quarta-feira, 12 de março de 2014

AVIÃO DA MALAYSIAN

BOEING DA VARIG DESAPARECEU HÁ MAIS DE 35 ANOS E JAMAIS FOI ENCONTRADO    
                                                                                                                                     Um avião Boeing decola de um aeroporto asiático, mantém contato com controladores de voo sem relatar problemas e desaparece. Essas são as semelhanças, até o momento, entre ocaso da aeronave da Malaysian Airlines, que partiu da Malásia para a China com 239 pessoas, e uma história ocorrida há 35 anos.
Na noite de 30 de janeiro de 1979, o avião cargueiro Boeing 707 da brasileira Varig partiu do aeroporto de Narita, em Tóquio, rumo a Los Angeles. Fez contato com a base, na capital japonesa, 33 minutos após a decolagem, quando sobrevoava o Oceano Pacífico a 500 km do litoral, mas não realizou a comunicação prevista para meia hora depois.
Acionadas, forças japonesas e norte-americanas realizaram as buscas por meses, mas a aeronave jamais foi encontrada. Trata-se, provavelmente, do maior mistério da aviação brasileira.
O avião cargueiro voava com seis tripulantes: os pilotos Gilberto Araújo da Silva e Erli Peixoto Milius, os oficiais Evans Braga e Antonio Brasileiro da Silva Neto e os engenheiros Nicola Esposito e José Severino de Gusmão Araújo.
Herói
Gilberto Araújo era detentor da Ordem do Mérito Aeronáutico e também fora condecorado na França pela manobra que realizou no subúrbio de Paris, em julho de 1973, quando pilotava outro Boeing 707. O avião se aproximava de seu destino, o aeroporto de Orly. Mas com a aeronave em chamas, o comandante realizou um pouso em uma plantação para evitar um desastre maior.
O fogo havia surgido em um banheiro e se espalhado pelo material plástico que revestia internamente o avião. Cento e vinte e três pessoas morreram asfixiadas, entre elas o senador Filinto Miller e o cantor Agostinho dos Santos. Só 11 pessoas sobreviveram.
O piloto sofreu ferimentos na cabeça e na coluna, fraturou duas vértebras e o maxilar. Ficou internado por 17 dias em Paris. Só voltou a pilotar em janeiro de 1974.
Em 31 de janeiro de 1979, a manchete que o jornal Folha de S.Paulo estampava em sua capa reconhecia a fama de Araújo: "Piloto herói de Orly desaparece no Pacífico com Boeing da Varig".
"Era um comandante muito experiente. Se não fosse ele [em Orly], poderia ter sido muito pior", afirma o comandante aposentado Zoroastro Ferreira Lima Filho, 83, colega de Araújo nos tempos da Varig.
Obras de arte
Em 1º de fevereiro, a Folha informava que o avião que decolou de Tóquio transportava 53 quadros do artista nipo-brasileiro Manabu Mabe. Avaliadas à época em US$ 1,2 milhão, as obras haviam sido expostas no Japão.
ANÁLISES

Cada tela tinha um seguro de US$ 10 mil, valor considerado abaixo do mercado pelo artista. O Boeing transportava as pinturas para o Rio de Janeiro. Outra tripulação assumiria a aeronave em Los Angeles.
Além das obras de arte, o avião carregava material eletrônico, aparelhos elétricos, peças para navios, peças para computadores, máquinas de costura, entre outros objetos. A carga pesava 20 toneladas.
Incógnita
De acordo com a reportagem da Folha, uma das hipóteses aventadas era de que o Boeing havia explodido. O mesmo texto informava que a decolagem sofrera um atraso de quase duas horas porque o avião estava em manutenção.
No entanto, nenhum destroço do avião foi encontrado, o que impediu o avanço das investigações e deixou o caso sem conclusões. Mais de um ano depois, a Folha informava em 29 de fevereiro de 1980 que a Varig não tinha a "mínima ideia do que poderia ter ocorrido com o avião".
"Nem a empresa nem as autoridades forneceram sobre seu desaparecimento, que depois das fracassadas buscas foi esquecido", afirmava o jornal. A nota da Folha também informava que as famílias haviam sido indenizadas.
"É uma incógnita [até hoje]. Ele vinha dando a posição certa e depois sumiu, apagou. Não deu mais notícia", diz o comandante Zoroastro. "Ficamos muito chateados. E não se chegou a conclusão nenhuma".
COMENTÁRIOS:

A hipótese mais plausível, no entanto, considera que, logo após a decolagem, com a aeronave já tendo atingido um nível de cruzeiro elevado, houve uma despressurização lenta na cabine, o que não causou a explosão da aeronave - ou seja, não foi uma descompressão explosiva -, mas lentamente sufocou os pilotos. O avião, então, segundo a linha de raciocínio, voou com ajuda do piloto automático por muitos quilômetros mais, até que, findo o combustível, caiu sobre o mar em algum ponto extremamente distante dos locais por onde passaram as buscas. Portanto, nenhum destroço foi encontrado, sendo provável - como largamente aceito - que estejam ou no fundo do vasto Oceano Pacífico, ou sobre alguma área inabitada do estado americano do Alasca. "Fonte Wikipédia"

