quarta-feira, 24 de abril de 2024

PROJETO DE LEI PARA AUMENTAR A PUNIÇÃO DO MST APROVADO NA CCJ DA CÂMARA

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Em nova iniciativa para tentar emparedar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei para aumentar a punição de quem invade propriedades rurais.

Desta vez, por 38 votos a favor, oito contra e uma abstenção, o colegiado referendou texto que proíbe invasores de terra de receber os auxílios e benefícios de demais programas do Governo Federal (como o Bolsa Família). O projeto também proíbe envolvidos de invasão de tomar posse em cargo ou em função pública.

O texto impede que o poder público contrate invasores de terra, por um prazo de oito anos contados a partir do trânsito em julgado da condenação por esbulho possessório ou invasão de domicílio.

Infratores também não podem se inscrever em concursos públicos, serem nomeados a cargos empregos ou funções públicas num prazo de oito anos. Eles também não podem ser nomeados em cargos públicos comissionados, também pelo mesmo prazo.

“Considerando a gravidade das invasões de propriedades e a necessidade de proteger os legítimos proprietários, é fundamental que o Congresso Nacional aprove a matéria”, argumentou o relator da matéria, Ricardo Salles (PL-SP).

A proposta tem apoio do Centrão e da oposição. “Invasão de propriedade privada dos outros é crime e quem comete crime e pode ser punido pela lei e não pode ser beneficiado pelo Estado”, argumentou Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária.

O Centrão apoiou amplamente a proposta. O PL, o PP, o MDB, o Republicanos, o PSDB, o Cidadania votaram contra. Apenas o PT, o PCdoB, o PV, o PSOL e a Rede votaram contra.

Governistas falam que o projeto impõe uma “pena perpétua” aos invasores de terra. “O projeto abole completamente o direito a cidadania às pessoas condenadas. Em alguns casos, é a pena perpétua, quando retira de um pai ou mãe de família esses benefícios, vai atingir os seus filhos, a sua companheira ou o seu companheiro”, disse o deputado Patrus Ananias (PT-MG). “Esse projeto é uma ofensa à Constituição brasileira.”

A presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL-SC), já tinha afirmado, em março, que o colegiado começaria a ofensiva contra o MST caso houvesse invasão de terras no mês de abril.

Ainda na pauta desta terça-feira há um projeto de lei que visa permitir ao dono de uma terra invadida pedir auxílio de força policial sem precisar recorrer de ordem judicial, bastando apenas apresentar a escritura do imóvel. Essa matéria foi alvo de pedido de urgência que entrou em pauta no plenário da Câmara na semana passada, mas acabou sem ser votada.

Outro projeto de lei que também poderá ser votado ainda nesta terça-feira trata de exigir que movimentos sociais devam ter personalidade jurídica para regular o seu funcionamento. O projeto de lei mira diretamente o MST, que não tem CNPJ. Caso assim tivesse, projetam os autores do texto, o movimento poderia ser responsabilizado civil e penalmente. Ambos os textos devem ser votados na próxima sessão, nesta quarta-feira.

Neste ano, como parte do “Abril Vermelho”, o MST informou nesta segunda-feira, 15, que ocupou territórios rurais em Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

O “Abril Vermelho” refere-se a uma parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que ocorre sempre neste mês, em memória ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. No episódio, 21 pessoas ligadas ao MST foram assassinadas pela Polícia Militar.

Como mostrou o Estadão, a Câmara dos Deputados capitaneia os esforços contra as ações do MST, reunindo o trabalho de parlamentares da oposição e do Centrão.

Essa empreitada se dá, sobretudo, nos colegiados de Constituição e Justiça (CCJ) e de Segurança Pública, assim como envolve a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o próprio presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

O post CCJ da Câmara aprova PL para impedir invasor de terra de ter acesso a benefícios do governo apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

CONFLITOS NO CAMPO BATE RECORDE NO GOVERNO LULA

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Durante o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o País registrou 2.203 ocorrências relacionadas a conflitos no campo. Trata-se do maior índice anual registrado pelo relatório Conflitos no Campo, organizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) desde 1985. A edição de 2023 foi divulgada pela entidade nesta segunda-feira, 22.

As ocorrências englobam conflitos relacionados a posse de terras, questões trabalhistas e acesso a recursos hídricos. Segundo a CPT, em 2023, 950.847 pessoas foram diretamente afetadas pelos embates no campo. A área envolvida nos conflitos passa dos 59 milhões de hectares, de acordo com o relatório.

Os Estados da região Norte concentram a maior parte dos conflitos, somando 810 ocorrências. As unidades da federação com os maiores registros são Bahia, com 249 casos, Pará, com 227, e Maranhão, com 206.

O relatório também apresenta um mapeamento dos agentes e das vítimas da violência no campo. Segundo a comissão, os alvos mais frequentes em 2023 foram povos e comunidades tradicionais, com 1.394 vítimas, sem-terra, com 388 casos, e trabalhadores rurais, alvos de violência em 254 episódios.

Já os agentes causadores de ações violentas mais frequentes foram fazendeiros, com 557 ocorrências, forças militares ou do poder público, com 440, e empresários, em 361 casos.

Trabalho análogo à escravidão bate recorde

O número de pessoas resgatadas em condição de trabalho análoga à escravidão foi o maior dos últimos dez anos, segundo a CPT. O relatório compilou que, em 2023, 2.663 pessoas foram resgatadas nessa circunstância. O Estado com o maior número de ocorrências do gênero foi Goiás, com 699 pessoas resgatadas, seguido por Minas Gerais, com 472, e Rio Grande do Sul, com 323.

No total, houve resgate de trabalhadores em condição análoga à escravidão em 207 municípios de 23 Estados do País. A produção de cana-de-açúcar foi a atividade com a maior incidência de resgates, com 618 ocorrências, seguida por lavouras permanentes, com 598, e lavouras temporárias, com 477.

Conflito se acirra sob governo progressista, dizem autores

Os autores do relatório ressaltam que o conflito no campo se acirra mesmo sob um governo que mantém canais de diálogo com movimentos sociais ligados à questão agrária, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

“Não há um enfrentamento da questão agrária brasileira por parte dos governos progressistas”, dizem os organizadores. “Os números das violências contra pessoas nos governos progressistas estiveram bem próximos a variação média do período dos últimos 10 anos”, diz o relatório.

