quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

TUDO QUE O BOLSONARO FALOU VAI SERVIR PARA A SUA INCRIMINAÇÃO

 

Covid

Por
Alexandre Garcia -Gazeta do Povo


O presidente da República, Jair Bolsonaro.| Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro está sendo indiciado pela Polícia Federal por incitação ao crime e provocar alarme. É que ele falou da vacina e da máscara. Provocar alarme é contravenção penal, e incitação ao crime dá de três a seis meses de prisão. Então, era previsível que tentariam arrumar alguma coisa contra Bolsonaro. Enquanto isso, não sei por que não enquadraram todos os que mostravam cova aberta esperando mortos, caixões comprados para botar gente dentro, pondo pânico para ficarmos trancados em casa, não ir trabalhar, para prejudicar o governo e o país. Já quanto aquilo que Bolsonaro diz, vocês devem estar vendo, nas redes sociais, a confirmação pela ciência. Vejam, por exemplo, o que está acontecendo na Flórida, onde a Suprema Corte está examinando as políticas sobre vacinas, máscaras e suas consequências.

Quem é que tem “discurso de ódio”?
Essa mesma falta de critério vale para o tal “discurso de ódio”. Vocês devem ter visto o humorista que, em um programa de televisão, desejou a morte de Luciano Hang. Aí, em Vitória da Conquista (BA), na manhã de quarta-feira, um incêndio enorme destruiu a terceira maior loja da Havan. Sei lá o que pode ter sido.

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Enquanto isso, a história de “discurso de ódio” cai por terra quando se vê Bolsonaro em atitude amistosa com o novo governo. Para facilitar a vida do futuro presidente, já exonerou os três chefes militares do seu governo e nomeou os três do futuro governo. O novo comandante do Exército já vai tomar posse nesta sexta-feira: é o general Júlio Cesar de Arruda, um cuiabano que já foi comandante militar do Leste, comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), das Operações Especiais em Goiânia, e era chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército. O novo comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno, já tem posse confirmada para a próxima segunda-feira. Na Marinha o escolhido não foi o mais antigo, e sim o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen. Vemos aí a boa vontade do governo, ao contrário do que vinham falando.

Segurança reforçada para a posse de Lula
Há muita preocupação depois da prisão de George Washington de Souza, que teria uma bomba no caminhão e estava com o apartamento cheio de armas e munição. Ele disse ter frequentado o acampamento dos manifestantes lá na frente do QG do Exército, e agora querem tirar o acampamento. A segurança para a posse de Lula será muito maior do que se imaginava: mil agentes da Polícia Federal e todo o contingente da PM de Brasília. Alexandre de Moraes cancelou porte e transporte de armas em todo o Distrito Federal até segunda-feira. Talvez até alterem a programação popular das festividades da posse.

PT segue disposto a colocar as mãos em tudo que puder
O presidente Lula continua correndo atrás de ministros para atrair votos de partidos que não estavam no leque de apoio à candidatura dele. Diferentemente do governo Bolsonaro, que foi atrás de técnicos, de revelações e de talentos, sem ficar devendo para legenda política nem entregar ministério ou estatal para partido. Agora, por exemplo, a Petrobras está de volta nas mãos do PT.


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COM APROVAÇÃO DA PEC FURA TETO GOVERNO LULA CONSUMIU SUA GORDURA

 

Lula aposta num governo do PT, que se inicia sob severas limitações

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Por William Waack

Não é uma frente ampla o que Lula montou para governar. É um governo do PT que já começa limitado por duas severas restrições, ambas de amplo alcance.

A primeira é de natureza fiscal e tem como causa principal o horizonte político muito restrito do próprio Lula. Ele se esforçou por conseguir uma licença para gastar – seu único foco inicial – e a obteve a custo altíssimo: o Centrão enfiou na PEC de fim de ano enorme pressão pela subida de gastos públicos.

As ações de Lula até aqui sugerem que ele superestima suas próprias habilidades e a 'fortuna' (na definição de Maquiavel).
As ações de Lula até aqui sugerem que ele superestima suas próprias habilidades e a ‘fortuna’ (na definição de Maquiavel). Foto: Carl de Souza/AFP

O preço disso, nas contas de Marcos Lisboa e Marcos Mendes, é consumir de saída a “gordura” (que nunca existiu) para investir e antecipar o dilema entre juros altos ou carga tributária mais elevada. Suspeita-se que teremos os dois.

A segunda limitação está na clara intenção de Lula de enfiar goela abaixo do mundo político um “ferrolho” composto pela velha-guarda petista. As figuras simbólicas de Geraldo Alckmin, Simone Tebet e Marina Silva não dispõem das forças necessárias (bancada, máquina partidária, peso político individual) para se contrapor, caso pretendam, ao núcleo duro petista.

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É bastante evidente que Lula ofereceu a grupos políticos diversos a oportunidade de participação num governo cujo número de ministérios já sugere grande dispersão de esforços (e enorme dificuldade de coordenação), mas até aqui não parece tê-los incluído na formulação das grandes diretrizes. Se é que se pode falar disso no momento.

Hábil na arte da acomodação tática, Lula não dá sinais por enquanto de entender uma frente ampla como agenda abrangente que garanta num horizonte expandido condições de governabilidade melhores do que compromissos de cargos e influências no atual amplo ajuntamento de grupos políticos. A presença no desenho ministerial de posições antagônicas sugere que tudo convergirá para o arbítrio “ad hoc” do líder – ou paralisia decisória.

Exemplo disso é o relatório da assembleia de transição. Ela produziu diagnósticos de situações específicas acompanhadas de sugestões setoriais comparáveis a uma “shopping list”, mas longe de comporem um plano consistente de ação ordenado segundo uma “visão” (compartilhada ou não por uma frente ampla de correntes políticas).

As ações de Lula até aqui sugerem que ele superestima suas próprias habilidades e a “fortuna” (na definição de Maquiavel). É comum agentes políticos acreditarem que alcançaram algo apenas por si próprios, ignorando circunstâncias que pouco controlam.

É onde Lula parece estar no momento. Não parece reconhecer a correlação de forças diferente daquela de 20 anos atrás. Nem a natureza e amplitude da oposição social que enfrenta.

METÁFORA SOBRE COBRANÇA DE IMPOSTOS DE TEXTOS

 

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Se o Brasil cobrasse impsto sobre meus txtos

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


| Foto:

A fim de escrevr este texto, fui dar uma olhda nas notícias sobre a refrma tribtária de Paulo Guedes. Meu Dus, como vocês agentam isso? É alíqota por todos os lados. Um ocean de alíqotas, cada qual com sua justificativa imoral tentand se passar por virtuosa, por expresão de um sentmento altruísta – renda mínma, emprego plen, lagostas para o STF, chuv de hambúrgueres, sei lá.

E olha qe eu dveria ser até grato pela sanha tribtária brasleira. Afinal, filho e irmão de renmados contadores qe sou, durante um bom tempo tive casa, comid e roupa lavada indiretamente bancadas pelo mitológic contribuinte qe, coitado, não satisfeito em entregar parte do seu sforço ao governo parasitário, ainda precisa pagar um profissional para calcular qanto deve ao sr. Erário da Silva.

Aliás, numa época de vacas macérrimas tentei trablhar com contbilidade. Só não digo qe foram os dias mais infelizes da minha vida prque não sou dado a eses exageros retóricos. Eu passav os dias diante do comptador, digitando o frut da riqeza de médicos, dentistas e advogados, só para vê-lo subtraído a cada campo do formlário. Ao fim do dia, me sentia esgtado e sujo. Afinal, e apesar do trabalho honestíssimo, eu sentia qe havia contribuído um poquinho para a deteroração do mundo ao meu redor.

Qando falo essas cosas e, na mesa do bar, me levanto de punho em riste para bradar à plteia entediada qe impostos me causam náusea, geralmnte sou repreenddo por pessoas de esprito muito mais elevado do qe o meu, qe justificam o assalto institucionalizdo como uma espécie de “bom-samaritanismo obrigatório”. Diante do qe geralmente reajo engolindo em seco o Rothbard na pont da língua. Acreditar qe meu dinero vai ser usado para o “bem” é uma mistura de fé e parafilia incompreensíveis para mim.

Imposto Sobre Texto Contra Imposto (ISTECI)
E se você chegou até aqui confuso, estranhando a falta de algumas letras, calma. O revisor ainda não está louco. É que este texto passou por uma pesada tributação de 32,5%* – o equivalente à carga tributária brasileira. Para passar a impressão de estar fazendo o bem, os criadores do Imposto Sobre Texto Contra Imposto (ISTECI, para os íntimos), cuja fartura e bonança são pagas com… impostos, inventaram uma série de alíquotas menores, com nomes inspirados por uma espécie de poética burocrática.

Para começo de conversa, 2,3% foram destinados ao Fundo de Amparo aos Sem-Letra (Funasel). Diz a lenda que as letras são usadas para ajudar disléxicos e palindromistas. O Programa de Ajuda às Pessoas que Não Sabem Usar Crase (Prapensucrase) consome 5,1% das letras arrecadadas. Uma parcela maior, de 7,32%, vai para a Contribuição dos Contribuintes que Contribuem para a Contribuição Geral (C4G). Uma parcela maior ainda, de 12,4%, ajuda a compor o bilionário Sistema Nacional de Alfabetizassão (SNA). Dos 5,18% restantes (se é que fiz a conta certa), uma parte mínima, 0,18%, corresponde à recém-aprovada e controversa Contribuição Provisória Porque Sim (CPPS). Os 5% restantes eu até sonegaria, mas a Taxa Sobre Desejo de Sonegar (TSDS) não deixa.

Desde que me entendo por gente, o governo garante que as letras de mim cobradas servirão para, um dia, ajudar a Intelectualidade Oficial a compor Os Versos Mais Lindos da Língua Portuguesa. Pelo menos é o que está escrito na Constituição – cláusula até pétrea, veja só! Mas até aqui todas as letras arrecadadas nessas décadas de ISTCT conseguiram nos dar apenas o aviso “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”.

Mas isso tudo vai mudar, dizem, com a nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Muitos Floreios). Afinal, o que é uma letrinha a menos para quem paga e uma letrinha a mais para quem recebe, não é? O importante é contribuir para o famoso “bem comum”. E garantir aos alfabetamente desprovidos o direito a uma sopa diária de letrinhas.


  • Se você percebeu, tive que dar uma sonegadinha – para o bem da compreensão do texto e também porque, bom, ninguém é de ferro.
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CONSUMO ENTRE O FÍSICO E O DIGITAL

 

Impulsiona vendas no varejo e cria experiência diferenciada de consumo

Gustavo Pisani, diretor de varejo no Grupo FCamara

60% dos brasileiros passaram a consumir de forma híbrida – transitando entre o físico e o digital. Especialista alerta que não basta oferecer diferentes canais, eles precisam ser integrados e oferecer atendimento personalizado

Pesquisa divulgada pela Criteo revela que 72% dos consumidores procuram as lojas físicas para ver ou experimentar produtos antes de comprá-los pela internet. Por outro lado, levantamento do Instituto Locomotiva indica que 70% dos consumidores já compraram em lojas físicas e receberam os itens adquiridos em casa. Transitar entre canais físicos e digitais já é uma tendência consolidada entre os consumidores – segundo dados da All iN e Social Miner, em parceria com a Opinion Box, 60% dos brasileiros passaram a consumir de forma híbrida após a pandemia.

É nesse cenário que a omnicanalidade – integração entre canais físicos e digitais de atendimento e venda, proporciona uma experiência única, facilitada e funcional para o consumidor, fornecendo conveniência em termos de variedade e amplitude de opções de consumo de modo personalizado. Esse fator se tornou quase uma obrigação para quem quer se manter competitivo no mercado. No mesmo estudo do Instituto Locomotiva, 88% dos entrevistados afirmaram que lojas físicas e virtuais precisam ser cada vez mais integradas.

“O princípio da omnicanalidade é reduzir ou até mesmo eliminar os esforços do cliente no ato da compra, ou seja, facilitar a experiência de consumo, por meio da personalização do atendimento e da disponibilidade de diferentes canais que funcionem de maneira integrada, o que traz praticidade, satisfação e fidelização. O cliente fica, cada vez mais, no centro das atenções e esse é um diferencial indispensável para quem quer se sobressair diante dos concorrentes, já que estamos diante de consumidores mais exigentes e imediatistas, que buscam atendimento singular”, pontua Gustavo Pisani, diretor de varejo no Grupo FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa a transformação dos negócios.

De acordo com um relatório elaborado pela EMIS, o volume de vendas no varejo brasileiro deve crescer 3,8% ainda neste ano, o que torna ainda mais urgente a adaptação dos varejistas às novas tendências. “No ano passado, em uma pesquisa, observei que 6% das empresas nos EUA eram omnichannel, enquanto no Brasil apenas 3% eram. Há um vasto espaço para ser trabalhado e o caminho é sempre pensar na melhor experiência do cliente, que passa pela transformação digital do varejo e pela omnicanalidade, fatores determinantes nos processos de fidelização”, aponta Pisani.

Dados orientam estratégia de personalização e fidelização

Para incorporar a omnicanalidade nos negócios, é preciso muito estudo sobre o público alvo e também sobre a concorrência, identificar os hábitos e preferências do consumidor e os diferenciais que podem ser agregados aos serviços no varejo. Inteligência de dados é parte importante desse processo. “Contar com auxílio de empresas especializadas em tecnologia para o varejo pode facilitar a implementação dessas mudanças e torná-las mais assertivas, desde a coleta de dados, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, até as etapas de pesquisa de mercado e a implementação da omnicanalidade em si. É importante ter a clareza de que não basta disponibilizar vários canais de atendimento e venda, eles precisam ser integrados e de modo que seja possível oferecer uma experiência personalizada, conforme as preferências de cada consumidor. Nesse sentido, é importante realizar simulações, experimentos e identificar quais os melhores canais de interação com cada cliente e o que funciona melhor com cada um deles, como notificações, catálogos personalizados, geolocalização em app, entre outros recursos de interação. E para ter toda essa visibilidade de informações, é necessário a implementação de uma estrutura que centralize a consulta de todos os dados, como por exemplo na adoção de um Data Lake, na qual as análises possam ser feitas de forma agregada e com maior agilidade”, complementa Pisani.

O executivo conclui reforçando que melhorar a experiência do cliente por meio da omnicanalidade traz resultados que extrapolam a satisfação do cliente de forma isolada, abrangendo também o fortalecimento da reputação da marca, o que atrai ainda mais consumidores e fideliza aqueles já conquistados. “A Startup Valeon é uma consultoria de TI especializada em varejo e não temos dúvidas em afirmar que experiências de consumo diferenciadas alavancam resultados. Temos estruturas de negócio especializadas em atender todas as necessidades dos clientes dentro da jornada Omnichannel, desde a consultoria estratégica para identificação de gaps na jornada quanto na recomendação de soluções para garantir a integração dos dados para a maximização dos resultados. Como somos agnósticos de tecnologia, e com toda nossa expertise em Varejo, conseguimos propor diferentes soluções de tecnologia que se adaptarão às necessidades singulares do seu negócio dentro do Phygital, que une o físico e o digital”.

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

CARTA DE AGRADECIMENTO AO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

 

do Jornal da Cidade Online

Nossa nação deve a Vossa Excelência uma reverência e uma imensa gratidão.

Tudo o que o senhor nos prometeu, cumpriu!

