CONSIDERAÇÕES POLÍTICAS
Após a copa do mundo de
futebol, começa a campanha eleitoral para as eleições. Já é ora dos candidatos
começarem a se pronunciar e explicitar as suas intenções em matéria de política
econômica, educação, saúde, segurança pública, mobilidade urbana e política
exterior.
A política do atual
governo já está mais do que clara: ênfase na distribuição de renda
(distribuição de dinheiro) por meio de
programas sociais e respeito relativo às regras neoliberais e ao famoso tripé
composto por meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário. O governo
opera sempre no limite, com a inflação perto do teto da meta (6,5%), flutuação
suja no câmbio e superávit primário cadente.
O ritmo do crescimento
econômico do país vem sendo bastante baixo. Foi de 2,3% no ano passado e deve
cair para uma média de 2% ao ano no governo Dilma. Se o respeito ao receituário
neoliberal fosse mais rigoroso, certamente teríamos tido um crescimento ainda
menor ou recessões pelo caminho. Não é o que se recomenda para o Brasil.
Brincar de recessão em um país tão grande e rico com população pobre representa
um risco de tamanho incalculável.
Esta política monetária
atual colocou o país novamente entre os campeões mundiais do juro alto e quando
o governo atual pretende dar prioridade ao crescimento da economia e do
emprego.
Os pré-candidatos de
oposição precisam explicitar com detalhes suas propostas macroeconômicas. Não
adianta apresentar versões genéricas,
eles precisam ir a detalhes.
É necessário que
apareça um candidato com propostas que vão de encontro aos interesses dos
eleitores e do povo e possam fazer um governo que agrade a maioria da nação.
Dentre os temas de
interesse nacional, exporemos alguns que merecem uma atenção maior:
·
Pagamento de Superávit primário (dívida
pública) e investigação rigorosa do endividamento e estabelecer regras para
pagar o que deve sem prejudicar outros investimentos.
·
Abolir o Horário de Verão, inútil e
desnecessário.
·
Desonerar a folha de pagamento dos
empregados, abolindo o desconto de Imposto de Renda.
·
Corrigir anualmente a Tabela do
Imposto de Renda sem cortes e conforme os índices oficiais.
·
Estabelecer um Salário Digno para os
professores através do aumento do Salário Mínimo dos Professores.
·
Diminuir o número de congressistas
(Câmara Federal e Senado).
·
Cortar despesas em todos os níveis
para sobrar dinheiro para investimentos.
·
Investir pesado em Educação e Saúde
para tirar o atraso de 30 ou 40 anos no desenvolvimento do país.
·
Dar prioridade ao transporte público
principalmente o ferroviário.
·
Na política externa, parar de fazer
gracinha com o nosso dinheiro investindo nos governos de Cuba, Haiti e Angola. A prioridade de investimentos
é aqui internamente para beneficiar o povo.
·
Praticar a austeridade com a coisa
pública em todos os níveis e punir rigorosamente os corruptos e corruptores.
·
Promover o crescimento e o emprego
com políticas públicas adequadas.
·
Reformular o ensino público em todos
os níveis para propiciar o ensino técnico com melhor qualidade.
·
Diminuir o empreguismo e o número de
funcionários públicos. Trabalhar com menos funcionários com maior qualidade e
salários justos.
É bom lembrar que formulações genéricas e medo de explicitar as próprias
convicções sobre temas polêmicos, não formam opinião e não conquistam
eleitores.
Fonte: Jornal Hoje em dia do dia 28/01/2014
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