A questão agrária esteve na pauta do Congresso em 2023. Além da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, que pretendia investigar as invasões do movimento, mas terminou sem relatório final, houve a aprovação da Lei do Marco Temporal.

O marco temporal é uma interpretação de um artigo da Constituição Federal. Esse entendimento prevê que uma terra indígena só pode ser demarcada com a comprovação de que os povos originários estavam no local requerido na data de promulgação da Constituição, ou seja, no dia 5 de outubro de 1988.

A Câmara aprovou o marco temporal em maio de 2023. Em setembro, o STF derrubou a tese e invalidou o argumento da linha de corte temporal. Mesmo assim, seis dias depois da decisão da Suprema Corte, o texto foi aprovado no Senado. Ao sancionar a lei, em outubro, Lula vetou o trecho que causaria o impasse jurídico, mas o Congresso derrubou o veto em dezembro.

Nesta segunda, 22, o ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu todos os processos judiciais – em curso em qualquer instância do Judiciário – que tratem da Lei do Marco Temporal.

O post Índice de conflitos no campo bate recorde no governo Lula, mostra relatório apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

GOVERNO TAXA O AÇO IMPORTADO DA CHINA

História de FÁBIO PUPO – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo anunciou nesta terça-feira (23) que decidiu estabelecer cotas para a importação de aço e aumentar para 25% o Imposto de Importação sobre o volume excedente.

A decisão atende a um pleito das siderúrgicas brasileiras, que afirmam haver uma invasão do aço chinês no país. Os produtos que foram alvo da medida têm tarifas hoje que variam de 9% a 12,6%.

Segundo o governo, a medida deve entrar em vigor em aproximadamente um mês e valerá por um ano. São afetados 11 produtos ligados a ferro e aço, que poderão ser importados de acordo com o imposto atualmente vigente até limites que variam entre 1.261 e 470 mil toneladas.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) afirmou que, após análises, conclui-se pela necessidade da iniciativa em relação a produtos que tiveram importação 30% maior em 2023 do que na média das compras observadas entre 2020 e 2022. Foi concluído que 15 itens se encaixam no critério, mas quatro apresentaram variações de preço que demandam mais avaliações.

O vice-presidente e ministro do Mdic, Geraldo Alckmin, afirmou que a medida foi tomada após uma análise criteriosa por parte do governo e da verificação de um crescimento de mais de 1000% na importação em alguns casos. “É uma indústria importante, uma indústria de base necessária ao país”, afirmou.

De acordo com o governo, estudos técnicos mostraram que a medida não trará impacto nos preços ao consumidor ou a produtos de derivados da cadeia produtiva. Durante os 12 meses, será monitorado o comportamento do mercado e a expectativa oficial é que a decisão contribua para reduzir a capacidade ociosa da indústria siderúrgica nacional.

A decisão foi tomada nesta terça pelo comitê-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), colegiado do governo federal que reúne dez ministérios, após as siderúrgicas nacionais protocolarem pedido para aumentar a alíquota do Imposto de Importação de diversos produtos ligados ao aço para até 25%.

No Brasil, as compras de produtos estrangeiros alvo da medida cresceram 29% em 2023 na comparação com um ano antes. A China responde por 83% das importações feitas pelo Brasil quando considerada apenas essa lista.

Enquanto isso, a produção nacional de aço bruto apresentou queda de 8% em 2023 na comparação com um ano antes, segundo dados do Instituto Aço Brasil (considerando apenas o acumulado até setembro, dado mais recente disponível).

A elevação do tributo para importações foi decidida mesmo após uma coalizão de 16 entidades de segmentos da indústria ter reagido à demanda das siderúrgicas nacionais e deflagrado uma mobilização na tentativa de barrar a sobretaxa. Conforme mostrou a Folha, o grupo argumenta que o aço do Brasil já é o mais caro do mundo quando comparado aos preços no mercado interno de vários países.

O aço é um insumo essencial usado na produção da indústria de produtos de maior valor agregado e tecnologia, como máquinas e equipamentos, automóveis, ônibus, caminhões, eletrodomésticos, autopeças e construção civil.

Barreiras à importação do insumo também estão em discussão em outros países em meio ao avanço da produção da China. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer triplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio importados do gigante asiático, por considerar que existe uma concorrência injusta que penaliza os trabalhadores americanos.

A quase seis meses da eleição presidencial, Biden afirmou durante comício na Pensilvânia, estado-chave para as eleições, que as siderúrgicas chinesas não precisam se preocupar em lucrar, porque o governo chinês as subsidia. “Não competem, trapaceiam”, afirmou.

Segundo a agência de notícias AFP, um recorde de dez milhões de toneladas de aço chinês inundaram a América Latina no ano passado. O cenário gerou reações em países como México e Chile.

Nas últimas duas décadas, a China aumentou sua participação no mercado mundial de aço de 15% para 54%, de acordo com dados da Alacero (Associação Latino-Americana do Aço).

Segundo Alckmin, foram aprovadas nesta terça também a redução tarifária para 225 produtos ligados a máquinas e equipamentos que não têm produção nacional equivalente e o financiamento pré-embarque para auxiliar principalmente a exportação da indústria de defesa.

 

ECONOMIA DO BRASIL FICA PREJUDICADA COM O FRACASSO DO ARCABOUÇO FISCAL

Professor Ives Gandra da Silva Martins

Os jornais têm destacado, diariamente, notícias sobre a economia do Brasil, expressando especial preocupação com o aumento do dólar, o que vai implicar possivelmente uma nova intervenção do Banco Central, com o fracasso do arcabouço fiscal e com a não realização das previsões feitas pelo Ministro Haddad no início no governo.

É evidente que o Ministro foi, de certa forma, prejudicado pelo Presidente Lula no momento em que este não valorizou o arcabouço. Isso faz com que os empresários que investem para que as empresas cresçam no mercado, que gera empregos, pois afinal é o mercado que mede, com sua sensibilidade, se a economia vai bem ou vai mal, fiquem inseguros diante desse cenário.

No momento em que o presidente não deu muita importância à luta do ministro Fernando Haddad, este foi obrigado a reduzir o seu plano, mostrando que o arcabouço fiscal, que já era fraco, ficou muito pior do que o teto de gastos, do Presidente Temer.

Isso tem implicado desconfiança cada vez maior, de que nem mesmo esse novo arcabouço, com novos dados, será respeitado. Fato é que teremos déficit esse ano, assim como tivemos ano passado e, possivelmente, teremos nos próximos anos, pois a economia está fragilizada. O dólar começa a aumentar não só porque a economia americana é mais forte, obrigando o Banco Central americano a não reduzir os juros para evitar a inflação, mas também porque a economia do Brasil, sendo mais fraca, não possui um plano econômico, já que o arcabouço está vazado pelo próprio governo e o setor mais produtivo, que é o agropecuário, está precisando lidar, no mês de abril, com a invasão de terras pelo MST em nove Estados e com o presidente Lula, segundo os jornais, fazendo a seguinte declaração: “eles têm o direito de brigar”.

Vale dizer, invasão de terras, insegurança jurídica para o setor brasileiro que mais progride (agropecuário) e um arcabouço fiscal insustentável formam uma soma de más notícias que dá saudades do teto de gastos que Michel Temer fixou para segurar a inflação provocada por um governo absolutamente fragilizado, por uma política incorreta no campo econômico da presidente Dilma, a qual acarretou o seu impeachment, levando à justa declaração do presidente do Banco Central brasileiro do risco de medidas mais drásticas do BC para combater eventual surto inflacionário.

Então, a falta de programa econômico, as declarações levianas do presidente Lula, como essa das invasões do MST, a fragilização do arcabouço, a falta de um plano econômico, uma política em que o dólar avança, a Bolsa cai, geram uma sensação de que, com um ano e quatro meses, o governo Lula ainda não fez um programa econômico para o desenvolvimento do país.  

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho ( Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

 

MARCO CIVIL DA INTERNET COMPLETOU 10 ANOS DIA 23/04

 

Patricia Peck, CEO, sócia fundadora do Peck Advogados, advogada especializada em Direito Digital

Julgamento deve ocorrer até fim de junho, segundo ministro Dias Toffoli; em dez anos, o STJ registrou 1.466 decisões sobre o Marco Civil da Internet já proferidas

Em nota divulgada recentemente pela assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli disse que deve liberar o julgamento sobre o Marco Civil da Internet até o fim de junho deste ano. O caso, que discute a responsabilidade das plataformas digitais por conteúdos publicados por seus usuários, chegou a ser pautado no ano passado, mas foi suspenso para aguardar o julgamento do projeto de lei (PL) das Fake News na Câmara. A matéria, contudo, não avançou no Congresso por falta de consenso. O Marco Civil da Internet (Lei 12.695/2014) completa hoje (23/04) 10 anos.

O Marco é uma norma legal que disciplina o uso da Internet no Brasil por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres e determina as diretrizes para a atuação do Estado em caso de irregularidades. Para se ter uma ideia, a Internet chega a 84% dos brasileiros de dez anos ou mais. Quanto mais pessoas conectadas, mais importante são as condutas no ambiente virtual. Em dez anos, o STJ registrou 1.466 decisões sobre o Marco Civil da Internet já proferidas. 

Um dos pontos cruciais da legislação ainda é a privacidade dos usuários e de seus dados pessoais. A polêmica envolvendo o empresário Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, mostrou a necessidade urgente de o Brasil atualizar a legislação, o que deve amplificar ainda mais as discussões sobre o tema. A lei garante também a liberdade de expressão, pois os conteúdos publicados só podem ser retirados com autorização do autor ou com ordem judicial e os provedores de acesso e de serviços não podem ser responsabilizados pelo que os usuários publicam. Existe por trás um modelo que vive do engajamento.

As empresas que atuam em meio digital precisam adotar uma postura colaborativa com o Poder Judiciário e, em paralelo, evitar responsabilidade perante seus usuários, que tiveram suas informações reveladas indevidamente. Segundo a lei, qualquer pessoa pode fazer um pedido judicial de quebra de sigilo de dados, desde que apresente indícios de que o usuário tenha cometido um ilícito contra si em meio virtual, apresente a justificativa da utilidade dos dados solicitados, para fins de investigação ou instrução probatória, e indicação do período a que se referem os registros, ou seja, em qual período foi cometido o ato considerado abusivo.

O Marco Civil da Internet não resolve os problemas de conduta no ambiente on-line, mas uma coisa é certa: as dezenas de artigos debatidos na construção da lei serviram de inspiração para legislação similar em países como Argentina, França e Itália, mostrando sua importância e eficácia no território nacional. Contudo, dez anos de experiência da lei nos mostra que ainda há muito o que discutir, principalmente na relação entre empresa e usuário.

NO DIA MUNDIAL DO LIVRO EXECUTIVOS INDICAM LIVROS QUE MARCARAM SUAS CARREIRAS

 

CEOs e lideranças executivas indicam livros que impactaram suas carreiras

Dia 23 de abril é celebrado o Dia Mundial do Livro e, para marcar a data, CEOs e executivos líderes de grandes empresas no Brasil indicam os livros que marcaram suas carreiras e foram importantes na construção de uma trajetória de sucesso das companhias que lideram e em suas vidas pessoais.

Indicações:

Boa Safra (SOJA3):

Marino Colpo – CEO

Livro indicado: Empresas Feitas para Vencer

Motivo: O livro “Empresas Feitas para Vencer” nos guia de maneira prática a pensar como tornar uma empresa excelente, acima dos padrões, e permanecer desta forma constantemente.  O caminho da construção à ruptura, apresentado pelo autor, desenha passos para tornar a empresa um exemplo fora da curva.

Um dos aspectos mais impactantes do livro foi a identificação de sete características fundamentais que distinguem as empresas “boas” das “excelentes”. Collins nos proporciona um roteiro claro de impulsionamento que foi importante para mim na trajetória de crescimento da Boa Safra, especialmente na criação do IPO e nos anos seguintes.

Outro conceito determinante para o sucesso apresentado por Collings que aplico na Boa Safra é a “liderança de nível 5”, composta por indivíduos humildes, determinados e com foco nos resultados. Essa abordagem inspirou a criação de um modelo de liderança distribuída na Boa Safra, onde o talento e a expertise são valorizados em todos os níveis da organização.