Quem diz que a trupulação do acidente de Orly foi negligente, é quem nunca respirou uma fumaça tóxica dessas. Pouco ou nada há a fazer, na primeira "respirada" vc já fica tonto, os passageiros começaram a desmaiar, tripulantes também (sim morreram alguns tripulantes) um dos copilotos que saiu da cabine e foi buscar a namorada que estava de passageiro desmaiou na hora. Outros tripulantes acabaram acessando a cabine e perceberam que lá o ar estava melhor por conta do isolamento e da janela aberta, por lá ficaram. Era impossível ajudar aos passageiros, quem saísse dalí, desmaiaria em questão de de segundos. As máscaras de oxigênio dos passageiros de nada servem nessas horas, pois não são oxigênio puro e sim uma reação química que gera oxigênio. Só servem para casos de despressurização mesmo. Quem quiser saber mais sobre esse acidente leia o livro: Caixa Preta de Ivan Sant'anna.



O súbito desaparecimento de um avião da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo representa um dos tipos mais raros de desastres da aviação, e o mistério se mistura à incerteza de não se saber sob qual jurisdição o avião caiu.
Mas já faz mais de 24 horas desde que o avião desapareceu e a Malaysia Airlines diz que está "temendo o pior". Baseado no último contato com os pilotos, presume-se que o Boeing 777 pode ter caído próximo da costa do Vietnã.
Quatro passageiros da aeronave estavam, possivelmente, viajando com passaportes roubados, levantando dúvidas sobre a possibilidade que tenha havido um ato criminoso, mas nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo desaparecimento do avião.
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"Aviões não caem quando estão numa rota como essa", disse Paul Hayes, diretor de Segurança da Flight Global Ascend, uma empresa de consultoria de aviação, baseada na Inglaterra. "Esse é um evento extremamente incomum."
Apenas outro desastre recente teve características parecidas: a perda do voo 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico, em 2009, na rota entre o Rio de Janeiro e Paris.

Limbo legal
O incidente deve reacender um debate sobre a substituição das caixas pretas por sistemas baseados em satélites capazes de enviar dados de telemetria em tempo real. Esses sistemas existem, mas não foram utilizados até agora devido a questões de custo e logística.
Por enquanto não está claro quem vai assumir o comando para determinar o que aconteceu com a aeronave da Malásia.
De acordo com as regras da Organização Internacional de Aviação Civil, o governo do território em que o acidente ocorreu normalmente tem a jurisdição sobre os destroços e assume o controle da investigação. Por isso é provável que nenhuma autoridade possa assumir o comando, até que os destroços sejam encontrados.
Nesse caso, é provável que seja o Vietnã, mas se o avião caiu em águas internacionais, a Malásia terá o controle e os EUA estariam envolvidos porque o avião foi construído lá.
Raro mistério
O voo 370 da Malaysia Airlines desapareceu cerca de uma hora depois de decolar para Pequim, com teorias que vão desde uma pane súbita, um incidente a bordo que tenha causado uma falha elétrica completa, a algum tipo de acidente incomum.
Uma grande operação de busca está em curso nos mares entre a Malásia e o lado sul do Vietnã, concentrada na região onde o avião fez o último contato.
Pilotos e especialistas em aviação disseram que uma explosão a bordo pode ter sido a causa provável do acidente. O avião estava em altitude de cruzeiro, a parte mais segura do voo, e, provavelmente, estava no piloto automático.
"Ou foi uma explosão, uma queda de raio ou uma descompressão grave", disse um ex-piloto da Malaysia Airlines. "O 777 pode voar depois de ser atingido por um raio ou até mesmo uma grave descompressão. Mas com uma explosão, não existe a menor chance."
Uma perda repentina da pressão na cabine pode ter causado uma descompressão explosiva e destroçado o avião, disse John Goglia, um antigo membro da diretoria do National Transportation Safety Board. Esse tipo de descompressão pode ser causado por corrosão ou fadiga do metal na fuselagem.
Ecos do desastre da Air France
O desastre é parecido com o misterioso desaparecimento do voo 447 da Air France, que matou as 228 pessoas a bordo. As investigações não conseguiram determinar de forma conclusiva uma razão para aquele acidente, até as caixas pretas do avião serem recuperadas dois anos depois do acidente.
"Recuperar destroços no oceano é sempre problemático, mas a indústria aprendeu muito com o acidente da Air France", disse Hayes, da Flight GlobalAscend.
Os especialistas também salientaram que o acidente com o avião da Air France lhes ensinou muito quanto aos perigos de uma especulação prematura, diversos motivos foram levantados para a causa do acidente e, dois anos mais tarde, as autoridades concluíram que um erro do piloto também teve um papel importante na causa do acidente.

Fonte: Notícias UOL 

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