Jornal Hoje em Dia
“Minério não dá duas safras”. Essa
frase emblemática foi cunhada pelo político mineiro, natural de Viçosa, Arthur
Bernardes, um dos paladinos na defesa da siderurgia em Minas. Bernardes foi
presidente (governador) do Estado e presidente do Brasil, de 1922 a 1924.
Nacionalista, sempre defendeu os interesses do país, tendo participado
inclusive da campanha do “Petróleo é nosso” nos anos 50.
Há mais de 90 anos Bernardes anteviu algo que parece que os políticos, administradores públicos e o empresariado mineiro parecem olvidar na atualidade. O minério, evidentemente, ainda não acabou, mas outro problema afeta o setor gravemente, a avassaladora queda no preço dessa commodity no mercado internacional.
Essa conjuntura adversa expõe uma fragilidade da matriz econômica de Minas, a falta de alternativa pela dependência quase exclusiva da mineração. Como mostra reportagem nesta edição, o preço do minério de ferro caiu em três anos de 135 dólares a tonelada para apenas, segundo estimativas, 42 dólares este ano.
E as previsões não são nada boas. O Banco Mundial aponta que o produto deve continuar perdendo valor no mercado internacional. Isso se deve, principalmente, à redução do ritmo de crescimento da economia da China, grande compradora do minério de ferro mineiro. Segundo o BM, uma leve recuperação só deverá acontecer em 2020.
“O ciclo dourado das matérias-primas não vai durar eternamente”, sentencia o analista internacional, ex-presidente da Federação das Indústrias de Minas e colunista do Hoje em Dia, Stefan Salej. Segundo ele, várias tentativas de diversificação da economia do Estado foram abortadas por má gestão ou politicagem. Mas, salienta, os empresários não deveriam ficar esperando ações de governo nesse sentido, precisam assumir o protagonismo dessa mudança.
Um exemplo revelador é o caso da Noruega. Apesar de grande exportador de petróleo, retirado do Mar do Norte, não é um país rico, mas é um país desenvolvido. Ciente de que o “ouro negro” também não dá duas safras, o Parlamento norueguês decidiu em 2004 criar um fundo para que, quando o óleo acabar, as futuras gerações tenham recursos para tocar a economia em outras áreas.
É um exemplo de como se deve se antecipar aos fatos, e não reagir a eles.
Há mais de 90 anos Bernardes anteviu algo que parece que os políticos, administradores públicos e o empresariado mineiro parecem olvidar na atualidade. O minério, evidentemente, ainda não acabou, mas outro problema afeta o setor gravemente, a avassaladora queda no preço dessa commodity no mercado internacional.
Essa conjuntura adversa expõe uma fragilidade da matriz econômica de Minas, a falta de alternativa pela dependência quase exclusiva da mineração. Como mostra reportagem nesta edição, o preço do minério de ferro caiu em três anos de 135 dólares a tonelada para apenas, segundo estimativas, 42 dólares este ano.
E as previsões não são nada boas. O Banco Mundial aponta que o produto deve continuar perdendo valor no mercado internacional. Isso se deve, principalmente, à redução do ritmo de crescimento da economia da China, grande compradora do minério de ferro mineiro. Segundo o BM, uma leve recuperação só deverá acontecer em 2020.
“O ciclo dourado das matérias-primas não vai durar eternamente”, sentencia o analista internacional, ex-presidente da Federação das Indústrias de Minas e colunista do Hoje em Dia, Stefan Salej. Segundo ele, várias tentativas de diversificação da economia do Estado foram abortadas por má gestão ou politicagem. Mas, salienta, os empresários não deveriam ficar esperando ações de governo nesse sentido, precisam assumir o protagonismo dessa mudança.
Um exemplo revelador é o caso da Noruega. Apesar de grande exportador de petróleo, retirado do Mar do Norte, não é um país rico, mas é um país desenvolvido. Ciente de que o “ouro negro” também não dá duas safras, o Parlamento norueguês decidiu em 2004 criar um fundo para que, quando o óleo acabar, as futuras gerações tenham recursos para tocar a economia em outras áreas.
É um exemplo de como se deve se antecipar aos fatos, e não reagir a eles.

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