Indico a leitura para todos que desejam elevar seus resultados para além da média e se manterem relevantes em um mercado cada dia mais competitivo

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Farmax

Ronaldo Ribeiro – CEO da Farmax

Livro indicado: Torto Arado, de Itamar Vieira Junior.

Descrição do executivo: o livro é capaz de gerar um impacto na vida

Motivo: “É um livro que, na minha opinião, toda pessoa brasileira deveria ler. Ele traz a história de duas irmãs cujas trajetórias nos possibilitam aprendizados e discussões muito importantes sobre a construção da sociedade brasileira e sua consequente desigualdade. Um livro que nos transporta a séculos atrás e que nos mostra que o presente não é tão diferente assim. Entretanto, o presente, claro, é responsabilidade nossa”.

Livro indicado: Coragem para Liderar, de Brené Brown.

Motivo: O livro é capaz de gerar um impacto no conhecimento sobre gestão

Motivo: Traz a perspectiva de que o ato de liderar não tem a ver com cargo, status ou poder. E, sim, com o reconhecimento do potencial das outras pessoas, o propósito genuíno de construir um futuro melhor e a coragem de fazer isso acontecer. Um belo chamado para os tempos atuais.

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Afya

Virgílio Gibbon – CEO da Afya

Livro indicado: “Outlive: a arte e a ciência de viver mais e melhor”, de Peter Attia

Motivo: O autor, que é médico e cientista, aborda de forma ampla e prática questões sobre saúde física e mental e mergulha em temas como alimentação, atividade física, sono e estresse. O livro traz insights baseados em evidências científicas sobre como alcançar uma vida mais longa e plena, e que tento aplicar diariamente na minha vida. Para mim, saúde é prioridade número um para eu poder me dedicar a minha família e ter uma vida produtiva no trabalho. Como na Afya saúde e bem-estar está no centro da nossa estratégia, sempre recomendo esse livro aos nossos médicos, alunos e colaboradores que desejam desfrutar de uma vida mais saudável e melhor.

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Herbalife

Jordan Rizetto – Vice-presidente de marketing da Herbalife para as Américas Central e do Sul

Indicação: “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu.

Descrição do Executivo: o livro é composto por ensinamentos que abordam aspectos diversos da guerra, como planejamento, táticas, terreno, espionagem, liderança, disciplina, etc.

Motivo: “Algumas das lições que mais me marcaram foram: conheça a si mesmo e ao seu inimigo e você nunca temerá o resultado de cem batalhas; a suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar; o melhor general é aquele que vence sem entrar em combate; a invencibilidade está na defesa, a possibilidade de vitória está no ataque; evite o que é forte, ataque o que é fraco; a oportunidade de uma vitória rápida é criada pelo próprio inimigo; a guerra é baseada no engano; se for capaz de confundir o inimigo, ele perderá a cabeça e será derrotado. Estes são apenas alguns exemplos dos ensinamentos que este livro contém e que me ajudaram a desenvolver uma mentalidade estratégica, analítica e pragmática”.

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Pravaler

Carlos Furlan, CEO do Pravaler

Indicação: Sonho grande: Como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira revolucionaram o capitalismo brasileiro e conquistaram o mundo.

Descrição do executivo: A obra busca inspirar CEOs a repensarem suas estratégias, buscando sempre a excelência, a inovação e o crescimento sustentável dos seus negócios.

Motivo: “O livro tem uma visão valiosa sobre liderança, inovação e estratégia empresarial. Ao ler sobre a trajetória de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, fica claro que eles revolucionaram o cenário empresarial e ampliaram suas conquistas para além do Brasil. A abordagem de gestão focada em meritocracia, eficiência e cultura corporativa, são aspectos inspiradores para qualquer CEO. Isso é extremamente importante para impulsionar qualquer crescimento e inovação dentro de uma empresa. Uma das principais lições que posso extrair dessa obra é a importância de ter uma visão ambiciosa e grandiosa para o sucesso nos negócios e que, mesmo diante de desafios e obstáculos, é preciso se reinventar e aproveitar as oportunidades que surgirem ao longo do caminho, sempre com muito conhecimento e resiliência”.

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Localiza&Co

Daniel Linhares, diretor executivo de Gente

Livro Indicado: A mentalidade do fundador: A chave para sua empresa enfrentar as crises e continuar vencendo, autores Chris Zook e James Allen.

Motivo: O livro discute como as empresas podem alcançar e manter o crescimento sustentável. Os autores apontam que aquelas que não conseguiram ter sucesso nos negócios, na maioria das vezes, foi por razões internas e crises previsíveis em todas as fases do negócio. A saída para uma gestão eficiente dos desafios é manter a paixão, o comprometimento e a visão que os fundadores têm quando começam suas empresas. Esse espírito é o que impulsiona o crescimento sustentável.

Essa abordagem sobre como as empresas ganham escala e mantêm a atitude de dono presente em cada uma das dimensões do negócio tem muita sinergia com a cultura da Localiza&Co que vem crescendo e garantindo a mentalidade de fundador em cada um dos seus líderes.

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Will Bank

Felipe Félix – CEO

Kellanova (antiga Kellogg)

Alberto Raich – Vice Presidente e Gerente Geral da Kellanova Brasil

Livro indicado: Execução: A disciplina de fazer as coisas – Larry Bossidy, Ram Charan, Charles Burck

Motivo: Ser um líder não se trata apenas de ter ideias geniais ou visões grandiosas; trata-se de arregaçar as mangas e torná-las uma realidade. Li pela primeira vez por indicação do CEO da Kellogg, quando eu ainda era um jovem gerente, ansioso para deixar minha marca no mundo corporativo e teve um impacto profundo em minha jornada de liderança.

O que me chamou a atenção foi sua mensagem clara sobre a importância de priorizar resultados e enfatizar o processo de execução dentro da organização. São lições atemporais sobre responsabilidade, foco e acompanhamento. Para qualquer líder que busque concretizar suas visões e alcançar resultados tangíveis, este livro é uma leitura indispensável.

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Grupo SADA

Daniela Medioli, vice-presidente executiva do Grupo SADA

Livro indicado: Liderando mudanças: transformando empresas com a força das emoções, John Kotter

Motivo:

Vivemos em um mundo de mudanças constantes, assim como os mercados nos quais atuamos. Para me manter atualizada neste cenário de transformações, cultivo sempre o hábito da leitura e acompanho de perto a obra de diversos autores, um deles é John Kotter, professor da Harvard Business School, conhecido internacionalmente como a maior autoridade sobre mudança, negócios e liderança empresarial. Meu livro favorito é “Liderando mudanças: transformando empresas com a força das emoções”, que indico e costumo presentear a amigos e executivos do Grupo SADA.

O autor salienta que trabalho duro, sentido de urgência, bom planejamento e a construção de bases adequadas são essenciais para aumentar as chances de sucesso em um programa de transformação e resiliência organizacional. Para isso, ele propõe um processo de 8 etapas, com base na comunicação, desenvolvimento de uma visão estratégica, empoderamento e estabelecimento de novos métodos na cultura organizacional. Vale a leitura!

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Randstad Brasil

Fabio Battaglia – CEO da Randstad Brasil

Livro indicado: Organizações Infinitas de Cristiano Kruel, Junior Borneli e Piero Franceschi.

Motivo: Em meio a várias mensagens cruciais para a sobrevivência das empresas a longo prazo, destaco a imprescindível necessidade de capacitar os membros da equipe e investir em seu desenvolvimento para erguer organizações resilientes e flexíveis. Líderes que delegam com maestria, fomentam a autonomia e nutrem o crescimento profissional de seus colaboradores não apenas impulsionam a inovação, mas também promovem a agilidade organizacional. Sou grato por ter sido privilegiado ao longo da minha trajetória profissional por contar com diversos líderes que personificam esses princípios, e me empenho em replicar esse modelo com afinco junto às minhas equipes.

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RD Station

Juliano Tubino (CEO da RD Station)

Livro indicado: “Atravessando o Abismo”, de Geoffrey A. Moore

Motivo: É um livro que trata dos desafios e caminhos necessários para levar a inovação e a disrupção para as massas. Mesmo eu tendo lido no final dos anos 1990, ainda o considero muito relevante e prático nos dias atuais. Ele se conecta com conceitos de segmentação, nicho, mercado massivo e ciclos rápidos de inovação, temas cada vez mais relevantes nos dias de hoje. Além disso, tive o prazer de participar de um workshop com o próprio autor.

Livro indicado: Metamanagement: o Sucesso Além do Sucesso”, de Fredy Kofman

Motivo: Esse livro traz um modelo incrível voltado ao gerenciamento de equipes, de empresas e até de você mesmo, de forma pragmática, científica e racional, mesmo tendo como base conceitos básicos de psicologia aplicada a negócios. Seu conteúdo me trouxe frameworks e modelos mentais que ficaram para o resto da vida.

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Roche Farma Brasil

Lorice Scalise, presidente da Roche Farma Brasil

Livro indicado: Ioga, de Emmanuel Carrère

Motivo: É uma obra que discute questões como meditação, depressão, autoconhecimento, relações humanas e saúde mental. O hábito da leitura sempre esteve presente na minha vida – essencial para aqueles momentos de pausa e alívio da mente. Nos dias de hoje, com a inteligência artificial e a automatização se consolidando de forma tão ágil e significativa, é também uma prática necessária para estimularmos, cada vez mais, o nosso raciocínio crítico. Na Roche, podemos fazer isso de forma coletiva, em nosso clube do livro, ampliando o  olhar sobre diversidade, equidade e inclusão. O primeiro livro eleito pelo clube foi justamente Ioga, de Emmanuel Carrère, uma obra que discute questões como meditação, depressão, autoconhecimento, relações humanas e saúde mental.

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Roche Diagnóstica

Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil

Livro indicado: “Comece pelo porquê: Como grandes líderes inspiram pessoas e equipes a agir”, do Simon Sinek

Motivo: A obra discute a importância de sempre começar pelo porquê, seja das organizações seja de nós mesmos. Esse livro me inspirou muito como líder e como pessoa. Descobri que, nas organizações, a consequência de começar pelo porquê é que teremos parceiros e clientes mais fidelizados, pessoas mais engajadas e mais clareza no nosso caminho. Mas também é essencial descobrir o porquê em cada um de nós. Por que fazemos aquilo que fazemos? Por que trabalhamos em cuidados e produtos inovadores na área da saúde, por exemplo? Por que levantamos todos os dias? Na vida, há muitas conexões nas escolhas que fazemos. É preciso entender o porquê das organizações e o porquê de cada um de nós e, depois, conectá-los. Quanto mais o nosso porquê individual estiver conectado com o porquê das organizações, haverá muito mais alinhamento e propósito para termos êxito no nosso trabalho e na nossa vida.

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BlaBlaCar

Tatiana Mattos, head da BlaBlaCar no Brasil

Livro indicado:

“Sidarta”, de Hermann Hesse. “Uma obra que me convidou a ouvir a minha alma e ser fiel a ela. Uma lição sobre paciência, autoconfiança e busca de sentido.”

“Pense de novo”, de Adam Grant. “Uma aula sobre como exercitar a abertura da mente, sobre a riqueza da dúvida. Imperdível!”

FANS TOKENS DA VALEON

Os Clubes de Futebol no Brasil e no Mundo estão alinhados fora de campo e estão investindo em inovação e no mercado de criptoativos, mais especificamente as Fans Tokens que são moedas digitais chamadas de CHILIZ(CHZ).

A novidade é atribuir um valor de ativo financeiro a um produto com o qual o fã cria relacionamentos e experiências com o Clube de Futebol e que antes era apenas um serviço sem valor de revenda ou de valorização desse ativo. As Fans Tokens ajudam os clubes a melhorar a parte financeira.

Assim como nenhum elemento do marketing faz nada sozinho, não só em clubes, mas em qualquer empresa, as Fans Tokens também precisam ter a imagem trabalhada para chegar ao consumidor de forma clara, oferecendo algo que seja palatável e legível ao torcedor, ou seja, as pessoas precisam entender do que se trata este ativo digital para poder consumi-lo.

Como toda inovação, as Fans tokens ainda estão numa fase inicial e todos nós estamos aprendendo com elas. Não podemos perder de foco é que a tecnologia não pode ser o fim, a tecnologia é simplesmente o meio e é a chave para o engajamento e temos que compreender que a tecnologia pode gerar lucro, construir operações sustentáveis, proteger a integridade da concorrência, desenvolver multiplataformas e muito mais.

