Confira
15 dicas para elaborar um currículo
Jane Souza
Para que
o currículo não seja a primeira e última impressão do candidato passada para a
empresa, o profissional deve estar atento a alguns pontos para tentar chamar a
atenção, sobretudo se a vaga desejada for muito concorrida. Contudo, muita
informação pode acabar atrapalhando. Confira 15 dicas levantas junto a
especialistas em recursos humanos para elaborar seu currículo.
1 - Seja objetivo
Por mais que possa parecer óbvio, ter
objetividade é indispensável para que o selecionador possa identificar
rapidamente os candidatos que se encaixam na vaga disponível. Mesmo que o
profissional seja capacitado para múltiplas funções, é preciso elaborar um
currículo específico para a vaga desejada. “O que é melhor, um curso de como
fazer risotos ou um curso de Word? Depende do cargo desejado”, diz Marcelo
Abrileri, presidente da empresa especializada em recolocação Curriculum. “Quem
vai ler o currículo tem um foco. Se não é o que está buscando, não vai ler”,
acrescenta a consultora de RH do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo Jane
Souza.
2 - Uma página é o ideal;
duas no máximo
Não há um número de páginas correto para o
currículo, porém, de acordo com Abrileri, não deve ter mais de duas. O tamanho
deve acompanhar o número de informações necessárias para a vaga. No entanto,
caso o profissional tenha as competências requeridas pela organização e
conseguir incluí-las em apenas uma página, melhor.
3 - Os dados pessoais:
apenas nome, idade, estado civil e contatos
Não há necessidade de incluir número de
documentos como RG, CPF ou título de eleitor. Essas informações são importantes
caso o candidato seja contratado, ou seja, após a fase de seleção. Informar os
contatos essenciais e mantê-los atualizados é indispensável.
4 - Colocar foto apenas se
for importante para a vaga
Segundo o presidente da Curriculum, para
incluir uma foto no currículo, o profissional deve pensar antes em três
questões: a aparência é importante para o cargo? É uma foto bem tirada? A
pessoa está bem na foto? “Se a resposta for sim para as três perguntas, então
coloque a foto. Se for não para qualquer uma delas, não coloque”, disse
Abrileri.
5 - Não há necessidade de
informar características pessoais
Muitos currículos trazem o item
características pessoais, no qual incluem as qualidades como facilidade de
integração, competência para trabalho em equipe, disposição. A empresa, porém,
irá checar as informações em uma entrevista posteriormente, o que torna
desnecessária a presença delas. Caso o candidato opte por incluir, deve se
preocupar em não deixar palavras escritas isoladamente, sem sentido. “Precisa
ter cuidado para não se tornar uma coisa muito vaga”, afirmou Jane.
6 - Para informar a
escolaridade, basta o último nível atingido
Se o profissional estiver cursando uma faculdade,
não é preciso dizer que tem o 1º ou o 2º grau completo, essa informação está
subentendida. Caso tenha interrompido o ensino superior, vale incluir. “Mesmo
se parou a faculdade é importante colocar, porque mostra que a pessoa foi
buscar algo, mas não precisa colocar o motivo (de ter parado)”, alertou Jane,
acrescentando isso será tratado na entrevista.
7 - Experiências
profissionais devem conter apenas o nome da empresa, cargo e período
Essas três informações não podem faltar e são
suficientes. Se o candidato quiser incluir as responsabilidades que teve em
seus outros empregos, deve ser sucinto, pois isso será tratado na entrevista.
Há currículos que têm informações sobre o porte da empresa, o que pode ser
importante, dependendo da vaga. “Eu posso querer contratar alguém que trabalhou
em uma empresa pequena para desenvolver o profissional”, afirmou Jane.
8 - Não supervalorizar os
níveis de conhecimento em línguas e informática
Nas seleções em que conhecimentos em inglês
e/ou informática são necessários, há, normalmente, a realização de um teste
posteriormente. Nesse caso, se o candidato que tem inglês básico coloca
intermediário, pode correr o risco de ser testado e não obter desempenho
desejado. Por isso, é importante ser honesto nas informações, o que leva à próxima
dica.
9 - Não mentir em hipótese
alguma, mas, se necessário, omitir
Colocar informações falsas ou alterá-las,
como no caso das competências em línguas, pode, ao invés de beneficiar o
profissional, prejudicá-lo. “Se a pessoa faz isso com currículo, entende-se que
fará em outras oportunidades”, alertou Jane. No entanto, Abrileri afirmou que
omitir algumas informações pode evitar problemas. “Se tem algo que você tem
vergonha, não fale. Se o seu conhecimento de inglês é básico, não coloque.”
10 - Evitar erros de
português
Mesmo que a vaga desejada não exija
conhecimentos da língua portuguesa, os erros devem sempre ser evitados.
“Qualquer currículo com erro de português desanima qualquer um”, alertou
Abrileri. Segundo ele, caso haja dificuldades com a língua, deve-se pedir ajuda
para alguém que saiba antes de enviar o currículo.
11 - Caso o candidato seja
portador de deficiência, deve incluir essa informação
Incluir no currículo que é portador de
deficiência pode ser benéfico para o profissional. “Há hoje uma escassez de mão
de obra de pessoa com deficiência”, disse Abrileri, acrescentando que as
necessidades do profissional para trabalhar devem também estar presentes,
porque a empresa tem que estar preparada.
12 - Mesmo quem nunca
trabalhou sempre tem o que incluir no currículo
Para aqueles que estão no começo de sua vida
profissional, o currículo deve conter estágios, experiências obtidas na
faculdade, trabalhos voluntários e cursos. “Sempre tem o que incluir”, disse
Jane. “Vai ter momentos em que a empresa vai querer o profissional sem nenhuma
experiência, e quem tem, perde”, disse Abrileri. “É preciso apenas buscar uma
empresa que esteja de acordo com o perfil profissional”, destacou.
13 - Cores e formatos
diferentes são permitidos, desde que haja bom senso
Alguns profissionais tentam chamar a atenção
pela estética do currículo, construindo-o com cores e formatos diferentes dos
usuais. Para a consultora Jane Souza, antes de pensar na cor, o currículo deve
ser organizado e objetivo. “Não há problema em utilizar (cores), mas deve ser
limpo. O importante é ser organizado. Sendo assim, pode ser verde, amarelo...”,
afirmou. Já o presidente da Curriculum aconselha os profissionais a começarem
com uma estrutura padrão, “bastante funcional”: nome centralizado; abaixo, em
uma fonte menor, dados de contato; em seguida, em uma fonte maior que a do
nome, o objetivo profissional; e depois o currículo. “O que o candidato busca é
mais importante que o nome”, disse ele.
14 - Incluir o último
salário depende do cargo e do candidato
Quem opta por incluir o valor do último
salário recebido, pode, mais do que ajudar a empresa na hora de selecionar os
candidatos, ajudar a si próprio. Porém, há o risco de a empresa não chamar o
candidato, caso o salário do cargo disponível seja menor que o informado. “Se
você for focado em salário, diga (o valor) para não perder tempo, se não,
coloque ‘a combinar’”, afirmou Abrileri, acrescentando que não há problema em
não colocar o item.
15 - Ter currículos e
perfis na internet com cuidado
Ter currículos e perfis em redes sociais é
importante, até porque algumas empresas pesquisam informações do candidato na
internet antes de chamá-lo à entrevista. No entanto, devem-se evitar
informações que prejudiquem a imagem do profissional. “Tem que ter bom senso.
Fotos pertinentes à área profissional, contatos... Pode descrever com mais
detalhes as experiências profissionais, mas sem abusos”, alertou Jane.
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