terça-feira, 3 de outubro de 2023

LULA JÁ PODE TRABALHAR E NÃO PODE RECEBER VISITAS POR 15 DIAS

História por Por Maria Carolina Marcello • Reuters

Médicos Giancarlo Polesello, ortopedista (à esquerda), e Roberto Kalil chegam para entrevista coletiva após cirurgia de Lula© Thomson Reuters

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem qualquer impedimento para voltar a trabalhar após ser submetido a uma cirurgia no quadril direito, desde que por meio do telefone ou teleconferências e mantenha sua rotina de fisioterapia, informou o médico Roberto Kalil, acrescentando que visitas estão proibidas pelo menos nas duas primeiras semanas do pós-operatório.

Médico de Lula de longa data, Kalil disse que não há grandes alterações no outro quadril do presidente e não há programação de uma cirurgia do tipo no lado esquerdo.

“O presidente fará fisioterapia, mas nada impede dele, à distância, trabalhar normalmente, dependendo da vontade dele e da necessidade”, disse o médico em entrevista à GloboNews, acrescentando que visitas estão “terminantemente proibidas pelo menos pelas duas primeiras semanas”.

“Não há nenhum impedimento. O presidente não está doente. O presidente apenas está fazendo sessões de fisioterapia após uma cirurgia”, afirmou.

“Conversamos muito com o presidente, com a Janja, em relação a não receber visitas — pelo risco, ele está em um pós-operatório. Você imagina se vai alguém com Covid apesar de o presidente estar vacinado”, explicou Kalil.

O presidente recebeu alta do hospital no domingo, após passar pelo procedimento cirúrgico na sexta-feira.

A expectativa inicial era que a liberação do hospital Sírio-Libanês, em Brasília, ocorresse na terça-feira, mas a alta foi antecipada “após boa evolução clínica”, segundo boletim médico.

A operação ocorreu sem intercorrências e Lula já fez sua primeira sessão de fisioterapia nesta segunda-feira no Palácio da Alvorada, segundo Kalil.

A artoplastia do quadril com colocação de prótese foi realizada em Lula na sexta-feira para sanar problema ortopédico que ocorre com a idade, um desgaste na cartilagem que reveste a articulação entre o osso da perna e o quadril. Lula aproveitou a internação e a anestesia para fazer um procedimento de correção das pálpebras.

 

NOVA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA WHATSAPP E INSTAGRAM

História por Redação • Catraca Livre

Tudo sobre a Meta IA para Instagram e WhatsApp© Reprodução/Meta

Créditos: Reprodução/Meta

A Meta, empresa detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou o lançamento da chamada Meta AI. A novidade promete uma forma inovadora de interação com os usuários, por meio de inteligência artificial.

Novidade chega aos Estados Unidos em breve© Fornecido por Catraca Livre

O anúncio acabou sendo veiculado na Meta Connect 2023, conferência anual da empresa, onde Mark Zuckerberg, CEO da Meta, apresentou variados recursos de IA.

O que é a nova Meta AI?

A inteligência artificial atuará como uma espécie de ChatGPT integrado aos aplicativos da empresa, permitindo que os usuários façam perguntas sobre os mais diversos temas e obtenham respostas de maneira direta através dos aplicativos.

A princípio, a Meta AI funcionará na versão Beta e estará disponível apenas para os Estados Unidos.

A ferramenta visa tornar a experiência do usuário com os aplicativos da empresa mais interativa e personalizada. Além de responder perguntas e conduzir conversas, a Meta AI oferecerá outros recursos.

Quais recursos a ferramenta irá oferecer?

  • Edição de imagens no app: o usuário poderá criar imagens com amigos ou mesmo fazer edições individuais em suas fotografias no Instagram, através de ferramentas com restyle e backdrop. Os usuários poderão adicionar estilo às imagens, alterar a cena ou o plano de fundo, entre outras edições.
  • Assistentes virtuais: os usuários poderão fazer perguntas e gerar imagens nos chatbots, que serão interpretados por personalidades famosas, como o rapper Snoop Dogg, a socialite Paris Hilton, o atleta de futebol americano Tom Brady, a modelo Kendall Jenner e muito mais.
  • Criação de figurinhas personalizadas: como anunciado por Mark Zuckerberg, dono da Meta, a Meta AI permitirá a criação de figurinhas personalizadas em todos os aplicativos da companhia. A ferramenta transforma comandos de texto em figurinhas.

Créditos: Reprodução/Meta

A Meta AI é resultado de uma evolução contínua na maneira como as pessoas interagem virtualmente. A inteligência artificial presente no Chat GPT promete mais facilidade para os usuários obterem informações e auxiliarem nas suas conversas diárias.

Além disso, a ferramenta de edição de imagens usando a IA poderá transformar a experiência de compartilhamento de fotos e figurinhas.

WhatsApp deixará de funcionar nestes 15 celulares em breve; veja a lista

Descubra se o seu celular é um dos afetados e saiba como garantir o uso contínuo do popular aplicativo de mensagens

Por: Redação Catraca Livre

WhatsApp deixará de funcionar nestes celulares

Créditos: Divulgação/WhatsApp

WhatsApp deixará de funcionar nestes celulares

A partir do dia 24 de outubro, uma nova atualização do popular WhatsApp pode levar à desconexão de 15 modelos diferentes de celulares e tablets. Esses eletrônicos são principalmente aqueles com sistema operacional Android 4.1 ou sistemas ainda mais antigos.

A medida segue movimento semelhante realizado em julho, quando 35 outros dispositivos perderam a compatibilidade com o aplicativo.

Segundo informações oficiais do aplicativo, a partir do próximo mês, aqueles usuários que possuem os modelos que perderão suporte devem considerar a aquisição de aparelhos com sistemas operacionais mais recentes.

Para continuar utilizando o WhatsApp, é necessário que o smartphone esteja operando sistemas Android acima do 5.0, iOS acima do 12 ou KaiOS 2.5.0, ou ainda mais recentes. Ainda há o alerta para que o aparelho tenha suporte a SMS, para permitir a validação da conta.

Como saber se o meu celular é um dos afetados?

O corte no suporte do aplicativo nos modelos listados de dispositivos será efetuado no dia 24 de outubro de 2023.

Para verificar se o seu aparelho é um dos afetados pela atualização, é possível acessar a aba de informações de software dentro das configurações do seu dispositivo.

Confira a lista a seguir:

  1. Galaxy Note 2
  2. Galaxy S2
  3. Galaxy Nexus
  4. Galaxy Tab 10.1
  5. Nexus 7
  6. One
  7. Desire HD
  8. Sensation
  9. Xoom
  10. Droid Razr
  11. Optimus 2X
  12. Optimus G Pro
  13. Xperia Z
  14. Xperia S2
  15. Xperia Arc 3

Impactos da atualização

Naturalmente, essa medida traz impactos significativos para os usuários afetados. Isso porque, o WhatsApp é uma ferramenta essencial de comunicação nos celulares. Seja para mensagens de texto, chamadas de voz, vídeo chamadas ou para o envio de diversas formas de mídia. Com isso, muitas pessoas podem se ver obrigadas a trocar de aparelho para continuar se comunicando através do app.

