quinta-feira, 23 de julho de 2015

FALTA GOVERNO



  




No ano de 1929, nos Estados Unidos, aconteceu o que ficou registrado como o Crack da Bolsa de Nova York. O preço das ações despencou, lançando todo o país, e logo depois o mundo, em uma profunda recessão. Bancos, indústrias e comércio se descapitalizaram da noite para o dia e fecharam as portas, o que fez com que o desemprego explodisse. Após quatro anos de estagnação, em 1933 foi eleito presidente Franklin Delano Roosevelt, que implantou o New Deal (ou Novo Acordo).

O plano era um conjunto de medidas econômicas e sociais para reerguer o país, e que rompia com um dos dogmas do capitalismo norte-americano: estabelecia forte intervenção do Estado na economia, uma heresia para os liberais.

Entre as ações estavam pesados investimentos em obras públicas, reforço creditício à agricultura e redução da jornada de trabalho para ampliar o número de empregos. Em poucos anos os EUA recuperaram o seu poderio.

Resguardadas as proporções, o Brasil enfrenta hoje um período também de recessão, crescimento do desemprego e inflação em alta. É o momento de o governo investir mais em infraestrutura para estimular a economia. Mas o que se constata é que a cada dia os recursos para essas obras são mais reduzidos.

Reportagem nesta edição mostra que para Minas, por exemplo, mesmo os recursos já prometidos não têm sido honrados. Dos valores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – um nome que chega a ser irônico, na atual situação –, o Estado só viu chegar menos de um terço da verba, conforme revela o programa do Senado de acompanhamento da execução orçamentária federal.

O emaranhado de cifras mostra que o governo vem “rolando” o pagamento das obras de um ano para o outro, incluindo no orçamento de 2015 o que já deveria ter sido feito em 2014, por exemplo. São os chamados restos a pagar, uma medida emergencial que acabou virando prática corriqueira.

As obras tratam de recuperação e manutenção de estradas, construção de contornos ferroviários e rodoviários, além de barragens. Seriam iniciativas importantes na geração de empregos, mas o governo parece estar esperando que as forças do mercado, por si só, superem a recessão.

OLHO: O emaranhado de cifras mostra que o governo vem “rolando” o pagamento das obras de um ano para o outro, incluindo no orçamento de 2015 o que já deveria ter sido feito em 2014, por exemplo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...