quarta-feira, 2 de novembro de 2022

REFORMA TRIBUTÁRIA VAI UNIFICAR IMPOSTOS

 

Sai na frente para aprovação em novo governo Lula

Foto: Estadão

Por Adriana Fernandes

Nova tributação de bens e serviços é a mais madura para ser submetida no início do próximo mandato ao Parlamento; isenção do IR e desoneração de folha são desafios

A discussão de uma proposta de reforma tributária sobre bens e serviços avançou durante a campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e é a que está mais madura para aprovação pelo Congresso no início do próximo governo.

Com apoio direto do vice eleito Geraldo Alckmin, que se engajou na defesa da proposta nas reuniões com empresários durante a corrida presidencial, essa reforma pode sair na frente em relação à proposta de mudanças do Imposto de Renda (IR), apesar de complementares. A reforma cria o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), reunindo Cofins, PISICMS e ISS.


 GERALDO ALCKMIN. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
GERALDO ALCKMIN. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO 

Alckmin foi designado coordenador do governo de transição e tem como uma das prioridades para a agenda econômica abrir as negociações em torno da mudança na tributação sobre o consumo, considerada essencial para a retomada do crescimento e da produtividade.

Segundo apurou o Estadão, alguns caminhos estão sendo discutidos para a tramitação no Congresso. Uma das possibilidades em análise é retomar a tramitação pela Câmara, por meio da Proposta de Emenda de Constitucional (PEC) 45, ou buscar a aprovação de parecer do senador Roberto Rocha (PTB-MA) da PEC 110 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Há uma preferência pela retomada via Câmara com o relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da comissão mista do Congresso formada para buscar uma convergência entre as duas propostas.

O relatório não foi votado por conta do boicote direto do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os negociadores técnicos, então, fizeram modificações na PEC 110, que encontrou resistências e não foi aprovada, apesar de o relator Roberto Rocha ter acatado diversas emendas que abriram concessões ao setor de serviços. A crítica maior é centrada no fato de que a PEC 110 remete a maior parte das decisões para regulamentação complementar, sem detalhá-las. O setor de serviços considera isso uma carta branca, e trabalhou para que o parecer não fosse votado.

Desoneração da Folha

Já as discussões da reforma do IR não estão tão avançadas, embora seguidas reuniões técnicas tenham sido feitas pela equipe de Lula. Um dos caminhos é incluir na reforma o início da desoneração da folha (na prática, cortar encargos sobre os salários), medida cobrada pelas empresas de serviços para apoiar a reforma.

Uma das dificuldades é descascar o “abacaxi” de incluir a promessa de isentar do IR as pessoas físicas que ganham até R$ 5 mil – medida que os tributaristas do partido consideram mais regressiva, ou seja, que prejudica os mais pobres.

A reforma do IR é mais difícil de consenso porque o projeto do governo Bolsonaro, elaborado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi aprovado na Câmara por ampla maioria com apoio irrestrito de Lira, contendo distorções. A maior delas é isentar os acionistas das empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões (Simples e lucro presumido) do pagamento de impostos sobre lucros e dividendos.

Ao menos três alternativas de modelo estão sendo desenhadas para apresentação ao futuro ministro da área econômica, ainda não escolhido por Lula.

O consenso na equipe de Lula é de que, sem derrubar essa isenção para Simples e lucro presumido, não haverá espaço fiscal nem para corrigir a tabela nem para desonerar a folha, além de agravar distorções do sistema tributário, como fragmentação de empresas e pejotização. l

O SOCIAL DO ESG É MUITO IMPORTANTE

 

Alfredo dos Santos Junior

O conceito ESG – em inglês Ambiental, Social e Governança – é algo que veio para ficar e ocupar a atenção das empresas.

Muito tem sido escrito sobre o assunto e exemplos de iniciativas empresariais são apresentados como resposta a esta “nova” demanda. Mas, chama a atenção certa desigualdade: enquanto práticas ligadas à governança, e ações voltadas à preservação do meio ambiente, têm merecido maior atenção, a dimensão social ainda recebe um tratamento tímido. Afinal, qual o tamanho do “S” no ESG?

O campo social para as empresas tem duas dimensões: uma interna e outra externa.

Quando lemos sobre as práticas adotadas pelas empresas fica claro que a atenção se concentra na dimensão interna, com políticas voltadas para saúde do funcionário, diversidade e inclusão. Ora, é preciso reconhecer que estas práticas não vão muito além do que conhecemos como “gestão de pessoas”.

A questão mais aguda se dá quando olhamos para o lado externo. O que se vê frequentemente, são iniciativas voltadas à privacidade do cliente, segurança de dados, segurança do produto, etc. Estas são questões relevantes, mas será que não está faltando algo mais efetivo no campo das relações com a comunidade?

Muito se tem falado sobre a responsabilidade que as empresas têm de mitigar os efeitos das externalidades que suas atividades provocam junto às comunidades. Tal necessidade tem levado empresas a desenvolver estratégias de responsabilidade social que têm sido relevantes não só para melhorar as condições das comunidades do entorno, mas, também, para fortalecer o relacionamento da empresa com elas.

Há, aí, um potencial enorme de ação para fortalecer o “S” do ESG. Naturalmente, é preciso ser criativo e ousado para fortalecer tais iniciativas. Afinal, o que pode ser feito para tornar mais forte o pilar social do ESG?

Não podemos, nos limites deste artigo, fazer uma avaliação minuciosa do que pode ser feito. Mas, gostaríamos de destacar alguns elementos que devem ser considerados quanto à abordagem que uma empresa pode adotar para trabalhar junto a uma comunidade.

 A iniciativa de aproximação com a comunidade deve partir da empresa. Para que esta aproximação seja exitosa, é importante:

· Toda comunidade tem uma estrutura, ainda que não-formal, de lideranças. É essencial que a empresa conheça essas lideranças e prepare seus representantes para dialogarem com elas.

· Toda comunidade tem um histórico de relacionamento com o poder público. É importante que a empresa conheça o grau de relacionamento que a comunidade mantém junto a este stakeholder. O ideal é que haja sintonia entre as ações dos três setores: governo, empresas e sociedade.

· É preciso compreender que comunidade significa diversidade, algo que não combina com posições homogêneas. Trabalhar com a diversidade é algo rico, mas que oferece desafios.

· Um erro comum é cair na tentação de que a empresa já sabe do que a comunidade precisa. Mas, “cada um sabe bem onde dói o seu calo”. O ideal é que a empresa faça um diagnóstico da situação da comunidade, para conhecer melhor suas necessidades.

Existe, sim, muito o que uma empresa pode fazer para fortalecer a dimensão social, o “S” do ESG.

Procuramos, aqui, não apenas chamar atenção para esta possibilidade, bem como mostrar que o êxito no trabalho na dimensão social, depende muito de como a empresa decide adotar uma atitude de maior protagonismo para se aproximar da comunidade.

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terça-feira, 1 de novembro de 2022

BOLSONARO PREPARA NOVO PACOTE ECONÔMICO

 

Após derrota

JOANA CUNHA – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Nos últimos meses que restam para concluir o mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prepara um pacote de medidas na Economia.

Nos próximos dias, duas dessas propostas devem ser assinadas pelo mandatário, que perdeu a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (30).

Uma delas é a criação do Fundo Garantidor por medida provisória destinado a financiamentos habitacionais para baixa renda ou trabalhadores informais.

A ideia do fundo, segundo assessores do Planalto que participaram das discussões com o Ministério da Economia, é permitir que trabalhadores com ganhos mensais de até R$ 2.400 possam contratar recursos do fundo para completar o valor das parcelas do crédito habitacional, pagando uma taxa pequena pela utilização desse mecanismo embutida na mensalidade do financiamento.

Técnicos da Economia afirmam que, com esse veículo financeiro, o tomador informal poderia arcar com mensalidades maiores.

Hoje, eles só conseguem empenhar, em média, 17% de seus rendimentos mensais devido às dificuldades de comprovação de renda. Com o fundo, poderia chegar a 27%, tendo a chance de comprar imóveis de melhor qualidade com parcelas mais alinhadas com seus ganhos reais.

A medida também beneficia o setor de construção, que pleiteou a mudança junto ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Devido às restrições impostas pela legislação eleitoral, essa medida tinha sido adiada porque, na avaliação do governo, funcionaria como propaganda em favor do presidente.

Em outras frente, Bolsonaro deve assinar uma medida provisória criando o Programa Brasil de Semicondutores, plano para que grandes indústrias se instalem no país e passem a fabricar chips mediante incentivos fiscais, subsídios, e até dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O plano é uma revisão das regras do Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores), criado por Lula em 2007 e que condicionou isenções de tributos a investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A novidade é a possibilidade de as empresas interessadas procurarem o BNDES para financiar sua operação no país.

Bolsonarismo não foi totalmente derrotado e vai avançar como força política, dizem analistas franceses

RFI 

Bolsonarismo não foi totalmente derrotado e vai avançar como força política, dizem analistas franceses© AP – Andre Penner

Passada à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva e enquanto a sociedade brasileira ainda aguarda o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, que perdeu a reeleição, analistas políticos ouvidos pela RFI explicam os desafios do presidente eleito e tentam prever o futuro do “bolsonarismo” e sua atuação como força política em um terceiro mandato petista na presidência.

Isolamento e reconhecimento da derrota

A primeira preocupação é se há espaço para o atual presidente levantar suspeitas de fraude contra o processo eleitoral brasileiro, o que fica cada vez mais difícil, na medida em que outras lideranças, como os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, reconheceram a vitória de Lula. “Há vários discursos de lideranças dizendo que não houve fraude. Mesmo que o resultado tenha sido apertado, será difícil contestar. Mas fazer agitação para prejudicar o novo governo, isso pode acontecer”, acredita a historiadora Juliette Dumont, do Instituto de Altos Estudos sobre a América Latina (IHEAL) da Universidade Sorbonne Nouvelle. “Também devemos observar a posição dos militares, que não vão querer abrir mão do que receberam durante o governo Bolsonaro, pois há mais militares no governo hoje do que havia na ditadura”, destaca a especialista.

Para o cientista político Gaspard Estrada, diretor-executivo do Observatório Político da América Latina e Caribe (OPALC) da SciencePo, o silêncio de Jair Bolsonaro prova o seu isolacionismo. “Ele mostrou estar isolado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco já reconheceram a vitória de Lula e o próprio juiz Sérgio Moro também. Então, se ele não reconhecer o resultado, pode haver protestos pontuais, como um bloqueio de caminhoneiros. Porém, o pior é que Bolsonaro vai perder a imunidade parlamentar e esses processos contra ele podem avançar”, diz. “Mas o bolsonarismo como força política vai continuar avançando. Ele vai se manter no jogo político porque, caso contrário, o futuro judicial dele pode ser pior”, acredita Estrada.

Juliette Dumont acha que a reconciliação do país vai ser difícil, ainda que necessária. “O bolsonarismo não foi totalmente derrotado, está muito presente, como o trumpismo continua a ser uma força presente e violenta nos Estados Unidos, como vimos no atentado contra o marido da democrata Nancy Pelosi”, cita. “O discurso de Lula foi para todos os brasileiros e isso é uma esperança. Vendo daqui da França, o que acontece no Brasil é um cansaço extremo das pessoas ao fim de uma campanha longa e violenta, com divisões nas famílias. Espero que este discurso de unidade possa ecoar na maioria dos lares brasileiros”, diz.

Desafios do governo Lula  

Unificar um país dividido será o maior desafio do novo governante, na opinião dos analistas ouvidos pela RFI.

Em seu primeiro discurso, Lula estendeu a mão para os eleitores que não votaram nele. Agora, ele tem de sinalizar como vai funcionar essa frente ampla, reunindo desde a esquerda radical até o centro-direita, explicar como isso vai se traduzir na composição do governo”, analisa Gaspard Estrada. “Um sucesso do governo Lula seria conseguir uma transição entre um Brasil distópico que volta à realidade”, completa.

O acadêmico da Sciences Po explica que Lula terá de compor com o novo Congresso Nacional para ter maioria política, o que não seria novidade para o petista. “Lula já governou com um Congresso conservador, pois esse tem sido o caso do Brasil. A diferença é que agora o número de partidos é menor. Mas o fato é que essa nova composição não é da mesma orientação política de Lula”, observa o cientista político, que diz não duvidar da capacidade do líder petista em articular parcerias. “Eu não duvido que deputados eleitos pelo PL possam apoiar o governo, mas até onde irão, não sei”.

Entretanto, o maior desafio do novo governo será econômico. “O Lula sabe que tem que entregar resultados rápidos na economia para que a pobreza e a fome diminuam no país e acho que ele vai focar muito em geração de empregos. Sem resultados, essa divisão da sociedade tende a aumentar”, diz.  

Democracia

Juliette Dumont destaca ainda “o enfraquecimento da democracia brasileira”, o que se justifica por “uma eleição sem debate político real, que se transformou mais em um combate, uma luta de duas visões distintas do mundo, muitos ataques, mentiras e pouco debate”, afirma.

Entretanto, como um sinal de resistência da democracia brasileira, “apesar da máquina de Estado bolsonarista, a máquina digital nas redes sociais e recursos do Estado, com os auxílios liberados pelo presidente nos últimos meses, Lula ganhou. Foi um voto pela democracia e que mostra que parte do povo brasileiro ainda aposta nela”, diz a historiadora.

Internacional

Quanto ao papel do Brasil no cenário internacional, Juliette Dumont acredita no retorno do país aos centros de debate. “O Brasil havia desaparecido do cenário internacional durante o mandato de Bolsonaro. Então, só pode ser algo novo. Desde o início do século XX, o Brasil sempre foi um ator importante do multilateralismo e esse eclipse, durante o mandato de Bolsonaro, era uma exceção na história diplomática brasileira”, destaca a historiadora. A acadêmica acredita na volta do Brasil em organizações como a ONU, a OMS, a OMC e na região latino-americana, impulsionando movimentos progressistas.

Para ela, “no contexto de crise por causa da guerra na Ucrânia, mas também crise econômica e climática, a volta do Brasil é uma boa notícia. Mas será preciso reconstruir o Itamaraty e a diplomacia brasileira, que tem muita tradição”, conclui.

RELAÇÃO DE LULA COM O SUPREMO SERÁ DE MUITA AMIZADE E COMPANHEIRISMO

 

Diálogo sem mágoas

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília


Lula na posse de Gilmar Mendes na presidência do STF, em 2008.| Foto: STF

O retorno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República deverá mudar a relação do Executivo com o Supremo Tribunal Federal (STF). Ministros, advogados e assessores ouvidos pela Gazeta do Povo preveem (ou ao menos esperam) uma relação mais diplomática do petista com a Corte, como se deu em seus primeiros governos. Também projetam uma proximidade, nos bastidores e fora dos autos, mais propensa a negociações para pautas de interesse da nova gestão.

Por outro lado, críticos do presidente eleito sempre lembram que, no auge da Lava Jato, Lula manifestou queixas em relação a vários dos ministros que permitiram sua condenação e prisão. O STF negou vários habeas corpus apresentados pela defesa para barrar as investigações e travar os processos contra ele, permitindo que ele fosse preso, em abril de 2018.

Em 2016, numa conversa privada com a então presidente Dilma Rousseff, interceptada pela Polícia Federal, e no dia em que foi conduzido coercitivamente para depor, Lula disparou: “Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um Parlamento totalmente acovardado.”

Por isso, uma das apostas é que Lula nomeie ministros – ele terá direito a duas indicações em 2023 – mais alinhados politicamente, para não correr riscos de traição. “Creio que ele vai escolher pessoas absolutamente fiéis, com fidelidade canina às suas orientações. Alguém que não tenha compromisso nenhum com a Constituição, mas que tenha compromisso com Lula, para dar a ele maior viabilidade no exercício do poder. Acho que Lula não vai ter problema nenhum, vai ter domínio absoluto do Supremo”, diz o professor e doutor em direito da PUC-SP Adilson Dallari.

Hoje, interlocutores próximos de Lula garantem que ele não guarda mágoas e não vai buscar nenhum tipo de retaliação contra a Corte – afinal, foi o mesmo STF que o reabilitou politicamente, ao anular suas condenações, abrir caminho para o fim de todos os outros processos que respondia, e claro, torná-lo novamente elegível.

Lula teria como vantagem o fato de ter nomeado três dos atuais ministros (Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli) e a disposição para uma boa interlocução com outros quatro nomeados pela ex-presidente Dilma (Rosa Weber, a atual presidente do STF, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin). O fato de os três últimos terem votado contra ele no STF no auge da Operação Lava Jato não impediria uma reaproximação.

“Esquece o passado. (Lula) vai renovar a independência e harmonia entre os poderes. E não pretende, absolutamente, em hipótese nenhuma radicalizar, respeitando a liturgia própria da relação de um chefe de Estado com o Judiciário”, diz o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas e próximo de Lula. “E vai conversar com Gilmar Mendes, com Dias Toffoli, com Luiz Fux. O Lula tem dito que ele não tem tempo para errar, em razão da expectativa que gerou de melhorar a vida do povo durante a campanha”, completa.

Decano, Gilmar Mendes terá papel importante na reaproximação
Nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e hoje decano do STF, Gilmar Mendes é visto como peça fundamental nessa reaproximação. Apesar de inicialmente ter votado pela permissão da prisão de Lula, ao negar-lhe um habeas corpus em 2018, no ano seguinte foi o responsável por virar a jurisprudência que acabou com a prisão em segunda instância, o que possibilitou a soltura do líder petista.

A partir de 2020, o ministro passou a atacar a Lava Jato e liderou a fritura que levou o STF a declarar Moro parcial e enterrar de vez os processos contra Lula. Hoje, mantém relação amistosa com o governo, mas, sendo um dos ministros mais articulados em Brasília, é capaz de travar relações com todo o espectro político. E agora, o entorno de Lula sempre lembra que, entre 2008 e 2010, nos últimos anos que ocupou a Presidência, o petista manteve relação de alto nível com Mendes, que ocupava, na época, a presidência do STF.

A expectativa de reversão na relação entre Executivo e Judiciário é vista como impositiva por vários motivos. O primeiro é marcar uma diferença em relação a Bolsonaro, que sempre acusou a Corte de retirar seu poder no enfrentamento da pandemia, além de insultar e acusar alguns ministros por atuações políticas contra seu governo, contra si ou seus aliados – principalmente Alexandre de Moraes, com o inquérito das fake news; Luís Roberto Barroso, pela pressão junto ao Congresso contra a aprovação do voto impresso; e Edson Fachin, por ter anulado as condenações de Lula, e por declarações públicas indigestas contra o Executivo.

Outro motivo é que o entorno de Lula reconhece a dificuldade que enfrentará no início do novo mandato. Se de um lado terá, por parte do mercado, a cobrança por responsabilidade fiscal, por outro terá de atender demandas (que implicam gastos) de segmentos sociais que o ajudaram a se eleger e com os quais o PT mantém relação histórica de fidelidade: dos sem-terra a funcionários públicos de médio escalão, de sindicalistas e professores da rede pública, de estudantes universitários a grupos de esquerda ligados à cultura. Nesse sentido, evitar embates e derrotas no STF, que pode ser facilmente acionado para discutir praticamente toda e qualquer política pública importante, é visto como fundamental.

Contribui para essa necessidade o fato de Lula ter diante de si um Congresso onde a esquerda é minoritária. PT e partidos satélites ocuparão menos de um terço das cadeiras na Câmara e no Senado, o que obrigará Lula a buscar votos no Centrão, hoje com Bolsonaro. Eventuais insatisfações nesse último grupo na relação com Lula tendem a criar fissuras políticas que desaguam no STF. Daí a necessidade de evitar, com boa interlocução, opositores dentro da Corte.

De qualquer modo, eventuais iniciativas de Lula em políticas identitárias de esquerda, bastante cobradas pelos movimentos LGBT, negro, quilombola, indígena, etc. deverão sofrer forte oposição dentro do Parlamento – a direita cresceu e tende a acionar mais o STF.

Vice-presidente do STF, Barroso diz que Corte sempre vai desagradar
Atual vice-presidente do STF e que assume o comando da Corte em outubro de 2023, o ministro Luís Roberto Barroso, de viés progressista, considera natural que haja tensão entre a Presidência da República e a Corte. Após a vitória de Lula, neste domingo (30), a Gazeta do Povo questionou o ministro se ele espera uma relação menos “conturbada” do Supremo com o novo presidente, em comparação com Bolsonaro. Barroso respondeu que o tribunal sempre vai desagradar alguém.

“O papel de uma Suprema Corte é interpretar e aplicar a Constituição. O papel da Constituição é limitar o poder, sobretudo o poder das maiorias. De modo que sempre vai existir algum grau de tensão entre quem exerce o poder político majoritário, que é o caso do presidente da República, e quem tem o papel de conter esse poder, que é o Supremo Tribunal Federal. Portanto, assim é a vida, em todas as democracias. E essa tensão deve ser absorvida de maneira institucional e civilizada, como é nas democracias”, disse.

“O Supremo é chamado para arbitrar as questões mais complexas da vida brasileira. E, portanto, se tem uma tensão entre fazendeiros e comunidades indígenas, chega no Supremo e o Supremo arbitra. Um dos dois lados fica insatisfeito com a solução, o que faz parte da vida. Se tem uma questão ambiental que contrapõe ambientalistas e o governo, e o Supremo decide, um dos lados fica insatisfeito. Portanto, para bem ou para mal, nosso papel acaba sendo sempre o de desagradar alguma parcela da sociedade. De modo que a eficiência, a qualidade, a institucionalidade de um tribunal não podem ser julgadas em pesquisas de opinião, porque a gente está sempre desagradando alguém. O nosso papel é aplicar a Constituição. Nós não fazemos parte de um torneio de simpatia, e, portanto, aqui e ali, você tem que desagradar, é inevitável. Eu considero isso como um fato normal da democracia”, completou em seguida.

Novo ministro da Justiça também será relevante no diálogo com o STF
Por tudo isso, auxiliares de Lula no campo jurídico consideram essencial que ele nomeie um ministro da Justiça com capacidade política e sólida formação jurídica. Uma referência sempre lembrada nesse sentido é Márcio Thomaz Bastos, titular da pasta entre 2003 e 2007.

Um nome já cogitado para o posto é o ex-juiz federal e ex-governador do Maranhão Flávio Dino, que, assim como Thomaz Bastos, reuniria qualidades como experiência e amplo leque de relações no mundo político e jurídico. É algo que os próprios ministros do STF gostariam, pois consideram que o atual ministro, o delegado Anderson Torres, não tem diálogo com eles e é visto como alguém a serviço de Bolsonaro em seus conflitos com a Corte.

Outra escolha estratégica para azeitar a relação é a dos dois indicados para substituir Ricardo Lewandowski, que se aposenta em maio, e Rosa Weber, que deixa a Corte em outubro de 2023. É dado como certo que Lula consultará Lewandowski para definir seu sucessor. Mas é possível que apresente a ele nomes do mundo jurídico bastante conceituados no campo progressista e na academia – um diferencial é já ter relações consolidadas no STF.

Quem está cotado para assumir as duas novas vagas que surgirão no STF
Oficialmente, a campanha de Lula nega qualquer discussão, dele mesmo, acerca das escolhas. Mas na bolsa de apostas, hoje, estão bastante cotados o advogado de Lula, Cristiano Zanin, que o livrou de todos os processos criminais; o criminalista e professor da USP Pierpaolo Bottini, acadêmico de referência no direito penal; e o advogado e doutor em filosofia Silvio Almeida, teórico prestigiado na esquerda pela militância contra o chamado “racismo estrutural”.

Para a vaga de Rosa Weber, é bastante provável que Lula escolha outra mulher. Um nome já falado entre apoiadores é da advogada criminalista Dora Cavalcanti. De perfil garantista, foi sócia de Thomaz Bastos e, como advogada da Odebrecht, se notabilizou por criticar desde o início os métodos da Operação Lava Jato – assim como Zanin, sua posição prevaleceu no fim.

Além dela, estão cotadas a desembargadora Kenarik Boujikian, conhecida pela atuação notória no campo dos direitos humanos e oriunda, na academia, da PUC-SP, um reduto de forte influência do PT no mundo jurídico. Outro nome cogitado é o da ministra do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Rocha – além de contemplar as mulheres, agradaria também o segmento militar, que nos últimos anos tomou distância de Lula e do PT.

Caso Lula opte por nomes muito ligados ao partido, observadores preveem alguma dificuldade para aprová-los no Senado, que ficou mais conservador nesta eleição. “O Senado nunca negou indicações, mas agora pode criar dificuldades. Pode haver algum problema”, diz o professor Adilson Dallari.

Fora o esforço por aproximação com STF, deixando as críticas relacionadas à Lava Jato para trás, Lula sabe que há uma considerável insatisfação popular com a Corte, impulsionada por Bolsonaro. Pessoas próximas a ele dizem que não partirá dele qualquer iniciativa de constranger ou alterar o tribunal – como no apoio a pedidos de impeachment ou de proposta para aumentar o número de ministros.

Mas se a ampliação no número de ministros ganhar força no Congresso, ele não deve se negar a participar do debate, afinal seria diretamente beneficiado com a indicação de novos integrantes.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/como-sera-relacao-entre-lula-e-stf-a-partir-de-2023/
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ESCOLHAS TALVEZ ERRADAS DO ELEITOR

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


| Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Um dos clichês da sabedoria política nacional diz que o primeiro turno é o do “voto por convicção” e o segundo turno, do “voto de rejeição”. Como todos os clichês, ele tem boa dose de exagero, mas também contém algumas verdades, especialmente no caso de uma eleição altamente polarizada entre duas figuras que despertam paixão e repulsa em níveis que outros políticos não chegam a despertar. Entender o voto nesta eleição presidencial de 2022 é um exercício necessário e que ajuda a compreender as reais necessidades do país, e como sua classe política pode colaborar para que tais necessidades sejam satisfeitas.

Neste primeiro turno em que os dois principais candidatos romperam a barreira dos 40% dos votos válidos, deixando uma parcela pequena da preferência popular para a chamada “terceira via”, percebe-se que o eleitor não votou guiado apenas pela convicção – a rejeição já cumpria um papel importante. A estratégia do voto útil, difundida especialmente pelo petismo, baseou-se não nas eventuais virtudes de Lula, mas em uma necessidade de derrotar Jair Bolsonaro o quanto antes, para não se correr riscos no segundo turno. Da mesma forma, ao menos parte da votação do atual presidente da República em 2 de outubro foi motivada mais pelo antipetismo que por algum entusiasmo em relação à figura de Bolsonaro.

Ainda nos falta um líder que não apenas seja capaz de defender aquelas pautas que ajudarão o Brasil a evoluir como nação, mas também que saiba fazê-lo agregando, e não dividindo

Mas é este acirradíssimo segundo turno que merece um olhar mais atento. Em comparação com 2018, tanto a abstenção quanto os votos brancos e nulos tiveram queda, mostrando que mais eleitores foram motivados a escolher um dos candidatos em vez de afirmar que nenhum deles merecia seu voto. Certamente não são poucos, por exemplo, os que têm consciência dos defeitos de Bolsonaro, que são reais: sua tendência ao confronto mesmo quando o diálogo era possível, as manifestações de falta de empatia durante a pandemia, as insinuações antidemocráticas, a aproximação com o Centrão, nomeações infelizes para a PGR e o STF. Esses eleitores, no entanto, em vez de anular o voto, consideraram que o petismo oferecia um risco tão maior à nação em termos de pauta moral, políticas econômicas e respeito à democracia que valeria a pena votar em Bolsonaro para impedir a vitória de Lula. Esta é uma avaliação que também compartilhamos, embora infelizmente não tenha prevalecido nas urnas.

No entanto, o contrário também ocorreu, e isso exige uma reflexão. Pessoas que têm consciência do que Lula e o petismo foram e são, que conhecem os esquemas de corrupção que o partido montou para fraudar nossa democracia, que sabem do apreço do PT por ditaduras e que viveram a crise econômica legada pela “nova matriz econômica” votaram no petista, em vez de se absterem, por considerarem que Bolsonaro era um mal maior; Lula jamais teria conseguido vencer sem o voto dessas pessoas. Isso nos mostra que ainda nos falta um líder que não apenas seja capaz de defender aquelas pautas que ajudarão o Brasil a evoluir como nação – respeito às liberdades democráticas, defesa da vida e da família, liberdade econômica, firmeza no combate à corrupção e à criminalidade –, mas também que saiba fazê-lo agregando, e não dividindo. Que aposte no diálogo, e não em um estado permanente de conflito. Bolsonaro falhou neste quesito e, com isso, afastou de si muitos que, mesmo apresentando discordâncias pontuais, poderiam tê-lo ajudado a implementar seu programa e a conquistar a reeleição.


Esta é uma autocrítica que tem de ser feita por todos os que compartilham deste ideário que ajudou a eleger Bolsonaro em 2018, mas que não bastou para repetir o feito em 2022. O belicismo serve para manter a militância mobilizada, mas tem pouquíssimo resultado fora da bolha. Um bom líder, disposto a fazer o melhor pelo Brasil, certamente encontrará uma oposição radical refratária a qualquer diálogo, mas existe toda uma parcela moderada da sociedade e da classe política que está disposta a ouvir argumentos, ainda que não termine concordando com eles. Ignorar essa parcela ou, pior ainda, tratá-la como adversária apenas por não se aliar incondicionalmente a certo partido ou político é receita certa para alienar milhões de brasileiros.


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CAMINHONEIROS CONTINUAM PARALIZADOS EM PROTESTO COM A DERROTA DE BOLSONARO

Após decisão do STF
PRF diz que 192 ocorrências nas rodovias já foram desfeitas
Por
Gazeta do Povo


STF proibiu bloqueios nas estradas federais. Imagem ilustrativa| Foto: PRF/Divulgação

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que 192 ocorrências nas rodovias federais relacionadas aos protestos já foram desfeitas. O balanço foi divulgado nas redes sociais da corporação por volta das 6 horas desta terça-feira (1) e diz respeito aos bloqueios das estradas e às interdições parciais que já foram desmobilizados. A PRF não detalhou em quais estados foram realizadas essas ações.

Caminhoneiros que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) bloqueiam estradas em vários estados desde a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República.

O balanço da PRF foi divulgado após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar a liberação das rodovias federais. O julgamento teve início no plenário virtual do STF na madrugada desta terça-feira (1), logo após a determinação de Moraes, em caráter liminar, para que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as Polícias Militares dos estados tomem medidas necessárias “para a imediata desobstrução de todas as vias públicas” bloqueadas “ilicitamente”.

Atos seguem em 22 estados e no DF

Apesar da decisão e do trabalho da PRF, os protestos seguem em 22 estados e no Distrito Federal na manhã desta terça-feira (1). São eles: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, e Tocantins.

De acordo com o balanço, 92 rodovias federais estavam bloqueadas e 144 tinham interdições parciais na manhã desta terça. Os dados também foram divulgados pela PRF por volta das 6 horas.

A Região Sul é a que concentrava a maior parte dos atos nas estradas. A PRF informou que Santa Catarina registrava 39 bloqueios; no Rio Grande do Sul eram 15 bloqueios de rodovias e 15 interdições parciais; e o Paraná tinha 15 bloqueios e 24 interdições parciais.

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O BRASIL NESSAS ELEIÇÃO DESPERDIÇA MAIS UMA OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO

 

Eleições

Por
Alexandre Garcia


Lula faz discurso a apoiadores na Avenida Paulista após resultado das eleições.| Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação PT

Eu costumava fazer uma palestra chamada “O país das oportunidades perdidas”. Eu contava que meu amigo Osni Branco, lá em Tóquio, me disse: “olha, aqui do outro lado do mundo, a gente percebe que Deus é brasileiro. Porque Deus põe as oportunidades na porta da frente da nossa casa, do nosso Brasil, e nós jogamos fora pela janela dos fundos. E Deus põe de novo, e nós jogamos fora de novo, e põe de novo, e a gente joga fora de novo. Só pode ser brasileiro para insistir tanto em nos dar oportunidades”.

Agora, nessa eleição, perdemos uma grande oportunidade. Nunca o país foi passar de um mandato presidencial para o outro tão “acertadinho”. O desemprego está em queda: já esteve em 14 milhões, está em 8,7%, e chegando a 6% estará perto do pleno emprego. Além do desemprego, a inflação está em queda, menor que a dos Estados Unidos e da Europa. O PIB está em alta, pode crescer mais que o da China. A arrecadação está em alta, embora o governo tenha cancelado muitos impostos. Contas públicas em equilíbrio com o superávit primário, balança comercial com superávit, balanço de pagamentos com superávit. Obras em andamento por toda a parte, rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, pontes, condução de água para o Nordeste. E mais: saneamento de estatais que davam prejuízo e agora dão lucro. Ministérios sem a intervenção de partidos políticos, que usavam ministérios e estatais para se abastecer de verbas para fazer campanha política, de desvios, sem propinas, não é?

Então, o novo presidente recebe o país nesse ponto. Qual é a oportunidade? Se o outro candidato fosse reeleito, teria uma Câmara de Deputados 73% favorável, um Senado 67% favorável, a maioria dos governadores favoráveis. Era o ambiente ideal para fazer todas as reformas que ainda faltam e deixar esse país “acertadinho”. Era isso. Mas o povo decidiu diferente. Jogou fora a oportunidade. Foi por uma minoria de 1,8 ponto, mas a maioria decidiu. O novo presidente já fez um discurso dizendo que vai reconstruir tudo, política, economia, gestão pública, relações internacionais, ou seja, vai refazer tudo. Provavelmente como era 14 anos atrás. Então, não sei se terá ambiente favorável no Congresso, que tem a maioria de centro-direita.


Voto útil
Outra oportunidade era a de botar o Supremo nos trilhos. Agora também não dá mais porque, com o novo presidente, se o Senado, que tem maioria para “impichar” ministro do Supremo, afastar três, por exemplo, o novo presidente vai nomear mais três, além dos dois que ele já vai escolher para substituir Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que chegaram à idade limite. Então, foram oportunidades perdidas de tornar o país melhor.

O que estamos vendo pelo discurso do recém-eleito é que ele quer voltar a fazer aquilo que se fazia antigamente. E ficamos nos perguntando “por quê? O que foi que houve?” O próprio Judiciário foi acusado antes de fazer tudo para afastar o PT do poder. Agora, foi acusado de fazer tudo para afastar a direita do poder. O ativismo do Judiciário só trabalha contra o próprio Judiciário. Foi o que identificou o ministro Fux quando assumiu a presidência do Supremo.

Mas vocês hão de perguntar “como é que aconteceu isso?” Bom, uma explicação é que 26 milhões de eleitores não votaram, se abstiveram. Outra é que 21 milhões de eleitores eram meninos no tempo da maior onda de corrupção do país. Uma loucura. Gente presa, gente condenada, discussões no Supremo sobre mensalão, sobre petrolão, propina, dinheiro de ministério para partido político, dinheiro da Petrobras para partido político, malas de dinheiro da Caixa Econômica… Eram meninos e, na hora de votar, parece que não têm memória disso que aconteceu. Então, se alguém quiser uma explicação, está aí. A diferença foi mínima entre um e outro, mas a maioria decidiu e está decidido. Ponto final.


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SOBREVIVÊNCIA DA ESQUERDA SEM O BOLSONARO PARA CULPAR

 

Perdas & ganhos

Por
Paulo Polzonoff Jr.


