quarta-feira, 27 de novembro de 2013

SALÁRIO DE PROFESSORES



Professores do melhor colégio no Enem ganham em média R$ 15 mil
  • Com mensalidade de R$ 1,3 mil, Colégio Bernoulli, de Belo Horizonte, ficou em primeiro lugar no ranking do exame de 2012
  • No Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, melhor colocado da rede pública, salários vão de R$ 2 mil a R$ 6 mil
·         Belo Horizonte — Em Minas Gerais estão o melhor colégio particular e a melhor escola pública do país do Enem 2012. Localizado no bairro de Lourdes, na zona sul da capital, uma das mais caras da cidade, o Colégio Bernoulli alcançou o topo com a média de 722,15 pontos. No ano passado seus 234 alunos do 3º ano fizeram a prova. Ligado à Universidade Federal de Viçosa (UFV), o Colégio de Aplicação, mais conhecido como Coluni, está no quarto lugar no ranking geral e na primeira colocação entre as escolas públicas com a pontuação de 706,22.
·         O atual primeiro colocado foi o terceiro no ano passado e, pelo sétimo ano consecutivo, aparece entre as dez melhores posições do Enem. Para estudar no Bernoulli, o aluno precisa desembolsar R$ 1.300 de mensalidade. O valor inclui material didático e direito a monitoria, simulados de avaliações e aulas extras específicas por área. Também em curva ascendente no ranking do Enem, o colégio da cidade de Viçosa, na Zona da Mata mineira, já havia sido o primeiro entre os públicos e oitavo geral no último levantamento. Para conseguir uma vaga em uma das duas, é necessário superar rigoroso processo de seleção com provas e avaliação de currículo escolar.
·         No colégio particular da capital, os alunos estudam com apostilas personalizadas, produzidas por editora própria, a partir de ideias da equipe de professores da instituição, formada por 24 professores para os alunos do terceiro ano. Como forma de expansão dos negócios, a maior parte do material didático elaborado é vendido para aproximadamente 100 escolas do país. Na instituição de Viçosa, 30 professores efetivos e seis substitutos trabalham em dedicação exclusiva para ensinar e tirar dúvidas de 160 alunos, divididos em quatro turmas. Os livros são fornecidos pelo governo federal, dentro do Programa Nacional o Livro Didático.
·         O salário dos professores das duas redes é discrepante. Enquanto o Coluni paga de R$ 2 mil a R$ 6 mil mensais, nível de professor do magistério superior, o Bernoulli desembolsa, em média, R$ 15 mil. Nem todos docentes têm o mesmo contracheque, que depende da carga horária. Alguns profissionais podem ganhar mais.
·         Na luta por uma vaga no curso de medicina em Belo Horizonte, São Paulo e Rio, Lyvia Telles, de 17 anos, conta que estuda mais de dez horas por dia. Atualmente, a jovem frequenta um curso pós-Enem, no Bernoulli, voltado para quem vai fazer a segunda etapa em outras instituições de ensino.
·         — De manhã, estudo no colégio e, à tarde, com ajuda de apostilas e provas antigas, em casa — conta Lyvia.
·         Para Renata Pena Rodrigues, coordenadora da área de língua portuguesa da escola Coluni, a participação dos alunos é primordial para o sucesso.
·         — O nosso perfil aqui é de aluno dedicado, comprometido e empenhado com o aprendizado. O Enem é consequência do nosso trabalho como um todo, que envolve competência e disciplina. Nossos professores têm dedicação exclusiva, realizam projetos de pesquisa e, a partir daí, vão refletindo sobre o melhor método de ensino. O grau de comprometimento é tamanho que nem cobramos assiduidade em todas as aulas, mas eles vão assim mesmo — diz a professora.
·         O diretor de ensino e um dos sócios do Colégio Bernoulli, Rommel Fernandes Domingos, tem a mesma opinião.
·         — São jovens muito interessados. É comum ver um aluno chamando o outro para estudar. Ser dedicado aqui é normal — diz o diretor, salientando que material didático exclusivo e bem feito, junto com professores qualificados e bem remunerados é o diferencial do colégio.
·         Para o professor Francisco Soares, do Grupo de Medidas Educacionais da Faculdade de Educação da UFMG, o resultado do ranking confirma o bom momento da educação em Minas. Ele, no entanto, alerta que está na hora de evoluir mais.
·         — A educação em Minas de fato está na liderança nacional. Já que estamos bem, precisamos mudar de patamar de conhecimento em comparação com o nível europeu — sugere Soares.
·         O especialista vê com ressalva a metodologia do ranking. Para Soares, a capacidade dos alunos é sub-valorizada, enquanto a escola é exaltada demais:
·         — Vejo limitações no ranking. É uma visão da realidade, mas não de toda. A boa pontuação é resultado do esforço do aluno ou da escola. Para estudar nessas escolas é exigido um processo de depuração muito grande, todos passam por processos de seleção.
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·         CONCLUSÃO: O salário não é o elemento mais importante na “escala” de satisfação no trabalho, mas, influi positivamente na produtividade e satisfação no trabalho ao lado de um bom ambiente. Professores com bons salários e dedicação exclusiva, produzem e rendem muito mais e trabalhando com alunos dedicados e inteligentes e selecionados, só podem dar bons resultados.





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