Sem dúvidas, é interessante notar como o mensageiro tem se adaptado e se aperfeiçoado ao longo dos anos, mesmo que isso signifique a descontinuação de suporte a modelos antigos de dispositivos.

Embora seja um inconveniente para alguns, é importante lembrar que essas atualizações e avanços tecnológicos são importantes para garantir a segurança dos dados dos usuários e a eficácia do aplicativo.

 

GOVERNO QUER POR FREIO A MORAIS E DESCONFIA DA DELEÇÃO DE CID

História por JULIA CHAIB E CATIA SEABRA • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Apesar de o próprio presidente Lula (PT) usar as recentes descobertas da Polícia Federal como munição contra o adversário Jair Bolsonaro (PL), alas do governo e parlamentares se dividem sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes e dos avanços da delação do tenente-coronel Mauro Cid.

Ministros e aliados do petista no Congresso veem com cautela a forma como a colaboração de Cid foi firmada com o STF (Supremo Tribunal Federal), enquanto ele estava preso. Integrantes desta ala frisam que esse tipo de conduta lembra métodos usados durante a Operação Lava Jato.

A torcida é para que a delação de Cid seja robusta e farta em provas porque senão, afirmam, não haveria por que fechá-la. A ausência de evidências é uma das críticas apresentadas às delações firmadas na Lava Jato.

Essa posição difere da do ministro Flávio Dino (Justiça), que tem respaldado e defendido publicamente todos os atos da Polícia Federal, que está sob seu guarda-chuva.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, métodos de investigação esvaziados ou até mesmo enterrados pelo movimento contra a Lava Jato no STF têm sido reconstruídos pela própria corte e por outras instâncias do Judiciário em cerco contra o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados.

A delação de pessoas presas, por exemplo, chegou a ser comparada à tortura pelo ministro Gilmar Mendes. Agora, o magistrado atua como um dos principais pilares de sustentação da atuação de Moraes, que manteve Cid detido por quatro meses e só o soltou após homologar sua colaboração premiada.

A delação de Cid foi homologada em 9 de setembro por Moraes.

Um dos principais focos de atenção entre aliados de Lula está no poder concentrado nas mãos do ministro. Se por um lado Moraes tem mirado em adversários do petista, por outro lado as ações dele representam um fortalecimento excessivo, avaliam.

Em conversas, aliados do presidente atribuem a Moraes uma origem de centro-direita, tendo sido indicado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), além do risco implícito no ativismo judicial.

Para essas pessoas, a indicação de Flávio Dino ao STF culminaria na constituição de um triunvirato na corte, composto também por Moraes e por Gilmar Mendes. Esses argumentos não fizeram com que Lula deixasse de prestigiar Moraes, também ouvido nas indicações para tribunais.

Além do fortalecimento político do Supremo, entre aliados do presidente há o receio de que se essa empreitada em cima de Bolsonaro e aliados acabe por ampliar o poder do grupo político oposto ao de Lula.

A avaliação é que Moraes tomou as medidas necessárias para manter a democracia frente a empreitadas golpistas de Bolsonaro, mesmo que algumas tenha sido controversas do ponto de vista jurídico. O problema, apontam, é que agora não se sabe mais quando essas medidas irão cessar.

Há ainda o temor de que eventualmente o ministro direcione as armas para a esquerda.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, auxiliares do presidente e aliados no Congresso veem com apreensão uma eventual prisão em decorrência do avanço das investigações contra o ex-presidente.

A Polícia Federal ainda não tem elementos para efetuar uma prisão preventiva de Bolsonaro e também analisa se seria o caso de realizá-la caso houvesse elementos para tal.

O cálculo leva em consideração os efeitos políticos que isso poderia gerar e também a expectativa de que, no ano que vem, Bolsonaro já terá sido condenado pelo STF.

Investigadores entendem que há provas para indiciar o ex-presidente por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Há evidências sobre tais crimes no caso da investigação das joias.

Questionado sobre o tema, Lula evitou falar sobre a delação em si, mas comentou as suspeitas que pairam sobre Bolsonaro.

“Eu não conheço [o teor da delação], não posso dar palpite sobre o que eu não conheço, só sabe o delegado e o coronel que prestou depoimento. O resto é especulação”, disse o presidente em viagem à Índia em setembro.

Na ocasião, também disse que a cada dia se tem a certeza “de que havia a perspectiva de golpe” e que Bolsonaro “estava envolvido até os dentes”.

A delação de Cid contribuiu para uma série de elementos do inquérito 4874, relatado por Moraes, que reúne as investigações sobre a venda de joias presenteadas por autoridades, a suposta falsificação de cartão de vacina e as circunstâncias de minuta e diálogos de cunho golpista encontrados no celular de Cid.

Os elementos apresentados pelo tenente-coronel que mais chamaram atenção dos investigadores foram aqueles relacionados à tentativa de golpe.

O instrumento da delação premiada foi um dos pilares das investigações da Lava Jato.

Alvos de peso da operação que assinaram os acordos anos atrás agora ou tentam rever as obrigações impostas no passado ou fazem críticas às circunstâncias da época em que aceitaram colaborar com as autoridades.

Nessa lista, estão ex-executivos da empreiteira Odebrecht, políticos e até um dos pivôs da operação, o doleiro Alberto Youssef.

 

FELICIDADE, BEM-ESTAR E SAÚDE MENTAL INTEGRAM A SUSTENTABILIDADE SOCIAL E FAZEM PARTE DA ESG

Paola Klee*Diretora de Pessoas e Cultura da GT7

O tema da Felicidade tem sido objeto de estudo global já há muito tempo, mas nos últimos anos ganhou visibilidade e grande impacto no âmbito corporativo. Hoje vemos cada vez mais empresas trabalhando o tema de Felicidade no Trabalho por meio de programas repletos de ações, geralmente com o objetivo de promover o bem-estar, a saúde mental, a integração e a confraternização das pessoas no ambiente organizacional.

Embora todos os temas sejam de extrema importância para os ambientes corporativos, para trabalhá-los de modo efetivo, é necessário compreender que felicidade, bem-estar e saúde mental são dimensões diferentes que compõem a sustentabilidade humana, que por sua vez integram a sustentabilidade social que faz parte dos critérios do ESG – Environmental, Social and Governance.

Em outras palavras, tais programas e ações que visam criar condições pontuais — e por vezes com efeito passageiro — podem não trazer impacto real no aumento da felicidade dos colaboradores, com aumento da saúde, bem-estar, retenção e engajamento, como é possível observar nos recentes movimentos de profissionais no mercado, os quais surgem como ondas com forte impacto sobre as empresas.

Entre esses movimentos, ganhou destaque recente: a “great resignation” ou a grande renúncia, quando profissionais solicitaram demissão dos seus empregos; o “quiet quitting” ou demissão silenciosa, quando profissionais permanecem nas empresas, mas realizando apenas o estritamente necessário em uma tentativa de estabelecer limite e equilíbrio entre vida pessoal e profissional; e o “grumpy staying” tendência em crescimento nas empresas que ocorre quando o colaborador permanece em seus empregos, mas não esconde sua insatisfação, irritabilidade, resistência a mudanças e falta de engajamento, ocasionando redução da produtividade e da moral do time, além do aumento de conflitos e tensão.

Em 2022, tais ondas refletiram na demissão voluntária de mais de 6 milhões de brasileiros, conforme revelam dados do Ministério do Trabalho. Frente a esta apuração, ganha ainda mais relevância o tema da Felicidade no Trabalho no panorama nacional, mas para alcançá-la é preciso olhar menos para fora e olhar mais para dentro. Ao invés de buscar referências externas, procurar refletir e alinhar com as pessoas quais ações fazem sentido, a partir da realidade das pessoas.

Para que isso ocorra, o primeiro passo é compreender qual significado de Felicidade faz sentido para a cultura e para a maturidade da sua empresa e sob a ótica dos colaboradores que a integram. A partir daí buscar simetria entre as inúmeras escalas de medição da Felicidade e a dimensão que se quer medir, considerando esse processo como evolutivo, adaptativo, plural e contínuo.

Dessa forma, precisamos olhar também para as externalidades negativas e eliminá-las. De nada adianta termos ações de promoção da felicidade se nesse mesmo ambiente existem fatores de sofrimento diários sendo negligenciados, em especial aqueles relacionados aos aspectos culturais, ao estilo de liderança da organização e à sua capacidade de construir segurança psicológica.

Uma forma de trabalharmos na mitigação desses fatores é conhecer e analisar alguns indicadores importantes, entre eles: dados sobre a saúde das pessoas da organização, se estão adoecendo quais são os motivos para isso; a causa raiz de um turnover voluntário; os resultados da pesquisa de clima, com o estabelecimento de planos de ação claros, bem comunicados e elaborados com a participação das pessoas, considerando suas particularidades e singularidades. É necessário também olhar para um aspecto muito importante que é o da baixa eficiência operacional gerando aumento da carga de trabalho, ou ainda a inadequação das habilidades dos times em relação à demanda existente, gerando estresse e conflitos.

É importante também compreender que as empresas não fazem ninguém feliz, mas sim criam e zelam pelas condições de felicidade, além de mitigar fatores estressores capazes de gerar sofrimento. A partir daí é necessário que o indivíduo possa deliberar e se comprometer com a sua própria felicidade, pois essa é uma decisão individual, ou seja, acima de tudo é preciso entender que a felicidade é um conceito singular e não coletivo.

Além do aspecto da singularidade é fundamental que possamos trazer uma nova lente para o tema. Falamos muito ainda da Felicidade No Trabalho, mas o local do trabalho, hoje, já está diluído, quando consideramos os modelos híbrido e remoto e o conceito de “work anywhere” — trabalho em qualquer lugar — reforçando a necessidade de não compartimentalizarmos mais a Felicidade. Há urgência em começarmos a falar da Felicidade de Quem Trabalha, porque somos únicos e estamos buscando a felicidade não apenas durante o momento em que trabalhamos, mas em todos os aspectos da nossa vida. Assim, precisamos ir além dos muros organizacionais e dentro de um olhar integral e sistêmico, considerar todas as dimensões do indivíduo se quisermos de fato termos pessoas felizes trabalhando. Considerar a integralidade dos indivíduos que estão atuando em nossa empresa e considerar por exemplo como está o uso do seu tempo, a qualidade do seu sono, são aspectos que compõem esse olhar.

Dessa forma entendo que o tema Felicidade deve ser mais do que um programa da empresa com início, meio e fim; mas sim ser tratado como um caminho, singular, contínuo e evolutivo, no qual, ao tomarmos a decisão de iniciarmos em conjunto com as nossas Pessoas, devemos ser responsáveis em não interrompê-lo, para que não haja ônus para o indivíduo e consequentemente para a organização.

UM MARKETPLACE DIGITAL IGUAL AO DA STARTUP VALEON PODE AJUDAR QUALQUER NEGÓCIO?

Moysés Peruhype Carlech e Fernanda – Jet.

Sim e podemos ajudar muito a alavancar as suas vendas e tornar a sua empresa mais competitiva no mercado se forem utilizados os serviços da Startup Valeon e temos a certeza que vamos melhorar o seu posicionamento digital e utilizando uma boa estratégia comercial podemos trazer retorno financeiro para a grande maioria dos negócios das empresas da nossa região do Vale do Aço, afinal de contas, já atingimos a marca de mais de 100.000 acessos.

O sucesso do modelo dos marketplaces está expresso nos números registrados no último ano: o crescimento em 2020 chegou a 52%, acima dos 41% do segmento de e-commerce.

Essas informações foram apuradas pela E-bit/Nielsen, que também indica que o total de pedidos do marketplace chegou a 148,6 milhões, um crescimento de 38% em relação a 2019, o que resultou em um faturamento de R$ 73, 2 bilhões para o segmento.

A atenção recebida pelos “shoppings virtuais” tem razão de ser. São gerenciados por empresas que arcam com a parte operacional e, com isso, as lojas cadastradas podem se dedicar ao cuidado de suas páginas e às ofertas de produtos.

Para quem tem um e-commerce, os marketplaces devem ser vistos como uma oportunidade reforçar as estratégias de vendas.

Outro fator importante é a possibilidade de ampliar seus pontos de interação com o cliente, o que atende ao comportamento omnichannel do público.

Porém, para aproveitar melhor as possibilidades, é importante que você saiba quais são as vantagens do marketplace e como ele pode auxiliar o desenvolvimento do seu negócio.

1- Otimização dos recursos

A estruturação de um e-commerce não é simples. E, por mais que você faça tudo certo, os resultados precisam de tempo para serem consolidados.

Ao integrar a sua loja a um marketplace, esse processo é facilitado. Ao mesmo tempo em que trabalha para fortalecer a sua marca, o lojista tem como expor seus produtos num canal que já conta com uma audiência significativa.

Basta que o lojista negocie e pague a mensalidade do marketplace para que possa começar a negociar seus produtos ou serviços. Além disso, essas operações oferecem expertise, tráfego, visitação e mídia para que seus parceiros possam desenvolver seus negócios.

2- Alcance de clientes

Desenvolver uma loja virtual própria e recorrer às redes sociais para divulgar produtos ou serviços requer um trabalho de divulgação para alcançar um número maior de clientes.

Com o marketplace, esse trabalho ganha ainda mais abrangência e, com isso, é possível gerar um fluxo maior de consumidores, uma vez que há modelos próprios de divulgação, o que acaba favorecendo as empresas que o integram.

Além disso, esses “shoppings virtuais” , como o da Startup Valeon, não divide os custos de marketing  com os seus parceiros custeando ele próprio o processo de aquisição de clientes nas redes sociais.

3- Volume de dados

Os marketplaces têm o costume de oferecer aos seus parceiros diversos dados sobre as suas vendas e seus desempenhos dentro da plataforma e faz métricas diárias das consultas dos seus clientes.