Engajar os fãs não é algo exclusivo do esporte. Pelo contrário, todas as marcas querem encantar seus consumidores e engajá-los das mais variadas formas. Descobrir essas formas é uma das muitas atividades de quem trabalha com comportamento do consumidor.

Em marketing, podemos definir o engajamento do cliente como os comportamentos espontâneos, interativos e cocriativos do consumidor, principalmente em trocas não transacionais entre consumidor e empresa para atingir seus objetivos individuais e sociais.

Em outro contexto, porém, podemos pensar no engajamento como um estado de espírito motivacional relacionado à marca e dependente do contexto de um cliente, caracterizado por níveis específicos de atividade cognitiva, emocional e comportamental nas interações da marca. E, nesse aspecto, surge um fator importante: como os consumidores engajados fornecem referências e recomendações para produtos específicos, o engajamento do cliente é um elemento-chave nas estratégias das empresas para o desenvolvimento de soluções, de novos produtos e retenção de clientes. É aqui que surge a ideia da monetização.

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terça-feira, 23 de abril de 2024

PARLAMENTO DEFENDE O ENDURECIMENTO ÀS INVASÕES DE TERRA O GOVERNO VAI EM SENTIDO CONTRÁRIO

 

História de Iander Porcella e Victor Ohana – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O deputado Dr. Victor Linhalis (Podemos-ES) decidiu deixar o cargo de vice-líder do governo na Câmara após divergências com o Palácio do Planalto sobre um projeto de lei do qual é relator que trata de invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A exoneração do parlamentar do posto foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 22.

“A decisão se deu pela divergência de opiniões em relação à pauta da segurança jurídica no campo, da qual o deputado é relator”, diz nota enviada à reportagem por Linhalis. “Enquanto o parlamentar defende o endurecimento da legislação e a segurança jurídica ao produtor rural quanto às invasões de terra, o direcionamento da liderança do governo vai em sentido contrário”, afirma outro trecho.

Dep. Dr. Victor Linhalis (PODE - ES) deixou a vice-liderança do governo Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Dep. Dr. Victor Linhalis (PODE – ES) deixou a vice-liderança do governo Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados© Fornecido por Estadão

Atualmente, o governo Lula tem 19 vice-líderes na Câmara, que são responsáveis por auxiliar na articulação dos projetos de interesse do Planalto. Sem Linhalis, serão 18. O líder do governo na Casa é o deputado José Guimarães (PT-CE).

O texto relatado por Linhalis, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, permite que proprietários rurais acionem a polícia para retirar invasores das terras sem necessidade de ordem judicial. Um requerimento de urgência para que essa proposta fosse votada diretamente no plenário chegou a entrar na pauta semana passada, mas acabou não sendo analisado.

Segundo relato feito à reportagem, a oposição teria recebido um sinal de acordo para adiar a votação e evitar “temas polêmicos” logo no dia seguinte da aprovação de outro projeto que também era relacionado a invasões de propriedades rurais.

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Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) devem insistir na retomada da pauta nesta semana, por conta do “Abril Vermelho”, período em que o MST intensifica as suas ações. Como mostrou o Estadão/Broadcast, ruralistas também têm visto uma oportunidade de avançar com suas bandeiras, diante de uma maior tensão entre o Executivo e o Legislativo.

Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) marcaram um jantar nesta segunda-feira, 22, com os vice-líderes do governo na Câmara para tratar da articulação política. O encontro será na casa do deputado Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), um dos vices. Guimarães foi quem articulou as conversas e também deve participar.

A reunião ocorre após se acirrar o atrito entre Padilha e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Na última quarta-feira, 17, Rui Costa almoçou com o deputado alagoano, em uma tentativa de apaziguar a relação entre ele e o governo. Aliados do alagoano também o têm aconselhado a não escalar o embate.

Parlamentares dizem que a crise tende a arrefecer e que não haverá “ruptura” de nenhum dos lados. O Executivo, na avaliação dos deputados, não tem como romper com Lira porque depende dele para manter a governabilidade. O presidente da Câmara, por sua vez, precisa fazer seu sucessor no comando da Casa, na eleição marcada para fevereiro de 2025, e a avaliação é de que ele não pode ir para o “tudo ou nada”.

O estopim da crise foi a atuação de Padilha para garantir que a Câmara manteria Brazão preso, na votação da semana passada, como de fato ocorreu. Lira avaliou que o articulador político interferiu em assunto interno do Congresso. Um dia depois da votação, o presidente da Casa chamou o ministro de “incompetente” e “desafeto pessoal” e o acusou de espalhar a versão de que a manutenção da prisão teria enfraquecido o próprio Lira.

Na avaliação de aliados de Lira , houve “erros dos dois lados”. Algumas lideranças chegaram a procurar Padilha para se “solidarizar” após o episódio. De acordo com um deputado que preferiu não se identificar, os líderes partidários querem “ficar bem com todo mundo”.

DENÚNCIAS DE TEXTOR NO SENADO COMPROVAM MANIPULAÇÃO DE RESULTADOS NO FUTEBOL

 

História de Jessica Campos – Antenados no Futebol

 Senadores tem reunião secreta com Textor e veem fortes indícios de manipulação: “Chegamos a uma conclusão”

Senadores tem reunião secreta com Textor e veem fortes indícios de manipulação: “Chegamos a uma conclusão”© Vitor_SilvaInvestigação será aberta, CBF deve ser questionada e nova reunião da comissão será na quarta-feira (24)

John Textor é ouvido por CPI do Senado

O dono da SAF do Botafogo John Textor prestou depoimento na CPI da Manipulação de Jogos promovida pelo Senado. O empresário busca provar que houveram irregularidades em resultados de partidas nos últimos anos.

O CEO vem fazendo acusações de corrupção no futebol brasileiro desde a temporada passada e chegou a ser alvo de inquérito do STJD. Nesta segunda-feira (22), os senadores também realizaram uma reunião secreta com o norte americano que durou cerca de duas horas na qual teriam sido entregue provas das supostas manipulações de resultados.

John que já havia citado que cinco jogadores do São Paulo teriam influenciado em resultado que terminou em goleada a favor do Palmeiras, teria revelado nomes aos senadores que integram a CPI. Textor também apresentou os relatórios da Good Game.

CEO é convincente e investigação será aberta

Após a reunião com o empresário, os membros da CPI do Senado entenderam que há fortes indícios de que houve manipulação, mas evitaram tratar o material entregue por John Textor como provas. Segundo Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da CPI, uma investigação será aberta.

“Chegamos a uma conclusão. Tivemos conhecimento de diversos indícios. Não queremos falar em provas. Indícios importantíssimos. Não podemos dizer que participamos de uma conversa sem conteúdo senador. “, disse Kajuru que ainda afirmando que indícios não interessam apenas ao Botafogo:

“Consideramos indícios. Não se tratou apenas de trazer indícios apenas envolvendo o Botafogo. Ele falou de outros jogos, mostrou outras imagens. Temos indícios para investigar independentemente e chegarmos à conclusão de quem nos interessa nas nossas reuniões. Dizer que temos indícios não significa que não poderemos ter provas. É importante deixar isso bem claro”.

Carlos Portinho (PL-RJ) questionou postura da CBF diante do material apresentando por Textor. “Textor é um mensageiro. Há indícios, há elementos técnicos, há conteúdo. Me espanta como é que a CBF, maior responsável pela integridade do futebol no Brasil, não foi a fundo. Como é que o STJD, onde militei como advogado, não foi a fundo. Porque há elementos técnicos, há conteúdo, há razões para investigar. O que o Textor nos trouxe pode não ser prova concreta, mas não tenho dúvida que é fundamental ser investigado para preservação da integridade. Para que os que pensam em manipular, desistam.”, disparou.

Eduardo Girão (Novo-CE) também questionou o fato de CBF não ter buscado investigar o caso. “Os indícios transcenderam a questão do comportamento de jogadores e foram para o VAR, da análise de imagens, supostamente negadas. A gente precisa entender por que isso aconteceu e o que a CBF tomou de providências. Estamos aqui para proteger o futebol brasileiro.”.

CONGRESSO TEM PROJETOS DE DESTRUIÇÃO DA AMAZÔNIA

 

História de JOÃO GABRIEL – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Enquanto a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados não realizou nem uma sessão sequer neste ano, projetos de lei que enfraquecem a legislação ambiental ganham força no Congresso Nacional.

Algumas das proposições avançam driblando os plenários da Câmara ou do Senado -a exemplo do caso das “boiadinhas” em 2022, como mostrou a Folha de S.Paulo à época.

Um dos projetos na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado propõe a redução da área de proteção da Amazônia Legal e pode abrir caminho para o desmatamento de 8,5 milhões de hectares, segundo o Observatório do Código Florestal.

O conjunto, de cinco textos, ainda pretende validar a derrubada de uma área que pode chegar a 1,5 vez o tamanho da Alemanha, reduzir a tributação de atividades poluidoras, permitir a construção de barragens em áreas de preservação permanente e transferir terrenos da União (inclusive florestas nacionais) aos estados.

Há a expectativa de que o Senado aprove, neste ano, o projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental. Como mostrou a Folha de S.Paulo, a proposta pode impactar 80 mil empreendimentos no país.

“O Legislativo está na contramão do mundo ao impor graves retrocessos para o meio ambiente e o clima em nome de interesses privados e imediatos. Se aprovado esse pacote da destruição, não haverá futuro com bem-estar social e dignidade para a população”, afirma Mauricio Guetta, consultor jurídico do ISA (Instituto Socioambiental).

Enquanto isso, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara está paralisada -ela nem chegou a eleger o seu presidente.

“Nós cobramos que se instale a comissão o mais rápido para ter um local onde possamos debater esses projetos, que vão na contramão de tudo aquilo que a sociedade brasileira espera, que o mundo espera, e que vão contra a própria Constituição”, afirma Nilto Tatto (PT-SP), presidente da Frente Parlamentar Ambientalista.

Por acordo entre deputados, a presidência do grupo é do MDB, que até agora não indicou o nome para ocupar o posto.

Uma das mais cotadas é Elcione Barbalho (MDB-PA), mãe de Helder Barbalho (MDB), governador do Pará -estado que, em 2025, receberá a COP30, a conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas).

Se o grupo ambiental segue estagnado, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, sob presidência de Caroline de Toni (PL-SC), avança propostas antiambientais. Por exemplo, dois projetos que querem restringir a taxa de controle e fiscalização ambiental por atividades potencialmente poluidoras -verba que alimenta o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Um deles quer reduzir a base de cálculo dessa taxa e limitar sua cobrança às atividades licenciadas pela União -o que excluiria grande parte da mineração, por exemplo. Ele foi aprovado na última quarta-feira (17), de forma conclusiva, o que significa que vai ao Senado sem precisar passar por votação entre todos os deputados no plenário.

O segundo texto também já foi aprovado na CCJ e isenta a silvicultura -como a monocultura de eucalipto e pinus- do tributo. Ele aguarda votação no plenário.

Covatti Filho (PP-RS), relator de ambos, defende que as mudanças aperfeiçoam a legislação. “A silvicultura deve ser reconhecida como uma atividade que, além de produtiva, é aliada da conservação ambiental”, diz.

“Houve mudanças significativas nas legislações ambiental e tributária do país, o que justifica a necessidade de uma aplicação justa e atualizada [do cálculo da taxa]”, completa.

Suely Araujo, ex-presidente do Ibama e atual coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, afirma que os projetos estão em desacordo com entendimentos do STF (Supremo Tribunal Federal) e que a silvicultura tem potencial poluidor.

“Essas exclusões de atividades da taxa de controle e fiscalização ambiental sequer se justificam: é em regra uma taxa com valor baixo para o contribuinte. As propostas soam como ataques ao próprio Ibama”, diz.

A CCJ também chegou a pautar um projeto que permitiria a construção de barragens e desvios de rios dentro de áreas de preservação, mesmo em caso de destruição da vegetação nativa, para alimentar o agronegócio. O texto tramita em caráter conclusivo.

“O projeto promove a apropriação privada da água. A água é um bem de domínio público e a sua gestão visa garantir o uso múltiplo a toda coletividade. É um grave atentado que pode levar a desmatamentos em área de preservação permanente e intensificar impactos do clima, criando conflitos por uso da água”, afirma Malu Ribeiro, diretora de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.

Antes, no final de março, a mesma CCJ aprovou um projeto que facilita o desmatamento das áreas de vegetação não florestal -categoria que, segundo a plataforma MapBiomas, representa 50,6 milhões de hectares no Brasil, cerca de 1,5 vez o tamanho do território da Alemanha.

