Dívida
Pública sobe R$ 34 bi em agosto e se aproxima de R$ 2 trilhões
25 de
setembro de 2013 • 15h55 • atualizado 16h02
O forte
volume de emissões de títulos públicos fez a Dívida Pública Federal (DPF) subir
R$ 34 bilhões em agosto e voltar a se aproximar de R$ 2 trilhões. De acordo com
dados divulgados nesta quarta-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF
fechou o mês passado em R$ 1,992 trilhão, com alta de 1,77% em relação ao
estoque registrado em julho (R$ 1,957 trilhão).
A dívida
pública mobiliária (em títulos públicos) interna subiu 1,69%, de R$ 1,864
trilhão para R$ 1,896 trilhão. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro
emitiu R$ 17,55 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Além disso, o
reconhecimento de R$ 13,98 bilhões em juros contribuiu para o aumento da
dívida. O reconhecimento ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a
pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.
Por causa
da alta de 3,59% do dólar em agosto, a dívida pública externa subiu de R$ 92,70
bilhões em julho para R$ 95,84 bilhões no mês passado. O aumento ocorreu apesar
de o Tesouro Nacional ter recomprado R$ 41,17 milhões em títulos da dívida
externa em agosto.
O
principal fator para a alta da DPF no mês passado é o fato de que agosto não
foi marcado por vencimentos expressivos de títulos públicos, que compensam as
emissões feitas pelo Tesouro e diminuem o aumento do estoque. Em julho, os
vencimentos tinham somado R$ 80,05 bilhões em títulos, contra R$ 12,02 bilhões
no mês passado.
Apesar de
continuar abaixo de R$ 2 trilhões, o próprio Tesouro reconhece que a DPF deve
voltar a subir nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento
(PAF), divulgado em julho, a tendência é que o estoque da Dívida Pública
Federal encerre o ano entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões. Em dezembro, a
DPF ultrapassou pela primeira vez a barreira de R$ 2 trilhões, mas caiu nos
meses seguintes.
Por meio
da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para
honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma
correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos
prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.
Fonte: Agência Brasil
O QUE É SUPERAVIT PRIMÁRIO?
Para entender o significado dessa expressão é útil, antes de
mais nada, lembrar que superávit quer dizer resultado positivo. Surge quando,
ao final de um período, se verifica que os gastos foram menores do que a
receita. Caso contrário registra-se déficit. Isso no orçamento familiar, em
empresas e no governo. O superávit primário se refere às contas do governo.
Toda vez que ele acontece significa que a arrecadação do governo foi superior a
seus gastos. Mas há um detalhe: no cálculo não são levados em consideração os
juros e a correção monetária da dívida pública, deixados de lado porque não
fazem parte da natureza operacional do governo - são conseqüências financeiras
de ações anteriores. O resultado primário, seja ele superávit ou déficit, é um
indicador de como o governo está administrando suas contas.
Fonte: Andréa Wolffenbüttel
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