Essas informações são bastante estratégicas para qualquer empresário que deseje desenvolver o seu comércio online e melhorar o seu desempenho na internet.

Isso porque conseguem planejar suas ações, promoções e precificar produtos e serviços com mais eficiência, o que aumenta as chances de converter os visitantes do marketplace em seus clientes.

4- Integração com outras ferramentas

Muitos empresários podem acreditar que ao entrar para um marketplace não poderá usar suas ferramentas digitais favoritas: CRMs, software de preços ou inventários.

Porém, não existe essa limitação e as empresas podem seguir usando seus mecanismos de otimização de resultados.

É possível explorar tantos as informações fornecidas pelos marketplaces quanto os dados gerados pelos seus mecanismos de gestão e controle, o que pode fortalecer ainda mais suas estratégias online.

5- Aumento de vendas

Com uma estrutura corretamente desenvolvida, processos de divulgação bem construídos e apoio aos parceiros, os marketplaces conseguem atrair um bom volume de visitantes para o seu site.

Quanto maior a exposição de produtos ou serviços, maior são as chances de aumentar as suas vendas. É preciso apenas que as lojas online saibam trabalhar seus produtos ou serviços na internet e convencer os consumidores de que conta com as melhores mercadorias e preços.

6- Diversificação de público

Com um número maior de pessoas tendo contato com seus produtos ou serviços, há possibilidade que alcance consumidores que, em um primeiro momento, não conseguiria atingir.

Isso contribui para a diversificação do seu público-alvo e faça com que a sua base de clientes possa crescer.

Isso favorece não apenas as suas vendas, mas também estimula os lojistas a buscarem novos produtos ou desenvolverem novos serviços para atender a sua nova demanda.

Esse processo é essencial para que as empresas ganhem mercado e busquem constantemente o seu desenvolvimento.

Agora que você já sabe quais as vantagens do marketplace, que tal descobrir como eles podem auxiliar no crescimento dos pequenos negócios?

Marketplace e o crescimento das empresas

Construir um modelo próprio de venda online é um desafio para as empresas, porém pode ser bastante recompensador.

Em 2020, o setor teve um crescimento de 41% se comparado com o ano anterior e a expectativa é de que siga alcançando bons resultados em 2022, até em razão da aceleração do processo de transformação digital.

Dessa forma, com um trabalho bem-feito, as empresas podem conquistar boa margem de lucro com o comércio eletrônico. Afinal, o perfil do consumidor tem mudado e ficado aberto às compras online.

Mas, para isso, é necessário utilizar um site como a da Startup Valeon que ofereça boa experiência para os consumidores e conte com estrutura logística e capacidade de estoque para dar conta do trabalho.

O marketplace é uma opção que pode potencializar ainda mais um comércio eletrônico, pois conta com um modelo de negócio estruturado e testado.

Assim, empresas de qualquer setor conseguem melhorar o desempenho de seus e-commerces ao estabelecer mais um canal de divulgação e venda.

Para aproveitar melhor as oportunidades, é importante contar com as ferramentas adequadas para fazer a gestão da operação.

Exemplo disso é a plataforma comercial da Startup Valeon, que tem suas páginas desenvolvidas justamente para conectar a sua loja aos principais consumidores do mercado.

Com isso, além de ter todo o suporte necessário para destacar seus produtos na internet, o lojista tem como gerenciar todo o universo envolvido com as suas vendas online, seja na loja própria ou no marketplace.

Num único local, por exemplo, pode fazer a gestão de estoque, o que evita a perda de clientes pela falta do produto. O e-commerce é uma modalidade de negócio que deve seguir ganhando espaço e conquistando novos clientes. O empresariado deve ficar atento a esse mercado e aproveitar as vantagens do marketplace para aumentar a sua presença online e ter acesso facilitado a uma base sólida de usuários.

•             Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WApp)

•             E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

TCU COLABORA COM O CONGRESSO NA ELABORAÇÃO DA REFORMA TRIBUTÁRIA

 

História por Notas & Informações • Jornal Estadão

O Tribunal de Contas da União (TCU) foi mais um dos órgãos a manifestarem apoio à reforma tributária sobre o consumo, atualmente em tramitação no Senado. O relatório da Corte de Contas, elaborado a pedido do relator, Eduardo Braga (MDB-AM), traz ainda mais segurança aos senadores sobre a necessidade de aprovar a proposta.

No Senado, o maior dos receios diz respeito à governança do Conselho Federativo do IBS, imposto que substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal. Alguns governadores ainda temem perder autonomia sobre aquela que é a maior fonte de recursos dos Estados, e manifestaram suas preocupações aos senadores. Nesse sentido, as conclusões do relatório do TCU podem acalmar todos.

O Conselho, segundo o tribunal, vai fortalecer a Federação, acabar com a guerra fiscal, mitigar as disfuncionalidades da tributação sobre consumo e contribuir para a redução das desigualdades regionais. Não há qualquer elemento a indicar ofensa ao pacto federativo. Ao contrário: cada Estado e cada município poderá fixar sua própria alíquota, mas terá de aplicá-la para todos os bens e serviços, exceto os expressamente beneficiados com o imposto reduzido.

De acordo com o TCU, o Conselho Federativo vai dar mais eficácia à atuação dos fiscais regionais, garantir o princípio da não cumulatividade, unificar normas, interpretações e procedimentos e assegurar a distribuição da arrecadação entre os entes. O órgão atuará como gestor do algoritmo de um sistema informatizado e processará a arrecadação, compensações e distribuição de receitas de forma automática e não invadirá competências dos fiscos estaduais e municipais.

O TCU também sugeriu aos senadores alguns aperfeiçoamentos ao Conselho Federativo, como o estabelecimento de um órgão de controle externo para fiscalizar suas atividades. Para o tribunal, o ideal seria que isso fosse realizado por um órgão colegiado dos tribunais de contas.

O conjunto de contribuições do TCU traz luz a um debate que, muitas vezes, é baseado menos na realidade e mais em mitos – mitos plantados por quem tem interesse em manter tudo como está, sobretudo as disfuncionalidades do sistema atual.

O manicômio tributário que vigora no País não foi construído de uma só vez. Ao longo dos anos, setores trabalharam para garantir regimes especiais, alíquotas reduzidas e isenções, conquistadas ora no Planalto, ora no Congresso. Benesses criadas para serem temporárias se perpetuaram ao longo do tempo. Distorções nunca corrigidas foram um incentivo para que outros segmentos também buscassem tratamento especial.

Quem sofre com essas práticas é a sociedade, que financia todas as benesses sem auferir maior crescimento econômico e menores desigualdades como contrapartida. Nesse sentido, é muito relevante que o TCU tenha firmado posição quanto à lista de setores e atividades que poderão vir a ser beneficiados com uma alíquota reduzida na reforma tributária.

A sugestão da Corte de Contas é que esses segmentos passem por uma avaliação anual, entre 2026 e 2033, para avaliar o custo e o benefício das bondades a que terão direito. Com base nessa análise, dez anos após a aprovação da reforma, em 2034, o Congresso deverá analisar a pertinência de mantê-las ou revogá-las.

O TCU, por exemplo, calculou em R$ 70 bilhões as perdas que União, Estados e municípios terão com a desoneração integral da cesta básica. Estimou ainda que apenas R$ 4,5 bilhões desses gastos beneficiariam os 10% mais pobres da população, enquanto os 10% mais ricos se apropriariam de R$ 13,4 bilhões. É o tipo de política dispendiosa, mas que gera resultados pífios no que diz respeito à redução da desigualdade.

O posicionamento da Corte de Contas é corajoso, sobretudo em uma discussão contaminada por achismos. É também um convite ao Senado para que cumpra suas funções e comece a revisar não apenas as medidas que geram renúncias de receitas injustificáveis, mas também aquelas que drenam gastos que poderiam ser mais bem direcionados. Como disse o TCU, não se trata de um “jogo de soma zero”. É, na verdade, o que explica o baixo desempenho de nossa economia.

ZELENSKY DEDICA MAIS PARA FAZER ACORDOS COM OUTROS PAÍSES DO QUE A PRÓPRIA GUERRA

 

História por James Waterhouse – Correspondente em Kiev (Ucrânia) •16h

O presidente ucraniano tem feito mais negociações do que campanha de guerra© Getty Images

As relações podem ser próximas, os apertos de mão podem ter sido firmes, mas o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve um trabalho duro durante a sua viagem aos Estados Unidos e ao Canadá.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, prometeu apoiar a Ucrânia “durante o tempo que for necessário” contra a invasão da Rússia, e tem o apoio de todos os partidos nesse esforço.

O bolso dos Estados Unidos é mais fundo, mas a questão política é muito mais complicada.

Zelensky conseguiu um pacote de ajuda militar de US$ 325 milhões da Casa Branca, mas não foi o valor de US$ 24 bilhões que ele esperava. A proposta de ajuda militar bilionária está parada no Congresso, que está quase paralisado devido a discordâncias sobre o orçamento.

As dificuldades não param por aí.

Além de encontrar o presidente americano Joe Biden, o líder da Ucrânia também teve reuniões com políticos republicanos que lutam para conter o crescente ceticismo no seu partido.

“Estamos protegendo o mundo livre, o que deveria receber apoio dos republicanos”, diz um conselheiro do governo ucraniano em Kiev.

“Foi mais difícil quando a guerra começou, porque era um caos”, diz ele. “Agora, podemos ser mais específicos em nossos pedidos, pois sabemos o que os nossos aliados têm e onde armazenam.”

Mas cada vez mais os países aliados estão tendo que lidar com questões como “por que a Ucrânia deveria continuar recebendo um cheque em branco?” e “como o país pretende vencer a guerra?”.

O presidente ucraniano tem tentado responder a ambas questões no cenário mundial. Agora, parece que ele tem feito mais negociações do que campanha de guerra — justamente para manter a ajuda ocidental chegando.

E isso em uma semana em que Kiev se desentendeu com um dos seus aliados mais leais, a Polônia, em uma disputa por causa dos cereais ucranianos.

A proibição das importações ucranianas levou o presidente Zelensky a acusar indiretamente Varsóvia de “ajudar a Rússia”.

O presidente polonês, Andrzej Duda, comparou então a Ucrânia a uma “pessoa que está se afogando e com a qual você pode se afogar junto.”

A situação desde então esfriou.

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se abraçam em foto do início do ano© Reuters

Mesmo para um líder experiente em tempos de guerra, estes são tempos difíceis para o presidente ucraniano em termos diplomáticos.

As próximas eleições em países parceiros como a Polônia, a Eslováquia e os EUA tornam o cenário nebuloso. Alguns candidatos estão dando prioridade às questões internas em detrimento do apoio militar à Ucrânia.

“A necessidade de equilibrar a ajuda militar com a satisfação dos eleitores torna as coisas realmente complicadas”, explica Serhiy Gerasymchuk, do Prism, um centro de pesquisa em política externa ucraniano.

“A Ucrânia tem de ponderar a promoção dos seus interesses, utilizando todos os instrumentos possíveis, tendo simultaneamente em conta a situação nos países parceiros e na União Europeia. É um desafio”, diz Gerasymchuk.

Este é o tipo de questão com a qual o líder da Rússia, Vladimir Putin, não precisa de se preocupar.

É por isso que Kiev tenta retratar esta guerra como uma luta não só pela sua soberania, mas pela democracia.

Após a queda da União Soviética, a Ucrânia, a Rússia, os EUA e o Reino Unido fizeram um acordo com o Memorando de Budapeste de 1994.

A Ucrânia entregou à Rússia as armas nucleares soviéticas deixadas no seu solo em troca da promessa de que a sua integridade territorial seria respeitada e defendida pelos outros países que assinaram o tratado.

Nove anos de agressão russa fizeram com que esse acordo parecesse uma promessa quebrada.

Kiev também está tentando um plano de longo prazo e, ao mesmo tempo, buscado interagir melhor com países como o Brasil e a África do Sul, que têm sido apáticos em relação à invasão da Rússia.

É uma estratégia que não trouxe resultados imediatos.

“A verdade é que dependemos do sucesso na linha da frente”, afirma o conselheiro do governo ucraniano.

Ele argumenta que os meios de comunicação simplificaram muito a contraofensiva da Ucrânia.

Para ele, a mídia se concentrou demais no teatro da linha da frente, onde os ganhos foram marginais, e menos nos sucessos substanciais dos ataques com mísseis na Crimeia e nos ataques contra navios de guerra russos.

A Ucrânia sempre afirmou que não vai deixar que a “apressem” na sua contraofensiva. Com a política desta guerra cada vez mais ligada aos combates, isso será testado mais do que nunca.

CONHEÇA A PLATAFORMA P-71 DA PETROBRAS

 

História por admin3 • IstoÉ Dinheiro

Quem contempla o horizonte da Praia de Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, observa as Ilhas Cagarras, que ficam a menos de 5 quilômetros (km) da faixa de areia. Fora isso, só se enxerga o mar. Os olhos não conseguem ver, mas a 200 km em linha reta está uma plataforma de petróleo que parece uma gigantesca indústria cercada pelo oceano.

É a P-71, da Petrobras, no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, que se aproxima do seu recorde de produção em outubro, mês em que a Petrobras completa 70 anos. A convite da estatal, a reportagem da Agência Brasil embarcou em um helicóptero, visitou a P-71 e reuniu algumas curiosidades sobre a estrutura, considerada um dos destaques do pré-sal.

Vista aérea da P-71, instalada no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Navio ou plataforma?

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A P-71 é uma plataforma do tipo FPSO, sigla em inglês para floating production storage and offloading. Isso significa que ela é um sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo. Simplificando: é uma plataforma montada em cima de um casco de navio. Se diferencia das plataformas que ficam mais próximas ao continente, que são estáticas e parecem um guindaste apoiado em quatro gigantescas pilastras.

Os FPSOs são ancorados no fundo do mar. No caso da P-71, são 22 linhas de ancoragem, concentradas nas pontas da embarcação. Ela não tem motor, ou seja, apenas flutua, e precisou ser rebocada do estaleiro até a Bacia de Santos. Pesa cerca de 78 toneladas, o que equivale ao peso de 220 boeings.

Os FPSOs têm capacidade para separar o petróleo do gás e da água durante o processo de produção, armazená-lo nos tanques de carga para, finalmente, transferi-lo para os navios que serão os responsáveis pelo seu transporte.

Equipe confinada

Por vez, 166 pessoas ficam na P-71 para manter a operação. A força de trabalho na P-71 é majoritariamente masculina. As mulheres, geralmente, são 10% dos funcionários, no máximo.

Os trabalhadores cumprem turnos de 14 dias seguidos, com 21 dias de folga para funcionários da Petrobras. Algumas empresas terceirizadas adotam 14 dias de descanso. Os turnos de trabalho são de 12 horas.

Na área de acomodações, os funcionários têm espaços para esporte e lazer, como academia e sala de jogos. Leia mais sobre a equipe de trabalhadores na plataforma.

Fabricação replicante

A P-71 é a sexta e última plataforma de um modelo replicante. Isso significa que o mesmo projeto de engenharia padronizado deu origem a seis FPSOs. É como se fossem sêxtuplos. Contando o fundo do navio até a parte mais alta, a P-71 tem 120 metros (m). Desses, 35 m ficam abaixo da linha d’água. O ponto mais alto da plataforma (75 m acima do leito do mar) é a estrutura que sustenta o flare, a queima constante de gás. No caso da P-71, essa combustão é apenas um piloto de segurança, e não desperdício de gás.

Avenida Brasil

Os FPSOs originados desse processo replicante têm um longo corredor chamado Avenida Brasil. É como se fosse realmente uma rua dentro da plataforma. São cerca de 330 metros de extensão. Para se ter uma ideia, é como se fossem três campos de futebol alinhados. Para percorrer ida e volta, em uma velocidade normal de caminhada, seriam necessários cerca de dez minutos.

Avenida Brasil é como se fosse uma rua na plataforma de petróleo  – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Ligando proa e popa, a Avenida Brasil praticamente dá acesso a todas as áreas da parte industrial do navio-plataforma. Uma capilaridade que passa pelos 17 módulos da P-71.

Diferentemente desses módulos, a maior parte da Avenida Brasil, apesar das dimensões amplas, não recebe luz direta do Sol, pois é coberta por uma estrutura que dá suporte a quilômetros de cabos e tubulações. Uma espécie de sistema circulatório da plataforma.

Construção em módulos

Os 17 módulos têm funções específicas, que vão de processamento de óleo e gás, tratamento de água, geração de energia elétrica a toda a parte de acomodações, chamada de casario. A energia elétrica produzida na plataforma seria suficiente para abastecer uma cidade com 250 mil habitantes.

Na parte de acomodações, além de alojamentos, há diversas formas de entretenimento e lazer para os 166 funcionários que passam 14 dias embarcados. São salas de jogos (inclusive eletrônicos), leitura e academia, por exemplo. No refeitório, preocupação com dietas específicas. O cardápio vegano é uma opção.

Chuveiros de emergência

Um passeio pela Avenida Brasil deixa evidente uma das prioridades da tripulação da P-71: a segurança. Pelas alas que ligam os módulos industriais há diversos chuveirosA função deles é bem específica: em caso de emergência como contato acidental com algum elemento químico, em poucos passos (e tempo), o funcionário já tem uma forma de lavar mãos, rostos e olhos, por exemplo.

Segurança é uma das preocupações na plataforma – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Outro sinal flagrante da preocupação com a segurança é que, na área industrial, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) é obrigatório. São macacão antichamas, bota de proteção, óculos, luvas e protetor auricular.

A repetição é uma das formas de incrustar a preocupação com a segurança na mente dos trabalhadores. Além de sinalização por todas as partes da plataforma, todos que chegam à P-71 precisam assistir a um vídeo com instruções de segurança.

Por toda a plataforma há alto-falantes que permitem que todos os funcionários possam ser comunicados ou acionados em qualquer lugar. No interior do FPSO, a sala de comando faz o monitoramento da operação em tempo real.

Robôs

Outra iniciativa que contribui para a redução de riscos e aumento da segurança é o uso da tecnologia para fazer trabalhos mais difíceis. Um exemplo são robôs que realizam a pintura do casco. Há também o rover, robôs submarinos que realizam inspeções. Outra função que foi substituída é a vistoria humana do flare, a 75 metros de altura. Os drones são capazes de realizar o procedimento, inclusive, sem interromper o funcionamento da queima de gás.

Produção diária

A operação do navio-plataforma se dá 24 horas por dia, sete dias por semana. Para o trabalho de tirar óleo do fundo do mar, não existe fim de semana ou feriado. A capacidade de produção de gás é de 6 milhões de metros cúbicos.

A P-71 se aproxima do topo de extração de óleo do pré-sal: 150 mil barris por dia. Isso significa 6,2 mil por hora, 104 por minuto. O FPSO pode estocar até 1,6 milhão de barris de óleo. Dessa forma, quando tiver atingido a capacidade máxima, a plataforma precisará de dez dias para lotar o armazenamento.

 Operação do navio-plataforma ocorre durante 24 horas por dia, nos sete dias da semana – Tânia Rêgo/Agência Brasil

A ligação da plataforma com um quarto poço de petróleo é o gatilho que permitirá chegar à capacidade máxima. O projeto da P-71 contempla a ligação com sete poços nos próximos anos. Uma curiosidade é que saltar de quatro para sete poços não significa ultrapassar a marca de 150 mil barris por dia. Na verdade, é uma forma de não deixar a produção ser reduzida. Isso acontece porque, à medida que novos postos vão sendo conectados, os primeiros, naturalmente, vão se esgotando.

Esse entendimento ajuda também a diferenciar o que é um poço e o que é um reservatório. O poço é o acesso perfurado e estruturado para a retirada de petróleo do reservatório.

Qualidade do óleo

O processamento intermitente do óleo do pré-sal é acompanhado por controle interno de qualidade. Algumas das tubulações pelas quais o óleo passa recebem isolamento térmico, que mantém a temperatura uniformizada, independentemente do ambiente externo. Há coleta regulares de amostras de óleo que são levadas para um laboratório dentro da plataforma. Lá são checadas as condições do produto extraído a 7 mil metros de profundidade. A análise laboratorial pode identificar se fatores como a presença de sal ou água alteram as características do petróleo. Uma sinalização aciona um processo de intervenção para garantir a qualidade final do “ouro negro”.

Cercada por navios

Acesso à P-71 é feito por meio de helicópteros – Tânia Rêgo/Agência Brasil

A chegada e saída de passageiros é feita exclusivamente por helicópteros, que fazem base no aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os voos levam cerca de 50 minutos a uma hora, dependendo das condições climáticas.

Apesar da sensação de isolamento, cercada apenas pelo mar, uma visão panorâmica a partir do convés da P-71 revela que a plataforma está sempre acompanhada por outras embarcações. É como se fossem satélites rodeando um planeta. São navios envolvidos no abastecimento de suprimentos, apoio operacional para a instalação de dutos submarinos e descarga do petróleo estocado. É comum também a presença de sondas perfuradoras, uma vez que os FPSOs não fazem perfuração.

