Questionado sobre Trump,
papa Francisco fala de riscos de sofrimento de pobres
Estadão Conteúdo
Papa Francisco
O papa Francisco não quis comentar diretamente a eleição nesta semana de
Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. "Eu não emito juízos sobre
pessoas ou homens da política", disse o pontífice ao ser questionado sobre
o assunto, de acordo com o jornal La Repubblica. "O único que quero
entender é o sofrimento que sua forma de proceder causa aos pobres e
excluídos", continuou o líder da Igreja Católica.
Nesta sexta-feira, o papa pediu perdão aos pobres e desamparados pelo mundo por todos os anos que os cristãos lhes deram as costas. Em uma emotiva cerimônia em um auditório do Vaticano, Francisco abaixou a cabeça e permitiu que várias pessoas em situação de necessidade colocassem as mãos sobre seus ombros.
Cerca de 4 mil pessoas de 22 países que em algum momento estiveram ou estão agora sem casa participaram do evento, um dos últimos organizados sob o motivo do Ano Santo da Misericórdia. "Peço perdão a vocês", disse o papa, em nome dos cristãos que "ante uma pessoa pobre, ou ante o fenômeno da pobreza, deram as costas". Após alguns pobres relatarem dificuldades enfrentadas, o pontífice elogiou o fato de que eles mantêm uma vida digna, apesar de tudo. Além disso, dirigiu uma prece a Deus: "Ensina-nos a mostrar solidariedade, porque todos somos irmãos."
A audiência desta sexta-feira foi organizada no dia em que a Igreja Católica homenageia São Martinho de Tours, que ao ver um pobre tremendo de frio usou uma espada para cortar seu abrigo e dar a ele a metade. O papa deu medalhas a vários líderes mundiais com a imagem do santo. O Ano Santo da Misericórdia termina em 20 de novembro com uma missa celebrada pelo papa. Fonte: Associated
Nesta sexta-feira, o papa pediu perdão aos pobres e desamparados pelo mundo por todos os anos que os cristãos lhes deram as costas. Em uma emotiva cerimônia em um auditório do Vaticano, Francisco abaixou a cabeça e permitiu que várias pessoas em situação de necessidade colocassem as mãos sobre seus ombros.
Cerca de 4 mil pessoas de 22 países que em algum momento estiveram ou estão agora sem casa participaram do evento, um dos últimos organizados sob o motivo do Ano Santo da Misericórdia. "Peço perdão a vocês", disse o papa, em nome dos cristãos que "ante uma pessoa pobre, ou ante o fenômeno da pobreza, deram as costas". Após alguns pobres relatarem dificuldades enfrentadas, o pontífice elogiou o fato de que eles mantêm uma vida digna, apesar de tudo. Além disso, dirigiu uma prece a Deus: "Ensina-nos a mostrar solidariedade, porque todos somos irmãos."
A audiência desta sexta-feira foi organizada no dia em que a Igreja Católica homenageia São Martinho de Tours, que ao ver um pobre tremendo de frio usou uma espada para cortar seu abrigo e dar a ele a metade. O papa deu medalhas a vários líderes mundiais com a imagem do santo. O Ano Santo da Misericórdia termina em 20 de novembro com uma missa celebrada pelo papa. Fonte: Associated
Papa Francisco diz que não
julga Trump e prefere observar seu comportamento
O papa Francisco afirmou, em entrevista ao jornal italiano La
Repubblica, que não julga o novo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald
Trump, mas prefere observar seu comportamento durante o governo. A informação é
da Agência Ansa.
"Eu não faço julgamentos sobre pessoas ou figuras políticas. Só quero entender quais são os sofrimentos que eles causam aos pobres e excluídos por seu modo de agir", disse ao ser perguntado sobre o que pensava do magnata republicano.
No entanto, ao ser questionado sobre quais os sofrimentos que mais o deixam preocupado, o pontífice mostrou posição completamente oposta às promessas da campanha eleitoral do norte-americano. Segundo ele, a maior preocupação atual é "a dos refugiados e dos imigrantes".
"Infelizmente, muitas vezes, há apenas medidas contrárias às populações que temem ficar sem trabalho e reduzir seus salários. O dinheiro é contra os pobres e contra os imigrantes e refugiados, mas também há os pobres dos países ricos, aqueles que temem o acolhimento dos semelhantes provenientes de países pobres. É um ciclo perverso e deve ser interrompido", acrescentou.
Sem citar um caso específico, o papa afirmou que é preciso "destruir os muros que dividem" e "construir pontes que permitam a diminuição das desigualdades e acrescentam a liberdade e os direitos". "Mais direitos e mais liberdade", destacou.
Esta não é a primeira vez que o líder católico é questionado sobre o polêmico novo presidente dos Estados Unidos. Antes da viagem ao México e aos EUA, no início deste ano, o então pré-candidato à Presidência afirmou que o sucessor de Bento XVI era "muito politizado" e que "não entendia" os problemas de seu país.
"Eu não faço julgamentos sobre pessoas ou figuras políticas. Só quero entender quais são os sofrimentos que eles causam aos pobres e excluídos por seu modo de agir", disse ao ser perguntado sobre o que pensava do magnata republicano.
No entanto, ao ser questionado sobre quais os sofrimentos que mais o deixam preocupado, o pontífice mostrou posição completamente oposta às promessas da campanha eleitoral do norte-americano. Segundo ele, a maior preocupação atual é "a dos refugiados e dos imigrantes".
"Infelizmente, muitas vezes, há apenas medidas contrárias às populações que temem ficar sem trabalho e reduzir seus salários. O dinheiro é contra os pobres e contra os imigrantes e refugiados, mas também há os pobres dos países ricos, aqueles que temem o acolhimento dos semelhantes provenientes de países pobres. É um ciclo perverso e deve ser interrompido", acrescentou.
Sem citar um caso específico, o papa afirmou que é preciso "destruir os muros que dividem" e "construir pontes que permitam a diminuição das desigualdades e acrescentam a liberdade e os direitos". "Mais direitos e mais liberdade", destacou.
Esta não é a primeira vez que o líder católico é questionado sobre o polêmico novo presidente dos Estados Unidos. Antes da viagem ao México e aos EUA, no início deste ano, o então pré-candidato à Presidência afirmou que o sucessor de Bento XVI era "muito politizado" e que "não entendia" os problemas de seu país.
Sobre a declaração, o líder da Igreja Católica disse aos jornalistas que
"uma pessoa que pensa em construir um muro, qualquer que seja, em vez de
criar pontes, não é cristão. Isso não está no Evangelho", afirmou em
referência à ideia do magnata de construir uma barreira na fronteira entre o
México e os EUA. Poucas horas depois dessa fala, no entanto, Trump mudou de
opinião e disse que o líder religioso era "maravilhoso".
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