Das incertezas e certezas
americanas
Stefan Salej
Na próxima terça-feira haverá eleições, aliás com a possibilidade de
votação antecipada já em curso, nos Estados Unidos da América. No país mais
desenvolvido, mais avançado tecnologicamente, mais forte militarmente e maior
centro financeiro do mundo.
E mais: o exemplo de democracia ocidental com seus valores transportados
aos quatro cantos deste planeta. E líder nas corrida espacial, conquistando
Marte, Lua e não sei mais o quê. Em resumo: que manda no mundo de hoje.
Os quatro candidatos, dois de partidos tradicionais e fortes,
democratas, cuja candidata é a esposa do ex-presidente Bill Clinton, Hillary, e
republicanos cujo candidato é Donald Trump, empresário, hoteleiro.
Os dois candidatos são igualmente mais detestáveis, ou como se diz no
linguajar eleitoral, tem maior índice de rejeição da história das eleições
norte-americanas.
Em resumo, tem mais gente que não gosta deles, do que gente que admira,
gosta e confia.
A campanha foi um terror em termos de acusações pessoais, de baixaria,
de qualificações e desqualificações. Quase poderíamos dizer que se existisse
alguma censura para esses tipos de debates, seria proibido para qualquer
pessoas honesta, de bom senso e educada.
Falaram mais mal um do outro do que qualquer outra coisa, e olha que, na
verdade, com razão os dois tem uma história de arrepiar cabelo quando se
examina o que fizeram, deixaram de fazer ou pagar, ou como se comportaram.
Mas, o fato é que estão aí, e um deles será eleito o líder do mundo,
como presidente dos Estados Unidos. As pesquisas balançam e, de fato, todas as
previsões indicam imprevisibilidade de resultados.
A única certeza que temos é a total incerteza sobre o resultado de eleições, e mais o que de fato vai acontecer em seguida.
A única certeza que temos é a total incerteza sobre o resultado de eleições, e mais o que de fato vai acontecer em seguida.
Nenhum dos eleitos terá a maioria a favor, sendo que estão em curso
também as eleições para a Câmara dos Deputados e Senado. E elas vão indicar a
governabilidade do novo presidente.
Se ganhar a democrata Hillary, mas a maioria republicana ganhar uma das
duas casas legislativas, será um inferno para governar. E vice-versa, se ganhar
Trump, também será.
Neste momento só nos cabe entender o nível de incertezas que nos cercam
não só nas eleições, mas no período seguinte.
A única certeza passa a ser a incerteza. E temos que estar preparados para isso. Novo governo, novas ideias, novos tempos. E nós continuamos abaixo do Equador, paralelo 20, onde sempre estivemos.
A única certeza passa a ser a incerteza. E temos que estar preparados para isso. Novo governo, novas ideias, novos tempos. E nós continuamos abaixo do Equador, paralelo 20, onde sempre estivemos.
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