Risco de rompimento de
barragem foi alertado por engenheiro responsável
Hoje em Dia
Lama atingiu sete
distritos de Mariana, na região Central de Minas
A Samarco sabia do risco de rompimento da barragem de Fundão, em
Mariana, na região Central de Minas Gerais. Cerca de um ano antes, o engenheiro
Joaquim Pimenta de Ávila, projetista da estrutura e responsável oficial por ela
até 2012, já havia alertado a empresa sobre o aparecimento de uma trinca na
margem esquerda do reservatório.
A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo na edição deste sábado (16). A reportagem do jornal teve acesso ao depoimento prestado pelo engenheiro à Polícia Federal (PF), no qual ele relata a gravidade da situação da barragem e a necessidade de um reparo mais eficiente do que o que a empresa estava fazendo, na época.
No depoimento, Ávila diz que os trabalhos realizados para reforçar a estrutura não levavam em consideração a mudança dela do estado sólido para o líquido, o que poderia provocar um rompimento.
O problema na barragem foi avaliado pelo engenheiro em setembro de 2014, quando ele prestava consultoria à mineradora, mas, segundo ele, a trinca teria surgido em agosto daquele ano.
Sem retorno
À PF, Ávila contou que não soube quais foram as medidas adotadas pela Samarco depois das recomendações feitas por ele e que a engenheira Daviély Rodrigues Silva, responsável pelo reservatório após a saída dele da empresa, alegou ter perdido todos os dados referentes aos reparos feitos na estrutura em função da queima do HD do computador.
De acordo com o engenheiro, a trinca foi observada em um recuo da barragem que não estava previsto no projeto desenvolvido por ele. O aumento do volume do reservatório ao longo dos últimos anos fez com que ele começasse a encostar em uma pilha de rejeitos da Vale.
O contato entre as duas estruturas, no entanto, era condenado, justamente pelo risco de erosões. Na tentativa de solucionar esse problema, a Samarco criou um recuo apoiado nos rejeitos da barragem. A trinca relatada por Ávila estava nesse recuo.
Contraponto
Segundo a matéria da Folha, a Samarco informou que tratou todas as ocorrências surgidas durante as manutenções feitas em Fundão em 2014.
A nova engenheira responsável por Fundão, Daviély, é uma das seis indiciadas pela PF no caso, ao lado de Ricardo Vescovi, diretor-presidente da mineradora. Ávila não foi indiciado, mas as investigações sobre o maior desastre ambiental do Brasil continuam e novos indiciamentos podem ocorrer.
A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo na edição deste sábado (16). A reportagem do jornal teve acesso ao depoimento prestado pelo engenheiro à Polícia Federal (PF), no qual ele relata a gravidade da situação da barragem e a necessidade de um reparo mais eficiente do que o que a empresa estava fazendo, na época.
No depoimento, Ávila diz que os trabalhos realizados para reforçar a estrutura não levavam em consideração a mudança dela do estado sólido para o líquido, o que poderia provocar um rompimento.
O problema na barragem foi avaliado pelo engenheiro em setembro de 2014, quando ele prestava consultoria à mineradora, mas, segundo ele, a trinca teria surgido em agosto daquele ano.
Sem retorno
À PF, Ávila contou que não soube quais foram as medidas adotadas pela Samarco depois das recomendações feitas por ele e que a engenheira Daviély Rodrigues Silva, responsável pelo reservatório após a saída dele da empresa, alegou ter perdido todos os dados referentes aos reparos feitos na estrutura em função da queima do HD do computador.
De acordo com o engenheiro, a trinca foi observada em um recuo da barragem que não estava previsto no projeto desenvolvido por ele. O aumento do volume do reservatório ao longo dos últimos anos fez com que ele começasse a encostar em uma pilha de rejeitos da Vale.
O contato entre as duas estruturas, no entanto, era condenado, justamente pelo risco de erosões. Na tentativa de solucionar esse problema, a Samarco criou um recuo apoiado nos rejeitos da barragem. A trinca relatada por Ávila estava nesse recuo.
Contraponto
Segundo a matéria da Folha, a Samarco informou que tratou todas as ocorrências surgidas durante as manutenções feitas em Fundão em 2014.
A nova engenheira responsável por Fundão, Daviély, é uma das seis indiciadas pela PF no caso, ao lado de Ricardo Vescovi, diretor-presidente da mineradora. Ávila não foi indiciado, mas as investigações sobre o maior desastre ambiental do Brasil continuam e novos indiciamentos podem ocorrer.
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