SISTEMA
ELEITORAL BRASILEIRO
“NÃO É A POLÍTICA QUE
FAZ O CANDIDATO VIRAR LADRÃO, MAS SEU VOTO QUE FAZ O LADRÃO VIRAR POLÍTICO.”
O Eleitor não tanto
poder quanto muitos acreditam, atualmente, no Brasil, as eleições para
presidente, governador, prefeito e senador seguem o sistema majoritário. Neste
caso, é eleito o candidato que receber a maioria absoluta dos votos válidos. Se
nenhum candidato não atingir o número na primeira votação, realiza-se um
segundo turno entre os dois mais votados.
Para deputados
federais, estaduais, distritais e vereadores, o sistema utilizado é o
proporcional com lista aberta. Neste sistema, a proporção a proporção de cadeiras
parlamentares ocupadas por partido é diretamente determinada pela quantidade de
votos obtidos por ele, o partido, somando votos na legenda ou coligação e votos
em candidato do diretório. É por isso que surge a figura do “puxador” de votos,
uma semelhança com puxador de samba ou efeito “tiririca”, que ajuda eleger
outros candidatos de sua legenda ou coligação que tenham obtido menor número de
votos ou adesão dos eleitores.
Esse sistema
proporcional de votação possibilita que grupos de pessoas com poucas chances
políticas possam se eleger. Esse sistema trás mais distorções que benefícios.
As principais causas da
corrupção no Brasil são o atual sistema eleitoral e a forma de seu
financiamento. Nosso sistema é tão ruim que não adianta fazer o voto consciente.
Hoje o voto concedido para um determinado candidato que consideramos o melhor é
aproveitado por outro que nem conhecemos. O eleitor não tem controle do seu
voto. Dessa forma, fica difícil falar em voto consciente no Brasil, porque
temos um sistema opaco e sem transparência.
Outro problema é o
número excessivo de candidatos, permitido propositalmente pelo sistema eleitoral,
para pulverizar os votos em muitos candidatos o que possibilita uma coligação
levar vantagem sobre a outra devido ao número elevado de partidos coligados e
dificulta também a fiscalização da justiça eleitoral.
Para financiar as
campanhas, cada vez mais caras, os candidatos precisam de dinheiro. Hoje, mais
de 90% dos recursos das campanhas vem das empresas, que acabam tendo grande
influência no jogo político que o simples voto do cidadão.
Segundo dados do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições de 2012 no Brasil, os 20
maiores doadores de campanhas eleitorais foram de empresas. Elas doaram, ao
todo, pouco mais de R$ 448.814 milhões. O setor da construção civil lidera o ranking,
seguido de bancos e empresas do comércio.
A grande maioria das
empresas doadoras, ou quase todas, têm contratos com órgãos públicos ou se
beneficiam de alguma forma das benesses do governo.
“Nossas práticas
permitem que a riqueza de poucos seja obstáculo para participação política de
muitos”.
Fonte: Jornal Hoje em Dia do dia 06/04/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário