas suspeitas de interferência da Rússia nas eleições presidenciais
para favorecer Trump, e no eventual conluio de seu comitê de campanha com estes
esforços.
Na quarta-feira, o
procurador-geral interino, Rod Rosenstein, determinou que "é de interesse
público que exercite minha autoridade e indique um investigador especial para
assumir responsabilidade neste caso".
Para liderar as
investigações, Rosenstein escolheu o advogado Robert Mueller, que foi diretor
do FBI entre 2001 e 2013.
Ele disse esperar
que "a questão seja concluída rapidamente".
No mais recente
capítulo da interminável crise, agora o presidente americano é suspeito de
tentativa de pressionar, em fevereiro, o então diretor do FBI James Comey a
encerrar a investigação, uma atitude que, se confirmada, constituiria obstrução
de justiça.
Trump surpreendeu
Washington ao demitir Comey na semana passada, o que aumentou as críticas a seu
governo.
Flynn informou que
era investigado
Ao mesmo tempo, o
jornal New York Times revelou que o general da reserva Mike Flynn, o
conselheiro de Segurança Nacional demitido por Trump, havia informado a equipe
de transição do então presidente eleito que era alvo de uma investigação
federal, mas, ainda assim, foi nomeado para o cargo.
O jornal, citando
duas fontes familiarizadas com o caso, informou na quarta-feira à noite que
Flynn havia dito ao advogado da equipe de transição presidencial, Don McGahn,
sobre a investigação em 4 de janeiro, semanas antes de assumir o cargo
sensível.
Flynn, que acabou
sendo demitido 24 dias após ter tomado posse, está no centro de uma
investigação federal sobre a interferência russa na última eleição presidencial
dos Estados Unidos.
Oficialmente, a Casa
Branca indicou que Flynn foi demitido por omitir uma conversa por telefone com
o embaixador russo, durante a qual supostamente discutiram maneiras de aliviar
as sanções americanas sobre a Rússia.
Informação repassada
à Rússia
Nesta quinta (17), o
secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, expressou sua confiança "em
todos os aliados" para compartilhar informações sensíveis, depois da
polêmica sobre dados confidenciais repassados por Trump ao chanceler russo
Serguei Lavrov.
"Confio em
todos os aliados e estou absolutamente seguro de que são capazes de
compartilhar e gerenciar essas informações de forma adequada", disse
Stoltenberg, na chegada a uma reunião dos ministros da Defesa da União Europeia
em Bruxelas.
De acordo com o
jornal Washington Post e outros meios de comunicação, o presidente americano
divulgou informações sobre uma operação preparada pelo grupo Estado Islâmico
(EI), durante uma reunião com Serguei Lavrov e o embaixador russo nos Estados
Unidos, Serguei Kisliak.
Trump teria
inclusive mencionado a cidade na Síria onde a ameaça foi detectada, o que
poderia pôr em perigo diretamente a fonte. O grande aliado dos Estados Unidos
na região, Israel, teria comunicado as informações, que Washington não poderia
repassar a outros países.
Bem aquela velha e copetente forma de resolver problemas com "buxas" podia voltar, a famosa "fogueira da verdade"
ResponderExcluir"Competente"
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