Ministro
determina abertura de inquéritos para investigar Aécio, Anastasia e mais 106
autoridades
Amália Goulart
Os senadores Aécio
Neves e Antonio Anastasia, ambos do PSDB, e outros três mineiros serão
investigados no Supremo Tribunal Federal sob suspeita de beneficiarem-se de
recursos ilegais apurados na operação “Lava Jato”.
Além dos tucanos,
são alvos da Corte o marqueteiro de Aécio, Paulo Vasconcelos, o ex-presidente
da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Oswaldo Borges da
Costa, e o deputado federal Dimas Fabiano Toledo.
As informações foram
divulgadas pelo jornal Estado de São Paulo, que teve acesso a despachos do
ministro relator do caso, Edson Fachin.
O ministro determinou a abertura de inquéritos contra 108 autoridades, entre elas, nove ministro do presidente Michel Temer (PMDB). O presidente ficou de fora pela prerrogativa de foro.
O ministro determinou a abertura de inquéritos contra 108 autoridades, entre elas, nove ministro do presidente Michel Temer (PMDB). O presidente ficou de fora pela prerrogativa de foro.
Todos eles foram
citados nas delações premiadas de executivos da empreiteira Odebrecht.
Aécio teria pedido, segundo relatou o ex-executivo Benedito Júnior, propina em benefício próprio e para a campanha de Anastasia. São cinco o número de inquéritos envolvendo o presidente do PSDB.
Aécio teria pedido, segundo relatou o ex-executivo Benedito Júnior, propina em benefício próprio e para a campanha de Anastasia. São cinco o número de inquéritos envolvendo o presidente do PSDB.
Segundo o Ministério
Público, “referidos colaboradores apontam, por meio de declaração e prova
documental, que, em 2010, pagaram, a pedido do senador Aécio Neves, vantagens
indevidas a pretexto de campanha eleitoral ao Governo do Estado de Minas Gerais
do hoje senador Antonio Augusto Junho Anastasia ”, diz trecho do despacho de
Fachin que autoriza a abertura de inquéritos.
“Narra-se o repasse de R$ 5.475.000,00. Relata ainda o Ministério Público que os colaboradores também apontam o pagamento, no ano de 2009, de R$ 1.800.000,00, a pedido do então governador Aécio Neves e a pretexto de doação eleitoral em favor da campanha ao Governo do Estado de Minas Gerais do atual Senador Antônio Anastasia”, revela o documento.
“Narra-se o repasse de R$ 5.475.000,00. Relata ainda o Ministério Público que os colaboradores também apontam o pagamento, no ano de 2009, de R$ 1.800.000,00, a pedido do então governador Aécio Neves e a pretexto de doação eleitoral em favor da campanha ao Governo do Estado de Minas Gerais do atual Senador Antônio Anastasia”, revela o documento.
Em outro inquérito,
o procurador suspeita do pagamento de propina para a construção da Cidade
Administrativa.
“Os referidos
colaboradores apontam, por meio de declaração e prova documental, que, no
início de 2007, o senador Aécio Neves da Cunha, recém-empossado para o segundo
mandato de governador do Estado de Minas Gerais, teria organizado esquema para
fraudar processos licitatórios, mediante organização de um cartel de
empreiteiras, na construção da ‘Cidade Administrativa’ de Minas Gerais, com o
escopo último de obter propinas decorrentes dos pagamentos das obras”.

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