segunda-feira, 30 de outubro de 2023

TURQUIA COMPLETOU 100 ANOS NESSE 29/10

il e Mundo Centenário da Turquia

100 anos de Turquia: como caiu o Império Otomano, a superpotência que queria ser universal

Byvaleon

Out 30, 2023

História por Norberto Paredes – BBC News Mundo e Brasil

A Turquia completa 100 anos em 29 de outubro© Getty Images

“Viva a República! Vida longa a Mustafa Kemal Pasha!”, gritaram os legisladores turcos em 29 de outubro de 1923, depois de proclamarem um novo modelo de governo e empossar Kemal Atatürk como primeiro presidente do país que acabava de nascer.

Enquanto muitos comemoravam, outros ainda lamentavam a queda do Império Otomano, uma das maiores superpotências que a humanidade já conheceu.

Neste domingo (29/10), completam-se 100 anos desde o nascimento da Turquia e pouco mais de um século desde a queda definitiva do Império.

O golpe final foi desferido em novembro de 1922, quando a Grande Assembleia Nacional aboliu o cargo de sultão, encerrando aproximadamente 600 anos de história da dinastia Osmanli, a família que liderou o império desde sua fundação, em 1299, até a sua dissolução.

A queda da superpotência, que rivalizou com os países mais poderosos do mundo durante vários períodos da história, foi uma tragédia para os turcos.

O Estado otomano se expandiu por três continentes, governando o que hoje é a Bulgária, o Egito, a Grécia, a Hungria, a Jordânia, o Líbano, Israel, os territórios palestinos, a Macedônia, a Romênia, a Síria, partes da Arábia Saudita e a costa norte de África.

Muitos outros países como a Albânia, Chipre, Iraque, Sérvia, Qatar e Iêmen também eram parcial ou totalmente otomanos.

Em muitas destas nações, no entanto, o legado imperial é tão controverso que alguns preferem esquecê-lo. Em outras, como a Turquia, ele é recordado com nostalgia e como uma época dourada que gera orgulho.

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A dinastia Osmanli (ou Casa de Osman) começou com uma oportunidade aproveitada por Osman I, então líder do império Seljuk.

Ao notar a fraqueza de seu império e do vizinho Bizantino, Osman decidiu fundar seu emirado em 1299 na Anatólia, o território hoje conhecido como Turquia.

Ele se tornava assim o fundador e primeiro sultão de um Estado turco que logo começaria a se expandir até cobrir mais de 5 milhões de km2.

Os descendentes de Osman, cujo nome às vezes é escrito Ottman ou Othman e de onde veio o termo “Otomano”, governaram a poderosa nação durante seis séculos.

A queda de Constantinopla

Olivier Bouquet, professor de História Otomana e do Oriente Médio na Universidade Paris Diderot, destaca que, em 1299, foi fundado apenas um “Estado Turco”.

O Império de fato começaria a tomar forma com a queda de Constantinopla, em 1453.

Com uma entrada simbólica em Constantinopla, montado em um cavalo branco, o sultão Mehmed II pôs fim a mil anos de Império Bizantino e posteriormente ordenou o assassinato de grande parte da população local, forçando o resto ao exílio.

Ele logo repovoou a cidade trazendo pessoas de outras partes do território otomano.

Mehmed II também renomeou Constantinopla para Istambul, a “cidade do Islã”, e começou a reconstruí-la.

Assim, a cidade se tornou não só a capital política e militar do império, mas também, devido à sua posição no cruzamento entre Europa, África e Ásia, um importante centro comercial mundial.

A força econômica que o império ganharia deveu-se em grande parte à política de Mehmed II de incentivar o aumento da quantidade de comerciantes e artesãos no seu estado.

Ele encorajou muitos comerciantes a se mudarem para Istambul e estabelecerem negócios lá. Os governantes posteriores continuaram esta política.

Receita do sucesso

Além do fato de o poder máximo ter sido transferido para apenas uma pessoa, evitando rivalidades, Bouquet explica que o império teve sucesso por outros motivos, sendo um dos principais o seu caráter de Estado fiscal-militar.

O chefe turco Osman (1258-1324), considerado o fundador do Império Otomano.© Getty Images

“Era um Estado em que a extração de recursos da riqueza fiscal estava ligada à conquista militar, que tinha o objetivo de adquirir mais riqueza e fazer entrar mais impostos de forma centralizada”, disse o especialista à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

Outro elemento propulsor do império, segundo o historiador, foi o seu poderio militar.

Os ataques do exército otomano foram rápidos e contaram com forças especializadas, como o famoso corpo de elite dos janízaros, ou janíçaros, que protegiam o sultão, e os sipaios, uma temida tropa de cavalaria de elite que em tempos de paz era responsável pela cobrança de impostos.

Também desempenharam papel importante a burocracia altamente centralizada do império, que lhe permitiu organizar a distribuição das suas riquezas, o fato do império ser inspirado e unido pelo islamismo, e de toda a sociedade ter o mesmo governante como referência.

“Era em tese uma sociedade que permitia outras religiões e, em teoria, não havia conversão forçada (ao Islã). Mas na verdade houve. Houve uma política de islamização em certos territórios”, diz Bouquet.

Os otomanos também se destacaram por seu pragmatismo: pegaram as melhores ideias de outras culturas e tornaram-as suas também.

Solimão, o Magnífico

Um dos sultões mais conhecidos do império foi Solimão, o Magnífico, que reinou entre 1520 e 1566 e fez com que o seu Estado chegasse aos Balcãs e à Hungria, chegando às portas da cidade romana de Viena.

Solimão, o Magnífico© Getty Images

Embora no Ocidente ele seja lembrado como “o Magnífico” e no Oriente como “o Legislador”, Suleiman tinha outros títulos tão exagerados quanto surpreendentes.

Estes incluem “o deputado de Allah na Terra”, “Senhor dos Senhores deste mundo”, “Dono dos pescoços dos homens”, “Refúgio de todas as pessoas em todo o mundo”, entre muitos outros que denotam a sua importância.

Um dos seus apelidos mais polêmicos era “Imperador do Oriente e do Ocidente”, algo visto por historiadores como um desafio direto à autoridade de Roma que, naquela época, havia sido superada pela autoridade otomana.

Embora o império atingisse sua extensão territorial máxima mais tarde, o período de Solimão, o Magnífico, é considerado no Ocidente como uma era de ouro para os otomanos, quando aconteceram muitas campanhas militares bem-sucedidas.

O império que queria ser universal

O nome “Imperador do Oriente e do Ocidente” também deixa claro que o Império Otomano se via e se considerava como único, sem nenhum igual ou semelhante.

“Aos olhos dos sultões otomanos, não havia outro imperador além do sultão otomano”, explica o historiador Olivier Bouquet.

Sultão Mahmud II saindo da Mesquita Bayezid, Constantinopla, em 1837© Heritage Images

Segundo ele, a ideia de um império universal vem da herança bizantina e do Islã.

“Eles queriam conquistar todos os territórios onde viviam homens e mulheres”, diz o professor. “Todos os países localizados fora dos ‘territórios do Islã’ (Dar al-Islam) tinham uma vocação para ser conquistados.”

Isso explica a longa duração do Império Otomano: seu exército não tinha limites na conquista de territórios, que avançou durante séculos.

“E o império começou a enfraquecer no momento em que as conquistas ficaram mais difíceis ou param”, acrescenta Bouquet.

O começo do fim

Um dos primeiros episódios a enfraquecer a superpotência em que se transformara o Estado Otomano foi a sua derrota na Batalha de Lepanto, em 1571.

O império enfrentara a Liga Santa, uma coligação militar composta por Estados Católicos e liderada pela monarquia espanhola e um grupo de territórios onde hoje está a Itália.

Esta é descrita como uma das batalhas mais sangrentas que a humanidade viu desde a antiguidade e pôs fim à expansão militar otomana no Mediterrâneo.

A derrota na Batalha de Lepanto em 1571 foi um golpe devastador para o Império Otomano.© Getty Images

A partir daí terminava a sorte do império, dando espaço a um longo e progressivo declínio.

Vários erros de cálculo somados à instabilidade política e econômica de Istambul no início do século XX acabaram desmoronando um império cujo brilho já estava manchado.

O primeiro foi a Primeira Guerra dos Balcãs (1912-1913), na qual enfrentou a Liga Balcânica (Bulgária, Grécia, Montenegro e Sérvia), que, apoiada pela Rússia, tentava expulsar os otomanos de suas terras.

Militarmente inferior, o Império Otomano perdeu a guerra e com ela todos os seus territórios na Europa, com exceção de Constantinopla e arredores.

Historiadores recordam esta derrota como um ponto de virada e um episódio “humilhante” para os otomanos.

O golpe final

Os territórios otomanos restantes atravessavam um mau momento econômico, devido ao desenvolvimento de outras rotas comerciais, à crescente rivalidade comercial com a América e a Ásia, e ao aumento do desemprego.

Eles também enfrentavam as ambições expansionistas de potências europeias como a Grã-Bretanha e a França.

Além disso, as tensões entre diferentes grupos religiosos e étnicos aumentaram. Armênios, curdos e gregos, entre outros povos, sentiam-se cada vez mais oprimidos pelos turcos.

Com todos esses problemas, Istambul embarcou em uma nova guerra contra uma poderosa aliança liderada pela França, o Império Britânico, os Estados Unidos e a Rússia.

A vitória dos Aliados no Oriente Médio durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi um dos gatilhos para a desintegração do Império Otomano, que já estava com os dias contados.

Depois disso, foram criados o mandato francês na Síria e os mandatos britânicos no Iraque e na Palestina, todos sob a supervisão da Liga das Nações (órgão que precedeu a ONU).

Os otomanos não sabiam que em 1917, no meio da guerra, a França e a Grã-Bretanha já tinham concordado secretamente em dividir seus territórios pelo tratado Sykes-Picot.

Nesse mesmo ano, também foi assinada a Declaração Balfour, documento no qual o governo britânico prometia ao povo judeu um “lar” na região da Palestina, que também fazia parte do império.

Nasce um país: Turquia

Oficialmente, o império deixou de existir em 1º de novembro de 1922, quando o cargo de sultão foi abolido.

Um ano depois nasceu a República da Turquia.

Depois de liderar uma revolução republicana, Mustafa Kemal Atatürk, considerado “o pai da Turquia moderna”, tornou-se seu primeiro presidente.

O último sultão do Império Otomano, Mehmed VI, temia ser morto pelos revolucionários e teve de ser retirado de Istambul por agentes britânicos.

Ele acabou exilado na Itália de Benito Mussolini, no balneário de San Remo, mesmo local onde havia sido acertada a divisão de seu império.

Lá ele morreu quatro anos depois, tão pobre que as autoridades italianas confiscaram seu caixão até que as dívidas com comerciantes locais fossem pagas.

Mustafa Kemal Atatürk governou a Turquia desde a sua criação, por 15 anos.© Getty Images

A república que nascia deixou para trás suas aspirações imperiais e se baseou no Kemalismo, uma ideologia implementada por Atatürk que tinha como valores o republicanismo, o populismo, o nacionalismo, o secularismo, o estatismo e o reformismo.

Muitos historiadores afirmam que o secularismo da Turquia moderna é um “grande” legado do Império Otomano.

Neo-otomanismo

Por outro lado, o califado Otomano continuou brevemente como instituição na Turquia, embora com autoridade bastante reduzida, até que também foi abolido em 3 de março de 1924.

Atualmente, a visão de que a derrota dos otomanos na Primeira Guerra Mundial pôs fim ao seu império é contestada por alguns, que afirmam que a sua queda é culpa do Ocidente.

“A ideia da responsabilidade ocidental (na queda do império) foi assumida durante vários anos pelo regime de Ancara e pelo atual presidente da República Turca (Recep Tayyip Erdogan)”, afirma o historiador Olivier Bouquet.

Recep Tayyip Erdogan© Getty Images

Nos últimos anos, o sentimento de nostalgia que alguns na Turquia sentem pela era otomana alimentou o ressurgimento do chamado neo-otomanismo.

Trata-se de uma ideologia política islâmica e imperialista que, no seu sentido mais literal, defende a honra do passado otomano da Turquia e o aumento da influência turca nas regiões que estiveram sob domínio otomano.

Durante muitas décadas, os líderes da Turquia moderna se esforçaram para se distanciar do legado imperial e do Islã com a intenção de projetar uma face mais “ocidental” e “secular”.

Mas desde sua ascensão ao poder, Erdogan não esconde sua nostalgia pelo passado otomano do seu país e sua herança islâmica.

Prova disso foi a controversa conversão em 2020 da Hagia Sophia – que Atatürk transformou em um dos museus mais emblemáticos de Istambul – em uma mesquita.

Da mesma forma, Erdogan demonstrou repetidamente sua admiração por Selim I, um sultão que liderou uma das maiores expansões do Império Otomano.

Depois de vencer um referendo constitucional em 2017, que expandiu enormemente seus poderes presidenciais, Erdogan fez sua primeira aparição pública no túmulo do antigo sultão otomano.

E, mais recentemente, decidiu dar seu nome a uma das pontes construídas sobre o famoso estreito de Istambul, no Bósforo.

“O Império Otomano desapareceu, mas há um neo-otomanismo que se desenvolveu (…) Há muito mais referências ao Império Otomano hoje do que havia no final do século XX”, conclui Bouquet.

 

O GOVERNO GASTA COM ATIVIDADES QUE NÃO TÊM NA HAVER COM A EXPLORAÇÃO HIDRELÉTRICA E ENCARECE O CUSTO DA ENERGIA

 

História por ALEXA SALOMÃO  • Folha de S. Paulo

Photo taken in Foz Do Iguaçu, Brazil

BRASÍLIA, DF (FOLHARPESS) – Quitada a dívida contraída para a construção de Itaipu, o Brasil já pode rever a forma como comercializa a energia da hidrelétrica, avaliam especialistas do setor.

A medida não demanda negociação com o Paraguai e não fere os princípios do Tratado de Itaipu. Depende apenas de decisão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e alteração legal no Congresso Nacional, afirmam.

Neste momento, Brasil e Paraguai estão prestes a iniciar a renegociação do Anexo C, parte do tratado que define questões financeiras, mas isso também não faz diferença, argumentam. O Tratado de Itaipu determina que 100% da energia precisa ser contratada, com eventuais sobras de cada lado sendo cedidas para o parceiro, mediante um pagamento.

Não há no documento imposições sobre como cada país vai tratar a sua parte da cota, reforçam os especialistas.

Do lado brasileiro, uma lei de 1973 obriga que a tarifa da hidrelétrica seja embutida na conta de luz de 31 distribuidoras de dez estados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, seja qual for o preço. Essa compra compulsória foi uma das estratégias em favor do financiamento e reforçou as garantias aos credores de que haveria fonte certa de recursos para pagar a dívida da obra.

O empréstimo foi feito integralmente pelo Brasil, bem como a apresentação das garantias e, segundo estudo do Instituto Acende Brasil, detalhado neste domingo pela Folha, a quitação também. Os brasileiros consumiram a maior parte da energia e pagaram integralmente, via conta de luz, os US$ 63 bilhões (R$ 311,7 bilhões) da dívida, até a ultima parcela, em fevereiro deste ano.

O instituto defende o fim da obrigatoriedade de compra da energia pelas distribuidoras e que ela passe a ser comercializada em leilões pela ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional), estatal que assumiu o lado brasileiro de Itaipu após a privatização da Eletrobras.

“A ENBPar pode fazer o leilão para todos, distribuidores e consumidores livres”, diz Claudio Sales, presidente do Acende Brasil.

Pela proposta, eventuais valores gerados pela diferença entre a tarifa da usina e o preço de venda no mercado seriam utilizados para reduzir a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), onde se concentram os gastos do Brasil com os crescentes subsídios ao setor de energia, deixando mais barata a conta de luz do país.

