O IPO da JBS
Coluna Esplanada - Leandro Mazzini
A revelação de que
Joesley Batista, dono da JBS, gravou o presidente da República, Michel Temer,
com autorização da Justiça, explode a República que começava a respirar após o
impeachment de Dilma Rousseff. Agora, é Temer que entra na fila por suposta obstrução
de Justiça ao avalizar pagamentos para ‘calar’ Eduardo Cunha. Ainda há o caso
de Rocha Loures, principal assessor de Temer, que foi filmado pela PF recebendo
mala de R$ 500 mil. Os irmãos Batista, bem orientados por advogados, decidiram
pela delação premiada, numa estratégia para salvar o seu grupo empresarial. A
J&F Holding está prestes a fazer IPO na Bolsa de Nova York e eles já tratam
com a Justiça americana limpar o nome da empresa para seguir em frente.
Previdenciômetro
As últimas
afirmações do presidente Michel Temer sobre o adiamento da votação da reforma
da Previdência no plenário da Câmara – de 23 de maio para o início de junho –
têm motivo: o Previdenciômetro do Palácio do Planalto, conferido diariamente
pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, aponta que o Governo ainda
não tem e não terá nos próximos 15 dias os 308 votos necessários para aprovar a
PEC.
Receio
Apesar do otimismo,
a base do Governo não esconde a preocupação. “Estamos avançando, mas não
consigo afirmar se passa”, diz um deputado do PSDB.
Na pizza
Clima tenso no
Senado com a tramitação da reforma trabalhista, e o senador Requião (PMDB-PR)
anuncia no Twitter que partiu para a Itália, como membro da Eurolat.
Terceirização
Filiado ao PT, o
advogado Eliazer Medeiros, terceiro na lista para o TRT do Paraná, tem lobby do
deputado Giácobo (PR) junto ao presidente Temer para a nomeação.
Memória pré-cela
Marcelo Odebrecht se
preparava desde janeiro de 2015 para sua prisão – que ocorreu cinco meses
depois. Em 20 de fevereiro de 2015, a Coluna citou a ‘reunião do fim do mundo’
que ocorreu na cúpula da Odebrecht, na qual Marcelo orientou os diretores sobre
o que deveriam fazer em caso de sua prisão. Agora, delator confirmou a reunião.
Recado de ex
Do ex-ministro e
agora prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT): “A crise econômica atinge
diretamente os municípios e por isso o Governo deveria retomar os investimentos
em programas como o Minha Casa Minha Vida, o PAC Saneamento e da Infraestrutura”
Sinal amarelo
O Sindicato dos
Bancários prepara paralisações contra o que chama de “plano de privatização do
Governo Temer”. O movimento se intensificou após o balanço divulgado pelo Banco
do Brasil que confirmou o fechamento de mais de 500 agências.
A conferir
“Temer quer
privatizar o BB. Para isso, restringe o atendimento e precariza as condições de
trabalho dos bancários”, afirma o diretor do Sindicato, Rafael Zanon.
Sem jabá
Prefeitos da XX
Marcha em Brasília ganharam uma pesada sacola estilizada da Confederação
Nacional dos Municípios. Nos hotéis, reclamaram que só havia papel.
Válvula de escape
Enquanto clima é
quente no STF e TSE, o ministro Gilmar Mendes arruma tempo para propagandear
curso de mestrado em administração pública do seu IDP. Folder tem sua foto ao
lado dos outros professores contratados: senadores Anastasia (PSDB-MG) e Jorge
Viana (PT-AC).
Marketing
As aulas serão aos
sábados e o folder traz frases de efeito como “Corpo docente de alta
qualificação acadêmica e experiência profissional”.
Baixa adesão
Depois de o
ex-diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot, aparecer em novas denúncias de
recebimento de propina da Odebrecht, o órgão decidiu aderir ao Programa de
Fomento à Integridade Pública do Ministério da Transparência. Na Esplanada,
apenas cinco ministérios aderiram ao programa criado em abril de 2016.
Lulou
Presidente da
Comissão de Investigação da ONU sobre a Síria e ex-chefe da Secretaria de
Estado de Direitos Humanos no Governo FHC, Paulo Sérgio Pinheiro alia-se à
aposição em duras críticas ao governo de Temer.
Lulou 2
“Estamos vivendo no
Brasil uma escalada autoritária. Depois do fechamento do Instituto Lula (já
reaberto) não há absolutamente nenhuma dúvida”, diz Paulo Sérgio
Salve, Venezuela
Regressa ao Brasil
dia 22 a ‘bandeira abaixo-assinado’ do MERCOSUL, trazida pelo jornalista
venezuelano Carlos Javier, autor do livro “Testemunhos da Repressão”.

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