Stefan Salej
As eleições presidências, e também
para a Câmara e parte do Senado, nos Estados Unidos, têm hoje em dia mais
cobertura da imprensa brasileira do que as nossas próximas eleições municipais.
A cobertura, principalmente televisiva, das eleições norte-americanas é bem
mais divertida e colorida do que a das eleições municipais no Brasil. Além do
mais, nós temos outras jabuticabas para engolir, que quase nos obrigam a
pensarmos mais no que acontece nos Estados Unidos do que no filme de horror que
estamos assistindo no noticiário local.
Independentemente do show dos
candidatos norte-americanos, é bom entender que o processo eleitoral nos EUA
não é simples, é bem mais complicado do que o nosso. Simplificando, podemos
dizer que primeiro se faz a escolha dos delegados pelas chamadas eleições
primárias dos delegados dos partidos que escolhem seu candidato à presidência.
Mas nesta fase, em que os adversários são do mesmo partido, já olham também o
adversário de outro partido. E quando estão escolhidos os candidatos nas
convenções dos partidos, aí sim começa o duelo.
Os Estados Unidos têm dois grandes partidos: o Democrata, que elegeu o Presidente Obama, e o Republicano, que tem maioria no Congresso e Senado.
Os Estados Unidos têm dois grandes partidos: o Democrata, que elegeu o Presidente Obama, e o Republicano, que tem maioria no Congresso e Senado.
Entre os republicanos, está na frente
o famoso Trump, e, entre os democratas, a ex-primeira dama e Secretaria de
Estado(Ministra de Relações Exteriores) Hillary Clinton. Os dois têm
adversários nos seus próprios partidos, mas nas contas de hoje tudo indica que
os dois serão indicados nas convenções partidárias e vão duelar pela
presidência mais poderosa do planeta.
O mundo inteiro está acompanhando o
processo. No final das contas, o predomínio dos Estados Unidos nos dias de hoje
é de tal tamanho que as políticas americanas afetam países do mundo inteiro. Os
dois candidatos podem ser mais ou menos do nosso agrado, podemos mais ou menos
concordar com eles, ou até discordar totalmente, mas o fato é que quem os
escolhe é o eleitor norte-americano.
Perguntar qual dos dois, Trump ou
Hilarry, é melhor para mundo, é válido. Os dois têm atributos que os qualificam
e também pontos que os desqualificam. O fato é que os dois não são candidatos
que, se eleitos, nos deixam tranquilos quanto ao destino do mundo. Trump,
então, deixa a maioria das pessoas no mundo com cabelo em pé.
Muita água ainda vai passar embaixo da
ponte até a escolha dos candidatos e a apresentação de propostas mais
concretas. Mas, fora da imigração latino-americana para os Estados Unidos e
mais o narcotráfico, o nosso continente não é sequer objeto de discussão nesta
eleição. Portanto, calma até a convenção. Depois, vamos ver como vai ser de
fato a campanha.

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