A avaliação é que a venda no mercado também exigiria que Itaipu se tornasse mais competitiva e reduzisse a tarifa, algo que hoje não parece estar no foco dos governos parceiros, segundo críticos.

A dívida pela obra representava 60% das despesas, então, a expectativa era de que a sua queda e a quitação levariam a reduções proporcionais na tarifa, o que não ocorreu. Os recursos estão sendo canalizados para obras e projetos socioambientais, que os especialistas consideram uma espécie de “orçamento paralelo” para os governos dos dois lados da fronteira.

“A inclusão de inúmeras atividades que não têm relação com a exploração hidrelétrica de Itaipu representam uma distorção no espírito do tratado, e o efeito prático disso é encarecer de maneira irracional o custo da energia de Itaipu”, diz Sales. “Não há nada mais socialmente correto que garantir energia barata.”

A dívida começou a cair em 2007. De 2009 a 2021, anualmente, o seu custo se manteve na casa de US$ 2 bilhões (R$ 9,9 bilhões) e a tarifa ficou congelada. Em 2022, o custo caiu para US$ 1,4 bilhão (R$ 6,9 bilhões). Neste ano, cerca de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) quitaram o pagamento. A redução, porém, não foi integralmente repassada à tarifa.

Em paralelo, o gasto com as obras e os projetos socioambientais foram crescendo.

Levantamento realizado pela consultoria PSR, uma das mais conceituadas do setor, identificou que esses projetos custavam US$ 88,5 milhões (R$ 437,8 milhões) em 2013. No ano passado, chegaram a US$ 316 milhões (R$ 1,56 bilhão).

Estimativas do MME (Ministério de Minas e Energia), em 2022, apontavam que a tarifa, sem a dívida, ficaria na casa de US$ 10,77 (R$ 53,28) pelo KW (kilowatt). Neste ano, está em US$ 16,71 (R$ 82,67).

Procurado pela Folha para falar sobre a tarifa, o Itamaraty afirmou que o valor “é o resultado de intensas negociações bilaterais e representa o equilíbrio possível entre os interesses de Brasil e Paraguai”.

A assessoria de Itaipu, por sua vez disse que a tarifa de 2023 é a menor em 20 anos, e que as iniciativas no campo da responsabilidade social e ambiental foram pactuadas pelas chancelarias dos dois países como “componente permanente na atividade de geração de energia”.

De fato, esses investimentos só são possíveis por uma alteração na missão original de Itaipu, feita em 2005. O governo Lula sugeriu, e o Paraguai aceitou, que Itaipu passasse a atuar em favor do desenvolvimento regional, aplicando-se a regra da paridade. Cada dólar gasto com esse fim num país, o outro também terá direito a gastar.

A medida foi oficializada por meio de um instrumento diplomático chamado Nota Reversal, e o novo custo passou a ser contabilizado na despesa de exploração, que originalmente foi criada para gastos de operação e manutenção da usina.

Todo governo da vez no Brasil alega que o Paraguai não quer baixar a tarifa, mas nenhuma gestão explicou quais são os critérios e os limites desse tipo de investimento, uma vez que a tarifa da usina é o custo da operação. A história mostra que cabe de tudo nesse tipo de investimento.

Itaipu no governo Michel Temer liberou a construção de duas pontes entre os dois países parceiros, uma em Mato Grosso do Sul. A gestão de Jair Bolsonaro apoiou 24 projetos, entre eles a estrada Boiadeira, trecho da BR-487 no Paraná.

Com o caixa abastecido com um valor histórico, dizem pessoas próximas a Itaipu, Lula 3 ampliou de 55 para 434 o número de municípios com direito a receber projetos socioambientais e de infraestrutura. A lista inclui todos os 399 do Paraná e 35 de Mato Grosso do Sul. Foi anunciado R$ 1 bilhão por meio de um convênio com a Caixa.

Outros R$ 600 milhões vão para conclusão da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), em Foz do Iguaçu (PR).

“Os recursos pagos por milhões de consumidores tinham de ser distribuídos para todo o país, mas em uma ação ofensiva ao pacto federativo estão concentrados na mão de um estado só, onde são utilizados para fins políticos”, afirma José Luiz Alquéres, que foi conselheiro de Itaipu e presidente da Eletrobras.

Alquéres lembra que cada dólar gasto no Brasil equivale a outro dólar na conta do Paraguai –tudo pago pelos brasileiros, como mostrou levantamento do Acende Brasil.

“Lá também se coloca dinheiro em todo tipo de coisa, como aulas de guarani e redes de postos de gasolina. É um total desvirtuamento, que não está sob controle de nenhuma fiscalização seja qual for o lado da fronteira.”

Na tentativa de monitorar esses custos sem relação com energia elétrica, órgãos de controle externo nos dois países tentam criar uma Comissão Binacional de Contas. Em 16 de outubro, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas de União), Lucas Furtado, entrou com uma representação solicitando ao órgão que antecipe uma ação.

“Defendo a fiscalização e falo em desvio de finalidade porque a usina foi feita para produzir energia, não criar emas”, afirmou à Folha, numa referência ao fato de Itaipu estar financiando o novo viveiro de emas no Palácio da Alvorada.

O fim dessas despesas e da compra compulsória de energia, bem como a oferta em leilões já contam com apoio de outras entidades.

“O Brasil precisa de energia competitiva para o seu desenvolvimento, e todos concordam que ela está chegando cara ao consumidor final e no preço dos produtos. Itaipu é uma oportunidade de começar a reverter isso”, diz Paulo Pedrosa, ex-conselheiro de Itaipu e presidente da Abrace Energia, entidade que reúne grandes consumidores empresariais de energia.

O presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, que também atuou em Itaipu, apoia as mudanças e afirma que elas devem ser debatidas com a sociedade.

“O consumidor deve ter um papel predominante nessa discussão por ser o pagador do serviço, mesmo aqueles que estão nas regiões que não deram suporte ao pagamento da construção da binacional devem participar da solução”, diz Barata.

AUMENTAM OS IMPOSTOS EXAGERADAMENTE E DEPOIS FAZEM A REDUÇÃO PARA ALGUNS

História por EDUARDO CUCOLO  • 17h

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A tributação efetiva do lucro das grandes empresas brasileiras de capital aberto é de 18,1%, quase metade da alíquota de 34% prevista na lei. Isso significa que, no papel, o Brasil possui uma das mais elevadas cargas tributárias corporativas do mundo. O imposto pago de fato, no entanto, está abaixo da média global de 23,5%.

O número coloca em xeque um dos principais argumentos utilizados para justificar a isenção de Imposto de Renda na distribuição de lucros e dividendos por essas empresas a seus acionistas: a afirmação de que esse benefício seria compensado por um imposto corporativo mais elevado do que em outros países.

As conclusões fazem parte do estudo “Alíquotas Efetivas e Incidência do Imposto de Renda Corporativo”, elaborado pelo Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) e pelo Made/USP (Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo), com apoio da organização social Samambaia.org, mantenedora da República.org.

A diferença entre a alíquota prevista em lei e o percentual efetivamente pago é explicada pela existência de benefícios fiscais e práticas de planejamento tributário que reduzem a carga dessas companhias, além da evasão fiscal e de decisões judiciais que afetam o pagamento de tributos.

Os autores destacam também que a diferença entre carga nominal e imposto recolhido cresceu ao longo do período analisado (2012 a 2022) e que essa diferença é maior em alguns setores do que em outros, criando um grupo de empresas mais privilegiadas.

Um dos objetivos do trabalho é servir de referência para as discussões sobre a reforma do Imposto de Renda, que está sendo elaborada pela secretaria extraordinária do Ministério da Fazenda que trata do tema. A ideia do governo é reduzir a alíquota de 34% dos tributos sobre o lucro corporativo (IRPJ/CSLL) e cobrar o IR na distribuição de lucros e dividendos.

