Analistas estrangeiros
defendem renúncia de Dilma como melhor saída
Raul Mariano
Analistas estrangeiros veem uma eventual renúncia da presidente Dilma
Rousseff, e não o impeachment, como a melhor saída para a economia brasileira.
Uma análise da consultoria britânica Oxford Economics aponta a
desistência da presidente como a saída mais viável para o país. “Esse seria o
passo menos traumático para a economia brasileira”, diz relatório assinado pelo
diretor de pesquisa para a América Latina, Marcos Casarin.
De acordo com a consultoria, Dilma tem um índice de aprovação popular
muito baixo e está se tornando cada vez mais isolada, ao perder o apoio de
partidos da base aliada. Isso sem contar o processo de impeachment decorrente
das chamadas “pedaladas fiscais”, que seria descumprimento da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Neste cenário, nós acreditamos que a presidente deveria renunciar - em
vez de manter sua estratégia de distribuir cargos no governo para membros da
coalizão (o que enfraquece sua liderança ainda mais) em troca de votos contra
seu impeachment no Congresso”, afirma o relatório.
“As mudanças na equipe econômica do governo são imediatamente
precificadas pelo mercado. Isso define o futuro”
Paulo Pacheco, economista
Apoio
A Oxford afirma que a presidente já não comanda mais o país, pois não
tem nem mesmo o apoio do PT, em especial na área econômica, ou do PMDB, que
está dividido sobre o suporte ao governo.
De acordo com o documento, mais três anos de impasse impediriam qualquer
chance de uma retomada da agenda de reformas antes de 2019.
Ainda assim, a consultoria admite que a mudança de governo não seria
suficiente para impulsionar a recuperação da economia e dos preços dos ativos
domésticos.
“Quanto mais tempo o Brasil levar para reformar a Previdência, as leis
trabalhistas e o sistema tributário, mais tempo a economia permanecerá presa no
atual ‘equilíbrio ruim’ de queda da produção e maior prêmio de risco”.

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