Nesta fase serão cumpridos 44 mandados judiciais, em três estados - São
Paulo, Rio de Janeiro e Bahia -, sendo que nenhum deles é de prisão. Além de
Lula, outras dez pessoas serão encaminhadas para depoimento, no cumprimento de
mandados de condução coercitiva. A ação foi batizada de “Aletheia”.
PF deflagra 24ª fase da 'Lava Jato' no Instituto Lula e na casa do ex-presidente
Soldados da PF realizam ação no Instituto
Lula
A Polícia Federal realiza na
manhã desta sexta-feira (4) a 24ª fase da Operação "Lava Jato" no
prédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luíz
Lula da Silva - também conhecido como Lulinha. Essa fase da operação foi
batizada de Aletheia.
Lula foi alvo de mandado de
busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é levado para
depor). Os carros da PF chegaram às 6h à sua casa, em São Bernardo. Quatro
carros entraram na garagem do prédio e cerca de dez agentes ficaram na
portaria.
Cerca de 200 agentes da PF e
30 auditores da Receita Federal cumprem 44 mandados judiciais, sendo 33
mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva no Rio de Janeiro, em
São Paulo e na Bahia.
São investigados crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros, relacionados à Petrobras. A
determinação da busca e apreensão é do juiz Sergio Moro, de Curitiba.
Moema
Na casa de Lulinha, em
Moema, dois carros da PF e um da Receita Federal são usados na diligência. Os
agentes chegaram ao prédio dele às 6h e não falaram com a imprensa.
Há também agentes da PF no
Instituto Lula, no bairro Ipiranga, e na Odebrecht, na marginal Pinheiros. Há
mandados para Atibaia e Guarujá, onde estão sítio e tríplex, respectivamente,
além de Santo André e Manduri.
Delcídio
A ação é realizada um dia
após ser revelado um acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral
(PT-MS). O parlamentar revelou que Lula mandou comprar o silêncio de Nestor
Cerveró e de outras testemunhas.
Detalhes do acordo foram
veiculados pelo site da revista "IstoÉ", que publicou reportagem com
trechos dos termos de delação. A informação de que Delcídio fechou acordo de
delação premiada foi confirmada à Folha por pessoas próximas às investigações
da "Lava Jato".
O senador também diz que
Dilma Rousseff usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros, ao
nomear o ministro Marcelo Navarro para o STJ. O ministro Teori Zavascki, do
STF, decidirá se homologa ou não a delação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário