segunda-feira, 29 de agosto de 2016

OS CIDADÃOS BRASILEIROS PRECISAM DESSAS MEDIDAS



Medidas têm que vir do governo

Editorial Jornal Hoje em Dia 



O país está, em termos econômicos, paralisado. Estamos no círculo vicioso formado por governo, empresários e consumidores, em que ninguém tem a confiança para investir em algo que possa lhe trazer prejuízos financeiros em um futuro próximo.
Um dos índices que mostra a estagnação é o volume de crédito concedido pelos bancos às empresas e ao cidadão comum. E esses números mostram queda em todos os cenários no mês de julho, tanto em comparação com o mês anterior quanto no mesmo período do ano passado. Ou seja, há um ano, quando a crise chegou pra valer, ainda havia mais pessoas otimistas com o futuro do que agora.
Algum personagem dessa roda precisa quebrar a cadeia e arriscar em uma tentativa para melhorar a situação. Não podemos cobrar isso do consumidor, parte mais fraca da relação. Ele sofre com o desemprego e com uma inflação que, se hoje está desacelerando, já corroeu os rendimentos do trabalhador comum suficientemente neste ano.
Os empresários, que usam o crédito para capital de giro, é poderiam até arriscar, mas estão sem fôlego com o longo período em situação crítica da economia. Uma medida perigosa em um cenário ainda sem definição pode ser a pá de cal em vários negócios, detonando mais postos de trabalho.
O responsável por esse passo deve ser, portanto, o governo. Mas cabe a pergunta: que governo? Estamos no ápice de um processo político de afastamento, ou não, da presidente, com uma gestão interina e com uma equipe econômica que até anunciou medidas para recuperar a economia, mas ainda não conseguiu emplacar nenhuma de forma significativa.
Não dá para buscar recursos para investir se não temos nem ideia do que será o cenário no ano que vem. Esse governo vai ficar? As reformas virão? Por onde começará a retomada?
Seja qual for o comandante da nação até o fim dessa semana, é preciso atitudes mais fortes. Mas não somente para onerar mais o cidadão. Como estamos falando de crédito, quem sabe uma redução nas taxas inexplicavelmente altas dos juros no país, começando pelos bancos públicos, incentivando pessoas a retomarem os investimentos. Seria um bom começo para reconquistar a confiança na economia. Com taxas astronômicas e sem rumo certo, não dá para esperar outra atitude do brasileiro do que sentar e aguardar. 




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