quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A CLASSE MÉDIA PAGA OS AUMENTOS DE IMPOSTOS



  

Márcio Doti

Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!
 


A luta por receita se transformou num “salve-se quem puder” no que diz respeito aos administradores públicos, de ponta a ponta. Andam na contramão da realidade do país na medida em que todos os setores experimentam os rigores da crise. Nessa febre por arrecadação o único que não escapa, pelo que se tem visto de apetite, criatividade e falta de escrúpulos é o pobre do contribuinte que paga, paga, paga, mas não leva o que deveria levar de serviços públicos – escola, cuidados médicos e segurança.
Alta generalizada
O governador Fernando Pimentel resolveu promover uma alta generalizada em praticamente todo o sistema de arrecadação do estado, indo de energia elétrica a transportes, comunicação,. Na fúria por arrecadar e fazer dinheiro, o Governo de Minas não se importa de penalizar ainda mais o[/TXT_COL]s setores produtivos do estado que, como o resto do país, vive a grande crise que o próprio governador ajudou a instalar quando era ministro do governo Dilma e conduzia a pasta do Desenvolvimento. O ministério manda no BNDES que tomou dinheiro do Tesouro Nacional e emprestou com juros subsidiado, numa conta que segundo o próprio Tesouro vai representar um prejuízo de R$ 38,6 bilhões no próximo ano.
Que custo terá toda essa febre arrecadatória em cima dos meios de produção do estado é o que veremos no próximo ano, quando a cobrança dos impostos vai coincidir com o que especialistas estão prevendo como agravamento da crise econômica. Essa elevação nos valores do ICMS será quantia considerável e impactante nesse tempo de “vacas magras”, literalmente. Para praticar essa investida sobre os bolsos dos mineiros o governador Pimentel certamente contará com a ajuda da bancada governista na Assembleia Legislativa de Minas, até aqui constituída por uma oposição que é minoria, mas tem lutado o quanto pode, no entanto, a grande maioria é constituída de bonequinhos, não como aquele do Lula, o Pixuleco, mas como um Imposteco, sempre disposto a abanar a cabeça afirmativamente para atender aos lances de criatividade dos palácios de Minas.
As investidas federais vamos tratar na próxima edição. Os lances de ontem à noite foram até tarde e essa história do sofrimento do contribuinte brasileiro precisa ser contada em capítulos. Há uma burocracia muito organizada e sempre disposta a descobrir fórmulas e sistemas para arrecadar e para gastar até o dinheiro alheio como é o caso da utilização dos depósitos judiciais.
Quem sofre é o povo
A burocracia é organizada, os administradores públicos se revezam em maldades, mas quem sofre é sempre o povo. O que está fugindo da percepção é que chegamos a um tal ponto de comprometimentos e problemas que aumentar impostos e subir o nível de encarecimento dos produtos é desaquecer ainda mais as caldeiras da economia e alimentar uma paralisia insuportável. Se observarmos bem vamos notar que o governo não está preocupado em consertar nada. O que se busca a qualquer custo é deixar livre o caminho dos gastos que podem interferir no resultado das eleições municipais. É a luta pelo poder. Não é luta para consertar economia, defender empregos e salários e nem colocar o país no rumo do crescimento.

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