Presidente colombiano
recebe Nobel da Paz em nome das vítimas do conflito no país
AFP
"O verdadeiro prêmio é a paz do meu país. Esse é o verdadeiro
prêmio!" exclamou o presidente colombiano aos presentes
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, recebeu neste sábado (10),
em Oslo, o prêmio Nobel da Paz "em nome das vítimas do conflito na
Colômbia", encerrado com um acordo de paz com as Farc, que espera que
sirva de modelo a outros países em guerra.
Em uma cerimônia solene na Prefeitura da capital norueguesa, adornada
para a ocasião com rosas e cravos trazidos da Colômbia, e na presença dos
reis Harald e Sonia da Noruega, Santos afirmou que o povo
colombiano, "com o apoio de nossos amigos de todo o planeta,
está fazendo o possível e o impossível".
"A guerra que causou tanto sofrimento e angústia à nossa população,
de alto a baixo do nosso belo país, terminou", acrescentou, solene, o
presidente no início de seu discurso.
Santos, nascido em Bogotá há 65 anos, recebeu o prêmio "em nome das
vítimas" e o dedicou aos negociadores do governo e das Farc, que
puseram um fim a um conflito de 50 anos, que deixou 260.000 mortos e mais de
seis milhões de deslocados.
"O verdadeiro prêmio é a paz do meu país. Esse é o verdadeiro
prêmio!" exclamou o presidente colombiano aos presentes.
A entrega dos prêmios Nobel também foi realizada em Estocolmo, capital
sueca, onde o rei Carl Gustav XVI entregou os prêmios de Medicina, Física,
Química, Economia e Literatura.
Exemplo para outros países?
Em seu discurso na Prefeitura de Oslo, Santos assegurou que o acordo com
as Farc na Colômbia demonstra que é possível alcançar a paz em países em
guerra como Síria, Iêmen ou Sudão do Sul.
O acordo "é um raio de esperança em um mundo afetado por muitos
conflitos e demasiada intolerância" e "uma demonstração de que o
que a princípio parece impossível - se se persevera - pode se tornar
possível", afirmou, citando três países devastados pela guerra.
"Despertemos a capacidade criadora para o bem, para a paz",
exortou, ao final, o Nobel da Paz 2016, em alusão a seu
"aliado", o falecido escritor colombiano Gabriel García Márquez,
prêmio Nobel de Literatura em 1982.
Presidente da Colômbia diz
que Prêmio Nobel deu impulso ao 'sonho impossível'
Estadão Conteúdo
Juan Manuel Santos
chegou a um acordo de paz com rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc) no início deste ano
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, aceitou neste sábado (10),
o Prêmio Nobel da Paz, afirmando que a distinção deu um impulso ao "sonho
impossível" de acabar com a guerra civil de meio século em seu país.
Em seu discurso, Santos descreveu o prêmio como um "dom do céu" e o dedicou a todos os colombianos, particularmente aos 220 mil mortos e 8 milhões de deslocados no conflito mais longo do hemisfério ocidental.
"Com esse acordo, podemos dizer que o continente americano - do Alasca à Patagônia - é uma terra em paz", disse o presidente durante a cerimônia, realizada na Prefeitura de Oslo.
Santos chegou a um histórico acordo de paz com rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no início deste ano. Mas o acordo inicial foi rejeitado pelos eleitores colombianos em um referendo cujo resultado surpreendeu, poucos dias antes do anúncio do Prêmio Nobel da Paz, em outubro.
Muitos acreditaram que a rejeição ao acordo retiraria Santos da disputa do prêmio deste ano, mas o Comitê Nobel norueguês "viu as coisas de forma diferente", disse a vice-presidente Berit Reiss-Andersen. "Em nossa opinião não havia tempo para perder", disse ela em seu discurso de apresentação. "O processo de paz estava em perigo de colapso e precisava de todo o apoio internacional que pudesse obter".
Um acordo revisto foi aprovado pelo Congresso da Colômbia na semana passada.
Fonte: Associated Press
Em seu discurso, Santos descreveu o prêmio como um "dom do céu" e o dedicou a todos os colombianos, particularmente aos 220 mil mortos e 8 milhões de deslocados no conflito mais longo do hemisfério ocidental.
"Com esse acordo, podemos dizer que o continente americano - do Alasca à Patagônia - é uma terra em paz", disse o presidente durante a cerimônia, realizada na Prefeitura de Oslo.
Santos chegou a um histórico acordo de paz com rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no início deste ano. Mas o acordo inicial foi rejeitado pelos eleitores colombianos em um referendo cujo resultado surpreendeu, poucos dias antes do anúncio do Prêmio Nobel da Paz, em outubro.
Muitos acreditaram que a rejeição ao acordo retiraria Santos da disputa do prêmio deste ano, mas o Comitê Nobel norueguês "viu as coisas de forma diferente", disse a vice-presidente Berit Reiss-Andersen. "Em nossa opinião não havia tempo para perder", disse ela em seu discurso de apresentação. "O processo de paz estava em perigo de colapso e precisava de todo o apoio internacional que pudesse obter".
Um acordo revisto foi aprovado pelo Congresso da Colômbia na semana passada.
Fonte: Associated Press
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