O MUNDO VÊ E NÓS NÃO
VEMOS
JORNAL FINANCIAL TIMES:
Aponta problemas no Brasil e analisa
o futuro político da preside Dilma, caso a organização da Copa do Mundo não
seja um sucesso.
“Se o Brasil falhar na organização da
Copa, Dilma talvez tenha que procurar outro emprego, e só poderá culpar a si
mesma. A mensagem dos protestos do ano passado não poderia ter sido mais clara.
O Brasil precisa acabar com a corrupção e focar em saúde, educação e
transporte. Se não fizer isso, o governo será punido”.
PRESIDENTE DA FIFA SUIÇO JOSEPH BLATTER:
A organização da Copa do Mundo no
Brasil está sendo “mais complicada do que na África do Sul” em 2010. Um dos
motivos apontados por Blatter é o clima social tenso, com manifestações que
levaram milhões de pessoas às ruas desde junho do ano passado, para pedir
melhoria nos serviços públicos e protestar contra os gastos públicos nos
preparativos para o Mundial.
Na África do Sul, o povo inteiro
queria a Copa do Mundo.
No Brasil, tem 200 milhões de
habitantes e economicamente é uma nação, mas, isso não quer dizer que todas as pessoas são
felizes. O que importa é a divisão de riquezas. A diferença entre o Brasil e a
Suiça é que no Brasil 100 milhões fazem mais barulho do que 50 pessoas na Suiça
e todos acham que é uma forte oposição.
PREVISÕES FUTURAS:
Preocupação de quem governa e dos que
precisam de votos em outubro próximo, se referem às manifestações de rua que
não deverão se repetir mais na dimensão histórica de junho passado. Por conta
dos riscos de violência e de repressão, os atos deverão ceder lugar à apatia de
eleitor que, apesar de insatisfeito, não identificou a vontade de mudanças com
as opções políticas apresentadas até o momento.
A expectativa de especialistas é de
que haverá aumento extraordinário dos votos brancos e nulos e de abstenção.
Este fenômeno não é recente, é crescente.
Apesar da antecipação das campanhas,
o eleitor se mostra desinteressado, até mesmo pela falta de debate de alto
nível que o encoraje a participar e a se identificar com as propostas em gestão
ou de novas.
O ciclo eleitoral também é muito
influenciado pelo dispositivo da reeleição pelo qual quem está no comando tem
mais chances de sair vencedor e manter o quadro atual.
Temos também um sistema eleitoral falido
que não garante a representatividade do voto e no qual um bom “puxador” de
votos elege consigo outros desconhecidos ou oportunistas. Não é a toa que os
partidos políticos procuram fazer “coligações” e pedem pelo amor de Deus que os
pequenos partidos e também os grandes façam parte da mesma, para garantirem um maior
número de votos para obterem a maioria nas casas legislativas.
Fonte: Jornal Hoje em Dia do dia
22/04/2012.
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