Uma parte dessas mudanças já está em discussão no Congresso: a proposta que reduz o impacto de benefícios estaduais sobre a arrecadação federal, um dos pilares do pacote de medidas para zerar o déficit nas contas do governo no próximo ano.

Para os autores do trabalho, os economistas Manoel Pires (FGV), Pedro Romero Marques (Made/USP) e José Bergamin (Made/USP), seria positiva uma reforma que aproximasse a alíquota nominal da efetiva, permitindo que todas as empresas tenham uma tributação menor, e não somente aquelas beneficiadas pelas distorções do sistema atual.

Outro ponto é a revisão de brechas e benefícios, o que reduziria a complexidade, os custos associados às exceções e a pressão para ampliação de regimes especiais com carga tributária reduzida, como o lucro presumido e o Simples Nacional.

Eles defendem ainda o fim da isenção na distribuição de lucros. Afirmam que o argumento de que as corporações são sobretaxadas no Brasil de modo a compensar a inexistência do imposto sobre dividendos não encontra respaldo nos resultados obtidos.

“Se é verdade que o Brasil consolidou a tributação de lucro e dividendos nas empresas, você deveria esperar uma carga efetiva muito maior em relação aos outros países que separam essa tributação. E a gente encontra exatamente o contrário. Na verdade, a gente não está tributando lucro e dividendos em lugar nenhum”, afirma Manoel Pires, coordenador do Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre.

Entre os países da OCDE, por exemplo, a soma das alíquotas do imposto sobre o lucro das empresas e dos dividendos supera 40%, na média.

Pedro Romero Marques, coordenador de Pesquisa do Made/USP, defende uma reforma do IR que inclua uma revisão de gastos tributários e outros tipos de benefícios fiscais, mas que também observe a capacidade de pagamento das empresas e a necessidade de arrecadação do Estado.

“Temos espaço para reduzir a alíquota nominal, aproximá-la daquilo observado em termos efetivos, garantindo que vai continuar arrecadando da mesma forma. E abrindo espaço também para considerar uma tributação na pessoa física de lucros e dividendos. Isso é fundamental, porque, nesse caso, a gente também está falando de redução de desigualdade na renda”, afirma Marques.

DISTORÇÕES SETORIAIS

Os autores afirmam que, quando a tributação de 34% com isenção de dividendos foi instituída, a carga sofrida pelas empresas brasileiras estava próxima da de outros países. Nas últimas décadas, no entanto, houve um movimento de redução de alíquotas em várias economias.

No Brasil, esse ajuste foi feito por meio dessas distorções do sistema. Esse é um processo que ainda está em curso, segundo os dados analisados, que levam em conta metodologia semelhante à utilizada pelo economista Aswath Damodaran, da NYU (Universidade de Nova York).

No caso brasileiro, foram utilizados dados dos balanços das 336 empresas que estiveram registradas na Bolsa de Valores no período de 2012 a 2022, o que inclui indústrias, varejistas e companhias do setor de serviços –excluindo apenas instituições financeiras.

Na comparação internacional, a tributação efetiva das empresas analisadas estaria abaixo do verificado nos EUA (21,2%) e nas amostras para Europa (25,7%) e países emergentes (26,4%) do estudo da NYU, que considera a média de 2016 a 2021.

A tributação média no Brasil está próxima também dos 18% verificados de 2019 a 2021, quando o governo Donald Trump (2017-2020), nos EUA, reduziu a carga sobre as empresas.

Esse benefício, no entanto, não é o mesmo para todos. Setorialmente, a alíquota média das empresas listadas na Bolsa varia de 14,29% a 21,6% de acordo com o setor.

A indústria de máquinas e equipamentos, as concessionárias de transporte e os setores de tecnologia aparecem entre aqueles relativamente menos favorecidos, com uma tributação em torno de 20%.

Entre os mais favorecidos, com tributação próxima de 15%, estão os chamados consumo cíclico e não cíclico, segundo a classificação da B3, que incluem empresas do agronegócio, do varejo, da construção e de alimentos e bebidas.

Um sistema cheio de distorções, segundo o estudo, pode dificultar o desempenho econômico das empresas que não se beneficiam dessas exceções e afastar companhias que poderiam operar no país.

“Arranjos dessa natureza podem resultar em uma série de lobbies que fracionam o sistema tributário para atender grupos específicos de empresas com menor produtividade”, afirmam os autores.

Todas as companhias analisadas são tributadas pelo lucro real, regime aplicado àquelas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões. Empresas com resultado inferior a esse patamar estão em outros regimes que têm carga ainda menor, como Simples e lucro presumido, e que são tributadas com base no faturamento.

Foram calculadas seis medidas de carga efetiva (ETR – Efective Tax Rate), a partir de quatro fórmulas, combinando fatores como diferimento e utilizando amostras com todas as empresas ou apenas com aquelas que apresentaram lucro em determinado período -método também utilizado em estudos internacionais.

Um trabalho divulgado na última segunda-feira (23) pelo Observatório de Política Fiscal da União Europeia aponta uma tributação efetiva das empresas brasileiras próxima de 20% de 2012 a 2020, valor próximo do obtido em três desses cálculos realizados pelo estudo.

 

BOLSONARISMO VAI USAR AT ÉCNICA DA SUCURI ABRAÇAR E SUFOCAR OS ADVERSÁRIOS E DEPOIS ENGOLE

História por Rui Martins  • Correio do Brasil

O repórter ouve e vê muita coisa interessante nas suas andanças pelos sertões do Brasil. Na década de 80, quando comecei a fazer reportagens sobre o povoamento das fronteiras agrícolas brasileiras pelos agricultores gaúchos e seus descendentes, estava em um hotel de beira de estrada numa cidadezinha no Pantanal do Mato Grosso do Sul quando encontrei, durante o jantar, uma comitiva de deputados federais.

Por Carlos Wagner

Bolsonaristas utilizam a técnica da sucuri© Fornecido por Correio do Brasil

Técnica da sucuri é utilizada para impedir concorrência a Bolsonaro. Foi a primeira vez que ouvi falar na tal técnica da sucuri para sufocar e vencer um adversário político. Este é o assunto sobre o qual vamos conversar. Seguindo o manual do bom e velho jornalismo vamos contextualizar a nossa conversa, ou como diziam os editores dos tempos das barulhentas máquinas de escrever nas redações, mostrar o pano de fundo dos acontecimentos. É fundamental para a sobrevivência política do bolsonarismo que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) consiga descolar da sua imagem o quebra-quebra que os seus seguidores fizeram em 8 de janeiro nos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Essa imagem afasta do bolsonarismo os eleitores da direita comprometida com os valores democráticos, justamente a fatia do eleitorado que foi fundamental para a vitória do ex-presidente em 2018. Usando uma linguagem de boxeador, ele acusou o golpe que abalou sua imagem pública pela primeira vez no início de outubro, quando, acompanhado da ex-primeira-dama Michelle, foi a uma manifestação em Belo Horizonte (MG) contra a descriminalização do aborto nas primeiras 12 semanas de gravidez, cuja proposta tramita no STF. Esperava reunir 10 mil pessoas, mas apareceu bem menos gente. Justificou a ausência de público alegando que tinha medo que se repetisse o 8 de janeiro. Na quinta-feira (12/10), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), um ícone do bolsonarismo, foi proibida de subir no caminhão para discursar em ato contra a descriminalização do aborto realizado na Avenida Paulista, em São Paulo (SP). Uma das alegações dos organizadores foi que ela responde a processos no STF sobre crimes relacionados ao 8 de janeiro.

O ato foi organizado pelo deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos), que é vice-líder na Assembleia Legislativa paulista do governador Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Bolsonaro. Zambelli não armou barraco com a proibição, saiu de fininho. Esses dois episódios mostram que deu errado a estratégia de conseguir vender para a opinião pública que o quebra-quebra de 8 de janeiro foi provocado por infiltrados da esquerda no movimento bolsonarista. Tentaram enfiar goela abaixo da população essa versão forçando a barra e conseguindo a realização da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre os atos de 8 de janeiro (CPMI do 8/1).

