A ESPIONAGEM ENTRE PAÍSES SEMPRE
EXISTIU E CONTINUARÁ EXISTINDO – SOMOS ESPIONADOS E SE TIVERMOS OPORTUNIDADE
TAMBÉM VAMOS ESPIONAR – O QUE DEVE FUNCIONAR É A CONTRA-ESPIONAGEM É O SISTEMA
DE DEFESA – VEJAM OS FILMES DE JAMES BOND
FONTE: BOB FERNANDES
O pré-sal
do Brasil teria reservas de, no mínimo, 70 bilhões de barris de petróleo. Pode
ter até 80 bilhões de barris, segundo estimativa de quem é muito do ramo. Isso,
a preços do momento, significa uns 8 trilhões e 800 bilhões de dólares. Ou algo
como 20 trilhões e 400 bilhões de reais.
Vinte
trilhões e 400 bilhões de reais equivalem a uns 5 PIBs do Brasil. Cinco vezes
tudo o que o Brasil produz a cada ano.
Por algo
que vale US$ 8 trilhões e 800 bilhões, Estados Unidos, Inglaterra, as chamadas
grandes potências fariam, farão qualquer coisa.
Espionaram
e espionarão o que entenderem ser preciso. Na moita, ou com a colaboração da
própria Polícia Federal, espionaram abertamente o Brasil até o início dos anos
2000. Na marra, fazem e admitem fazer agora.
Isso é
absolutamente inaceitável. Por aqui, por ignorância profunda, acentuado
complexo de vira-lata, ingenuidade ou boçalidade, há quem diga ser
desimportante a ciberespionagem. Ou ache que "isso é assim mesmo".
Não é. Na
Alemanha, em porções da Europa, esse é um importante debate travado nestes
dias. O parâmetro da privacidade de cada um de nós daqui por diante dependerá
da reação, ou da tibieza nas reações, a essa espionagem em escala quase
absoluta.
Com
reservas estimadas em US$ 8 trilhões e 800 bilhões, a preços de hoje, Petrobras
e pré-sal têm sido objeto de opiniões na mídia nas 48 últimas horas. Opiniões
nos mesmos dias e quase sempre na mesma direção.
O leilão
do campo de Libra, de Santos, está previsto para 21 de outubro. O governo
ensaia a formação de um consórcio com a chinesa Sinopec, entre outros parceiros.
Consórcio que aumentaria a presença da Petrobras no negócio.
O que
está posto é, em resumo, um debate que agora concentra duas posições: de um
lado os que defendem a Petrobras ampliando ao máximo sua presença no negócio do
pré-sal. Na outra ponta, os que preferem a participação maior do setor privado.
A estes, no momento, o que resta é defender, torcer para um adiamento do leilão
do campo de Libra.
Quem
entende de Petrobras avalia ser improvável que todo o sistema de defesa tenha
sido quebrado e a espionagem tenha chegado até as informações mais sensíveis do
pré-sal. Mas, ao mesmo tempo, considera a mera tentativa uma brutal agressão
norte-americana.
Não se
pode falar em "deslealdade" porque isso seria ingênuo num jogo de
poder e de trilhões de dólares. O presidente Barack Obama prometeu à presidente
Dilma Rousseff transparência total nas informações sobre ciberespionagem. Isso
até a quarta-feira, 11.
É ver
para crer. E aguardar, a depender do desenrolar, se as agendas serão mantidas.
O leilão do campo de Libra, marcado para 21 de outubro. E a visita de Dilma aos
Estados Unidos, e a Obama, agendada para dois dias depois do anunciado leilão.
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