Deputados cobram corte de
supersalários de ministros do TCU
MÁRCIO
FALCÃO
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA
Deputados
pressionam o comando da Câmara a encontrar uma fórmula para cortar o pagamento
de quatro ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) cujos vencimentos
ultrapassam o teto constitucional do funcionalismo público, hoje fixado em R$
28 mil.
Uma
reunião para discutir o assunto deverá ocorrer na próxima semana.
Câmara aprova reduzir supersalários; corte trará economia de
R$ 80,4 mi ao ano
Renan Calheiros recua e diz que servidor terá de devolver ganhos acima do teto
Renan Calheiros recua e diz que servidor terá de devolver ganhos acima do teto
Parte dos
parlamentares está insatisfeita com a determinação do tribunal para o corte de
salários de servidores do Congresso.
Técnicos
da Casa foram acionados para avaliar a situação dos ministros José Múcio
Monteiro, José Jorge, Augusto Nardes e Valmir Campelo que, com acúmulo de
aposentadorias e salários, fazem seus vencimentos chegarem aos chamados
"supersalários".
Ex-deputado
e ex-ministro das Relações Institucionais no governo de Luiz Inácio Lula da
Silva, José Múcio soma, por exemplo, salário de R$ 47,3 mil por mês.
Consultores
da Câmara entendem que, como seria a mesma fonte pagadora dos dois vencimentos,
a situação poderia ser enquadrada também dentro do "abate-teto".
Vice-presidente
da Casa, o deputado federal André Vargas (PT-PR) faz críticas ao pagamento dos
ministros, mas afirma que cabe ao próprio tribunal reduzir os salários acima do
teto recebidos por seus integrantes.
"Nós
já cortamos na própria carne, mas não acho que devemos atrair esse tema",
disse Vargas.
"Agora,
o TCU teria que colocar em prática o que vem determinando aos outros. Ninguém
deve ganhar acima do teto", completou o parlamentar petista.
LEGALIDADE
Os
ministros do TCU argumentam que a lei que regula o teto dos servidores permite
que os rendimentos recebidos de planos de previdência fiquem fora do teto,
inclusive os que foram extintos.
No caso
dos quatro ministros, eles contribuíram para o IPC (Instituto de Previdência do
Congresso).
Esse
instituto foi extinto e todos os seus contribuintes passaram a receber
aposentadoria do governo.
Por isso,
eles alegam que têm direito a receber seus vencimentos como ministros e
aposentadoria do governo.
Em outra
frente, na semana passada, técnicos da Câmara, do Senado e do TCU se reuniram e
acertaram a criação de um banco de dados comum para identificar se servidores
ganham acima do teto recebendo pagamentos de mais de um órgão.
A ideia é
realizar um cruzamento de dados e cortar salários que ultrapassem o limite. No
início deste mês, o Congresso determinou o corte dos supersalários de 1.911 servidores,
incluindo os da Câmara e do Senado.
CONTROLE
Um
projeto do líder da bancada do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), apresentado
recentemente na Casa pede a criação de um controle externo da atuação
administrativa e funcional dos ministros, auditores e membros do Ministério
Público junto ao tribunal.
A
proposta do deputado ainda precisa ser analisada e votada pelo Legislativo.
COMENTÁRIOS:
Façam o que eu mando e não façam o que eu faço.....Quero
ver se no Parlamento haverá obediência ou acharão,como sempre,uma saída
"honrosa"(?!?!?!)
Se não houver manifestação nas ruas, aposto que um acordo
vai permitir os super salários tanto no Congresso, como no TCU. É esperar para
conferir.
Esse pessoal que não trabalha, não faz nada, são os que
mais ganham nas tetas do governo e não gostam quando são questionados, acham
que sempre têm razão.
Ao povo as migalhas de um salário mínimo, mínimo dos
mínimos, totalmente defasado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário