terça-feira, 23 de abril de 2024

GOVERNO LULA CAIU NUMA ARMADILHA AO ASSUMIR UMA POSIÇÃO QUE NÃO DEVERIA NO CASO ELON MUSK

byCaio Tomahawk — Política Online Brasil


O comentarista político Helio Beltrão compartilhou uma análise detalhada sobre o caso envolvendo o empresário Elon Musk, o Congresso Americano e o relatório contendo decisões da Justiça Brasileira, especialmente do ministro Alexandre de Moraes.

Beltrão argumenta que o governo Lula caiu em uma armadilha e assumiu uma posição que não deveria.

O governo brasileiro anunciou que irá acionar a embaixada nos EUA para investigar a relevância da comissão do Congresso americano que publicou o relatório com decisões da justiça brasileira. No entanto, Beltrão destaca que se trata de um relatório oficial do Congresso Americano, revelando informações anteriormente sigilosas no Brasil.

Ele ressalta a existência da “Foreign Corrupt Practices Act”, uma importante lei dos EUA que pune severamente empresas americanas envolvidas em corrupção ou conluio ilegal com governos estrangeiros para benefício próprio. Nesse contexto, o governo Lula, ao se envolver nesse assunto, estaria se associando ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Beltrão argumenta que a questão não é a relevância do órgão do Congresso Americano que emitiu o relatório, mas sim o conteúdo divulgado, que expõe os ofícios encaminhados pelo STF para redes sociais, ordenando a remoção de postagens e perfis de pessoas que não cometeram crimes.

Ele destaca a criação da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação), que monitora redes sociais e fez acordos com empresas do setor. Desde 2022, mais de 150 congressistas, influenciadores e jornalistas foram censurados, levantando questões sobre a transparência do processo.

O STF afirma que as redes sociais apenas receberam os ofícios, não as decisões fundamentadas. Porém, Beltrão argumenta que sem acesso a essas decisões, as redes sociais seriam impedidas de exercer seu direito constitucional de recorrer.

Ele destaca a necessidade de transparência do STF ao divulgar as decisões referentes aos ofícios, expondo se as plataformas de fato receberam todas as decisões fundamentadas. Caso contrário, surgiriam dúvidas sobre o processo.

Beltrão concorda com Elon Musk ao alegar a ilegalidade das ordens de remoção, caso as redes não tenham recebido as decisões fundamentadas junto com os ofícios.

Ele conclui que ao se recusar a participar de um esquema de censura, Elon Musk provocou o Congresso americano a expor o modus operandi do estado brasileiro e de várias empresas e instituições que supostamente se beneficiam da censura.

Essa análise de Beltrão lança luz sobre as complexidades do caso, destacando a importância da transparência e do respeito aos direitos constitucionais, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos

 

A FACILIDADE DE USAR O PIX AGUÇOU A CRIATIVIDADE DOS GOLPISTAS

 

‌ Bárbara Resende – Advogada do escritório Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócios

Desde que foi instituído, em outubro de 2020, a modalidade de transferência do PIX caiu no gosto popular. Foi uma revolução tamanha que, em pouco tempo, tornou-se o recurso bancário mais utilizado pelos usuários, dada a praticidade do procedimento. Só no ano passado ocorreram quase 42 bilhões de transações – um aumento de 75% em relação à quantidade de 2022. Em cifras, foram R$ 17,2 trilhões movimentados. Os dados são Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a partir de levantamentos divulgados pelo Banco Central e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Mas a facilidade de usar o PIX também aguçou a criatividade dos golpistas. Somente em 2022, foram 1,7 milhão de tentativas de fraudes aplicadas através do sistema de pagamento instantâneo, segundo a Silverguard, uma fintech de proteção financeira. E um dos esquemas mais recentes envolve a ferramenta Reboleto, um site que criado em 2010 que permite o pagamento de boletos atrasados via internet. A página faz uma alteração no código de barras ou no QR Code, já incluindo juros e multas, para validar o pagamento.

O problema é que uma atualização do Reboleto deu abertura para criminosos editarem o QR Code, direcionando o valor pago pelo usuário à conta de um laranja. “A primeira recomendação, para todos os usuários que vão utilizar o PIX para fazer um pagamento, é identificar o destinatário do valor antes de confirmar a operação”, explica a advogada Bárbara Resende, do escritório Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócios. “O sistema é prático, mas também oferece a segurança de apresentar o nome do beneficiário antes da confirmação. Mas nem sempre o usuário se atenta para isso”, completa. Devido à quantidade de fraudes, o Reboleto chegou a sair do ar.

A advogada explica que, caso o golpe tenha sido concretizado e o depósito feito, o caminho é entrar em contato imediatamente com o banco, para que ele analise e dê início ao procedimento chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED). “As instituições bancárias oferecem esse recurso. Ao registrar a fraude junto ao banco, é possível bloquear o valor e, mediante comprovação do golpe, o dinheiro pode ser devolvido em até 96 horas”, orienta a advogada. Uma vantagem do MED, aponta, é que ele emite a comunicação a todos os bancos, e o fraudador – ou o laranja titular da conta – fica registrado no sistema. Isso se converte em informações suficientes para impedir o processamento de outras transações para esse mesmo beneficiário.

Ação judicial

A advogada da Montalvão & Souza Lima alerta que o MED, na teoria, é um auxiliar importante para o usuário prejudicado. Mas nem sempre traz a resposta esperada. “Não podemos omitir o fato de que é comum o banco recusar a devolução, alegando que não houve comprovação da fraude. Para estes casos, o melhor a fazer é buscar um escritório de advocacia especializado e ajuizar contra a instituição bancária”, afirma.

“Temos clientes enfrentando situações semelhantes, e ressaltamos que é muito importante que a pessoa prejudicada tenha o máximo de informações que ajudem a comprovar que foi vítima de um golpe. Seja por conversas via WhatsApp, seja pelos passos que realizou até o valor ir parar na conta do fraudador. E, claro, sempre registrar o boletim de ocorrências, porque isso ajuda a segurança pública a identificar as pessoas envolvidas no golpe”, finaliza.

ESPÍRITO DOMINANTE REPRESENTA UMA FORÇA DOMINADORA QUE MOLDA UM FLUXO IDEOLÓGICO SEM REFLEXÃO

 Mauro Falcão – Escritor brasileiro

No século XVIII, o termo “Zeitgeist” era empregado para descrever o modo de ser coletivo de uma era, refletindo o pensamento em vigor. Ele representava uma força dominadora que moldava um fluxo ideológico sem reflexão, um “Espírito Dominante”. Hoje, presenciamos uma dinâmica semelhante, influenciada pelo “Cientificismo”, uma corrente que exalta a ciência, porém, equivocadamente, se posiciona como árbitro supremo do conhecimento, relegando outras formas de sabedoria ao segundo plano. Este paradigma, embora fundamentado na busca pela verdade objetiva pode, paradoxalmente, obstruir a própria evolução científica.

Esse processo se manifesta de forma evidente na área da saúde. Pesquisas preventivas, apesar de seu potencial para salvar vidas, muitas vezes são marginalizadas em favor de abordagens terapêuticas. O imperativo comercial, discretamente, tende a priorizar a lucratividade sobre o bem-estar, visualizando o indivíduo como consumidor, repelindo intervenções que não geram retorno financeiro imediato.

Essa mentalidade de “remediar” não só perpetua o status quo, para alguns zona de conforto, mas também cria uma espécie de rigidez científica, onde questionar o dogma estabelecido é considerado heresia intelectual. Assim como a Igreja medieval uma vez excomungou os dissidentes, o sistema contemporâneo de saúde muitas vezes exclui aqueles que desafiam a narrativa predominante. O medo do banimento profissional e do cancelamento social sufoca a criatividade e a inovação, criando uma cultura de conformidade intelectual.

Desafiar o “Espírito Dominante” requer coragem e comprometimento com a verdade, mesmo que isso signifique enfrentar a oposição de interesses estabelecidos. É somente através da abertura para novas perspectivas e da disposição para questionar a imutabilidade que podemos verdadeiramente avançar como sociedade. O futuro do conhecimento e da saúde depende da nossa capacidade de resistir à complacência intelectual e abraçar uma visão mais ampla e inclusiva do mundo.

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EMPREENDEDOR INICIANTE TEM EMDO DE INVESTIR O CAPITAL E O TEMPO DO NEGÓCIO VINGAR

 

Luciane Vaz – Empreendedora

A empreendedora diz que é normal o medo de investir o capital e o tempo em um negócio

Se tornar um empreendedor é um desejo de muitos brasileiros. Mas quem está começando no mundo dos negócios precisa ter um bom conhecimento para não cometer erros e perder dinheiro. Pensando nisso, a empresária de sucesso Luciane Vaz deu sete dicas para quem tem esse projeto executá-lo de forma sólida e bem planejada.

De acordo com Luciane, é comum quem está iniciando no empreendedorismo ter um certo receio de investir o seu capital e tempo. No entanto, esse medo é mais do que normal, mas não pode impedir a realização do seu sonho.

“Para diminuir os riscos e se dar bem, o planejamento é indispensável para organizar essa jornada, estruturando bem o negócio e, assim, criando uma empresa sólida”, pontua.

Veja as dicas:

Converse com as outras pessoas sobre sua ideia

Para o empreendedor inexperiente, o primeiro passo é conversar com profissionais de sucesso para que eles possam te ajudar com visões e ideias.

Por mais que não seja no ramo em que você deseja atuar, é benéfico obter a opinião das pessoas e ter um feedback que pode auxiliar na compreensão de alguns detalhes ou até mesmo na sensação de estar mais motivado.

Mas não se deixe influenciar por opiniões negativas, que não querem te ajudar. Um iniciante tem uma jornada longa e não deve se deixar influenciar por pessoas negativas e opiniões improdutivas.

2. Escolha algo de que goste

Acordar sabendo que vai fazer algo por prazer, e não somente por dinheiro, é recompensador. O serviço torna-se gratificante ao final do mês.

Assim sendo, o seu bem-estar é uma recompensa diária. Até mesmo a produtividade é maior. Isso ocorre porque é viável realizar muito mais em pouco tempo. O mercado é repleto de boas ideias de negócios, mas nem todas as opções são para trabalhar com algo que seja adequado ao seu perfil e às suas preferências.

Sendo assim, antes de pensar na empresa, veja algumas das coisas que mais te atraem e que você mais gosta de fazer. Depois, analise como podem se encaixar em um empreendimento próprio, que lhe permita ganhar dinheiro. Isso é um exercício de autoconhecimento para identificar as atividades que você mais gosta e como adaptá-las a um empreendimento.

3. Estude o ramo

No mercado competitivo atual, uma das principais vantagens que as empresas precisam obter para se destacar são informações sobre o cenário do mercado naquele momento.

O estudo tem a função de revelar as tendências do mercado, tais como as preferências do público-alvo e a disponibilidade do produto ou serviço. Os dados e as informações coletadas pelo estudo de mercado dão ao empreendedor a chance de adotar estratégias mais eficientes e aumentar as chances de sucesso do empreendimento.

Ao realizar uma análise de mercado adequada, é possível enxergar o seu empreendimento com base sólida e informações precisas. Dessa forma, você estará mais apto a trilhar o caminho mais adequado em direção ao sucesso.

4. Saiba como funciona o mercado local

Para o empreendedor que está começando, é essencial ter conhecimento dos concorrentes. Dessa forma, é crucial identificar as companhias que atuam em seu mercado, seus produtos, sistema de atendimento, inovações, preços e opinião dos clientes.

Por meio das investigações, é viável identificar novas hipóteses e nichos de mercado que ainda não foram explorados. As ideias geniais podem surgir de demandas específicas de um público-alvo, da criação de inovações tecnológicas ou ainda de procedimentos que agregam mais valor ao produto ou serviço.

Não realizar uma pesquisa adequada do mercado local é uma falta de planejamento que deve ser evitada, pois o seu empreendimento é como uma planta, necessitando de um terreno fértil para prosperar.

Portanto, um mercado local atraente, seja com uma grande quantidade de clientes ou sem concorrentes, é crucial para impulsionar seu empreendimento.

5. Planeje e organize seus recursos financeiros

O planejamento financeiro é uma das etapas mais cruciais para iniciar um empreendimento, especialmente para aqueles que estão começando.

Dessa forma, essa estrutura previne que seu empreendimento sofra prejuízos, auxilia na tomada de decisões e previne que você acabe avançando além do necessário. Dessa forma, avalie quanto tem para investir no empreendimento, lembrando que é comum a companhia demorar a ter resultados.

Dessa forma, deve levar em conta o capital de giro, necessário para pagar as contas, mesmo que as vendas do seu negócio sejam pequenas. Da mesma forma, é crucial ter uma reserva de emergência para situações adversas e também para a saúde financeira tanto de você quanto de sua família.

Caso perceba que não tem recursos suficientes para investir, procure por alternativas de negócio mais acessíveis, que não requerem um estabelecimento comercial ou funcionários.

6. Não desvalorize o seu esforço

Para o empreendedor que está começando, é crucial reconhecer sua empresa, seus produtos e serviços. Remunerar de maneira inadequada vai resultar em perda de dinheiro e também passará a impressão ao cliente de que o seu trabalho é ruim.

Portanto, é viável ser competitivo e manter um preço competitivo, reduzindo despesas e otimizando o planejamento do empreendimento.

 7. Aprenda a administrar

Além de organizar o processo interno do seu empreendimento, o empreendedor também deve se atentar para a gestão ao longo do tempo. É necessário ter familiaridade com administração, gestão de estoque e a parte financeira da organização para tomar as decisões necessárias.

Portanto, invista na aquisição desse conhecimento por meio do estudo, seja lendo livros, participando de cursos online ou seguindo empreendedores de sucesso nas mídias sociais.

Tudo isso ajuda as pessoas que não têm experiência com o empreendedorismo a lidarem bem com os diversos aspectos que envolvem um empreendimento.

Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores

Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT

O Vale do Aço é uma região próspera e empreendedora, conhecida por sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo. Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.

Um ecossistema empresarial abrangente:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as oportunidades certas para expandir seus negócios.

Notícias e insights atualizados:

Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se manterem à frente da concorrência.

Diversão e engajamento:

Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma comunidade unida e fortalecendo os laços na região.

Foco no empreendedorismo:

O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos, também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais, estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.

Geração de leads para os empresários:

Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.

Conclusão:

O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo, e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso empresarial.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 240.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

segunda-feira, 22 de abril de 2024

AÇO CHINÊS BARATO GERA CRISE NA INDÚSTRIA SIDERÚRGICA LATINO-AMERICANA

 

História de Veronica Smink – BBC News Mundo – BBC News Brasil

As importações de aço chinês barato geraram uma crise na indústria siderúrgica latino-americana, dizem entidades do setor

As importações de aço chinês barato geraram uma crise na indústria siderúrgica latino-americana, dizem entidades do setor© Getty Images

A indústria siderúrgica latino-americana começou o século 21 com a esperança de se tornar o motor do crescimento econômico da região, mas, longe de conseguir isso, sofreu uma longa estagnação que hoje se tornou uma crise.

Representantes do setor culpam as importações de aço da China, que têm preço mais competitivo. Pequim já classificou de “protecionismo” questionamentos judiciais sobre o preço do seu aço.

Um dos objetivos que países como o Brasil, o México, a Argentina, o Chile, a Colômbia, o Equador e o Peru estabeleceram para si em 2000 foi desenvolver o seu setor industrial, para deixar de basear as suas economias na exportação de matérias-primas.

A principal razão é que, por não ter valor acrescentado, o comércio de mercadorias produz empregos menos qualificados e com salários mais baixos do que a indústria de transformação.

A chave para acelerar a industrialização foi a produção de aço, porque essa liga de ferro e carbono é utilizada para fabricar quase tudo, desde edifícios e pontes a veículos, desde eletrodomésticos a produtos eletrônicos e tecnológicos.

No início do século, a região fabricava 6,6% do aço mundial, segundo a Associação Mundial do Aço (WSA, por suas siglas em inglês), e exportava mais de 160 mil toneladas do material para a China (o dobro do que importavam daquele país).

Mas o setor siderúrgico nunca decolou.

Pelo contrário, neste quase um quarto de século, o aço latino-americano foi perdendo relevância.

A produção estagnou: enquanto em 2000 a região produziu 56 milhões de toneladas de aço — número que aumentou para 67,6 milhões em 2011 —, a partir daí o movimento foi de queda: no ano passado a produção foi de 58,3 milhões.

Enquanto isso, o peso do aço latino-americano dentro da produção mundial diminuía sistematicamente. Em 2023, atingiu o seu ponto mais baixo, representando apenas 3,1% do estoque mundial, menos de metade do que representava no início do século.

Segundo especialistas do setor, a crise está se agravando, colocando em risco os quase 1,4 milhão de empregos gerados pela indústria.

“Inundação” de aço

A Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), com sede em São Paulo, acusou Pequim de “inundar” a região com o seu aço barato.

A entidade informou que diversas siderúrgicas tiveram que paralisar suas operações nos últimos meses.

A mais recente foi Huachipato, principal produtora de aço do Chile, que anunciou em 20 de março o fechamento por tempo indeterminado de sua planta.

O diretor executivo da Alacero, Alejandro Wagner, disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que embora existam fatores endógenos que dificultaram o desenvolvimento da indústria, o grande problema foi gerado pelo gigante asiático.

“Entre 2000 e 2023, a China aumentou a sua produção de aço em quase 700%.”

“Passou da produção de 15% do aço mundial para a produção de 54%”, disse ele, citando números da Assocaição Mundial do Aço.

A China produz mais aço do que todos os outros países produtores juntos

A China produz mais aço do que todos os outros países produtores juntos© Getty Images

O executivo da Alacero diz que Pequim exporta a um preço abaixo do mercado, impossibilitando a concorrência de outros produtores.

“Dumping”

Poucas regiões sofrem mais com o problema de preço de venda abaixo do valor de custo (conhecido como “dumping” no mundo comercial) do que a América Latina.

Para compreender a dimensão, basta ver como a dinâmica entre a região e o maior país da Ásia mudou no último quarto de século.

Como dissemos, em 2000, a América Latina exportou cerca de 160 mil toneladas de aço para a China e, por sua vez, importou metade disso: cerca de 80 mil toneladas de aço chinês.

Mas nas décadas seguintes a situação inverteu dramaticamente.

Enquanto as exportações para a China caíram 94% até 2023, as importações chinesas de aço aumentaram 8.690%.

Enquanto isso, a venda de matérias-primas latino-americanas à China aumentou quase 1.500%, acrescenta Warner, que alerta para um processo de “reprimarização”.

Hoje chegam à região cerca de 10 milhões de toneladas de aço chinês, provocando “um processo de desindustrialização na região” e levando o setor a uma crise, afirma o dirigente siderúrgico.

O diretor-executivo da Alacero, Alejandro Wagner, alerta que a China está causando a “desindustrialização” na América Latina

O diretor-executivo da Alacero, Alejandro Wagner, alerta que a China está causando a “desindustrialização” na América Latina© Alacero

A vítima mais recente é a Huachipato Steel Company, do Chile, localizada em Talcahuano, na região de Bío Bío.

A empresa, que no primeiro semestre de 2023 registrou prejuízos de US$ 279 milhões, tomou a decisão de paralisar as suas operações por tempo indeterminado depois de considerar “insuficiente” a decisão das autoridades do país de impor uma taxa de 15,3% às importações chinesas de esferas de aço.

Segundo os diretores da Huachipato, empresa que gera cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos, esta medida não é suficiente para resolver as distorções que está produzindo o aço chinês, que, segundo seus cálculos, é 40% mais barato que o aço chileno.

A Companhia Siderúrgica Gerdau do Brasil também anunciou há algumas semanas que iria suspender alguns dos seus trabalhadores na fábrica de São José dos Campos, em São Paulo, por cinco meses, a partir de abril, alegando “forte concorrência da China”.

Segundo a Alacero, isso se soma a outras suspensões temporárias que outras empresas brasileiras anunciaram nos últimos seis meses, quando “o nível de importações começou a ser grave”.

“O objetivo das suspensões é evitar o fechamento definitivo, tentar salvar empregos. Queremos evitar que isso aconteça também em países como Argentina e Colômbia”, disse Wagner.

Aço barato

Mas como é possível que trazer aço da China para a América Latina, do outro lado do planeta, seja mais rentável do que produzi-lo localmente?

Ou dito de outra forma: porque é que o aço chinês é tão mais barato que o aço latino-americano?

A principal razão é que o aço chinês é subsidiado pelo Estado e também produzido em excesso.

Segundo Cory Combs, especialista em Energia e Indústria Chinesa e diretor associado do centro de pesquisas Trivium China, Pequim colocou a produção de aço como um elemento central do crescimento econômico do país, depois de passar de uma economia agrária para uma economia industrial.

Foram criadas mais de 2.000 fábricas (embora hoje a maior parte da produção esteja concentrada em sete empresas, lideradas pela Baosteel, uma subsidiária da estatal Baowu). A indústria siderúrgica criou mais de 3 milhões de empregos.

A estatal Baosteel lidera o mercado siderúrgico chinês, com quase 13% da produção

A estatal Baosteel lidera o mercado siderúrgico chinês, com quase 13% da produção© Getty Images

O aço subsidiado foi usado para construir megacidades para pessoas que se deslocavam do campo para os centros urbanos.

“O setor industrial se tornou uma peça-chave da economia e hoje representa cerca de 32% do Produto Interno Bruto da China”, explicou o especialista à BBC News Mundo.

Motorizadas e financiadas pelo Estado, as produções das siderúrgicas chinesas passaram de 128,5 milhões de toneladas em 2000 para pouco mais de 1 bilhão de toneladas em 2023, segundo a entidade mundial do aço.

Mas o setor se tornou um motor tão importante para a economia chinesa que, mesmo quando a procura interna começou a abrandar, as fábricas continuaram produzindo aço subsidiado.

“As famosas cidades fantasmas e os projectos de construção desenfreados são visíveis”, diz Combs, sobre os enormes conjuntos habitacionais vazios em várias partes do país.

“Foi todo um exercício para impulsionar o PIB”, diz.

Exportações subsidiadas

O governo chinês não só subsidiou a produção, como também subsidiou a exportação de aço, o que deu início à “onda” de aço chinês barato que se espalhou pelo mundo.

Uma onda que se acentuou nos últimos tempos devido à redução da procura interna por aço gerada pela crise no setor imobiliário chinês, afirma Combs.

Segundo Wagner, embora Pequim alegue já não subsidiar as exportações de aço, “eles têm tanta escala e tantos excedentes que todo o seu excesso de aço é vendido a um custo quase marginal”.

Mas por que a China continua produzindo mais aço do que necessita ou pode vender a um bom preço? E por que mantêm subsídios para um produto que fabricam em excesso?

Combs destaca que a principal explicação é que o país “não quer perder PIB”.

“Há momentos em que o governo chinês toma medidas muito agressivas para entrar em determinados mercados, mas este não é o caso do aço na América Latina”, diz Combs.

O problema, diz ele, é interno e “gera muita frustração” na China.

Cory Combs, do centro de estudos Trivium China, afirma que a superprodução de aço é um problema para as autoridades chinesas

Cory Combs, do centro de estudos Trivium China, afirma que a superprodução de aço é um problema para as autoridades chinesas© Cory Combs

“Embora muitas siderúrgicas chinesas operem com margens muito baixas (em 2023 reportaram lucros de 1,33%) e 15 dos principais produtores tenham mesmo pedido ao governo para impor cortes de produção, nenhum deles sente que pode dar o primeiro passo individualmente”, explica o especialista.

“E os governos locais, dos quais estas empresas dependem, também não querem ser os primeiros a impor cortes. Querem ficar com a sua fatia do bolo.”

Entretanto, o governo central, que tem o poder de decidir, “tem sido lento para reagir porque é muito dependente da produção industrial”, afirma.

“O governo de Xi Jinping pretende reduzir a sua dependência do setor e está ativamente tentando desenvolver a sua indústria tecnológica, veículos eletrônicos e fontes de energia limpa, mas o problema é que o processo de transição é muito lento”.

Por que isso afeta tanto a América Latina?

As 10 milhões de toneladas de aço chinês que a América Latina importou em 2023 representam uma quantidade alta para uma região que produziu quase 58 milhões de toneladas (é um pouco mais de 17%, para ser mais exato).

No entanto, a América Latina foi apenas um dos destinos para onde foram parar as mais de 90 milhões de toneladas de aço que a China exportou no ano passado.

Por que então parece ser a região mais afetada pela entrada desse aço barato?

A explicação, concordam os especialistas, é que os países latino-americanos estão em condições inferiores quando se trata de se defenderem contra o “dumping” chinês.

Outras nações produtoras de aço, como a Índia, os Estados Unidos e os países da União Europeia, impuseram tarifas (as duas últimas, próximas de 25%) para combater os baixos preços do produto chinês.

Mas, na América Latina, apenas o México tomou uma medida da mesma magnitude.

É o único país da região, salienta Wagner, onde a indústria transformadora não diminuiu, em grande parte graças à sua proximidade com os Estados Unidos.

Em 2023, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador impôs uma tarifa de 25% ao aço chinês

Em 2023, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador impôs uma tarifa de 25% ao aço chinês© Getty Images

Por outro lado, os países sul-americanos dependem muito mais da China para o resto do seu comércio, uma realidade que “limita a sua capacidade de impor tarifas”, uma vez que Pequim poderia retaliar e fazer o mesmo com alguns dos produtos que importa da América Latina.

Esta seria a principal razão pela qual o Brasil, principal produtor de aço da região —que, aliás, vende à China o minério de ferro de que necessita como matéria-prima para criar o aço —, impõe taxas de apenas 10-12%, e o Chile propõe uma tarifa próxima de 15%, o que continua deixando o preço do aço chinês abaixo do local.

Outro receio dos países latino-americanos é de que organizações como a Organização Mundial do Comércio (OMC) lhes imponham multas por tarifarem as importações chinesas.

E, longe de equilibrar este desequilíbrio comercial, a OMC decidiu muitas vezes a favor da China em muitas das dezenas de queixas de “dumping que recebeu contra o gigante asiático, que aderiu à organização em 2001.

Combs explica que não se trata de favoritismo, mas sim de uma questão bastante técnica (que está sendo analisada como resolver): a China ainda é considerada uma “economia emergente”, portanto não lhe são impostas as mesmas restrições que a uma “economia de mercado”, e isso inclui medidas contra dumping.

A reação de Pequim

O governo chinês, famoso por seu sigilo, não fez declarações oficiais sobre os planos dos países latino-americanos de tarifar o seu aço, afirma o especialista.

No entanto, após o anúncio do México de impor uma taxa de 25%, em agosto de 2023, um dos meios de comunicação que opera sob a órbita do poderoso Ministério do Comércio Chinês (Mofcom), o China Trade Remedies Information, alertou que “as empresas chinesas que utilizam o México, como mercado de exportação e destino de transferência de investimentos, serão duramente afetadas.”

Entretanto, num outro artigo publicado em março passado no site da Seção Econômica e Comercial da Embaixa da República do Chile, o Mofcom criticou a chamada Comissão Chilena Anti-Distorção, que determina a questão das tarifas sobre as importações.

“A maioria dos membros do comitê determina artificialmente a margem de dumping sem baseá-la em fatos objetivos, politizando o que deveria ser um processo técnico”, criticava a nota.

O texto também alertou que “isso violou gravemente o Acordo de Livre Comércio assinado pelo Chile e não pode fazer com que outros parceiros comerciais respeitem o mesmo tratado”.

Aço verde

Enquanto os governos latino-americanos analisam os prós e os contras da imposição de tarifas — medida fortemente exigida pela Alacero — a resolução desse conflito comercial pode ser determinada por um fator externo, mas que se torna cada vez mais relevante: o meio ambiente.

Em 2020, Xi anunciou durante a Assembleia Geral das Nações Unidas que a China — o país mais poluente do mundo — terá como objetivo atingir o pico das emissões de dióxido de carbono antes de 2030 e procurar a neutralidade de CO2 até 2060.

Segundo Combs, para atingir esse objetivo, Pequim planeja cortar cerca de 8% da sua produção de aço até 2030.

“O aço chinês é produzido a partir do carvão e essa indústria é a mais poluente do país, contribuindo com 15% das emissões de carbono”, destaca.

A China também pretende produzir 20% do seu aço utilizando eletricidade renovável até 2030.

Em 2020, Xi Jinping se comprometeu com os países da ONU a reduzir as emissões de C02 do seu país, o que afetará a produção de aço

Em 2020, Xi Jinping se comprometeu com os países da ONU a reduzir as emissões de C02 do seu país, o que afetará a produção de aço© Getty Images

Wagner também acredita que o meio ambiente será um fator-chave para acabar com o desequilíbrio causado pela siderurgia chinesa, mas por um motivo diferente.

“A grande vantagem do aço latino-americano é que ele é muito mais limpo que o aço chinês”, ressalta.

A produção de cada tonelada de aço chinês emite 45% mais de CO2, segundo dados da Alacero.

Mas a isso devemos somar a poluição gerada no transporte para o outro lado do planeta, que, segundo a organização, é três vezes maior do que a emitida na fabricação.

À medida que o mundo avança em direção à neutralidade carbônica, essa vantagem será sentida, diz Wagner.

O dirigente também está convencido de que a transição para um mundo mais limpo poderá permitir que a indústria siderúrgica latino-americana finalmente decole, revertendo o atual processo de “reprimarização” da economia.

“Eu sou otimista. O aço está intimamente ligado à energia: tudo o que é energia renovável também precisa de aço. Portanto, há uma grande oportunidade para que o aço, e principalmente a energia limpa, seja foco de produção e exportação na América Latina”, declara.

Atualmente a indústria opera com 60% de sua capacidade instalada, o que deixa um potencial de crescimento de 40%, diz entusiasmado.

“Isso poderia deter o processo de desindustrialização que sofremos nos últimos 20 anos, que nos deixou sem empregos de qualidade, gerando pobreza e desigualdade como em poucos lugares do mundo”.

A LAVA JATO DESVIOU ALGUMA VERBA? OU ISSO NÃO PASSA DE FANTASIA DE UM MINISTRO?

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

Relatório de 77 páginas da Corregedoria Nacional de Justiça, que guarda as conclusões da correição extraordinária realizada no berço da Operação Lava Jato, em especial a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, elenca cinco hipóteses criminais envolvendo a tese de suposto ‘conluio’ entre o ex-juiz Sérgio Moro, o ex-procurador Deltan Dallagnol e a juíza Gabriela Hardt. O objetivo da aliança, segundo o documento, seria um ‘desvio’ da ordem de R$ 2,5 bilhões. O montante tinha como destino os cofres da polêmica fundação da Lava Jato, que nunca saiu do papel.

Ao descrever a principal suspeita que recai sobre os expoentes da Lava Jato, o ministro Luís Felipe Salomão, o corregedor nacional de Justiça, suscita o enquadramento de Moro, Deltan e Hardt em peculato.

Salomão decretou o afastamento de Gabriela Hardt de suas funções na Justiça Federal do Paraná, em decisão monocrática. Nesta terça, 16, por maioria, o Conselho derrubou a medida.

A Corregedoria descreve que, entre 2016 e 2019, Moro, Hardt e Deltan teriam promovido desvios ‘por meio de um conjunto de atos comissivos e omissivos’. Para ilustrar o documento distribuído a todos os conselheiros do CNJ que estão julgando a Lava Jato e seus personagens, a Corregedoria produziu um gráfico que exibe o ‘fluxo de eventos’ descritos na hipótese criminal.

Segundo a Corregedoria, o fluxograma traduz como Moro, Deltan e Hardt teriam agido para que valores de acordo de colaboração e leniência fossem repassados à Petrobrás, para que a estatal pagasse multa de acordo nos Estados Unidos. Parte desse dinheiro seria repatriada e direcionada a uma fundação privada.

Salomão resumiu a dinâmica com uma pesada acusação aos quadros da Lava Jato, “A ideia de combate à corrupção foi transformada em uma espécie de “cash back” para interesses privados.”

Essa afirmação do corregedor consta de sua decisão que levou ao afastamento de Hardt.

No centro da suspeita de suposto conluio para o desvio da multa da Petrobrás, a Corregedoria sustenta que Moro, então juiz titular da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, ‘foi o responsável por instaurar, voluntariamente, o processo sigiloso para permitir o repasse não questionado de valores’ para a Petrobrás. Moro rebate. ‘Mera ficção.’

À época, segundo o órgão de correição, os investigados já sabiam das apurações dos EUA sobre a petrolífera e tinham a ‘intenção de promover o direcionamento’ de parte da multa que seria aplicada à empresa ‘vítima’ de delitos que a Lava Jato descobriu – corrupção, lavagem de dinheiro e cartel das gigantes da construção, no período entre 2003 e 2014.

A juíza Gabriela Hardt foi citada por ter homologado, em 2019, o acordo que previa o repasse dos recursos para a fundação da Lava Jato – iniciativa que acabou barrada pelo Supremo Tribunal Federal. A imputação foi o que pesou mais para o decreto de afastamento da magistrada, ato monocrático de Salomão derrubado pelo CNJ.

Sobre a conduta de Deltan – cujas ações não são alvo do CNJ, vez que o órgão analisa exclusivamente a conduta de magistrados – a Corregedoria aponta ‘interesses bem concretos no direcionamento dos valores’ para a fundação privada.

Segundo o órgão, os objetivos da fundação da Lava Jato já eram indicativo de ‘ações com foco no protagonismo pessoal, o que favorecia a ‘projeção individual, inclusive no campo político’.

“A pessoalidade de todo esse esforço foi posteriormente concretizada pela migração do então juiz Sérgio Moro e do então procurador Deltan Dallagnol para a atividade político-partidária”, assinala o relatório.

Outras hipóteses criminais e o ‘dolo’ dos agentes

Segundo a Corregedoria, a hipótese de peculato-desvio é a principal. As demais exposições versam sobre outras condutas necessárias para que a ‘destinação dos recursos e a subsequente tentativa de direcioná-los a interesses privados fosse possível’.

O documento explica que essas outras hipóteses indicam situações que podem ser analisadas separadamente, caso se desconsidere o ‘dolo específico de desviar recursos’. Em razão de falta de informações sobre a suposta intenção dos agentes envolvidos, as condutas poderiam ser enquadradas em outros tipos penais, e, por isso, são listadas separadamente no documento que norteia o julgamento da Lava Jato.

A Corregedoria mergulhou nos achados da inspeção realizada por Luís Felipe Salomão na 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba e na sede do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região – o tribunal de apelação da Lava Jato, situado em Porto Alegre. O relatório aponta situações que podem ser aprofundadas em uma eventual apuração criminal.

Segundo a Corregedoria, em alguns episódios, a apuração não identificou o ‘elemento volitivo’ que levou os envolvidos a praticarem certos atos. Ou seja, a correição não conseguiu constatar a ‘consciência’ dos investigados ’em relação à conjunção das práticas em um fim específico – a ‘tentativa do desvio em si’.

Em cada tópico são listadas informações que poderiam corroborar a hipótese criminal e seu contexto. De outro lado, também são expostos detalhes que contrariam o guia desenhado na investigação, assim como ‘lacunas’.

A Corregedoria defende a importância de se apurar o nível de comprometimento e dolo de cada um dos investigados no ‘movimento identificado de (re)direcionamento do dinheiro entregue à Petrobras, que era destinado ao Estado brasileiro, para fins privados’.

COM A PALAVRA, GABRIELA HARDT

A juíza não se manifestou. Por ela, juízes federais divulgaram manifestos condenando a ordem do ministro Luís Felipe Salomão que a alijou das atividades – medida revogada por maioria do Conselho Nacional de Justiça.

COM A PALAVRA, O EX-JUIZ SÉRGIO MORO

Em nota divulgada nesta terça, 16, o ex-juiz e hoje senador Sérgio Moro, reagiu com ironia ao relatório do ministro Luís Felipe Salomão. “Mera ficção.” Ele afirma que ‘nenhum centavo foi desviado’.

O fato objetivo descrito no relatório provisório da Corregedoria do CNJ – ainda pendente de aprovação – é que foram devolvidos diretamente de contas judiciais da 13 Vara de Curitiba para a Petrobras, vítima inequívoca dos crimes apurados na Operação Lava Jato, cerca de R$ 2,2 bilhões, sem que nenhum centavo tenha sido desviado. Idêntico procedimento foi adotado pelo STF à época.

O juiz Sergio Moro deixou a 13 Vara em outubro de 2018, antes da constituição da fundação cogitada para receber valores do acordo entre a Petrobras e autoridades norte-americanas e jamais participou da discussão ou consulta a respeito dela. A especulação de que estaria envolvido nessa questão, sem entrar no mérito, não tem qualquer amparo em fato ou prova, sendo mera ficção.

COM A PALAVRA, DELTAN DALLAGNOL

Nas redes sociais, o ex-procurador criticou as decisões de Salomão e o relatório da Corregedoria sobre a correição no berço da Lava Jato. “Min. Salomão disse que havia “gestão caótica” e “desvios” na Lava Jato, mas após anos de apuração “acusa” a Lava Jato por conta do acordo com Petrobras feito em janeiro de 2019 que foi validado por 8 diferentes órgãos públicos como legal e legítimo. Querem reescrever a história”, escreveu.

O post O ‘fluxo de eventos’ do fundo bilionário da Lava Jato; entenda apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

O CHRONOWORKING PERMITE QUE OS PROFISSIONAIS ADAPTEM SEUS HORÁRIOS DE TRABALHO

 

História de Bryan Robinson – Forbes Brasil

Getty Images

Getty Images© Fornecido por Forbes Brasil

Mais da metade dos profissionais consideram mudar de emprego devido ao estresse no trabalho, mostram estudos. Eles têm buscado oportunidades que dão mais flexibilidade em relação a onde e quando trabalhar.

Com uma nova tendência chamada “chronoworking” (ou cronotrabalho) ganhando força, talvez você não precise mais se preocupar com o horário tradicional do expediente.

O que é chronoworking?

O chronoworking permite que os profissionais adaptem seus horários de trabalho de acordo com seus ritmos circadianos, em vez de seguirem a jornada de trabalho tradicional, das nove às seis, por exemplo. “Esse conceito prioriza o reconhecimento e o respeito aos ciclos naturais de energia alta e baixa do seu corpo, permitindo um horário mais flexível que se adapte aos períodos de pico de desempenho”, afirma a consultora de bem-estar corporativo Tawn Williams. “Ao alinhar as tarefas de trabalho com os seus horários ideais, as pessoas podem ter uma relação mais harmoniosa entre bem-estar mental, físico e emocional, além de apresentar maior produtividade e satisfação geral no trabalho.”

Tradicionalmente, a maioria de nós segue horários de trabalho semelhantes – embora os ciclos circadianos e relógios biológicos variem de pessoa para pessoa. Do ponto de vista da neurociência e da biologia, o cronotrabalho pode fazer sentido. 

Mas se você é funcionário de uma grande empresa, seu chefe pode não gostar da ideia de você trabalhar quando for adequado ao seu relógio biológico. Por isso, personalizar horários de trabalho para atender às necessidades individuais é mais comum entre trabalhadores autônomos e empreendedores individuais. “Essa flexibilidade surge da necessidade menos frequente de reuniões de equipe, criando um modelo que permite que você faça seu próprio cronograma”, explica Williams. “Nas grandes empresas, os elementos dessa abordagem foram incorporados com a adoção de modelos de trabalho em casa e híbridos, embora essas adaptações sejam menos explícitas.” 

Portanto, ainda não é algo tão presente nas grandes corporações, mas o discurso cada vez mais frequente sobre o bem-estar no local de trabalho está gradualmente alterando o dia a dia das empresas. Quanto mais essas conversas se desenrolam, mais os líderes empresariais começam a reconhecer o potencial desses modelos para aumentar o bem-estar e a produtividade, os principais benefícios do cronotrabalho. 

Mas mesmo que não haja uma política da empresa em relação a isso, os profissionais podem adaptar essa tendência dentro das suas rotinas. Isso envolve organizar a agenda de acordo com as demandas e os horários em que está mais produtivo para cada tipo de atividade e estabelecer pausas de forma estratégica.

As vantagens e desvantagens do cronotrabalho

Muitos de nós entendemos intuitivamente nossos tempos ideais de desempenho. Williams conta que só é realmente produtiva depois das 10h, então prefere agendar reuniões somente depois do café da manhã e de checar a caixa de e-mail. 

Sua produtividade atinge o pico na hora do almoço e começa a diminuir por volta das 18h. “Esse padrão destaca uma vantagem significativa do chronoworking: ele permite que as pessoas alinhem seus horários de trabalho com seus ritmos naturais, promovendo um senso de responsabilidade em relação às suas funções e resultados.”

No entanto, essa tendência apresenta desafios, especialmente em ambientes de trabalho em que a maioria dos membros da equipe compartilham horários de trabalho semelhantes. “Garantir a comunicação eficaz e a inclusão em equipes maiores requer ajustes”, afirma Williams. “As equipes devem colaborar para acomodar horários, o que pode envolver um certo grau de flexibilidade, transparência e planejamento.”

Mas o que inicialmente pode parecer uma desvantagem, rapidamente melhora a dinâmica da equipe e a produtividade geral. Consenso entre os empregadores

Muitos empregadores estão interessados ​​em adotar benefícios que posicionem a empresa como uma organização inovadora e que prioriza as pessoas. “Para empregadores comprometidos com as necessidades dos seus colaboradores, a adoção de práticas flexíveis como as observadas no cronotrabalho pode já estar em vigor, mesmo que informalmente”, afirma Williams. “Enquanto isso, outras organizações podem encontrar obstáculos principalmente relacionados aos aspectos práticos da implementação e à garantia de uma comunicação clara em torno de cronogramas individualizados.”

Para superar esses obstáculos, Williams acredita que é essencial que as empresas promovam uma cultura de diálogo aberto. “Isso envolve não apenas reconhecer a diversidade nos padrões de trabalho dos funcionários, mas também facilitar e apoiar ativamente as variações nos horários de trabalho”, explica. Como implementar

A implementação gradual de horários de trabalho flexíveis pode ser eficaz, começando com pequenos ajustes e monitorando de perto indicadores de desempenho. “Ao identificar melhorias de eficiência durante prazos específicos, os empregadores podem introduzir gradativamente opções mais flexíveis”, aconselha Williams. Essa estratégia ajuda as empresas a tomar ações calculadas e ir incentivando os funcionários a descobrir em que horários são mais produtivos para montar suas agendas.

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes US. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.

PROCESSOS ELEITORAIS COMPROMETEM A DEMOCRACIA MUNDIAL

 

História de DANIEL BUARQUE – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um estudo global sobre as percepções a respeito da democracia no mundo publicado neste mês pinta um quadro de alta desconfiança com os processos eleitorais, além da preferência por líderes antidemocráticos. De forma geral, eleitores de 19 países se mostraram céticos em relação ao fato de as eleições serem livres e justas.

Segundo a pesquisa Perceptions of Democracy, que avalia o que as pessoas pensam sobre o sistema político, os dados deixam claro que as instituições democráticas estão aquém das expectativas. O levantamento foi feito pela organização intergovernamental International Idea (Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral, na sigla em inglês).

Em muitos casos, as avaliações públicas das instituições fundamentais dos sistemas democráticos são fracas, com dúvidas sobre a legitimidade dos processos eleitorais, o acesso livre e igualitário à Justiça e a capacidade de as pessoas expressarem livremente as suas crenças. “Neste contexto, não é surpreendente que as pessoas tendam a estar insatisfeitas com o desempenho dos seus governos”, diz o relatório.

Para desenvolver o entendimento sobre a imagem da democracia no mundo, os pesquisadores selecionaram um conjunto diversificado de 19 países e fizeram cerca de 1.500 entrevistas em cada um deles —tanto online quanto por telefone. Para incluir uma vasta gama de contextos geográficos, econômicos e políticos, os países analisados incluem três das maiores democracias do mundo (Brasil, Índia e Estados Unidos), além de Chile, Colômbia, Dinamarca, Gâmbia, Iraque, Itália, Líbano, Lituânia, Paquistão, Romênia, Senegal, Serra Leoa, Ilhas Salomão, Coreia do Sul, Taiwan, Tanzânia.

Em 17 dos países analisados, menos da metade da população está satisfeita com os seus governos. Essa postura leva a um risco para o sistema democrático, segundo o estudo, o que é reforçado pelos dados a respeito da percepção sobre lideranças autoritárias. Em oito países, “mais pessoas têm opiniões favoráveis sobre ‘um líder forte que não tem de se preocupar com o Parlamento ou eleições'”, afirma o relatório.

O estudo destaca que em nenhum dos países analisados houve uma rejeição marcante em relação a líderes autoritários. O apoio a lideranças fortes é maior em países como Índia, Tanzânia e Iraque, mas mesmo em países como a Dinamarca, a Coreia do Sul e os Estados Unidos, a visão sobre governantes não democráticos é favorável para mais de um quarto da população.

Os dados são evidentes em relação à confiança nos sistemas de votação. Em 11 dos 19 países onde a pesquisa foi feita, menos da metade dos entrevistados expressaram confiança nas eleições mais recentes. A proporção é mais baixa em países como Colômbia, Índia, Paquistão, Iraque e mesmo em Taiwan e nos EUA. Em países como Brasil, Dinamarca e Chile, mais da metade da população disse confiar no pleito.

Em relação ao acesso à Justiça, os entrevistados de forma geral expressaram muita insatisfação com os tribunais. Apenas na Dinamarca, entre os 19 países, a maioria das pessoas sente que as cortes frequentemente ou sempre fornecem acesso igualitário. Na maioria dos países, menos de um terço dos entrevistados pensa dessa maneira.

O estudo avaliou ainda a percepção sobre progresso intergeracional, e apontou que as pessoas estão bastante pessimistas sobre o quanto as coisas melhoraram ao longo do tempo. Em apenas quatro países a maioria dos entrevistados acredita que a vida está melhor do que na época dos seus pais.

Os dados são mais positivos em relação à percepção de liberdade de expressão. A maioria dos entrevistados sente que geralmente ou sempre tem liberdade para dizer o que pensa publicamente. As exceções são Colômbia, Paquistão, Romênia e Senegal. No Brasil, metade dos entrevistados diz sentir que pode falar livremente.

Além da análise geral sobre a desconfiança dos eleitores em relação ao desempenho das suas instituições políticas e do acesso a elas, o estudo ressalta que as minorias, as mulheres e as populações mais pobres tendem a perceber mais obstáculos ao acesso e geralmente duvidam mais do desempenho institucional.

Outro ponto importante é que as opiniões dos especialistas e as percepções populares sobre o desempenho das instituições políticas nem sempre estão alinhadas. As pessoas geralmente são muito mais céticas do que os especialistas.

Com sede em Estocolmo, na Suécia, a International Idea foi fundada em 1995 com o objetivo de identificar diferenças importantes, mas muitas vezes negligenciadas, entre as avaliações e atitudes de vários grupos em relação à democracia.

O estudo alega que os dados levantam questões importantes sobre quem decide como a democracia está se saindo e quem, em última análise, tem o poder de conceder legitimidade (ou não) às instituições e governos. O relatório ressalta que “a saúde de uma democracia depende em grande parte das percepções das pessoas”, e por isso é importante entender essas visões de mundo para buscar formas de aprimorar o funcionamento da democracia e a maneira como ela é vista.

PEC QUE TURBINA O SALÁRIO DE JUÍZES E OUTROS COLOCA EM RISCO O EQUILÍBRIO FISCAL

História de DOUGLAS GAVRAS E RENATO MACHADO – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A proposta que turbina salários de juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos é vista por parte dos analistas como um retrocesso que coloca em risco o equilíbrio fiscal, aumenta a disparidade entre as carreiras públicas e ignora a necessidade de uma reforma.

Na quarta-feira (17), a chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos –na advocacia, por exemplo– poderá ser usada na contagem de tempo.

A PEC original tratava apenas de juízes e membros do Ministério Público, mas o relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO), incluiu defensores públicos; membros da advocacia da União, dos estados e do Distrito Federal; e delegados da Polícia Federal.

Para Gustavo Fernandes, professor de administração pública da FGV EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo), parte do problema se deve pela coexistência de regras diferentes, com estados mantendo o quinquênio após a retirada no âmbito federal.

“Também nunca se atacou a questão da produtividade”, diz Fernandes. “Houve uma pressão inflacionária em toda máquina, os servidores ficaram sem reajuste. Como parte dos magistrados já está no teto, busca-se uma alternativa para recompor as perdas da inflação.”

Segundo ele, a PEC é uma volta ao passado, enquanto o ideal seria fazer uma reforma que crie a estrutura de carreira, com indicadores de produtividade e etapas para ascender.

Já para o juiz federal aposentado e ex-presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) Fernando Mendes, defensor da proposta, a aprovação seria um passo fundamental para a valorização da carreira da magistratura federal.

“Com essa parcela de valorização a cada cinco anos, se restabelece um sentido de carreira. Nos últimos anos, muitos juízes federais deixaram a função para exercer outras atividades, como a advocacia. Uma magistratura forte e independente pressupõe uma atividade bem remunerada.”

Mendes, que hoje atua como advogado, acrescenta que é preciso fazer uma leitura correta do que representa a magistratura federal. São cerca de 2.000 juízes federais, e a proposta que vem do senador Pacheco é justa, avalia.

“Como um juiz federal pode mudar até cenários econômicos a partir de uma decisão, precisamos ter um profissional com boa remuneração.”

Por outro lado, a vice-presidente do conselho diretor do República.org, Vera Monteiro, define a PEC como “uma excrescência”. “Um dos problemas do nosso Estado é a enorme distância entre quem ganha muito e quem ganha pouco”, diz.

O instituto divulgou nesta sexta-feira (19) um manifesto em que critica a PEC e afirma que o Brasil já é um campeão mundial da disparidade de remuneração no setor público.

“Metade dos servidores brasileiros recebe salário igual ou menor a R$ 3.400 mensais. Precisamos, sim, repor perdas salariais, depois de 42% de inflação desde 2016 –mas quinquênios e supersalários não são a maneira de fazê-lo”, afirma o texto.

“Se fosse possível aumentar o teto para todo mundo seria bom, mas não há espaço fiscal para isso. Uma reforma administrativa exige permanente revisão, mais transparência nas regras de remuneração e avaliação de desempenho”, ressalta a especialista em direito administrativo.

Os especialistas ouvidos pela reportagem concordam que faz sentido que a PEC preocupe o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e dificulte o equilíbrio fiscal.

O governo monta uma estratégia para tentar barrar a votação. Isso porque há cálculos que apontam um impacto de até R$ 42 bilhões por ano nas contas públicas.

Segundo estudo do CLP (Centro de Liderança Pública), apenas cerca de 32 mil trabalhadores seriam beneficiados, aumentando a desigualdade e fazendo com que muitos ganhem acima do teto do funcionalismo.

De acordo com a entidade, não procede um dos principais argumentos de quem defende a PEC, como o que diz que a evolução remuneratória no Poder Judiciário é baixa, de modo a não atrair talentos.

Líder do governo diz que PEC pode ‘quebrar o país’

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou na sexta-feira (19) que a proposta em tramitação no Congresso Nacional, que turbina o salário de juízes e promotores, vai “quebrar” o país.

A declaração aconteceu após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com ministros da área política e líderes do governo, para discutir o risco de avanço da pauta-bomba no Congresso Nacional e também a relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O almoço no Palácio do Planalto não estava previsto inicialmente na agenda de Lula. Participaram, além de Guimarães, os ministros-chefes da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), da Casa Civil, Rui Costa (PT) e da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta (PT). Também estavam presentes os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

“Se essa PEC prosseguir, ela vai quebrar o país, quebra o país e quebra os estados. Quebra o país e quebra os estados. Não tem o menor fundamento, na minha opinião”, afirmou Guimarães após o encontro.

“A PEC do Quinquênio é um desserviço ao país. O país não suporta uma PEC dessa. O impacto é brutal. Quebra os estados e a união. Então vamos, é evidente, barrar na Câmara. Minha decisão não é porque o presidente pediu isso, não. É porque eu considero que, enquanto a gente está fazendo esse esforço, que votamos marco fiscal, as medidas arrecadatórias moralizadoras, ver uma PEC do Quinquênio. De onde tiraram isso?”, acrescenta.

Guimarães também afirmou que a prioridade na próxima semana será a votação do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) de 2024 a 2026 e das propostas de regulamentação da reforma tributária

 

RÚSSIA ALERTA PARA O RISCO DE UM CONFRONTO NUCLEAR

História de Por Guy Faulconbridge – Reuters

Chanceler russo Sergei Lavrov em Moscou  6/3/2024 Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS

Chanceler russo Sergei Lavrov em Moscou 6/3/2024 Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS© Thomson Reuters

Por Guy Faulconbridge

MOSCOU (Reuters) – A Rússia disse nesta segunda-feira que o apoio militar de Estados Unidos, Reino Unido e França à Ucrânia levou o mundo à beira de um confronto direto entre as maiores potências nucleares do mundo que poderia terminar em uma catástrofe.

A invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin em 2022 provocou a pior ruptura nas relações entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962, de acordo com diplomatas russos e norte-americanos.

Apenas dois dias depois que os parlamentares dos EUA aprovaram bilhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os Estados Unidos e a Otan estavam obcecados com a ideia de infligir uma “derrota estratégica” à Rússia.

Lavrov afirmou que o apoio ocidental à Ucrânia estava colocando os Estados Unidos e seus aliados à beira de um confronto militar direto com a Rússia.

“Os ocidentais estão oscilando perigosamente à beira de um confronto militar direto entre potências nucleares, o que pode ter consequências catastróficas”, disse Lavrov em uma conferência em Moscou sobre não proliferação.

“Particularmente preocupante é o fato de que é a ‘troika’ dos Estados nucleares ocidentais que estão entre os principais patrocinadores do regime criminoso de Kiev, os principais iniciadores de várias medidas provocativas. Vemos sérios riscos estratégicos nisso, levando a um aumento no nível de perigo nuclear.”

Desde o início da guerra, a Rússia tem alertado repetidamente sobre o aumento dos riscos nucleares – alertas que os Estados Unidos dizem ter que levar a sério, embora as autoridades norte-americanas digam que não viram nenhuma mudança na postura nuclear russa.

Putin apresenta a guerra como parte de uma batalha secular contra um Ocidente decadente que, segundo ele, humilhou a Rússia após a queda do Muro de Berlim em 1989, ampliando a Otan e invadindo o que Moscou considera ser a esfera de influência histórica da Rússia.

A Ucrânia e seus apoiadores ocidentais dizem que a guerra é uma apropriação de terras no estilo imperial por uma ditadura corrupta que levará a Rússia a um beco sem saída estratégico. Os líderes ocidentais prometeram trabalhar para derrotar as forças russas na Ucrânia, ao mesmo tempo em que descartam qualquer envio de pessoal da Otan para lá.