Em Auschwitz, papa pede
perdão por 'tanta crueldade'
Agência Brasil
Papa durante visita ao campo de concentração de Auschwitz, na Polônia
O papa Francisco realizou nesta sexta-feira (29) uma das visitas mais
esperadas de sua viagem à Polônia: a ida aos campos de concentração nazista de
Auschwitz e Birkenau, símbolos de horror da Segunda Guerra Mundial e palco da
morte de milhões de judeus.
Em espanhol, o líder católico escreveu uma mensagem no "Livro de
Honra" às vítimas. "Senhor, tende piedade do teu povo! Senhor, perdoa
tanta crueldade", escreveu o Pontífice, de acordo com informações do Museu
Memorial de Auschwitz.
A viagem, feita em grande parte a pé pelo sucessor de Bento XVI, foi
realizada em silêncio. Francisco orou sozinho por diversas vezes e parou por
alguns minutos perante ao Bloco 11 de Auschwitz, considerado o "Bloco da
Morte" dos judeus presos pelos nazistas. No local, há também a cela do
mártir franciscano Maximiliano Kolbe, que trocou sua vida para que os militares
de Adolf Hitler poupassem uma família de judeus.
O Papa ainda encontrou um grupo de sobreviventes do Holocausto, em
momento repleto de emoção, com troca de abraços e de algumas palavras. Um dos
sobreviventes deu de presente para Jorge Mario Bergoglio uma pequena vela, que
o argentino acendeu em frente ao chamado "muro do fuzilamento".
Assim que terminou a visita em Auschwitz, o papa foi ao campo de
Birkenau, onde voltou a rezar em silêncio diante das lápides que lembram as
vítimas do Holocausto de todas as nações.
Após a visita ao local, Bergoglio voltou para Cracóvia onde fará uma
visita a um hospital pediátrico e depois celebrará a procissão da Via Crucis
com os jovens da Jornada Mundial da Juventude. Francisco é o terceiro líder da
Igreja Católica a visitar o local. Antes dele, o papa João Paulo II e Bento XVI
fizeram viagens ao país como líderes da entidade.
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