Por Painel
Confabulações O governo está menos reticente do que parece à
proposta de novas eleições presidenciais. O tema ainda é proibido, pois o foco
é vencer o impeachment, mas já circulou por ministérios petistas. Para os
defensores da ideia, só seria possível discutir a hipótese de renúncia mediante
duas condições: o vice Michel Temer também abrir mão do cargo e a realização de
uma profunda agenda de reformas para recolocar o país nos trilhos. Tudo isso,
claro, se Dilma vencer a votação de domingo (17).
Ouvi falar O assunto foi discutido de forma discreta tanto no Planalto quanto no
Royal Tulip — onde Lula está hospedado — antes mesmo de o Datafolha mostrar o
ex-presidente em condição eleitoral competitiva.
Não vinga A ideia de uma eleição “solteira” para presidente e vice parte da
avaliação de que seria impossível viabilizar eleições gerais, pois exigiria a
renúncia coletiva dos 513 deputados, 81 senadores e de todos os seus suplentes.
Pressão Eduardo Cunha e líderes de oposição procuraram neste domingo (10)
o governador Rodrigo Rollemberg (DF) pedindo que ele permita o avanço de
manifestantes sobre o gramado do Congresso no dia da votação do impeachment no
plenário.
Sei não Partidários da deposição de Dilma querem que os deputados possam ouvir
os protestos do lado de fora da Câmara durante a sessão. A proposta é dividir a
área externa entre as duas torcidas. O governador, porém, mostrou-se receoso.
Vale pra um Advogados próximos à oposição veem no parecer de Rodrigo Janot sobre a
posse de Lula margem para pedir a reversão de todas as nomeações recentes.
Vale pra outro Dizem que, se houve desvio de finalidade no convite ao ex-presidente,
podem argumentar o mesmo sobre as nomeações para atrair votos contra o
impeachment.
Passa a régua? Tucanos apostam que a Procuradoria-Geral da República não levará
adiante uma investigação contra Aécio Neves (PSDB-MG) a partir da delação de
Delcídio do Amaral.
Fogo antigo Sustentam que as citações contra o senador mineiro já foram objeto de
arquivamento em casos anteriores.
Carece não Um dos trechos da delação de Delcídio do Amaral diz não ser preciso
checar as datas registradas na agenda parlamentar do senador: “Nem é preciso
submetê-la a uma perícia oficial”.
Gato por lebre? Uma parte dos investigadores da Lava Jato aponta falha
de colegas procuradores ao dar de barato que o documento de Delcídio é
totalmente verídico. “Um pouco de dúvida não faz mal a ninguém, né?”, ironiza
um deles.
Agiotagem O presidente do Sebrae, Afif Domingos, está furioso com a ideia do
governo federal de usar o compulsório bancário para resgatar dívidas de grandes
empresas no exterior. “É revoltante, pois as pequenas continuam sem ser
atendidas”, disse ele.
Não está sendo fácil Do presidente do PPS, Roberto Freire, sobre Paulo
Maluf e Fernando Collor terem se posicionado a favor do impeachment: ‘Quando
até essas duas figuras abandonam o barco, é porque a situação é mesmo
insustentável’.”

Dublê O parecer de Jovair Arantes (PTB-GO), revisado por um advogado do presidente da Câmara, rendeu, além de tudo, piadas: “Certeza que o Eduardo Cunha foi o ‘ghost writer’”, disse Orlando Silva (PC do B-SP).

Dublê O parecer de Jovair Arantes (PTB-GO), revisado por um advogado do presidente da Câmara, rendeu, além de tudo, piadas: “Certeza que o Eduardo Cunha foi o ‘ghost writer’”, disse Orlando Silva (PC do B-SP).
Reação O embaixador do Brasil em Portugal, Mario Vilalva, reagiu às críticas
de que torce por um governo Temer. “Se desejam meu posto, peçam à presidente.
Não inventem histórias. Recomendo mais política externa e menos mexericos”.
TIROTEIO
Luís Eduardo Magalhães dizia: no poder, o PT fará tudo o que acusa nos
outros partidos e o que jamais tivemos coragem de fazer.
DO DEPUTADO DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP), citando o filho falecido de ACM, sobre o envolvimento do partido rival em escândalos de corrupção.
DO DEPUTADO DUARTE NOGUEIRA (PSDB-SP), citando o filho falecido de ACM, sobre o envolvimento do partido rival em escândalos de corrupção.
CONTRAPONTO
Chama o japonês! Acostumado a partir de Brasília para Porto Alegre
ao final de toda semana, o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) cumpriu a rotina de
sempre. No horário habitual, passou pelo portão de embarque e se acomodou na
poltrona do avião. Mas, tão logo as portas se fecharam, Terra se deu conta de
que estava no lugar errado.
O voo iria para o Maranhão. Desesperado, procurou um comissário e pediu para sair. Diante da recusa, restou ao congressista apelar:
— Se eu criar um tumulto, o senhor chama a Polícia Federal para me tirar do voo, certo? Pois finja que eu criei uma confusão e peça para que eles venham!
O voo iria para o Maranhão. Desesperado, procurou um comissário e pediu para sair. Diante da recusa, restou ao congressista apelar:
— Se eu criar um tumulto, o senhor chama a Polícia Federal para me tirar do voo, certo? Pois finja que eu criei uma confusão e peça para que eles venham!

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