ACPMI do 8 de janeiro foi um tiro que saiu pela culatra – há material na internet sobre o assunto. Os depoimentos aumentaram a hemorragia do prestígio político do ex-presidente. E as duras sentenças a estão sendo condenados pelo STF os participantes do quebra-quebra desencorajam futuros acontecimentos semelhantes. Aqui é o seguinte. Os 30% de bolsonaristas raiz sempre vão votar no ex-presidente. O restante corresponde à direita que respeita os valores democráticos que ajudaram a eleger o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Se nesse segmento de eleitores surgir uma liderança nova que consiga rivalizar com a atual aliança política que governa o país, o bolsonarismo como conhecemos perde a relevância. E existe a chance real de que essa liderança surja entre os ex-bolsonaristas raiz. E que os líderes do círculo íntimo do ex-presidente comecem a usar a técnica da sucuri para impedir o surgimento de novos líderes. Antes uma explicação que julgo necessária. A técnica é simples e eficiente. A sucuri é uma cobra que pode ter até 10 metros de comprimento. Ela se enrola na sua vítima e a aperta até quebrar os ossos e a sufocar. Depois a engole.

É um espetáculo para quem tem nervos fortes. E virou histórias que passam de geração para geração entre as famílias sulistas que se estabeleceram nas fronteiras agrícolas – nome que davam para grandes áreas de terra escassamente povoadas. Por ser um animal em extinção, é protegida por lei. A primeira vítima da técnica da sucuri é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Ex-ministro de Bolsonaro, ele se elegeu graças ao prestígio do ex-presidente.

Logo no início do seu mandato tentou colocar a sua marca pessoal na administração. Assim que passou a ocupar espaços nobres nas manchetes dos jornais começaram a enfiar-lhe garganta abaixo as pautas dos bolsonaristas raiz, como a questão do aborto e a proteção aos policiais violentos. Com a inelegibilidade do ex-presidente por oito anos, decretada em junho pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aumentou a pressão sobre o que Freitas pode e não pode fazer na sua administração no governo de São Paulo. O governador sabe que a sucuri está se enrolando ao redor do seu corpo. Seu destino político se decidirá nas eleições municipais de 2024. Ele ficará no abraço da sucuri, esperando ser indicado para concorrer a presidente da República. Caso contrário, terá que decidir o que irá fazer da sua vida política.

Além do governador paulista várias outras lideranças municipais e estaduais estão sendo vigiadas pelos três filhos parlamentares do ex-presidente, Carlos, vereador no Rio, Flávio, senador do Rio de Janeiro, e Eduardo, deputado federal de São Paulo. No atual momento da sua carreira política o que mais incomoda o ex-presidente é a sua ligação com as imagens do quebra-quebra de 8 de janeiro. Bolsonaro se diz de direita. Mas pelas pautas que têm e as suas ligações com golpistas, ele é de extrema direita.

Tanto que é reconhecido por outros líderes da extrema direita ao redor do mundo. O ex-presidente cometeu muitos crimes no exercício do seu mandato, como as mortes dos 700 mil brasileiros pela Covid, como demonstram as 1,3 mil páginas do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado sobre a Covid, a CPI da Covid. Mas nenhum desses crimes colaram tanto na sua imagem como o quebra-quebra em Brasília. Ele mesmo reconhece. Todo o animal tem um predador, é a lei da natureza. A sucuri também tem alguns, os mais vorazes são as piranhas. (Publicado no Observatório da Imprensa)

Carlos Wagner é repórter, graduado em Comunicação Social — habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul — Ufrgs. Trabalhou como repórter investigativo no jornal Zero Hora (RS, Brasil) de 1983 a 2014. Recebeu 38 prêmios de Jornalismo, entre eles, sete Prêmios Esso regionais. Tem 17 livros publicados, como “País Bandido”. Aos 67 anos, foi homenageado no 12º encontro da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI), em 2017, SP.

 

SINCERIDADE IRRESPONSÁVEL DE LULA COM O ORÇAMENTO

 

História por Notas & Informações  • Jornal Estadão

Em um surto de sinceridade, o presidente Lula da Silva afirmou que a meta de zerar o déficit fiscal no ano que vem não precisa ser cumprida. Segundo ele, o resultado dificilmente será atingido sem a realização de cortes orçamentários em investimentos e obras públicas, algo que ele não deseja fazer. “A gente não precisa disso”, disse o presidente, referindo-se à meta de déficit zero, em café com jornalistas no Planalto na sexta-feira passada.

Quem escolhe a vida pública sabe que existem muitas coisas que não devem ser ditas – não porque elas não sejam verdade, mas pelos efeitos indesejados que essas verdades podem gerar. Mas foi exatamente isso que o presidente fez na semana passada, ao jogar uma pá de cal sobre a meta a que o próprio governo se impôs.

Havia sido uma semana muito positiva no mercado financeiro. A prévia da inflação reforçou as apostas dos analistas sobre a manutenção do ritmo de redução da taxa básica de juros. Após a fala do presidente, o dólar voltou a romper o patamar de R$ 5,00, a bolsa caiu e os juros futuros dispararam, desancorando expectativas que guiam as decisões do Banco Central (BC) a menos de uma semana da reunião em que o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará a taxa básica de juros.

Como esperado, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), saiu em defesa do chefe. Segundo ela, o mercado financeiro teve uma reação irracional, pois nunca acreditou de fato na meta do déficit zero. Hoffmann, no entanto, não é nenhuma amadora e sabe exatamente o impacto da mensagem que Lula da Silva passou.

Quando os economistas demonstram ceticismo em relação ao déficit zero, cumprem sua obrigação de alertar a sociedade quanto à solidez das contas públicas. Quando a oposição ironiza o compromisso, faz o jogo político que dela se espera. Quando o Congresso resiste à meta, tenta ampliar seu acesso ao Orçamento. Quando o presidente da República em pessoa menospreza a meta anunciada pelo seu próprio ministro da Fazenda, está sendo apenas irresponsável.

Ainda que inexequível, o déficit zero é sempre um objetivo defensável. Ele expressa uma disposição inicial ao acerto, o que já é muita coisa. Manter o objetivo inalterado significa caminhar em sua direção, o que implica pronta e imediata rejeição de medidas que abram mão de receitas ou aumentem gastos.

Sabe-se que o mundo real não é exatamente assim. A própria pandemia de covid-19 mostrou o quanto demandas inesperadas podem surgir sem aviso prévio e precisam ser acomodadas. Não há, no entanto, nenhum motivo, neste momento, para renunciar previamente à meta no primeiro ano em que ela seria testada.

Quando o presidente fala em “obras”, deputados e senadores entendem “emendas”. Ambas fazem parte da mesma rubrica de despesas não obrigatórias. A meta de déficit zero exige um corte na verba de gastos discricionários de até R$ 53 bilhões, de forma que as emendas não seriam poupadas. É disso que se trata: Lula está mais preocupado em saciar a fome de sua base fisiológica do que em bancar o compromisso de equilíbrio fiscal assumido pelo ministro Fernando Haddad.

O Legislativo se sente credor do governo e sabe que é essencial para que a agenda do Executivo continue a avançar. Depois de meses de negociações difíceis e custosas, a Câmara aprovou o projeto de lei que tributa fundos exclusivos e offshore. No Senado, a despeito das críticas, a reforma tributária caminha para ser aprovada com benefícios superiores aos custos.

Em troca, parlamentares querem a garantia de suas emendas, mesmo que elas comprometam o arcabouço a que eles mesmos deram aval. Afinal, se esse contexto piorar as expectativas a ponto de elevar a inflação e impedir a redução dos juros, Lula retomará as críticas ao Banco Central, isentando o Congresso e a si mesmo de qualquer responsabilidade.

O ministro Haddad sai derrotado do episódio e sem qualquer moral para cobrar alguma austeridade da Câmara e do Senado. Quem realmente perde, no entanto, é o País, sobretudo os mais pobres, que Lula diz defender.

