Marmita sem
erro: dicas ajudam a manter o sabor e eliminar os riscos da comida trazida de
casa
Patrícia Santos
Dumont
TODO DIA –
Vegetariana, Patrícia Lycarião é apaixonada por marmitas e não abre mão de
levar para o trabalho as refeições preparadas em casa
De sinônimo de
aperto no bolso a uma espécie de “atestado” de hábitos saudáveis. Até quem
sempre torceu o nariz para a marmita é obrigado hoje a admitir: o “status” da
quentinha mudou. Tudo porque levar a própria comida para o trabalho nunca
esteve tão na moda. Para entrar na onda, porém, é preciso escolher os
recipientes certos e armazenar os alimentos de forma adequada, não só para
manter o sabor do prato quanto para preservar os nutrientes.
O ideal é que a
comida fique sempre gelada. Se não tiver uma frasqueira térmica, experimente
colocar uma bolsa de gel ou garrafinha com água congelada dentro, mantendo o
interior resfriado.
Outro aviso: produtos perecíveis não devem ficar fora da geladeira por mais de três horas, diz a nutricionista esportiva e clínica Raphaella Cordeiro, que alerta para os riscos de uma infecção intestinal caso os cuidados sejam deixados em segundo plano.
Outro aviso: produtos perecíveis não devem ficar fora da geladeira por mais de três horas, diz a nutricionista esportiva e clínica Raphaella Cordeiro, que alerta para os riscos de uma infecção intestinal caso os cuidados sejam deixados em segundo plano.
Preparo
Ficar de olho na
higienização de cada produto também é fundamental. Alimentos crus,
principalmente, demandam uma limpeza criteriosa, pois podem contaminar os
demais. Fracione-os só quando for comer.
Preparos úmidos e
que levam leite, como estrogonofe, devem ser evitados, pois “azedam” com
facilidade, ensina a nutricionista Flávia Noujeimi, professora no Centro
Universitário Estácio de Belo Horizonte. “Se o alimento não for limpo
corretamente, quando colocado na marmita e submetido a uma temperatura inadequada
vai estimular a proliferação de microorganismos e estragar o restante”,
explica.
Disciplinada
Há cerca de dois
anos a dermatologista Patrícia Lycarião, de 35 anos, prepara cada refeição que
fará na rua. As frasqueiras são montadas à noite, no jantar, e incluem almoço e
lanches da manhã e da tarde. Até a alimentação do cachorro dela, Guto, de 10
anos, é feita desta forma.
“Tenho uma rotina
difícil e às vezes só consigo almoçar às 16h, por exemplo. Neste horário, não
encontrava boas opções, sobretudo por ser vegetariana. Muitas vezes recorria ao
McDonald’s e pedia um Big Mac sem carne”, brinca.
Quem não tem tanta
disciplina nem tempo para se organizar com antecedência pode preparar as
refeições e congelar porções individuais. A nutricionista Flávia Noujeimi só
não recomenda guardar alimentos já cozidos por muito tempo na geladeira.
Líquidos e quentes, como feijão, devem ir direto para o freezer assim que
ficarem prontos. Já legumes, como a batata, têm boa durabilidade quando
resfriados.
‘Quentinha’
personalizada: almoço saudável sem canseira
Wesley Rodrigues/Hoje em Dia
GANHA-PÃO – Diego e Lucas começaram cozinhando para amigos, mas
descobriram na fórmula saúde e preço bom o segredo de um negócio que já
completou dois anos; a maioria dos clientes é formada por mulheres que
personalizam a refeição
Ganhar dinheiro com
o prato alheio se tornou o negócio de muita gente. Em Belo Horizonte, não
faltam deliveries que prometem entregar comida de qualidade e saudável por um
preço justo. O empreendimento dos amigos e sócios Lucas Ferreira Rodrigues
Pinto e Diego Garcia Ribeiro, ambos de 27 anos, prova que quentinha boa também
pode vir de fora.
Há dois anos, eles
criaram o Menu com Arte Gourmet, que funciona na região da Pampulha. A ideia
inicial era vender os pratos somente para os amigos mais próximos. Mas as
receitas fizeram tanto sucesso que conquistaram até desconhecidos.
Os pratos, frescos,
são congelados assim que ficam prontos e são entregues diariamente. A maioria
dos pedidos é personalizada pelos clientes. O objetivo, segundo Lucas, é
oferecer para quem não tem tempo de cozinhar em casa um cardápio saboroso, mas
acima de tudo equilibrado.
“As combinações são pensadas por uma nutricionista e preparadas por uma cozinheira que está com a gente desde o início. Permitimos também que o cliente faça as próprias escolhas, definindo, inclusive, a quantidade que deseja de cada ingrediente”, explica. As refeições variam de R$ 9 (frango com batata doce) a R$ 25 (arroz negro com salmão).
“As combinações são pensadas por uma nutricionista e preparadas por uma cozinheira que está com a gente desde o início. Permitimos também que o cliente faça as próprias escolhas, definindo, inclusive, a quantidade que deseja de cada ingrediente”, explica. As refeições variam de R$ 9 (frango com batata doce) a R$ 25 (arroz negro com salmão).
A dica
Para evitar
surpresas desagradáveis na hora de abrir a marmita feita em casa, a
nutricionista Flávia Noujeimi dá dicas simples. Sempre que possível, deixe para
cortar os legumes e folhas na hora de consumi-los, diminuindo o risco de
contaminação. No sacolão, prefira produtos menores ou individuais, como o
tomate cereja ou do tipo grape, consumido de uma única vez.
Já os ovos cozidos
podem ser levados na casca, evitando “impregnar” a marmita com o cheiro. Na
geladeira, duram uma semana.
Além disso
O segredo da
alimentação saudável está no equilíbrio entre a qualidade e a quantidade do que
vai no prato. A regra básica é balancear carboidratos, proteínas e gorduras
para ter todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo,
ensina a nutricionista Verena Oliveira, do estúdio Cheb Yen Pin, no bairro São
Lucas, em BH.
Ela sugere três
sugestões de menu.
Vegetariana: quinoa cozida com cúrcuma e tomilho, almeirão refogado com alho e cebola, arroz integral com brócolis e feijão.
Com peixe: filé de tilápia com suco e raspas de limão, arroz com curry, feijão e repolho roxo cozido.
Com frango: filé de frango com azeite e cebolinha, arroz ao curry, ervilha, cará e moranga cozidos.
Vegetariana: quinoa cozida com cúrcuma e tomilho, almeirão refogado com alho e cebola, arroz integral com brócolis e feijão.
Com peixe: filé de tilápia com suco e raspas de limão, arroz com curry, feijão e repolho roxo cozido.
Com frango: filé de frango com azeite e cebolinha, arroz ao curry, ervilha, cará e moranga cozidos.
Se a opção for por
uma salada de pote, a recomendação é escolher um recipiente de vidro e seguir a
seguinte ordem: molho, grãos ou carboidrato (ervilha, quinoa, arroz ou
macarrão) e proteína (atum, frango ou queijo). A ideia é permitir que os
ingredientes, assim que “despejados” no prato, formem uma refeição bonita. “O
alimento grande precisa proteger os delicados, que vão no fundo, para que não
se misturem”, explica. Temperos devem ser adicionados sempre no final para
preservar os fitoquímicos.


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