A proposta driblou o plenário da Câmara e foi aprovada de forma conclusiva na comissão.

Na CCJ do Senado, está pautado um projeto que pode reduzir de 80% para 50% a reserva legal na amazônia –como é chamada a área de um imóvel que precisa ser preservada como floresta. Segundo o Observatório do Código Florestal, a mudança ameaça mais de 8,5 milhões de hectares protegidos.

A comissão é presidida por um aliado do governo Lula (PT), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Ainda que o governo federal busque ser visto como defensor ambiental, a proposta quase foi votada no último dia 10. Um pedido de vistas de outra aliada do petista, Eliziane Gama (PSD-MA), adiou a deliberação, que pode acontecer nesta quarta (24).

Se aprovado na CCJ, o projeto vai para a Comissão de Meio Ambiente, onde tramita de forma terminativa –que dispensa a passagem pelo plenário.

“Trata-se de um grave retrocesso socioambiental ao flexibilizar os limites da reserva legal e abrir caminho para novos desmatamentos em áreas florestais da Amazônia Legal”, critica uma nota técnica da ONG WWF Brasil, que pede a rejeição do texto.

Sob reserva, parlamentares ligados à pauta ambiental também temem o avanço de outros dois projetos, ambos na Câmara, que podem transferir terras da União para competências de estados do Norte. A mudança pode dificultar a demarcação de terras indígenas e deixar as áreas sujeitas a leis ambientais mais flexíveis.

ENTENDA O PACOTE ANTIAMBIENTAL NO CONGRESSO

**PL 3.334/2023**

– O que é: Reduz a reserva legal (área dos imóveis que deve ser preservada como floresta) para 50%, quando se tratar de estado ou município que tiver mais de 50% de seu território ocupado

– Na prática: Reduz a área de preservação de floresta na amazônia de 80% (como diz a lei hoje) para 50%, o que, segundo ambientalistas, afeta 8,5 milhões de hectares

– Situação: Na pauta na CCJ do Senado; se for aprovado, vai à Comissão de Meio Ambiente, de forma terminativa

– Relator: Marcio Bittar (União-AC)

**PL 364/2019**

– O que é: Considera como “área rural consolidada” (onde é permitida intervenção humana) imóveis rurais com vegetação nativa não florestal

– Na prática: Permite a derrubada dessa vegetação, abundante no cerrado e no pantanal e presente em mais de 50 milhões de hectares no Brasil

– Situação: Aprovado de forma conclusiva na CCJ da Câmara; aguarda para ir ao Senado

– Relator: Lucas Redecker (PSDB-RS)

**PL 1.366/2022**

– O que é: Exclui a silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras e a isenta de imposto

– Na prática: Permite que monoculturas como eucalipto e pinus não paguem a taxa de controle e fiscalização ambiental, verba que, por exemplo, alimenta o Ibama – Situação: Aguardando votação no plenário da Câmara

– Relator: Covatti Filho (PP-RS)

**PL 10.273/2018**

– O que é: Limita a cobrança da taxa ambiental a atividades licenciadas pela União e muda a seu cálculo, para ter como base apenas a receita das atividades poluidoras, não de toda a empresa em questão, independente de seu tamanho

– Na prática: Reduz o valor da cobrança, por reduzir sua base de cálculo, e exclui do imposto uma série de atividades poluidoras que são licenciadas por estados e municípios, como a mineração

– Situação: Aprovado na CCJ da Câmara, em caráter conclusivo; ainda vai ao Senado

– Relator: Covatti Filho (PP-RS)

**PL 2.168/2021**

– O que é: Considera de utilidade pública obras de infraestrutura de irrigação para o agronegócio

– Na prática: Permite ao setor construi reservatórios em áreas de preservação permanente, mesmo que isso cause destruição da vegetação nativa

– Situação: Na CCJ da Câmara

– Relator: Coronel Fernanda (PL-MT)

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NA AMAZÔNIA É FUNDAMENTAL PARA O BRASIL NÃO FICAR SEM PETRÓLEO

História de Karina Trevizan – IstoÉ Dinheiro

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, voltou a defender a exploração da Margem Equatorial (região amazônica) em busca de petróleo. Segundo ele, “essa fronteira é importantíssima para o Brasil, porque nós vamos ficar sem reserva de petróleo antes do período que nós vamos precisar do mesmo”. 

A declaração foi feita nesta segunda-feira, 22, a jornalistas depois da participação no Seminário Brasil Hoje, da Esfera, em São Paulo. Durante o evento, Prates estimou que as reservas de petróleo dos poços já conhecidos são suficientes para suprir a demanda no Brasil por mais mais 12 a 13 anos. “Ou vai para a Margem Equatorial, ou volto a importar petróleo”, disse. 

Mas a exploração na Margem Equatorial segue emperrada por questões de liberação ambiental, ainda sem definição sobre o tema – que já se reflete até em conflitos dentro do próprio governo. Mesmo assim, Prates disse que “não há grandes estresses” ao ser questionado pela IstoÉ Dinheiro sobre as expectativas para os próximos passos.

“Continua no Ibama, há uma discussão com a Funai também. Não há grandes estresses”, declarou. 

“A sonda acabou de perfurar a Bacia Potiguar, deverá vir para o Sudeste, segundo a programação dela, para ficar livre de um novo em outubro”, disse o presidente a jornalistas, acrescentando que, até outubro, então, a ideia é de dialogar com o Ibama “da forma ponderada, civilizada e racional que sempre se teve”. 

Durante o evento, Prates disse que a exploração de petróleo na Margem Equatorial “é uma questão de Estado, já ultrapassou a seara de um mero licenciamento ambiental”. 

Ele também criticou movimentos como o “no more oil”, que defendem o fim de uso de combustíveis fósseis para geração de energia. “É esse movimento que joga tintas em quadros em museus pelo mundo”, disse ele. “Eles dizem: ‘somos jovens, não temos paciência, queremos que na nossa geração já não tenha mais óleo’. Isso é impossível”, afirmou Prates, apontando que a transição energética levará anos.

O post ‘Vamos ficar sem reserva de petróleo’ em 13 anos, diz Prates ao defender exploração na Amazônia apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

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