30% DOS PRESÍDIOS BRASILEIROS AINDA NÃO TÊM BIBLIOTECA

História por admin3  • IstoÉ

Entre os 27 estados do Brasil, 23 não estabelecem número de vagas para as atividades de leitura em estabelecimentos prisionais. Em 15 estados a relação entre oferta e demanda não atingiu um nível satisfatório. Os dados fazem parte do Censo Nacional de Práticas de Leitura no Sistema Prisional.

Com média nacional de 2,4 livros dos acervos das bibliotecas por pessoa presa, restrições de acesso ao material foram relatadas em 39,3% das unidades prisionais. No próprio acesso às bibliotecas, 21,5% das unidades indicam que há critérios para que os detentos possam acessar os livros, tais como bom comportamento e participação em outros projetos da unidade.

O censo é uma das iniciativas do Programa Fazendo Justiça, parceria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

“Com a finalidade de estimular a universalização da leitura e a remição de pena, a pesquisa avaliou a estrutura e as condições que permitem atividades educativas e o acesso à leitura nas 27 unidades federativas, além de investigar aspectos como a existência de bibliotecas, iniciativas, práticas e atividades de leitura”, informou o CNJ. A equipe contou com cinco coordenadores regionais e 27 pesquisadores de campo.

Levantamento

Coordenadora geral da pesquisa, Christiane Russomano Freire informou que o trabalho foi realizado durante 1 ano e meio, em duas etapas e não se restringiu ao sistema prisional brasileiro, mas se estendeu ao sistema socioeducativo. Christiane é professora da Universidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e doutora em Ciências Criminais pela PUC-RS.

A pesquisa foi realizada em 1.347 estabelecimentos prisionais estaduais, que correspondem a 99,6% dos presídios no país. O 0,4% restante corresponde aos cinco estabelecimentos prisionais federais. Do total de estabelecimentos que participaram, 30,4% não têm bibliotecas ou espaços de leitura e 26,3% não realizam atividades educacionais.

“Isso é um dos calcanhares de Aquiles. Temos que resolver esta questão das bibliotecas, porque elas impactam diretamente nas ações de leitura”, afirmou Christiane Russomano Freire, durante a cerimônia de lançamento do Censo, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no centro do Rio, na última quinta-feira (26).

No campo da inclusão, os dados mostram que 53% das unidades com biblioteca não garantiam acesso ao espaço para pessoas sem alfabetização, e 92% não asseguravam o acesso de pessoas com deficiência. O censo revela que 53% das pessoas privadas de liberdade são analfabetas ou têm ensino fundamental incompleto.

Racismo

O mapeamento indicou que há 656.725 pessoas nos estabelecimentos estaduais prisionais. No entanto, ao comparar os dados com levantamentos por raça, cor e etnia há uma inconsistência, pois esse total somaria 560.209 pessoas, ou 85,4% do que indicou o censo. A explicação para essa diferença, sengundo o CNJ, é que muitos presídios não contam com essa informação e preencheram os questionários marcando NI (não informado).

“Nessa perspectiva, as inconsistências dos dados referentes às categorias raça/cor/etnia, identificadas no conjunto dos estabelecimentos prisionais brasileiros, devem ser abordadas e compreendidas como expressão contundente do racismo estrutural e institucional, que não apenas tangencia, mas, sobretudo, oculta uma das mais importantes e instrumentais características do sistema prisional brasileiro: a seletividade sociorracial”, apontou o documento.

O censo apontou ainda que a análise dos indicadores das variáveis de raça, cor ou etnia demonstram claramente a sobrerrepresentação de pessoas pretas (15,8%) e pardas (48,9%) no sistema prisional nacional.

Conforme os dados, a soma atinge a fração de 64,7% da população prisional, “fato que evidencia uma importante desproporção quando consideradas as estatísticas nacionais oficiais, que registram a representação desses grupos em aproximadamente 56,1% do total da população do país”, indicou, com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) – Características Gerais dos Moradores 2020-2021.

Gênero

A população privada de liberdade do gênero masculino soma 626.603 pessoas, o que correspondente a 96% do total. Já no gênero feminino são 28.700 pessoas, que representava 4% das pessoas privadas de liberdade.

Pessoas com deficiências

Entre as pessoas com deficiências (PCD), as respostas dos estabelecimentos prisionais ao censo indicaram há maior incidência de PCD mentais (3.939 pessoas), seguidos por pessoas com deficiência física (2.646 pessoas), deficiência visual (951 pessoas) e deficiência auditiva (572 pessoas).

Escolaridade

Conforme dados consolidados no Sistema de dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), de janeiro a junho de 2020, a população prisional em atividades educacionais alcançou 12,28% das pessoas encarceradas, ou 92.661 pessoas em número absolutos. 

Dentro deste grupo, 9.765 se dedicavam às atividades de alfabetização; 9.189 às atividades complementares; 31.066 faziam ensino fundamental; 15.180, ensino médio; 7.380, ensino superior; 3.195 frequentavam cursos profissionalizantes e 23.428 usufruíam do direito à remição pelo estudo e pelo esporte.

“Considerando a soma total de 701.401 pessoas aprisionadas naquele período, chama a atenção o irrisório percentual de aproximadamente 3,36% de pessoas que usufruíram o direito à remição pelo estudo e pelo esporte”, apontou o Censo.

Vagas

Dos estabelecimentos prisionais que responderam às questões, nota-se que há 1,5 pessoa por cada vaga. Isso corresponde a um déficit de 50% de vagas.

Nos estados de Minas Gerais, Ceará, Goiás e Paraíba, as médias de pessoas privadas de liberdade por vagas oferecidas são iguais à média nacional (1,5). Tocantins é o único estado brasileiros em que não há déficit, havendo uma pessoa para cada vaga existente.

Alguns estados, no entanto, têm déficits menores que a média nacional: Maranhão, Bahia e Alagoas tem 1,1 pessoa por vaga, seguidos por Roraima e Santa Catarina, com 1,2 pessoa por vaga; Paraná, Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo (1,3); Mato Grosso e Acre (1,4). 

Por outro lado, 11 estados brasileiros têm déficit prisional maior que a média nacional. São eles: Amapá (1,6 pessoa por vaga), Espírito Santo (1,6), Piauí (1,7), Sergipe (1,7), Distrito Federal (2,0), Amazonas (2,0), Roraima (2,1), Rio de Janeiro (2,1), Mato Grosso do Sul (2,3), Pernambuco (2,6) e Rio Grande do Norte (4,2), onde as médias são superiores ou muito superiores à média nacional.

Remição

Pela legislação brasileira, conforme o tempo de leitura, as pessoas em ambiente prisional conseguem remição das penas O objetivo mais mencionado entre as unidades que declararam possuir práticas e projetos de leitura, foi a garantia do direito à remição da pena, com 611 menções ou 82,9% da totalidade.

Na sequência aparecem a universalização do direito de acesso à leitura, com 488 (66,2%) menções; a ocupação do tempo das pessoas privadas de liberdade, 483 (65,5%); a promoção da cidadania, 474 (64,3%); a contribuição para o processo de educação formal, 459 (62,3%) menções; a preparação para a vida extramuros, com 448 (60,8%); promoção da autoestima, autonomia e pensamento crítico com 445 (60,4%) o desenvolvimento da criatividade com 372 (50,5%) menções; a interação social com seus pares, 315 (42,7%); e, por fim, a produção literária e artística com 260 (35,3%) menções dentre as unidades que responderam o levantamento.

Segundo o CNJ, o censo permitiu que o órgão elaborasse a proposta de um Plano Nacional de Fomento à Leitura nas Prisões.

“Parece evidente que a construção, implantação e consolidação de uma política nacional de leitura para o sistema penitenciário brasileiro exige, das gestões prisionais e das instituições do sistema de Justiça, um olhar atento para as particularidades e vulnerabilidades que marcam a população prisional, dentre elas as deficiências físicas, mentais, visuais e auditivas”, diz o documento.

 

A ESCOLHA DOS FORNECEDORES ADEQUADOS É A CHAVE PARA O SUCESSO

 

Caio Justo – Escritor

No mundo altamente competitivo das vendas online, a escolha dos fornecedores adequados é uma das chaves para o sucesso. Encontrando fornecedores confiáveis, que ofereçam produtos de qualidade a preços competitivos, pode fazer uma grande diferença nas margens de lucro e na satisfação do cliente.

Neste blog, exploraremos estratégias e dicas para ajudar vendedores online a identificar e estabelecer parcerias com os melhores fornecedores, garantindo uma base sólida para o sucesso nas vendas online.

1. Pesquisa e Avaliação

O primeiro passo para encontrar os melhores fornecedores é realizar pesquisas minuciosas. Utilize recursos como diretórios de fornecedores, feiras comerciais e análises de mercado para identificar potenciais parceiros. Avalie os fornecedores em potencial com base em critérios como qualidade do produto, preço, prazos de entrega e reputação no mercado. As avaliações de outros compradores e vendedores também podem fornecer informações valiosas.

2. Comunicação Clara e Transparência

Ao entrar em contato com os fornecedores, é essencial estabelecer uma comunicação clara e transparente. Faça perguntas sobre políticas de devolução, opções de personalização de produtos, processos de garantia de qualidade e quaisquer outros detalhes relevantes para o seu negócio. Certifique-se de que o fornecedor possa atender às suas necessidades específicas.

3. Amostras e Testes de Produtos

Antes de fazer pedidos em grande escala, peça amostras dos produtos que pretende vender. Teste essas amostras quanto à qualidade, durabilidade e adequação ao seu mercado. Isso ajuda a evitar problemas de qualidade no futuro e a garantir que os produtos atendam às expectativas dos clientes.

4. Negociação de Termos e Preços

Negociar termos e preços é uma parte fundamental da parceria com fornecedores. Certifique-se de que você esteja obtendo condições favoráveis, como descontos por volume, prazos de pagamento razoáveis e custos de envio competitivos. Esteja preparado para negociar e explorar diferentes opções para obter o melhor acordo possível.

5. Monitoramento e Avaliação Contínuos

Uma vez estabelecida a parceria com um fornecedor, o trabalho não acaba. O monitoramento contínuo da qualidade, prazos de entrega e níveis de serviço é fundamental. Avalie regularmente o desempenho do fornecedor e esteja disposto a fazer alterações, se necessário, para manter a qualidade e a eficiência.

Conclusão

Encontrar os melhores fornecedores é um processo contínuo e essencial para o sucesso nas vendas online. Ao investir tempo e esforço na pesquisa, na comunicação eficaz, na avaliação de produtos, na negociação de termos e na monitorização constante, os vendedores podem construir parcerias sólidas que os ajudarão a manter a qualidade e a competitividade em um mercado em constante evolução. Escolher os fornecedores certos pode ser um diferencial significativo no mundo das vendas online.

Agora que você está familiarizado com os benefícios dos códigos universais e como eles podem melhorar a consistência, a experiência do cliente e a visibilidade dos produtos, você está um passo à frente na otimização de suas estratégias de venda.

A importância do bom site da Valeon para o seu negócio

Moysés Peruhype Carlech

Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.

De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as primeiras letras do alfabeto.

As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros recursos, ele pesquisa por informações na internet.

O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24 horas por dia.  Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente, com identidade para ser reconhecida na internet. 

Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o produto ou a empresa procurada.

A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

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Moysés Peruhype Carlech

Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados satisfatórios para o seu negócio.

Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?

Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto resulta em mais vendas.

Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?

A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

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domingo, 29 de outubro de 2023

LÍDER DA FPA DIZ QUE O GOVERNO OPTOU PARA GOVERNAR COM O STF E NÃO COM O CONGRESSO

 

História por admin3  • IstoÉ Dinheiro

Em rota de colisão com o governo após os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o projeto que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), avalia que o enfrentamento foi uma opção do Executivo. “O governo fez a opção de nos enfrentar e governar com o Supremo [Tribunal Federal]. A vontade da população é expressa pela votação dos deputados federais e senadores. A partir do momento que o governo opta por não respeitar isso, ele tem bônus com a base dele e ônus com o resto do Congresso”, disse Lupion, em entrevista exclusiva ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A frente articula a derrubada dos vetos presidenciais ao marco temporal e, segundo ele, não abrirá mão da reivindicação da pauta em sessão conjunta do Congresso.

À frente da maior bancada do Congresso, com 374 parlamentares, Lupion também vê falta de diálogo na pauta econômica, apesar de manter conversas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele cita como exemplos a não inclusão da emenda das garantias no projeto do Carf, que havia sido acordada com o Ministério da Fazenda, a inclusão de alterações nos Fiagros no projeto de lei das offshores e fundos exclusivos votados na quinta-feira, 26, e a promessa de suplementação do orçamento do seguro rural abaixo do previsto. “Não cumpriram o que combinaram conosco no seguro. Precisamos de R$ 1,5 bilhão e estão anunciando R$ 500 milhões nas entrelinhas. Já é um alento, mas não resolve o problema”, pontuou. As negociações com a base governista quanto à avaliação dos vetos presidenciais sobre o projeto do Carf e do arcabouço fiscal não caminham bem até o momento, observou o presidente da bancada ruralista.

Lupion também minimiza eventuais impactos da aproximação do ex-presidente Jair Bolsonaro com a frente na relação entre a bancada e o governo. “O governo tem condições hoje de olhar para a Frente Parlamentar da Agropecuária e falar ‘não queremos vocês’? Eles terão que encostar na gente com Bolsonaro ou sem Bolsonaro”, argumentou.

Veja abaixo os principais trechos da entrevista:

Presidente, como fica a relação com o governo após o enfrentamento da frente pela derrubada do veto ao marco temporal?

Que relação?

Mas há um reforço da oposição da FPA ao governo, que já vinha sendo tomada com a obstrução das pautas?

Fizemos movimentos de obstrução devido a alguns temas e pautas que são caras para nós e que possibilitaram a junção dessas frentes todas. Enquanto estávamos ativos nessa obstrução, as coisas estavam funcionando. Agora, não posso simplesmente afrouxar o garrão porque precisamos votar a derrubada do veto do marco temporal, que é importantíssima para nós. O governo fez a opção de nos enfrentar e governar com o Supremo. Nós parlamentares temos que mostrar o que é o Poder Legislativo e ressaltar a nossa atribuição e a nossa importância. A vontade da população é expressa pela votação dos deputados federais e senadores. Deixamos isso muito claro nas duas casas, tanto na Câmara quanto no Senado. A partir do momento que o governo opta por não respeitar isso, ele tem bônus com a base dele e ônus com o resto do Congresso.

E como fica a pauta econômica neste contexto, como o pedido de suplementação no orçamento do seguro rural?

Eles não cumpriram o que combinaram conosco no seguro. Precisamos de R$ 1,5 bilhão e estão anunciando R$ 500 milhões nas entrelinhas. Já é um alento, eu disse isso ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Isso é bom e começa a nos ajudar, porém é um problema que ainda tem de ser enfrentado. Tivemos três safras de defasagem por seca e recentemente enchentes destruindo a produção de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Precisaremos de mais seguro. Não estamos enxergando um horizonte nisso.

E os outros acordos feitos com governo na seara econômica?

As demais combinações que fizemos foram a inclusão na votação do Carf dos royalties de sementes e das dívidas das cooperativas. Agora, estamos resolvendo o último problema que é a probabilidade da execução das garantias (a frente pede uma emenda ao texto que só permite a execução de garantias de contribuintes derrotados no Carf depois do trânsito em julgado de recursos apresentados à Justiça). Tínhamos conversado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e depois o deputado Beto Pereira (PSDB-MS, relator do projeto do Carf na Câmara) fez um outro relatório e virou uma confusão. Por isso, o ministro Haddad estava nos contatando (minutos antes da entrevista), porque eles precisam que isso seja resolvido. Há muitos vetos de nosso interesse, como autocontrole, legislação ambiental, regularização e Carf. Essas negociações avançaram minimamente e sabemos que a votação em sessão do Congresso é uma votação por acordo. Até agora não temos acordo quanto ao veto destas pautas.