A descarga do óleo armazenado é feita por enormes tubulações que fazem o transbordo para navios-aliviadores – especialmente desenvolvidos para transportar óleo das plataformas. O volume de 1,6 milhão de barris de óleo que pode ser estocado na P-71 pesa aproximadamente 200 toneladas, que criam uma situação curiosa durante o procedimento de escoamento:

“No começo do procedimento, de tão pesada que a plataforma está, vemos o navio-aliviador lá em cima”, conta o coordenador de manutenção, Juparã Vianna, simulando um desnivelamento com as mãos. “À medida que o óleo passa para a outra embarcação, percebe-se claramente que vamos ficando mais leves, flutuando mais, e o navio-aliviador vai ficando mais pesado, como se estivesse afundando no leito d’água”, completa.  

*O repórter viajou a convite da Petrobras.

O post Plataforma de petróleo: saiba como é o dia a dia na “Avenida Brasil” apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

PRESOS POLÍTICOS DE 8/1 FAZEM ACORDO COM O MPF

História por PODER360 

MPF (Ministério Público Federal) espera que mais de 1.000 denunciados pelos atos do 8 de Janeirro procurem a instituição para fecharem acordos para não terem de passar por julgamento o STF (Supremo Tribunal Federal). A informação foi confirmada à Veja pelo subprocurador geral Carlos Frederico Santos.

Os acordos com o MPF resultam em pagamento de multas, que variam de R$ 5.000 a R$ 20.000, além do cumprimento de 300 horas de serviços à comunidade, participar de curso sobre Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado e não manter perfil nas redes sociais. Até o fim de agosto, 301 pessoas fecharam um ANPP (Acordo de não Persecução Penal) em troca da extinção da punibilidade.

De acordo com Carlos Frederico Santos, podem celebrar os acordos com o MPF os manifestantes que foram detidos em frente ao QG (Quartel-General) do Exército no dia 9 de janeiro, e que não participaram das depredações dos prédios dos Três Poderes.

No dia 8 de Janeiro, 243 foram presos durante os atos que resultaram na depredação dos edifícios do Palácio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional. Outros 1.927 foram detidos no QG do Exército em Brasília.

O subprocurador geral disse que os apreendidos no QG, se foram submetidos a julgamento, as condenações não ultrapassam 4 anos. Por isso, é possível que o MPF e o réu possam negociar um acordo para o encerramento do caso.

 

HORÁRIO DE VERÃO NÃO SERÁ UTILIZADO ESSE ANO

 

História por CdB • Correio do Brasil

Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.

Amado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão foi por muito tempo motivo de discussões e polêmicas entre os brasileiros. Muita gente gostava de aproveitar o período mais quente do ano e curtir o fim de tarde mais longo para praticar esportes ou em um happy hour com amigos. Mas quem acorda cedo para trabalhar reclamava das manhãs mais escuras, com o adiantamento do relógio em 1 hora.

Medida vigorou no país todos os anos de 1985 até 2018© Fornecido por Correio do Brasil

Preferências à parte, havia razões técnicas para que o governo determinasse a adoção da medida, que vigorou no país todos os anos de 1985 até 2018. Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.

Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o próprio ministro da pasta já falaram que, por enquanto, não há necessidade de adiantar os relógios neste ano, principalmente por causa das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo garante essa condição.

O ministro Alexandre Silveira também diz que não há sinais de que será necessário adotar o horário de verão este ano, porque os reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de armazenamento de água dos últimos anos. “O horário de verão só acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinal nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país, estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.

Outro fator que serve como argumento para não retomar o horário de verão no Brasil é o aumento da oferta de energia elétrica nos últimos anos, com maior uso de usinas eólicas e solares. “O setor de energia que era quem dava a ordem, não está vendo a necessidade de dar essa ordem, não está vendo grandes ganhos com a medida”, diz o professor de Planejamento Energético Marcos Freitas, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

Mudança de hábito

Quando foi criado, em 1931, o adiantamento do relógio em 1 hora entre os meses de outubro e fevereiro tinha o objetivo de aproveitar melhor a luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que era no horário entre 18h e 20h. No entanto, nos últimos anos, houve mudanças no padrão de consumo de energia dos brasileiros e no horário de pico, com maior uso da eletricidade no período da tarde, principalmente por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar-condicionado.

Além disso, a iluminação, que antes representava uma parte significativa do consumo, especialmente no horário de pico, hoje não é mais tão importante do ponto de vista elétrico. Até o início da década de 2000, era comum o uso de lâmpadas incandescentes nas residências, empresas e na iluminação pública. Após a crise energética de 2001, foram adotadas políticas de eficiência energética, com o aumento do uso de lâmpadas mais econômicas, como as fluorescentes, e eletrodomésticos mais eficientes.

– Hoje o fator iluminação já não é mais um fator importante para o setor elétrico, como era no passado, quando cerca de um terço do consumo de energia de uma casa vinha da iluminação. Hoje, o grande vilão nas residências se chama climatização – destaca o professor Freitas.

Para ele, a adoção do Horário de Verão este ano seria mais por uma questão de hábito da população do que pela necessidade do setor elétrico. “Eu, particularmente, gosto muito do Horário de Verão, gosto de chegar em casa com a luz do dia, acho simpática a ideia. Mas sei que tem limitações, os trabalhadores que acordam muito cedo sofrem muito com esse horário”.

AGROTÓXICO BANIDO NA UE MATA ABELHAS NO BRASIL

História por ALEXA SALOMÃO • Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Não importa a região, os recentes surtos que vitimaram abelhas em diferentes pontos do Brasil têm em comum, além da mortandade em massa, um mesmo produto, o fipronil.

Sintetizado nos anos de 1980, sua patente já expirou e pode ser produzido por qualquer empresa. O uso se tornou indiscriminado, relatam acadêmicos e técnicos agrícolas.

Os agrônomos contam que outros agrotóxicos, como inseticidas a base de nicotina, herbicidas e fungicidas, minam o organismo das abelhas de forma lenta, debilitando as funções físicas até a morte, o que reduz as colmeias ao longo do tempo.

O fipronil é diferente. A substância atua no sistema nervoso central dos insetos, provocando uma superexcitação nos músculos e nervos. É implacável como agente da morte aguda, afirma Ricardo Orsi, professor de veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

“Inseticida sistêmico de ação prolongada e agressiva, hoje ele é usado em diferentes culturas, o que explica a ocorrência de contaminações de abelhas em vários pontos do Brasil”, explica ele.

Formigas e cupins são os seus principais alvos, mas é ele aplicado contra o bicudo do algodão, a larva-alfinete no milho, a lagarta-elasmo na soja. Também tem usos domésticos. Está nos mata-moscas e em coleiras de cães e gatos contra pulgas e carrapatos.

Segundo levantamento da Folha de S.Paio, os exames mostraram que foi o fipronil que vitimou 100 milhões de abelhas no Mato Grosso, em junho, 80 milhões na Bahia e, em julho, e também, provocou, em janeiro, perdas em Minas Gerais.

Estudos contínuos no Mato Grosso do Sul identificaram associação crescente entre mortes em massa a substância. Em 2017, o fipronil estava em 30,5% das amostras. Em 2021, em 66,6%. No ano passado, foi detectado em 85,7% nas amostras.

Voltando um pouco no tempo, também foi responsável pela morte de 50 milhões de abelhas em Santa Catarina, em 2017, e pelo surto que dizimou quase 500 milhões no Rio Grande sul, entre outubro de 2018 e março de 2019.

Em todos os casos de mortandade em massa, não muito longe das colmeias havia alguma propriedade rural com cultivo em larga escala.

“Não tem lugar mais arriscado para uma abelha hoje do que do lado de uma fazenda, pois você nunca sabe que agrotóxicos vão usar, e como vão usar”, afirma o apicultor José Arnildo Marquezin.

Foi preciso tempo para fazer a correlação entre fipronil e mortes agudas, afirma Aroni Sattle, professor aposentado da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). “Os surtos começaram no início dos anos 2000. As abelhas chegavam, eu examinava, e não encontrava nenhuma doença ou praga que justificasse a mortandade intensa, do dia para noite, então, passei a congelar amostras”, diz.

Em 2018, ele enviou 37 delas para avaliação, e o fipronil apareceu como o agrotóxico preponderante. Avaliações de surtos posteriores foram na mesma linha. “Podemos afirmar que 60% a 70% das mortandades são provocadas por ele”.

Técnicos afirmam que a pulverização por avião ou do trator, com risco ao trabalhador, é o principal problema, em especial quando feita na floração. A abelha infectada leva o veneno para colmeia e contamina o enxame.

“No caso mais recente aqui no Mato Grosso, não consideraram a temperatura e o vento recomendados para a aplicação e, naquele dia, ainda ocorreu inversão térmica, potencializando o efeito nocivo por um raio de 26 km [quilômetros]”, diz a médica veterinária Erika do Nascimento, fiscal do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária no estado).

A fiscalização percorreu 22 propriedades e localizou a substância numa fazenda de algodão. O produtor foi multado em R$ 225 mil.

Na Bahia, não se chegou aos culpados, mas a identificação do fipronil foi considerada um avanço, explica Marivanda Eloy, coordenadora da área de apicultura da Superintendência da Agricultura Familiar do estado.

“Na maioria dos casos, não sabemos o que aconteceu porque faltam laboratório e, recurso. Os apicultores são pequenos produtores que não podem pagar de R$ 800 a R$ a 1.000 para cada teste. Mas desta vez, conseguimos avaliar muitas amostras e encontramos fipronil até na cera, onde é difícil detectar resíduos.”

O surto matou 1.500 enxames de 32 produtores que, organizados em cooperativas e associações, fizeram mutirão para seguir o protocolo previsto nesses casos: recolher as amostrar, fazer o BO (Boletim de Ocorrência), e queimar todo o mel e cera.

A contagem dos apicultores dimensiona perdas comerciais na produção do mel. No entanto, pouco se sabe sobre o que está ocorrendo com as abelhas silvestres, e qual o efeito na preservação da flora.

O Brasil tem 2.000 espécies de abelhas nativas, explica André Sezerino, pesquisador da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina).

“O pessoal acha que mel é o maior bem da abelha e que é bonitinho ela visitando as flores, mas o mel é uma parte mínima do que ela faz. O grande serviço é a polinização”, afirma ele.

“Esse trabalho mantém o meio ambiente e o que comemos. Mais de 70% de todos alimentos que consumimos dependem da polinização das abelhas.”

APICULTORES TENTAM MUDAR LEGISLAÇÃO

Como a frequência das mortes abelhas é crescente, apicultores estão mobilizados em vários estados na tentativa de restringir o fipronil.

Goiás aprovou em abril uma lei restringindo o uso da substância. A Assembleia de Minas Gerais também tem proposta semelhante. “Já faz dois anos que perco as abelhas, abaixo a cabeça e começo de novo, mas da última vez, eu dei o grito”, afirma o apicultor Marcelo Ribeiro, que lidera o trabalho para convencer os deputados a aprovarem o projeto. “Parte do meu trabalho agora com apicultor é acabar com a carniça desse fipronil, que foi apontado como o principal responsável.”

A referência em mudança legal é Santa Catarina, estado que tem uma câmara setorial do mel muito organizada.

Com isso, adotou um regulamento mais rígido, que proíbe a pulverização, aumenta a fiscalização e intensifica o diálogo com cooperativas e produtores para deter práticas erradas.

Uma vez, por exemplo, o Ministério Público identificou que um único agrônomo tinha emitido 1.450 receituários para o fipronil em duas semanas. Na verdade, havia deixado as folhas assinadas nos balcões das agropecuárias onde era responsável técnico. O produto saia de qualquer jeito, para qualquer um.

“Conseguimos reduzir em 70% as mortes agudas”, afirma Ivanir Cella, presidente da Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina.

O setor, no entanto, quer uma discussão nacional para restringir ou mesmo proibir o fipronil. A comissão que trata de mortandade de abelhas dentro Câmara Setorial do Mel tem feito esforços em Brasília.

Em agostou, reiterou o pedido de revisão da legislação no Ibama (Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Foi encaminhado um ofício detalhando o avanço das mortes.

“Como o fipronil é uma molécula tóxica precisa sofrer avaliações”, explica Rodrigo Zaluski, integrantes do grupo e professor da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul).

“Ocorre que esse processo foi instalado em 2012 e já dura mais de dez anos sem uma conclusão. Pelo que identificamos, os inseticidas a base de nicotina podem ser revistos antes do fipronil, que já é comprovadamente mais tóxico.”

Questionados, Ibama e Ministério da Agricultura não responderam até a publicação deste texto.

Nesse meio tempo, outros países já proibiram o fipronil, caso da Colômbia e Costa Rica.

A substância também foi vetada na União Europeia justamente pela alta letalidade em insetos que não são alvos. Também contribuiu para a decisão, a contaminação de ovos em ao menos 15 países na região, em 2017. Uma empresa utilizou fipronil na composição de um desinfetante aviário, comprometendo as galinhas.

O bloco europeu, porém, segue permitindo a exportação da substância para outros lugares. Ativistas têm pedido uma mudança nessa regra.

“É escandaloso ver que a União Europeia ainda permita que suas empresas químicas exportem o fipronil para países como o Brasil”, afirma o ativista irlandês Eoin Dubsky, que atua pela ONG Eko.

A alemã Basf adquiriu o produto em nível global em 2003, e manteve a patente no Brasil até 2011, quando ele passou a ser comercializado por outras empresas. Sua marca, porém, permanece associada à substância.

Procurada pela reportagem, a empresa afirmou que tem acompanhado os acontecimentos e que identifica o uso indevido da substância. Ainda segundo ela, em nenhum dos casos recentes os produtos utilizados tinham sido produzidos ou comercializado pela Basf.

 

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