sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

TRUMP PERDE NA JUSTIÇA - DECRETO NÃO VALE



Tribunal de apelações decide contra decreto anti-imigração de Trump

Estadão Conteúdo 








Um tribunal de apelações dos Estados Unidos decidiu contra o decreto do presidente Donald Trump, que proíbe a entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana em seu país. A corte disse que o veto não deve entrar em vigor até que a justiça decida se a regra ultrapassa os limites.

De acordo com o jornal The New York Times, a decisão do painel de três juízes foi unânime e o governo deve recorrer à Suprema Corte.

A decisão marca o mais recente revés no drama nacional desencadeado pelo decreto de Trump no dia 27 de janeiro. À época, Trump disse que a restrição era necessária para impedir que terroristas desembarquem nos EUA. O decreto também congela o programa para refugiados do país por quatro meses e proíbe por tempo indeterminado a imigração de sírios.

Manifestantes que se opõem ao decreto se uniram nos aeroportos das maiores cidades americanas quando a regra entrou em vigor, e autoridades disseram que cerca de 60 mil estrangeiros que possuem vistos foram afetados. Na sexta-feira, um juiz federal de Seattle bloqueou temporariamente a medida do governo.

O Departamento de Justiça recorreu da decisão e os juízes ouviram ontem os argumentos das partes. O advogado do departamento, August Flentje, defendeu que Trump tem ampla autoridade para tomar decisões de imigração e segurança nacional.

"Esse é um julgamento tradicional de segurança nacional atribuído aos ramos políticos e ao presidente, e a ordem do tribunal alterou isso imediatamente", disse Flentje.

A decisão vem como resultado de um processo do Estado de Washington, que afirma que o veto é discriminatório. Noah Purcell, um advogado do Estado, disse hoje ao painel da corte de apelações que Trump e seus assessores deram declarações que "são evidências chocantes da intenção de prejudicar muçulmanos".

As atividades legais dos últimos dias focaram sobre se o veto de viagem de Trump pode ser bloqueado nos próximos meses, enquanto os tribunais continuam a deliberar os processos que argumentam que as restrições do governo são ilegais.

Nenhum juiz emitiu uma ordem final sobre os méritos do decreto de Trump. Espera-se que a conclusão dos procedimentos judiciais leve meses.

Fonte: Dow Jones Newswires

Papa reitera apelo por 'pontes, não muros' após decreto anti-imigração de Trump

Estadão Conteúdo 






O papa Francisco repetiu nesta quarta-feira seu apelo para que as pessoas construam pontes de entendimento, não muros, em resposta ao decreto anti-imigração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Embora não tenha se referido a Trump em seus comentários, ele notou que o dia de hoje marca tanto o dia da lembrança pelas jovens vítimas de tráfico de pessoas como o dia de celebração de Santa Josefina Bakhita, uma escrava sudanesa do século 19 que, após imigrar para a Europa, se tornou freira.

O Sudão é uma das sete nações de maioria muçulmana que foram incluídas na lista de países proibidos pelo veto temporário de Trump.

"No contexto social e civil, eu peço que não criemos muros, mas pontes", afirmou. "Para não responder ao mal com mal. Para derrotar o mal com o bem, a ofensa com o perdão. Um cristão nunca deve dizer "você vai pagar por isso". Nunca."

O pontífice frequentemente invoca a expressão "pontes, não muros" para urgir os países a aceitar imigrantes, inclusive quando visitou a fronteira do México com os EUA. Na ocasião, ele foi questionado sobre a promessa de Donald Trump de construir um muro. Francisco afirmou que qualquer um que construir um muro "não é cristão". Fonte: Associated Press.

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