Salve-se quem puder
Editorial Jornal Hoje em Dia
"Nada está tão ruim que não possa piorar”, já diz o ditado popular.
Talvez, o brasileiro precise se acostumar a isso, com tantas e tão reveladoras
delações premiadas que surgem a cada dia. Ontem, mais informações sobre um
depoimento “bombástico” foram reveladas pelo processo da “Lava Jato”. Foi a vez
do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmar ter repassado propina a
pelo menos 20 políticos de seis partidos diferentes (PMDB, PT, PP, PCdoB, PSDB
e DEM). Nenhum deles escapou, nem Esquerda, nem Direita, nem Centro. Sobrou pra
todo mundo, até para o presidente interino Michel Temer e a fiel escudeira da
presidente afastada Dilma Rousseff, Jandira Feghali.
Ainda não é possível mensurar a extensão dos danos provocados pelas citações de Machado, que ocupam um documento de 400 páginas, que está disponível na internet, de forma integral. Os peemedebistas José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros (presidente do Senado Federal) são apontados como receptores de R$ 71,7 milhões, dinheiro que os brasileiros sequer têm ideia do que compra, efetivamente.
No depoimento colhido em segredo de Justiça, estão relatos ricos em detalhes dos 11 anos em que Machado presidiu a subsidiária da Petrobras (entre 2003 e 2014) e participou de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. Ele próprio deve ressarcir aos cofres públicos R$ 75 milhões adquiridos de forma ilegal.
Para o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, parece estar tudo bem. Ele declarou que Michel Temer não se encontrou com Sérgio Machado nas condições reveladas pelo ex-presidente da Transpetro e que as citações em que o presidente interino é citado, não deixam entender que houve qualquer tipo de irregularidade envolvendo o peemedebista. A Justiça discorda, afirma que há evidências reais da participação de Temer em negociações com Machado.
Interessa ao brasileiro saber os potenciais desdobramentos das revelações feitas por Sérgio Machado. Afinal, vive-se, além da crise econômica, facilmente identificada com uma breve ida ao supermercado, uma gravíssima crise política, que vem somada a crises moral e ética.
O fato de Michel Temer e a cúpula do PMDB terem sido citados por Sérgio Machado não implica em um retorno de Dilma Rousseff, até porque o PT também é presença forte nas delações premiadas. O que já dá para afirmar é que a crise política no Brasil tende a aprofundar-se ainda mais e como será possível medir as consequências reais para a grande parcela da população que não recebe propina e sim salário mínimo conquistado honestamente ou, ainda, sofre com o desemprego que assola o país?
Ainda não é possível mensurar a extensão dos danos provocados pelas citações de Machado, que ocupam um documento de 400 páginas, que está disponível na internet, de forma integral. Os peemedebistas José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros (presidente do Senado Federal) são apontados como receptores de R$ 71,7 milhões, dinheiro que os brasileiros sequer têm ideia do que compra, efetivamente.
No depoimento colhido em segredo de Justiça, estão relatos ricos em detalhes dos 11 anos em que Machado presidiu a subsidiária da Petrobras (entre 2003 e 2014) e participou de crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. Ele próprio deve ressarcir aos cofres públicos R$ 75 milhões adquiridos de forma ilegal.
Para o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, parece estar tudo bem. Ele declarou que Michel Temer não se encontrou com Sérgio Machado nas condições reveladas pelo ex-presidente da Transpetro e que as citações em que o presidente interino é citado, não deixam entender que houve qualquer tipo de irregularidade envolvendo o peemedebista. A Justiça discorda, afirma que há evidências reais da participação de Temer em negociações com Machado.
Interessa ao brasileiro saber os potenciais desdobramentos das revelações feitas por Sérgio Machado. Afinal, vive-se, além da crise econômica, facilmente identificada com uma breve ida ao supermercado, uma gravíssima crise política, que vem somada a crises moral e ética.
O fato de Michel Temer e a cúpula do PMDB terem sido citados por Sérgio Machado não implica em um retorno de Dilma Rousseff, até porque o PT também é presença forte nas delações premiadas. O que já dá para afirmar é que a crise política no Brasil tende a aprofundar-se ainda mais e como será possível medir as consequências reais para a grande parcela da população que não recebe propina e sim salário mínimo conquistado honestamente ou, ainda, sofre com o desemprego que assola o país?

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