DESAFIO – COLISOR DE HÁDRONS BUSCA DESVENDAR OUTROS
MISTÉRIOS
CERN
QUER COMPROVAR MATÉRIA E ENERGIA ESCURAS
FONTE: Agência France Presse de Genebra e Jornal
Hoje em dia do dia 26/08/2013
Há
um ano, o colisor de partículas mais potente do mundo, situado perto de
Genebra, na Suíça, fez uma das maiores descobertas científicas da história ao
identificar o que poderia ser o Bóson de Higgs, pedra angular da estrutura
fundamental do universo.
Atualmente, os
computadores do Grande Colisor de Hádrons (LHC), maior laboratório de pesquisas
em física de partículas, localizado na Organização Européia para a Pesquisa
Nuclear (CERN), na fronteira franco-suiça, estão apagados e o túnel gigante
onde a recriação do “Big-Bang” ajudou a capturar a referida partícula está
vazio.
Mas
o silêncio é uma ilusão. As obras de restauração que custarão US$ 54,4 milhões
iniciadas em fevereiro para modernizar este gigantesco tubo de 27 km de circunferência,
enterrado a 100 metros de profundidade, avançam para continuar superando os
limites do conhecimento.
DESCONHECIDO
Quando
as experiências forem reiniciadas, em 2015, os cientistas do CERN usarão a
potência renovada do LHC decididos a demonstrar a existência da energia escura,
a matéria escura e supersimetria, idéias consideradas tão improváveis como o
Bóson de Higgs há meio século.
Enquanto
os engenheiros se concentram na missão técnica, os físicos estão dedicados a
analisar a montanha de dados gerados desde 2010 pelo LHC.
“As
coisas que são fáceis de detectar já foram exploradas e agora estamos dando
outra olhada”, diz Tiziano Camporesi, do CERN, destacando a dificuldade de
lidar com o desconhecido.
As
colisões de partículas do LHC transforma a energia em massa, com a finalidade
de encontrar partículas fundamentais nos escombros sub-atômicos que ajudem os
cientistas a compreender o Universo.
No
auge da atividade, o “velho” LHC era capaz de alcançar impressionantes 550
milhões de colisões por segundo.
O QUE INTERESSA
“A
maioria dos dados não é muito interessante, razão pela qual é um verdadeiro
desafio selecionar e descartar a maior parte escolhendo as coisas
interessantes”, explicou dentro do túnel Mike Lamont, chefe da equipe de
operações.
Os
supercomputadores do CERN estão programados para identificar em microssegundos
as colisões que merecem análise maior – algumas centenas por segundo – antes
que milhares de físicos de todo o mundo esquadrinhem os resultados para avançar
no conhecimento da matéria.
“Queremos
entender como se comportam, porque se chocam entre si e se tornam coisas
pequenas, a que chamamos átomos e núcleos, em escalas muito pequenas em coisas
que chamamos gente e cadeiras e prédios, em escalas maiores, e, depois,
planetas, sistemas solares e galáxias em escalas ainda maiores”, diz o
porta-voz do CERN, James Gillies.
SAIBA MAIS:
Matéria escura e energia escura são
soluções propostas para – explicar
alguns fenômenos gravitacionais. Embora juntas respondam por mais de 95% do
nosso universo, só sabemos da existência delas por meios indiretos, observando
os efeitos sobre o universo e tentando deduzir as propriedades a partir deles.
Ou seja, astrônomos sabem que existem, mas não exatamente o que são. A matéria
é escura porque não emite luz e nem radiação.
A existência do Bóson de Higgs foi
postulada em 1964 pelo – físico
britânico Peter Higgs e outros, na tentativa de explicar uma anomalia
pertubadora: porque algumas partículas têm massa e outras, como a luz, não.
Acredita-se que atue como garfo molhado
em calda e – suspenso no ar
empoeirado: enquanto parte da poeira desliza limpamente, a maioria fica
pegajosa, ou seja, adquire massa. Com a massa se produz gravidade, que atrai
todas as partículas entre si, por isso chamado “partícula de Deus”.
BOSON DE HIGGS – Descoberta da partícula
foi considerada o grande feito científico de 2012.
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