Foi um Presidente que honrou o cargo, com honestidade e patriotismo históricos. 

Jamais na nossa história republicana um governo foi tão atacado pela estrutura de poder que toma conta do Estado brasileiro desde a Proclamação da República.

Nunca vimos um massacre tão grande de uma mídia sem compromisso com a verdade ou escrúpulos editoriais

Em nenhuma circunstância presenciamos um ativismo judiciário ideológico tão escancarado e atrevido, que implantou a censura e quebrou princípios constitucionais da liberdade de expressão, da imunidade parlamentar e da independência de poderes. 

Os livros vão registrar esses fatos. 

Enfrentou uma pandemia sob acusações de ser um antidemocrata, mas jamais praticou qualquer ato atentatório à Democracia, e se portou o tempo todo dentro das regras da Constituição. 

Foi caluniado noite e dia! 

Foi – e segue sendo – traído por aliados que se acovardaram diante das dificuldades! 

Foi impedido de governar! 

Nunca cedeu às pressões e manteve a coerência da sua formação política e ideológica! 

Contudo, apesar disso, Vossa Excelência nos entrega um país em ordem, sem nenhuma mancha ou mácula de corrupção na sua gestão, com números que são invejados pelo mundo todo.

Prometeu e cumpriu a diminuição da estrutura do Estado brasileiro, com redução de cargos, revogação de legislação burocrática e com eficiência na administração pública. 

Baixou impostos e aumentou a arrecadação, equilibrando as contas públicas com o PIB em crescimento. 

Fez a inflação cair, e a nossa economia crescer ante um mundo em recessão e crise. 

Valorizou nossa moeda frente as mais poderosas do mundo. 

Patrocinou a queda dos índices de criminalidade e combateu a corrupção de forma implacável. 

Reformou a previdência. 

Facilitou o empreendedorismo com legislação da liberdade econômica. 

Concluiu obras públicas e modernizou a estrutura administrativa do Estado brasileiro. 

Atendeu às famílias brasileiras carentes com o maior programa de assistência social da nossa história através do “auxílio Brasil”.

No âmbito internacional promoveu acordos históricos de livre comércio e recolocou o Brasil em lugar de destaque no âmbito da geopolítica. 

No campo político acordou uma Nação adormecida, entorpecida e descrente devolvendo-nos os símbolos e valores cívicos nacionais, com nosso hino e nossa bandeira.

No campo eleitoral foi um líder que criou dezenas de novas lideranças que hão de mudar a condução dos destinos do país.

Despertou em milhões de brasileiros um sentido de patriotismo, juntando a Nação em manifestações cívicas públicas históricas, de forma pacífica e democrática.

Enfrentou um processo eleitoral e adversários que praticaram o jogo sujo, e que – se efetivamente venceram – não puderam comemorar a vitória com a honra da certeza dos seus méritos.

Vossa Excelência enfrentou tudo com imensa resiliência e paciência democrática, ante um Congresso comprometido, fraco, omisso e relapso no cumprimento das suas obrigações. 

Vossa Excelência chega ao fim desse seu primeiro governo com honra de um Estadista que luta como um leão na defesa dos valores cristãos, da Pátria, das famílias e da Liberdade!

A semente foi lançada em terra fértil. 

E está viva e germinada!

Gratidão por tudo e por tanto até aqui, Presidente!

Sua luta não foi e nunca será em vão! 

Quem viver, verá!

Agora, cabe a nós patriotas e conservadores, estarmos preparados para a longa batalha que se aproxima…

Nós do JCO ainda estamos de pé, mesmo censurados e sem receber pelo nosso trabalho há mais de UM ANO.

BOLSONARO ESTÁ CHEIO DE ACUSAÇÕES NO STF POR TER FALADO


STF deixa casos que causariam tensão com Bolsonaro para depois que ele sair do governo

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília


Sessão plenária do STF presidida por Rosa Weber: presidente da Corte adiou julgamentos polêmicos| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, deixou para 2023 julgamentos importantes que estavam previstos para 2022. Vários poderiam causar nova tensão na relação da Corte com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente no período eleitoral. Por isso a ministra optou por adiá-los por tempo indefinido. E os casos ficaram para o ano que vem, já com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República.

Entre os julgamentos adiados, estão o do marco temporal para demarcação de terras indígenas; o do indulto concedido por Bolsonaro para perdoar a pena do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ); o caso sobre ideologia de gênero nas escolas; e a descriminalização do aborto. Dentro do STF, ministros avaliam que decisões de viés progressista nesses temas tenderiam a criar menos problemas para a Corte durante o governo de Lula.

O adiamento desses casos confirma a disposição de Rosa Weber, desde o início de sua gestão, em setembro, de evitar decisões que colocassem o STF novamente em embate com Bolsonaro. De perfil discreto e sóbrio, Rosa Weber é avessa a dar declarações públicas que podem provocar polêmicas, como costumam fazer alguns de seus colegas do Supremo. A ministra sempre sinalizou que não daria combustível para afrontas à Corte – inclusive na pauta de julgamentos.

Essa postura se refletiu no tempo de elaboração e divulgação da pauta: ao contrário de seus antecessores, que anunciavam as datas dos julgamentos com meses de antecedência, Rosa Weber optou por agendá-los apenas semanas ou dias antes. Isso incomodou parte dos ministros – seja porque passaram a ter prazo menor para elaborar os votos, seja porque sentiram que precisavam de mais tempo para projetar cenários no placar e assim avaliar o impacto de uma decisão numa ou noutra direção.

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Há ainda outros processos que não dependem diretamente de Rosa Weber, mas que poderiam dar dor de cabeça para Bolsonaro e que também ficaram para o ano que vem. É o caso do julgamento de recursos contra decisões de Alexandre de Moraes contra o presidente e vários de seus apoiadores no inquérito das fake news e outras investigações correlatas.

Veja, abaixo, o que envolve e como anda cada um dos casos importantes no STF que ficaram para 2023 e que poderiam afetar a relação da Corte com o governo Bolsonaro.

Marco temporal para demarcação de terras indígenas
O julgamento decidirá se só terão direito a demarcações de terras as tribos indígenas que comprovarem a ocupação daquele território em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Esse critério, conhecido como marco temporal, é contestado pelos indígenas e defendido por agricultores.

A análise da questão começou em agosto de 2021, com um voto contra o marco temporal, de Edson Fachin, e um a favor, de Kassio Nunes Marques. Alexandre de Moraes pediu vista, mas já liberou o caso para retomada do julgamento no plenário. Em junho, Rosa Weber chegou a pautar as ações, mas outros casos mais urgentes passaram na frente e não foi marcada nova data.

Dois meses antes, em abril, Bolsonaro disse, durante evento do agronegócio, que poderia descumprir decisão que acabasse com o marco temporal. “Entregar as chaves para o Supremo ou falar que não vou cumprir. Eu não tenho alternativa”, disse. O governo de Lula, por outro lado, tende a ser mais pró-indígenas. O Ministério dos Povos Originários vai ser criado para dar prioridade às demarcações.

Indulto a Daniel Silveira
O deputado Daniel Silveira foi condenado em abril pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão, acusado de ameaçar e xingar os ministros da Corte. No dia seguinte à condenação, Bolsonaro perdoou a pena com um decreto de indulto presidencial. A oposição, porém, contestou a constitucionalidade da decisão e, até o momento, a questão está pendente no STF. Desde então, o relator da ação contra Silveira, Alexandre de Moraes, já aplicou diversas multas, que ultrapassaram R$ 1 milhão, devido ao fato de ele se recusar a usar tornozeleira eletrônica.

Entre auxiliares de Rosa Weber, muitos já apostavam, antes da eleição, que ela só pautaria a questão em 2023. Com Bolsonaro fora do Palácio do Planalto, fica mais “confortável” para os ministros derrubar um decreto de sua autoria como presidente.

Ideologia de gênero nas escolas
Sob o pretexto de combater o bullying “homotransfóbico” no ambiente escolar, o Psol aguarda há mais de dois anos o julgamento de uma ação proposta pelo partido para forçar as escolas públicas e privadas a ensinar e promover a ideologia de gênero para crianças e adolescentes.

Em novembro de 2020, o então presidente do STF, Luiz Fux, retirou o tema de pauta. Em novembro de 2022, ele foi reinserido na agenda de julgamentos por Rosa Weber. Mas, sem explicação, a ação novamente saiu da previsão de julgamentos.

Descriminalização do aborto
O Psol também é autor de uma ação de 2017 que busca descriminalizar o aborto até a 12.ª semana de gestação. Ela já está instruída e pronta para julgamento no plenário do STF e, como a relatora é a própria Rosa Weber, depende só dela marcar a data de julgamento.

Na atual composição do STF, a tendência é que a ação seja julgada improcedente. Mas Rosa Weber é simpática à ideia de descriminalização – já votou assim num caso individual em 2016. Um julgamento pelo plenário, neste momento, afastaria por um bom tempo qualquer nova tentativa de legalizar o aborto via STF. Por isso, é possível que a ministra deixe a Corte, em outubro, quando se aposenta, sem marcar o julgamento. Com isso, deixaria para quem for escolhido para sucedê-la no Supremo a tarefa de conduzir o processo para julgamento mais à frente.

Inquérito das fake news
O ministro Alexandre de Moraes colocou em julgamento, em agosto, 21 recursos contra decisões que tomou contra Bolsonaro e seus apoiadores em quatro inquéritos. André Mendonça pediu vista e adiou por tempo indeterminado a análise. O ministro sempre se posicionou contra medidas mais drásticas tomadas por Moraes nas investigações e já tentou, internamente, chegar a um acordo para arquivá-los. Mas não teve sucesso.

Num dos recursos, a Advocacia-Geral da União (AGU), que defende Bolsonaro, pediu o arquivamento da investigação sobre a divulgação do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a invasão hacker nos sistemas informatizados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018.

Em outro recurso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) contestou a decisão de Moraes de abrir um novo inquérito contra Bolsonaro a pedido da CPI da Covid, pelo fato de ter dito, durante uma live em 2021, que pessoas vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo Aids mais rápido. Ainda não se sabe se Moraes manterá esses casos sob sua relatoria no âmbito do STF, depois que Bolsonaro deixar a Presidência. Vários outros alvos não têm foro privilegiado, mas mesmo assim são investigados pelo ministro.

Os demais recursos foram apresentados por redes sociais, deputados e empresários pedindo o fim do bloqueio de contas determinado por Moraes. Ele votou contra todos os recursos.

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INVESTIMENTOS É O MOTOR DA ECONOMIA

 

Por
Gazeta do Povo

Diante da necessidade de elevar as taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como condição para perseguir a meta de dobrar a renda por habitante até 2050, o Brasil vai começar 2023 com uma prioridade impositiva por si mesma: fazer o PIB crescer a taxas superiores à média das duas últimas décadas. Praticamente não há discordância de que essa é a prioridade socioeconômica mais importante, inclusive porque dela dependem as melhorias em áreas sociais como emprego, saúde, educação, saneamento e pobreza. Entre as diversas correntes de pensamento econômico há concordância quase geral que o aumento do PIB é a prioridade maior e que a taxa de crescimento deve ser constante e superior à taxa de aumento da população. Há tendência de que o crescimento populacional se desacelere nas próximas décadas; assim, caso o país consiga bom desempenho na elevação do PIB, a renda per capita será expandida e facilitará a redução da pobreza e a superação da miséria.

A trajetória econômica brasileira foi atropelada pela pandemia mundial, pela crise hídrica longa e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, quadro esse que disseminou recessão em várias partes do mundo. O Brasil tem a difícil missão de encontrar caminhos e políticas capazes de elevar a taxa média de crescimento econômico a partir de 2023, embora essas quatro mazelas citadas, mesmo tendo arrefecido sua incidência, continuem produzindo efeitos negativos e sigam dificultando a recuperação do crescimento não só no Brasil, mas em vários países. É nesse contexto que está posta a questão sobre os caminhos alternativos e as políticas econômicas mais adequadas para colocar a economia na rota de um crescimento expressivo.

A rigor, o Brasil entra o novo ano com novos governantes e com muitas dúvidas e incertezas sobre o grande tema dos investimentos produtivos.

Entre outras, há duas questões colocadas no quadro das opções para promover a expansão da economia: uma é buscar o crescimento por meio da expansão do consumo agregado (consumo das pessoas mais consumo do governo); outra é priorizar o crescimento pela expansão do investimento (investimento das empresas mais investimento do governo). Vale mencionar que a demanda agregada total é a soma do consumo das pessoas, consumo do governo, investimento das empresas, investimento do governo e exportação. A exportação é uma variável que se divide em vendas ao exterior de bens e serviços de consumo e vendas de bens de capital destinados a investimentos no resto do mundo. A metodologia de contabilidade macroeconômica soma tudo na conta de “exportação”. Assim, o crescimento nacional depende da demanda agregada nacional, sobretudo o consumo das pessoas, o investimento das empresas e o investimento do governo.

Em várias crises passadas, o Brasil teve sua política econômica direcionada a promover o aumento do consumo das pessoas como meio de induzir a produção e o emprego. Essa saída, ainda que possa ser importante no curto prazo, é limitada, até porque grande parte do consumo é realizada por meio de compras a crédito, de forma que é impactada fortemente pelo grau de endividamento pessoal e pela taxa de juros ao consumidor, além dos efeitos da inflação na corrosão da renda pessoal.

Como o Brasil deve entrar em 2023 com elevado número de pessoas endividadas, o aumento do consumo que ocorreu com a melhoria do emprego após o fim do isolamento social tem potencial restrito. Segundo dados processados em outubro de 2022, com base nas informações de setembro, havia 68 milhões de brasileiros endividados, com nome restrito, equivalentes a 42,5% da população maior de 18 anos (a população do país está em 215 milhões de habitantes, dos quais 160 milhões acima de 18 anos de idade, que constituem o universo de pessoas que podem fazem dívidas). Os devedores com nome restrito são aqueles inscritos nos cadastros de inadimplência e, portanto, impossibilitados de contrair novas dívidas.

VEJA TAMBÉM:
A inflação desacelera, mas 2023 preocupa
A recuperação contínua do mercado de trabalho
A dívida pública e o autoengano
O novo papel do FMI e do Banco Mundial

Isso posto, e ainda considerando que o Brasil tem elevado déficit de infraestrutura física, o país como um todo – governo, empresas e sociedade – deveria fazer um esforço prioritário e especial para discutir e identificar as políticas econômicas e as leis regulatórias capazes de estimular com ênfase o crescimento do investimento das empresas e o investimento do governo. Além do efeito benéfico no curto prazo em termos de geração de emprego, renda e impostos, no médio e longo prazo a expansão da infraestrutura física e dos investimentos empresariais melhoraria a base estrutural para apoiar taxas de crescimento econômico sustentável, no sentido de crescimento contínuo a taxas superiores às taxas de aumento populacional.

Porém, uma questão importante envolvendo os investimentos é que novos projetos, novas obras, novas máquinas e equipamentos precisam trazer consigo as tecnologias e as inovações que fazem parte da Revolução 4.0, e que o Brasil necessitaria importar em sua maior parte. Isso requer que, ao lado das políticas e leis estimuladoras do investimento, é imperativo atualizar a legislação sobre a importação de tecnologias, regulação da lei de patentes, direitos autorais e parcerias público-privadas. Trata-se de um esforço modernizador para adequar o país à realidade mundial quanto a esses temas, além de outros que travam os investimentos no país. Lamentável é que esses temas não receberam atenção nem debates profundos durante a campanha eleitoral e que continuem pouco explorados e pouco tratados nesta reta final de formação de novos governos estaduais e do novo governo federal. A rigor, o Brasil entra o novo ano com novos governantes e com muitas dúvidas e incertezas sobre o grande tema dos investimentos produtivos.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/o-investimento-como-motor-do-crescimento/
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Editorial
O investimento como motor do crescimento
Por
Gazeta do Povo
27/12/2022 18:00
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Imagem ilustrativa.| Foto: Governo do Estado do Rio de Janeiro

Diante da necessidade de elevar as taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), como condição para perseguir a meta de dobrar a renda por habitante até 2050, o Brasil vai começar 2023 com uma prioridade impositiva por si mesma: fazer o PIB crescer a taxas superiores à média das duas últimas décadas. Praticamente não há discordância de que essa é a prioridade socioeconômica mais importante, inclusive porque dela dependem as melhorias em áreas sociais como emprego, saúde, educação, saneamento e pobreza. Entre as diversas correntes de pensamento econômico há concordância quase geral que o aumento do PIB é a prioridade maior e que a taxa de crescimento deve ser constante e superior à taxa de aumento da população. Há tendência de que o crescimento populacional se desacelere nas próximas décadas; assim, caso o país consiga bom desempenho na elevação do PIB, a renda per capita será expandida e facilitará a redução da pobreza e a superação da miséria.

A trajetória econômica brasileira foi atropelada pela pandemia mundial, pela crise hídrica longa e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, quadro esse que disseminou recessão em várias partes do mundo. O Brasil tem a difícil missão de encontrar caminhos e políticas capazes de elevar a taxa média de crescimento econômico a partir de 2023, embora essas quatro mazelas citadas, mesmo tendo arrefecido sua incidência, continuem produzindo efeitos negativos e sigam dificultando a recuperação do crescimento não só no Brasil, mas em vários países. É nesse contexto que está posta a questão sobre os caminhos alternativos e as políticas econômicas mais adequadas para colocar a economia na rota de um crescimento expressivo.

A rigor, o Brasil entra o novo ano com novos governantes e com muitas dúvidas e incertezas sobre o grande tema dos investimentos produtivos.

Entre outras, há duas questões colocadas no quadro das opções para promover a expansão da economia: uma é buscar o crescimento por meio da expansão do consumo agregado (consumo das pessoas mais consumo do governo); outra é priorizar o crescimento pela expansão do investimento (investimento das empresas mais investimento do governo). Vale mencionar que a demanda agregada total é a soma do consumo das pessoas, consumo do governo, investimento das empresas, investimento do governo e exportação. A exportação é uma variável que se divide em vendas ao exterior de bens e serviços de consumo e vendas de bens de capital destinados a investimentos no resto do mundo. A metodologia de contabilidade macroeconômica soma tudo na conta de “exportação”. Assim, o crescimento nacional depende da demanda agregada nacional, sobretudo o consumo das pessoas, o investimento das empresas e o investimento do governo.

Em várias crises passadas, o Brasil teve sua política econômica direcionada a promover o aumento do consumo das pessoas como meio de induzir a produção e o emprego. Essa saída, ainda que possa ser importante no curto prazo, é limitada, até porque grande parte do consumo é realizada por meio de compras a crédito, de forma que é impactada fortemente pelo grau de endividamento pessoal e pela taxa de juros ao consumidor, além dos efeitos da inflação na corrosão da renda pessoal.

Como o Brasil deve entrar em 2023 com elevado número de pessoas endividadas, o aumento do consumo que ocorreu com a melhoria do emprego após o fim do isolamento social tem potencial restrito. Segundo dados processados em outubro de 2022, com base nas informações de setembro, havia 68 milhões de brasileiros endividados, com nome restrito, equivalentes a 42,5% da população maior de 18 anos (a população do país está em 215 milhões de habitantes, dos quais 160 milhões acima de 18 anos de idade, que constituem o universo de pessoas que podem fazem dívidas). Os devedores com nome restrito são aqueles inscritos nos cadastros de inadimplência e, portanto, impossibilitados de contrair novas dívidas.

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A dívida pública e o autoengano
O novo papel do FMI e do Banco Mundial

Isso posto, e ainda considerando que o Brasil tem elevado déficit de infraestrutura física, o país como um todo – governo, empresas e sociedade – deveria fazer um esforço prioritário e especial para discutir e identificar as políticas econômicas e as leis regulatórias capazes de estimular com ênfase o crescimento do investimento das empresas e o investimento do governo. Além do efeito benéfico no curto prazo em termos de geração de emprego, renda e impostos, no médio e longo prazo a expansão da infraestrutura física e dos investimentos empresariais melhoraria a base estrutural para apoiar taxas de crescimento econômico sustentável, no sentido de crescimento contínuo a taxas superiores às taxas de aumento populacional.

Porém, uma questão importante envolvendo os investimentos é que novos projetos, novas obras, novas máquinas e equipamentos precisam trazer consigo as tecnologias e as inovações que fazem parte da Revolução 4.0, e que o Brasil necessitaria importar em sua maior parte. Isso requer que, ao lado das políticas e leis estimuladoras do investimento, é imperativo atualizar a legislação sobre a importação de tecnologias, regulação da lei de patentes, direitos autorais e parcerias público-privadas. Trata-se de um esforço modernizador para adequar o país à realidade mundial quanto a esses temas, além de outros que travam os investimentos no país. Lamentável é que esses temas não receberam atenção nem debates profundos durante a campanha eleitoral e que continuem pouco explorados e pouco tratados nesta reta final de formação de novos governos estaduais e do novo governo federal. A rigor, o Brasil entra o novo ano com novos governantes e com muitas dúvidas e incertezas sobre o grande tema dos investimentos produtivos.


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EQUIPE ECONÔMICA DE LULA NÃO TRAZ MUITA ESPERANÇA

 

Haddad, Mercadante e a volta da esquerda

Por
Paulo Uebel – Gazeta do Povo

Fernando Haddad e Aloizio Mercadante chegam ao gabinete do governo de transição no Centro Cultural Banco do Brasil.


Fernando Haddad e Aloizio Mercadante chegam ao gabinete do governo de transição no Centro Cultural Banco do Brasil.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fernando Haddad, Aloizio Mercadante e a volta da esquerda: o que podemos esperar da equipe econômica do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT)? O ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, declarou voto em Lula no 2º turno, mas revelou este mês que está com medo de seu governo, e acha que o país está num “caminho econômico extremamente perigoso”. Mesmo discordando do voto de Armínio, concordamos que o Brasil está num caminho econômico extremamente perigoso com Lula e sua equipe.

Um dos motivos apontados por Armínio foi a situação fiscal extremamente frágil: para ele, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) fura-teto de Lula deveria ser de, no máximo, R$ 50 bilhões. Mas, como sabemos, desde o início a equipe de transição do presidente eleito almejou R$ 200 bilhões, quatro vezes mais.

Diversas vezes Lula prometeu acabar com o teto de gastos caso fosse eleito para um terceiro mandato. Ele está cumprindo sua promessa.

Na última quarta-feira (21), a Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno a PEC fura-teto de Lula, com ampliação do teto de gastos em R$ 148 bilhões e garantia de outros R$ 23 bilhões em investimentos (provenientes de receitas extraordinárias). Nas redes sociais, o presidente do Instituto Mises Brasil (IMB), Helio Beltrão, denunciou que a “versão da PEC aprovada na Câmara retira o teto de gastos da Constituição. O fato de o teto passar à legislação (que pode ser alterada por maioria simples) tem apenas efeito moral. A regra do jogo, que mora na Constituição, foi abolida. A âncora desaparece.” Não é uma surpresa. Diversas vezes Lula prometeu acabar com o teto de gastos caso fosse eleito para um terceiro mandato. Ele está cumprindo sua promessa. Talvez, seja surpreendente que ele tenha feito isso antes mesmo de assumir a Presidência. Quem votou nele é cúmplice desse crime contra as contas públicas.

Em sua coluna no Metrópoles, o jornalista e escritor Mario Sabino cunha a equipe econômica de Lula de apocalíptica: “Se você acredita em Deus, reze. Se você não acredita em Deus, reze também. Reze muito, porque a equipe econômica que Lula está montando é a dos Cavaleiros do Apocalipse”. Sabino também disse que quem esperava mediocridade agora teme o desastre.

E não é para menos, a começar pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Depois de quase 4 anos de avanços na economia com o ministro Paulo Guedes, um quadro técnico e com conhecimento de mercado, ter um nome partidário poderá significar um grande retrocesso nas políticas econômicas do governo federal. Fernando Haddad pode ser um dos melhores quadros do PT: é ex-ministro da Educação, advogado, professor de Ciência Política, mestre em Economia e doutor em Filosofia. Pode até ser, mas não se pode esquecer de um “pequeno detalhe”: é um marxista declarado e, em nenhum lugar do mundo, as políticas marxistas deram certo.

Haddad criticou os erros do sistema soviético apenas “para tentar isentar o socialismo como ideia e projeto de toda a desgraça humanitária cometida no século XX.

Haddad foi um dos primeiros filiados ao Partido dos Trabalhadores, tendo ingressado no início dos anos 1980. É um dos mais fiéis petistas até hoje. E se como ministro da Educação Haddad teve vitórias, como a criação do Programa Universidade para Todos (Prouni), que distribui bolsas para alunos pobres estudarem em universidades privadas, como prefeito, a história foi bem diferente — e bem ruim. “Em 2016, quando estava no último ano de mandato e tentava a reeleição, o Datafolha divulgou pesquisa em que Haddad tinha rejeição de 47%, a pior avaliação entre os prefeitos desde 2000, quando o então prefeito Celso Pitta disputou a reeleição e perdeu no primeiro turno. Haddad recebeu apenas 16,70% dos votos válidos (perdendo até para brancos e nulos) e foi derrotado por João Doria”, detalha o cientista político e professor Bruno Garschagen.

É comum que tenhamos “misericórdia” de pessoas jovens e pouco instruídas que são iludidas com o marxismo, o socialismo e o comunismo. Afinal, por que fazer juízo pesado contra quem não teve uma boa (e realista) educação, e nasceu há pouco tempo para se lembrar dos horrores de regimes como a União Soviética? Mas o caso de Haddad é bem diferente. Ele não é um mero aluno enganado por um professor influente. Anos de estudo não foram capazes de abrir seus olhos. Filho da Escola de Frankfurt, um dos mais relevantes (se não o mais) bastiões do socialismo no século 20 até a atualidade, Haddad publicou o livro Em defesa do socialismo: Por ocasião dos 150 anos do Manifesto em 1998. Poucos anos antes ele publicou O Sistema Soviético. E, ao que parece, não mudou suas ideias até hoje.

Haddad criticou os erros do sistema soviético apenas “para tentar isentar o socialismo como ideia e projeto de toda a desgraça humanitária cometida no século XX. Ele pretendia demonstrar teoricamente que o socialismo jamais foi realizado mesmo na Rússia comunista e na União Soviética. (Ou seja, trata-se da surrada e repetitiva tese de que o socialismo falhou porque não foi socialista de verdade)”, explicou Garschagen.

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Desde outubro, Haddad era reconhecido como uma possibilidade para a Fazenda. E já era considerado um dos piores cenários para o mercado financeiro, que ainda tinha esperança de que Lula pudesse indicar alguém mais próximo das reformas liberais, como apurou o Estadão E-Investidor. Apesar de seu mestrado em Economia, Haddad é visto como uma escolha política, não técnica, devido à sua filiação ao PT e seu marxismo (orgulhosamente) assumido. “O nome de Haddad traz alguns questionamentos sobre a ‘autonomia’ que ele pode ter frente ao Lula e se seria capaz de encampar um embate caso seja aconselhado tecnicamente a tentar conter alguns ímpetos do presidente”, disse Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, ao E-Investidor.

Já para Igor Cavaca, head de gestão de investimentos da Warren, o foco da desconfiança está na área fiscal. “O novo ministro assume trazendo uma certa incerteza, decorrente de dois objetivos antagônicos que vem sendo sinalizados pelo governo. De um lado, ampliar gastos com programas sociais; do outro, ficar atento à âncora fiscal e expectativas dos agentes em um ambiente econômico complexo”, disse ele.

Como se um socialista assumindo o comando da Fazenda não fosse suficiente, no último dia 13, Lula fez a Câmara dos Deputados aprovar uma alteração na Lei das Estatais, de modo a permitir que seu colega de partido, o ex-ministro e ex-parlamentar Aloizio Mercadante, pudesse assumir a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Atualmente, a lei exige que indicados com participação na “estruturação e realização de campanha eleitoral” fiquem sob quarentena de 36 meses (3 anos), mas os deputados mudaram o prazo para 30 dias. Mercadante foi coordenador da campanha de Lula nestas eleições e é presidente da Fundação Perseu Abramo, que assessora o PT, por isso não pode assumir o BNDES dentro da atual lei. Ao invés de cumprir a lei, que trouxe avanços inegáveis, Lula quer mudar a lei para tornar o que é imoral e ilegal em “apenas” imoral. O texto agora segue para o Senado e em seguida para a sanção presidencial.

Ao anunciar Mercadante, Lula, por sua vez, garantiu que “vai acabar a privatização no país”. Claro, quanto menos empresas estatais, menos cargos, orçamento e contratos para distribuir para sua turma.

Além de deixar claro que a suposta frente ampla pela democracia é, na verdade, uma frente restrita pelo petismo — diferente da expectativa de um governo mais de centro dos ditos defensores da democracia que votaram no ex-condenado —, a escolha de Mercadante para o comando do BNDES sinaliza que Lula segue não dando a mínima para a segurança jurídica e o combate à corrupção no país. Além de acabar com o teto de gastos, antes de iniciar o governo, Lula quis alterar a Lei das Estatais para iniciar o aparelhamento das estatais, velha prática petista. Se não bastasse, Lula quer que o BNDES volte aos seus dias de “glória” (para os petistas e para os governos socialistas da América Latina, é claro), das políticas falidas como a dos campeões nacionais, que fazia concorrência desleal com o mercado de capitais e favorecia as empresas amigas dos políticos.

A mudança na Lei das Estatais também representa o desdém à independência das estatais. “Por que a independência dos dirigentes importa? Isso deriva do fato que a atividade política naturalmente investe mais no curto prazo que no longo: eleitores julgam políticos muito mais pelo que os afeta nos próximos meses do que nos próximos anos. E os políticos bem sucedidos têm que ser responsivos a isto”, explica o doutor em Economia, ex-conselheiro do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e consultor legislativo da Câmara dos Deputados, César Mattos. Para ele, a destruição da quarentena para assumir as estatais e a consequente captura delas pelos políticos vai na contramão da geração de riqueza e prende o país ao histórico de baixo crescimento.

Antes mesmo de ser anunciado por Lula, Mercadante confidenciou ao Estadão que o BNDES deveria ficar vinculado ao novo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e que iria fortalecer o financiamento de longo prazo do BNDES. “Somos contra a visão de um BNDES acanhado e sem capacidade de financiamento. O BNDES precisa ser uma fábrica de projetos e estimular startups”, disse Mercadante ao Estadão. Ao anunciar Mercadante, Lula, por sua vez, garantiu que “vai acabar a privatização no país”. Claro, quanto menos empresas estatais, menos cargos, orçamento e contratos para distribuir para sua turma.

O Brasil não pode ficar fadado a suportar marxistas e desenvolvimentistas na condução da economia nos próximos anos: um caminho espinhoso e sufocante que atrasará o enriquecimento da população.

E, como era de se esperar, o nome de Mercadante não foi bem recebido pelo mercado financeiro e pelo setor produtivo. “Desde segunda-feira, investidores davam sinais de nervosismo com a possibilidade de ele assumir o posto. Na terça-feira, a Bolsa, que alternou altas e baixas antes da declaração de Lula em evento de agradecimento aos grupos da transição, fechou em baixa de 1,71%, aos 103.540 pontos, e zerou os ganhos do ano. O dólar subiu 0,05%, a R$ 5,31, na contramão do movimento visto no exterior, de queda da moeda americana após a divulgação de dados de inflação nos EUA. No mercado de juro futuro, houve aumento das taxas para os próximos anos. O contrato do depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 subiu de 13,41% para 13,65%”, publicou, logo após Mercadante ser anunciado, a Agência O Globo.

E Haddad escolheu o economista heterodoxo e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Guilherme Mello, para ser secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Guilherme Mello fez parte da equipe de transição e defende “a priorização da política social e um Estado com o papel de prover investimentos”. Ele também é crítico da austeridade fiscal e a favor do protecionismo comercial, conforme apurou o Metrópoles. As prioridades de Mello são o fim da regra do teto de gastos e a criação de um novo arcabouço fiscal. Além disso, Mello também critica a reforma trabalhista do governo Michel Temer sob a alegação de que ela “ampliou a precarização” do trabalho, típico discurso sindical. É mais um economista da esquerda regressista que, se tiver sucesso em aplicar suas ideias, levará o Brasil na contramão do crescimento econômico sustentável.

Outros nomes foram anunciados para a equipe econômica, como o do advogado Marcos Barbosa Pinto, que será secretário de Reformas Econômicas. Barbosa Pinto trabalhou com Haddad no Ministério da Educação, onde ajudou a formular o Prouni. Ele também foi diretor de Mercados de Capitais do BNDES no governo de Jair Bolsonaro, onde atuou por um curto período de tempo. O auditor fiscal Rogério Ceron vai comandar a Secretaria do Tesouro. E a Receita Fiscal ficará com o advogado Robinson Barreirinhas. Ambos quadros sérios que amenizam o temor do mercado.

O Brasil não pode ficar fadado a suportar marxistas e desenvolvimentistas na condução da economia nos próximos anos: um caminho espinhoso e sufocante que atrasará o enriquecimento da população. Mas esses problemas não esperaram Lula vestir a faixa presidencial para se materializarem.

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Além do furo do teto de gastos, o aumento dos privilégios da elite do funcionalismo já foi coroado pelos parlamentares: na última terça-feira (20), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de decreto legislativo para aumentar os salários do presidente da República e do vice, de ministros, deputados e senadores entre 2023 e 2025. O projeto estabelece que os membros do Executivo e do Legislativo tenham os mesmos vencimentos pelos próximos três anos. “A partir do dia 1º de janeiro, todos receberão R$ 39.293,32. E, a partir de 1º de abril, os vencimentos serão de R$ 41.650,92. Depois disso, os salários serão reajustados anualmente: R$ 44.008,52 em 2024 e R$ 46.366,19 em 2025”, reportou o jornalista Augusto Fernandes, do R7 de Brasília. Os parlamentares ainda vão receber uma ajuda de custo equivalente ao valor do subsídio no início e no fim do mandato, para compensar gastos com mudança e transporte. Por ser um decreto legislativo, caso aprovado pelo Senado, o projeto dispensa a sanção do presidente da República e vira lei imediatamente.

Para completar a bomba no colo dos brasileiros, a Câmara dos Deputados aprovou também um reajuste de 18% no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que passarão a ganhar R$ 46,3 mil. O aumento será dividido em três parcelas e faz parte de um pacote de 11 projetos de uma série de aumentos. O salário dos ministros do STF é o teto do funcionalismo público, então haverá efeito cascata sobre os salários de todos os outros servidores. Só no Judiciário, o efeito cascata custará R$ 13 bilhões aos pagadores de impostos.

Com o aumento das políticas intervencionistas na economia, retrocessos na abertura de mercado, aumento de privilégios e gastos no funcionalismo público de alto escalão, assassinato do teto de gastos (e da responsabilidade fiscal) e paralisação das privatizações, é difícil esperar que os brasileiros tenham um feliz ano novo. Mesmo assim, precisamos contar com a pressão dos cidadãos sobre a equipe econômica de Lula para que as consequências e os retrocessos sejam menores. O Brasil precisa seguir no caminho da abertura de mercado, da responsabilidade fiscal e das privatizações para prosperar de forma sustentável, sem recorrer às velhas práticas políticas que garantiram o nosso atraso até aqui.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/paulo-uebel/haddad-mercadante-e-a-volta-da-esquerda-o-que-esperar-da-equipe-economica-de-lula/
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GOVERNADORES NÃO VÃO FAZER OPOSIÇÃO SISTEMATICA AO NOVO GOVERNO

 


Aliados de Bolsonaro recorrem ao pragmatismo para lidar com governo Lula
Por
Jorge de Sousa, especial para a Gazeta do Povo


Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador eleito de SP, deve adotar uma postura pragmática em relação ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)| Foto: Douglas Gomes/Divulgação

Alguns governadores e parlamentares eleitos com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) têm adotado discursos independentes e com acenos ao diálogo com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Um dos principais exemplos é o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O ex-ministro da Infraestrutura escolheu o presidente do PSD, Gilberto Kassab, como homem forte da gestão, deixando aliados de Bolsonaro em cargos secundários da equipe de governo – com exceção da pasta de Segurança Pública, que ficará sob o comando do deputado Capitão Derrite (PL).

Entre as nomeações feitas estão os médicos Eleuses Paiva (PSD) para a Secretaria da Saúde) e Esper Kallás para chefiar o Instituto Butantan. Ambos fizeram críticas públicas às medidas adotadas por Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19, em especial pelo atraso no início da vacinação contra a Covid-19.

Em entrevista à CNN Brasil, Tarcísio chegou a mencionar que nunca foi um “bolsonarista raiz”, mas que defende temas que também são caros ao presidente. “A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal. Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra cultural”, declarou. Uma das intenções do governador eleito no começo do mandato é tratar com Lula sobre o leilão do Porto de Santos, diante da sinalização do futuro ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), de que o maior complexo portuário da América Latina não será concedido à iniciativa privada.

Outro aliado importante de Bolsonaro nos últimos anos, o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também tem admitido uma relação “republicana” com Lula, desde que os interesses do estado sejam respeitados pelo petista.

“Se o presidente eleito propor uma boa reforma tributária, uma boa reforma administrativa, eu vou lá para Brasília apoiá-lo na mesma hora porque o que o Brasil precisa é de reformas”, declarou Zema em entrevista ao Poder360.

Lula também conseguiu se aproximar de governadores aliados de Bolsonaro devido a questões ambientais envolvendo a Floresta Amazônica. Com o auxílio do governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), alguns políticos da região conversaram com o petista durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2022 (COP 27). O principal foco das conversas foi fomentar investimentos em desenvolvimento sustentável nos estados com território amazônico.

Dialogaram e levaram propostas a Lula os governadores do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), do Acre, Gladson Cameli (PP), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil). “Eu não preciso de alinhamento político, mas preciso de diálogo com o governo federal. O Estado e o governo são estruturas que caminham automaticamente. As coisas não deixam de funcionar e isso é normal no processo democrático”, pontuou Lima ao UOL.

Na região Sul, os governadores do Paraná e Santa Catarina, Ratinho Junior (PSD) e Jorginho Mello (PL), também já sinalizaram publicamente que irão manter diálogo com Lula. Ratinho inclusive apoiou, durante jantar do partido, a ideia de Kassab de integrar a equipe de governo do petista. O governador eleito do Sergipe, Fabio Mitidieri (PSD) também apoiou a decisão. O PSD deve integrar a base de Lula no Congresso e, a princípio, comandar dois ministério do novo governo. As indicações serão oficializadas nesta semana. Os cotados são os senadores Alexandre Silveira, para o ministério das Minas e Energia, e Carlos Fávaro, para a Agricultura.

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PT contou com votos de aliados de Bolsonaro para aprovar PEC fura-teto


A PEC fura-teto foi aprovada no Congresso com ajuda de parlamentares que integram a base do atual governo, inclusive do partido de Bolsonaro, o PL, que prometeu fazer oposição a Lula. Dez deputados e três senadores votaram a favor da proposta, inclusive os deputados Flávia Arruda (DF) e Josimar Maranhãozinho (MA) e os senadores Eduardo Gomes (TO), Wellington Fagundes (MT) e Zequinha Marinho (PA). Outros aliados que votaram a favor da PEC foram o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e o ex-líder do governo Bolsonaro no Senado Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

A emenda garantiu a expansão do teto de gastos públicos em R$ 169 bilhões em 2023, viabilizando a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 com um complemento de R$ 150 para cada criança de até seis anos.

A votação na Câmara teve como principal articulador o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), um dos principais cabos eleitorais de Bolsonaro no Nordeste durante a campanha eleitoral. Lula conversou pessoalmente com Lira nas semanas e dias que antecederam a votação na Câmara, negociando para que a PEC tivesse o número de votos necessário. A postura do deputado é pragmática, já que interessa a ele o apoio da bancada do PT para que seja reeleito presidente da Câmara dos Deputados, em fevereiro de 2023.

O PP, que formou a coligação de apoio a reeleição de Bolsonaro, ainda não informou qual posição adotará em relação ao governo Lula. A tendência é de que declare independência, liberando votos dos deputados e senadores do partido. O ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP-PI) tem defendido que a legenda seja oposição, mas ao menos metade dos deputados eleitos para a próxima legislatura estão alinhados a Lula.

O Republicanos, outro partido que apoiou Bolsonaro nas eleições, também não será oposição e afirmou adotar uma postura independente em relação a Lula. O presidente da legenda, Marcos Pereira, disse que votará com governo petista caso sejam apresentadas propostas “de interesse popular e social”, embora saliente que a legenda votará contra projetos que firam a liberdade econômica, religiosa e que sejam contrárias aos princípios do Republicanos.

Movimentos políticos repetem história

Esses movimentos feitos pelos governadores e parlamentares após uma derrota eleitoral não são inéditos.

“O sistema eleitoral proporcional de lista aberta para a eleição da maioria dos cargos legislativos produz uma grande fragmentação partidária. Nenhum presidente eleito após a redemocratização viu seu partido ter maioria no Congresso Nacional, muito longe disso. A construção de maiorias, de coalizões após as eleições é o efeito imediato, envolvendo, inclusive, partidos que durante o pleito estavam em campos opostos”, pontua o cientista político Rodrigo Horochovski.

Enquanto o futuro político de Bolsonaro é incerto – embora ainda goze de amplo apoio popular – o cenário para Lula, na visão dele, tende a ser favorável em um primeiro momento, em especial pelo canal de diálogo aberto com os governadores.

“Dentro do presidencialismo de coalizão, os governadores têm papel de destaque. Nesse sentido, a aproximação desses nomes do centro e centro-direta favorece, sem dúvida, a governabilidade”, menciona.


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EQUIPE DE LULA TEME ATENTADOS NO DIA DA POSSE

 il e Mundo Posse de Lula - Alckmim

Segurança redobrada para a posse de Lula

Byvaleon

Dez 28, 2022

Cuidado

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

BRA300. BRASILIA (BRASIL), 09/12/2022.- El presidente electo de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, abandona una conferencia para anunciar los nombres de los nuevos ministros de su futuro gobierno hoy, en Brasilia (Brasil). Lula da Silva, anunció este viernes los nombres de los ministros de Hacienda, Defensa, Relaciones Exteriores, Justicia y Presidencia, los primeros confirmados por el líder progresista para su futuro Gobierno, cuando asuma el cargo el 1 de enero de 2023. EFE/ Andre Borges


Segurança do presidente eleito Lula afirma que não há motivos para se preocupar com a cerimônia de posse| Foto: André Borges/EFE

A organização da posse de Lula está tomando cuidados redobrados. O futuro ministro da Justiça recomendou que seja refeita a programação. O local está todo isolado já, ali na região da Praça dos Três Poderes, a parte final da Esplanada dos Ministérios. Fala-se até em Lula ir de carro blindado.

Acampamentos ameaçados
Tudo isso depois que se descobriu esse George Washington cheio de munição e de armas, inclusive com bombas. Eu vi a audiência de custódia dele em que ele confirma isso. Inclusive, confirma que estava naquela tentativa de invasão da Polícia Federal outro dia e que frequentava o acampamento lá na frente QG, com isso ele respingou sobre o acampamento e querem tirar o acampamento à força a partir do dia 1º de janeiro.

O papel de Bolsonaro e de Lula
Acampamentos e vigílias em todo o país na frente dos quartéis estão mostrando  a realidade, talvez, para o novo governo. O presidente Lula está agindo como se tivesse ganho a eleição por 80 a 20. E o presidente Bolsonaro está agindo como se tivesse perdido a eleição por 80 a 20. E o resultado da eleição, é bom que os dois tenham isso em mente, foi de 50,9% para um e 49,1% para o outro. Então foi praticamente um empate.

Os dois têm que agir como representantes de uma metade do país, um em uma oposição e o outro no governo. E tocar as suas funções. Se não fica errado, não representa a realidade e o povo sabe qual é a realidade. O povo sabe.

Um acerto de Lula

Enquanto isso, um acerto, eu acho que é o primeiro acerto “na mosca” do novo presidente, na escolha do ministro da Agricultura. O senador Carlos Fávaro, de Mato Grosso, que já foi presidente da Pró-Soja, que é a maior entidade do agro, dos produtores de soja e milho, e foi presidente da cooperativa de Lucas do Rio Verde, que também é outra coisa gigantesca.

Foi vice-governador de Mato Grosso, foi secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, apoiou Lula na eleição ao lado de Blairo Maggi, que também foi o governador e foi ministro. E, como ministro, ele tem a mesma cabeça de Tereza Cristina, ex-ministra de Bolsonaro, de Mato Grosso do Sul, que se elegeu senadora. É de tecnologia, de modernidade, não tem mais aquela agricultura da enxada.

Agro em alta  
Ele vai sofrer bastante com a esquerda retrógrada que se autodenomina progressista. Não sei se vai sofrer com o Ministério do Meio Ambiente, com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Eu sei que o Roberto Rodrigues, quando foi ministro da Agricultura, de Lula, lá atrás, sofreu bastante por causa do atraso e a agricultura venceu, o agro venceu. Mas Lula está dando agora um sinal para o agro, dizendo “olha aqui o representante de vocês”. Acho que isso é muito importante.

Uma cadeira para Tebet
E acabou também dando lugar para Simone Tebet (MDB), de Mato Grosso do Sul, que está terminando o mandato dela como senadora. Tem mais um mês de mandato. Vai ser ministra do Planejamento. Não precisava ter, tanto que estava dentro de uma Secretaria lá do Paulo Guedes. Mas a Secretaria do Planejamento vai perder alguns programas e algumas gestões. Ela entra já desmuniciada.

Mas, enfim, Lula precisa dizer para os que o apoiaram, que ele está também recebendo no seu governo os outros, embora o cerne, seja petista do novo governo. Mas tem que pensar muito e eu acho que, por exemplo, o ministro da Justiça não está pensando nisso, que foi quase empate, que o país está dividido de Brasília.


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