quinta-feira, 29 de maio de 2014

GPS



Morre aos 93 anos Roger Lee Easton Sr., o inventor do GPS


Físico americano, Roger Lee Easton Sr. trabalho entre 1943 e1980 no Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA
Inventor do GPS e pioneiro da navegação moderna, Roger Lee Easton Sênior morreu aos 93 anos de idade no último dia 8 de maio em sua residência em New Hampshire, Estados Unidos. Segundo o site Business Wire, o americano nasceu em 30 de abril de 1921 e se formou como físico no Middlebury College. Em 1943, Easton começou a trabalhar no Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, ele trabalhou com sensores de radar e sistemas de pouso durante a Segunda Guerra Mundial.
A partir de 1955, ele ajudou a escrever o “Projeto Vanguard” um programa de satélite embrionário do GPS. Na década de 1960, o cientista colocaria relógios de alta precisão em vários satélites que também poderiam ser usados para determinar a localização exata de uma pessoa no chão. Esse sistema era chamado de “Timation for Time-Navigation”, mas posteriormente renomeado pelo departamento de Defesa dos EUA como “Global Position System” (Sistema de Posicionamento Global) ou GPS.
Easton tem 11 patentes de “sistema de navegação” registradas em seu nome. Ele se aposentou em 1980 e ganhou diversos prêmios. Ele entrou na política ainda nos anos 1980 e serviu dois mandatos como senador estadual em New Hampshire. Ele deixou esposa, dois filhos, uma irmã e cinco netos.

GPS, Global Positioning System  em inglês, ou “Sistema de Posicionamento Global”, é um sistema eletrônico de navegação civil e militar que emitem coordenadas em tempo real e é alimentado por informações de um sistema de 24 satélites chamado NAVSTAR e controlado pelo DoD, Department of Defence (Departamento de Defesa) dos EUA.

O GPS, de início, era um projeto militar dos EUA chamado de “NAVSTAR” e que foi criado na década de 1960, mas que só foi considerado completo em 1995, depois de 35 anos de trabalho que custaram 10 bilhões de dólares aos cofres americanos.

A revolução causada pelo GPS na geografia é comparável (senão maior) a revolução da descoberta do continente americano que ampliou o mundo conhecido até então. Com o GPS é possível estabelecer a posição praticamente exata, com margem de erro mínima de 1 metro, de qualquer ponto do planeta a qualquer momento. Alguns receptores super-acurados conseguem chegar, depois de alguns dias, a uma precisão de até 10 mm utilizando-se de técnicas de processamento específicas!

O GPS, basicamente, funciona com uma constelação de 24 satélites (NAVSTAR) que orbitam a terra duas vezes por dia, emitindo sinais de rádio a uma dada freqüência para receptores localizados na terra, que podem ser até portáteis (como um “palm”).

Cada satélite, identificado por um código pseudo-randômico (“aparentemente aleatório”) de 1 a 32, emite um sinal que contém o código CA (geral), o código P (de precisão) e uma informação de status (dia, hora, mês) que são recebidos pelo receptor, embora os receptores de uso civil recebam apenas o código CA emitido em uma freqüência enquanto que os receptores militares recebem cada código emitido em duas freqüências garantindo maior precisão.

O que, aliás, junto com a interferência proposital inserida pelo DoD na transmissão para aparelhos civis (Selective Availability – Disponibilidade Seletiva) e o atraso causado pelos elétrons livres presentes na ionosfera (comum a qualquer transmissão de rádio) na transmissão do sinal, fazem com que a precisão dos dados seja ainda menor para uso civil.

Já para uso militar o sinal de todos os satélites é emitido ao mesmo tempo com uma precisão impressionante garantida devido a um relógio atômico (o metrônomo é um átomo) presente em cada satélite e que é o sistema de medição de tempo mais preciso já criado até hoje. E os seus receptores não sofrem a interferência da ionosfera nem da “Disponibilidade Seletiva”.

Todas estas interferências na transmissão civil são por causa da possibilidade deste sistema ser utilizado inadequadamente por terroristas, ou algo parecido. Então, o DoD criou uma hierarquia de acesso aos dados onde os “usuários autorizados”, o DoD, recebem dados com precisão melhor, enquanto que os “usuários não-autorizados”, civis, recebem dados com precisão de 15 a 100 metros.



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