No momento, a posição da frente é pela derrubada do veto do Carf, do arcabouço e do autocontrole?

A nossa posição é que não ocorra sessão do Congresso neste momento, que foi cancelada para esta quinta-feira e remarcada para 9 de novembro, e haja somente quando pautarem o veto do marco temporal. Com essa questão do marco temporal, não tem como votarmos tranquilamente numa sessão sem que tenhamos minimamente um compromisso de pauta da análise do veto ao marco temporal. Qual a garantia que os adversários deixarão acontecer a sessão sobre o veto do marco temporal? Precisamos estar vinculados a uma pauta que eles (governo) tenham interesse. Eles querem fazer a sessão do Congresso porque tem PLN, Carf e arcabouço. Acho que se for fazer uma sessão específica para avaliar o marco temporal, não haverá sessão.

Sobre o marco temporal, a frente pode ceder em algum ponto específico ou quer a derrubada dos vetos na íntegra?

Há questões que não são tão graves para nós, como a questão dos indígenas intocáveis, sobre o qual o presidente vetou a possibilidade de contato com povos indígenas isolados. Os problemas fundiários e de demarcação no País estão principalmente nos Estados produtores: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Portanto, são Estados onde não há povos indígenas intocáveis. Isso é uma questão conceitual e da qual podemos abrir mão, mas eles tinham que ter feito isso antes de vetar tudo. O simbolismo do veto, da maneira como foi feito, foi para esfregar na nossa cara. Isso não dá para ficar sem resposta.

A bancada foi procurada pelo Padilha ou demais ministros articuladores antes do veto presidencial? Houve diálogo?

Eles tentaram fazer isso antes da votação do STF. A partir do momento em que acharam que o STF tinha resolvido o problema, o que na verdade foi um tiro no pé para o governo porque não tem como pagar as indenizações, não houve mais conversa. Depois disso, não aconteceu absolutamente nada. Se tivesse algum tipo de boa vontade de dar uma sinalização positiva ao Congresso, não teriam feito o veto dessa maneira. Eles jogaram para dentro da bolha. Lula tirou do colo dele um problema e ficou com outro maior ainda, que são as indenizações.

Não há então uma ‘devolutiva’ a ser feita pela frente na questão do Carf e no arcabouço pela suplementação ao seguro rural?

Onde saiu o seguro? Promessa por promessa?

E a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro na frente nesta semana é uma reação da bancada ao governo?

Na semana passada, o deputado Luciano Zucco (Republicanos -RS, presidente da Frente Parlamentar Invasão ZerO) pediu ajuda para organizar a instalação da frente, o uso do espaço e informou sobre a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Na segunda-feira, chegou a notícia de que o presidente Bolsonaro tinha sido convidado e viria. É óbvio que ele pode vir. Em momento algum, houve algum tipo de estratégia específica para trazer o presidente Bolsonaro.

Neste momento em que a frente ficou em lado oposto ao governo no marco temporal, a presença de Bolsonaro aqui não aumenta ainda mais a oposição contra o governo?

E isso muda alguma coisa? Tive conversas com Haddad, Randolfe e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta semana.

A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro aqui na frente não piora o ambiente?

Em algum momento fui base do governo? Eu era vice-líder do governo Bolsonaro, votei, fiz campanha e continuo fazendo para o presidente Bolsonaro. Nunca escondi isso de ninguém. Não tem surpresa nenhuma nisso. E que ambiente? quem é o ônus de colocar voto? Existe uma base do governo? O governo tem certeza quando manda uma votação para o Congresso do resultado? O governo tem condições hoje de olhar para a Frente Parlamentar da Agropecuária e falar ‘não queremos vocês’? Eles terão que encostar na gente com Bolsonaro ou sem Bolsonaro.

O governo está preocupado que uma pauta respingue na outra?

Bem preocupado.

No momento, a frente busca entendimento com Lira, Pacheco e governo sobre o veto do marco temporal, mas não havendo entendimento, a frente pode puxar novamente um movimento de obstrução da pauta?

Não queremos ter que chegar a isso, mas já avisamos que isso pode acontecer.

Mas presidente, a obstrução teve efeitos práticos? A Câmara acabou votando projetos e cada um foi pelo seu líder…

No primeiro dia da obstrução, teve uma votação que ele (Lira) nos testou e pautou medida provisória sobre gripe aviária. Foi somente isso. Em três semanas, não ocorreu nenhuma comissão na Câmara.

Isso foi por causa da obstrução ou porque os líderes não queriam votar por causa de Funasa e Caixa?

Da minha parte, foi pela obstrução. Se perguntar para os líderes, eles provavelmente podem responder diferente.

Hoje, se Lira pautar a votação de vetos do Carf ele forma maioria?

Pode ser. Ele tem um poder enorme e um comando grande sobre os líderes. Há pautas de vetos trancando outros projetos. Tentamos negociar esses vetos com Randolfe e não caminhou bem porque ele quer a manutenção dos vetos. Não há como mantermos, como o autocontrole e as questões ambientais. Uma sessão do Congresso sempre funciona com acordo. Ainda estamos nessa etapa. Temos que ter minimamente um compromisso claro de uma pauta de Congresso com coisas que interessam para os outros também. Eles não vão querer sessão somente para avaliar o marco temporal.

Como o senhor avalia essa nova fase do presidente Pacheco?

Estamos adorando esse lado dele. Acho que a votação do marco temporal, sobre a qual ele estava extremamente reticente, abriu uma luz para ele de que lado estava para imagem. Isso deu uma certa tranquilidade para ele poder caminhar mais tranquilo com as pautas ali dentro. Com a provocação que o STF fez para ele em relação à descriminalização do porte de drogas, o desrespeito feito a ele, ele passou a entender quem efetivamente estava ao lado do Parlamento. Acho que ele mudou completamente de ares. Hoje tenho uma relação e diálogos quase diários com ele. Isso significa que vai gerar um resultado imediato? Talvez não, mas ainda há um ano pela frente e neste um ano tem muita coisa que pode ocorrer.

Ele se arrependeu da posição que estava tendo como intermediador do governo?

É preciso interpretar tanto o Rodrigo quanto o Arthur pelo plano futuro deles, ou seja, o que eles querem após deixar a presidência. O Arthur parece que está claro: está ocupando espaços no governo para ser uma pessoa importante para o governo após deixar a presidência. É justo. Não tenho nenhuma crítica ao Arthur, porque ele sempre cumpriu os compromissos com as nossas pautas. Vejo que ele não ficará sem mandato.

E Pacheco?

Não sei qual é o futuro do Rodrigo, se ele tinha alguma expectativa de ser indicado ao STF, de indicações importantes e isso não foi cumprido. Eu estou gostando bastante desse atual Rodrigo Pacheco. Rodrigo é um outsider que deu certo na política. É super discreto, de bons relacionamentos, mas não sei o que ele está vendo para o futuro dele. Acho que o David Alcolumbre (União Brasil-AP) terá apoio para sucessão dele, mas não acho que o governo apoiará Davi. Qual será esse jogo? Será bom para o Rodrigo ou não? As forças vão se organizando, o que é natural. Ele é presidente do Congresso e tem todas as condições de fazer esses cálculos.

Essa pressão da frente sobre o Congresso é pela necessidade de novos acordos?

Temos que negociar toda essa questão do veto do marco temporal, projeto dos pesticidas, que ainda não foi votado, licenciamento ambiental. Não posso esticar demais a corda de maneira que não tenha volta. Particularmente, sou incisivo nas minhas posições, mas tenho capacidade de diálogo também. E tenho feito isso com muita transparência. O próprio Arthur sabe disso. Nada que fazemos é escondido dele. Temos hoje uma posição da FPA no Congresso como nunca, com importância, influência, tamanho e capacidade de articulação. Em momento algum, vou correr o risco de dar um tiro errado.

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