Petista alegre com a vitória de Lula.| Foto: EFE/ Ettore Chiereguini

Hoje, depois de dormir o sono pesado das consciências tranquilas, abri os olhos remelentos e, por alguns segundos, cogitei a possibilidade de a vitória de Lula para um terceiro mandato ter sido apenas um pesadelo. Não era. Lula, a jararaca, venceu mesmo. E, pelos próximos dias, teremos de engolir o orgulho e contemplar a alegria totalmente despudorada que a esquerda, tadinha, confunde com felicidade.

Como sempre, essa alegria baseada na irracionalidade uma hora vai passar. E trará consigo uma enorme ressaca da qual, infelizmente, todos padeceremos. Afinal, a ideia de um paraíso na Terra vai contra a mais elementar das lógicas. E é justamente isso o que explica a eleição de um ex-presidiário para liderar um país de 200 milhões de habitantes: a crença de que um “bom selvagem” será capaz de transformar o Brasil num paraíso.

Essa ilusão da esquerda, cujas bases morais são ainda mais frágeis do que a nossa finada Constituição, começará a ruir assim que os petistas de todos os matizes perceberem que não têm mais um bode expiatório no Palácio do Planalto. Porque foi esse o papel de Jair Bolsonaro nos últimos quatro anos. Para a esquerda, todas as mazelas da vida coletiva ou individual tiveram um culpado: Bolsonaro.

Imagine só quando saírem as primeiras estatísticas sobre a morte de LGTVs. Ou os primeiros dados do desmatamento na Amazônia. Ou as primeiras projeções de hiperinflação. Ou os índices de violência, incluindo aí o feminicídio, o genocídio negro e até o gordocídio. Mais: imagine se Alexandre de Moraes, parça de Geraldo Alckmin, tiver mesmo gostado dessa coisa de mandar e desmandar e se recusar a bastar o bastão para o amiguinho?

Supondo que os dados são sejam maquiados e que o ímpeto autoritário dos ministros do STF não seja passageiro (não é), o esquerdista não terá como ignorar a realidade que o cerca: o vizinho morto porque o pivete queria apenas beber uma cervejinha, a “fumaça da Amazônia cobrindo o sol em São Paulo”, a Nutella custando um salário mínimo, o Ministro Supremo decidindo algo contra a cartilha do Partido só para mostrar que pode, a fila dos mendigos para receber uma prato de comida dos “fascistas cristãos”. Etc.

Dificilmente o esquerdista será capaz de olhar para si. Porque na essência da esquerda está a ideia de que todos os problemas do mundo são culpa dos outros. Da mãe ou do pai, do patrão, do guardinha, do “império estadunidense” – sei lá. E, nos últimos quatro anos, o esquerdista brasileiro (Sinistrus brasiliensis) se acostumou a ter na ponta da língua um único culpado para todas as enfermidades da sociedade e até da alma: Bolsonaro.

Tampouco o esquerdista apontará o dedo para o “bom selvagem” de voz rouca e hálito etílico que ele ajudou a entronar pela terceira vez. Primeiro porque lhe falta coragem de ir contra a tchurma. Depois porque é preciso um mínimo de inteligência até mesmo para reconhecer uma burrice.

Seja como for, no dia a dia o esquerdista que hoje tatua a estrela do PT em partes recônditas da anatomia, que anda todo orgulhosão por aí, com a cara feia do “bom selvagem” estampada na camiseta (100% algodão orgânico by MST), e que até até com câimbra no polegar e indicador de tanto fazer o “L”, terá de encontrar outro culpado pela angústia de viver num país menos-do-que-perfeito e pelo desassossego de perceber, lá no fundinho da alma que ele nega ter, que o admirável mundo novo nada tem de admirável.

Como o esquerdista sobreviverá a esse desafio que, muito mais do que político, tem um quê de metafísico? É possível que alguns insistam em apontar o dedo para Bolsonaro, agora rebatizado de “a herança fascista de Bolsonaro”. Mas tenho cá para mim que o problema é mais profundo e, por isso, o esquerdista sobreviverá à nova realidade à base dos placebo preferido dos progressistas: o hedonismo. Que, de mãos dadas com o cinismo e o niilismo, tenta-porque-tenta desposar essa infelicidade maldisfarçada de prazer, alegria e sobretudo orgulho.


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LULA CONVERSA COM A ESQUERDA DA AMÉRICA DO SUL

 

Venezuela
Maduro e Lula concordam em retomar “cooperação”
Por
Gazeta do Povo e Agência EFE


Ato em abril de 2019 em Caracas organizado pelo regime chavista pede a liberdade de Lula, que ainda estava preso em Curitiba| Foto: EFE/Rayner Peña

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, concordaram nesta segunda-feira (31), durante uma conversa por telefone, em retomar a agenda de “cooperação” bilateral, que perdeu força nos últimos seis anos.

Maduro informou, em sua conta no Twitter, que teve uma “boa conversa” com Lula, a quem agradeceu por “sua disposição” de “retomar a agenda de cooperação binacional”.

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou sua saudação e compromisso a todo o povo venezuelano. Estamos dispostos a trabalhar arduamente pelo fortalecimento da América Latina e do Caribe e pelo desenvolvimento econômico e social de nossos povos”, disse o ditador venezuelano em outra mensagem na rede social.

Neste domingo, após a vitória de Lula nas eleições presidenciais no Brasil, o regime venezuelano expressou, por meio de comunicado, sua “melhor disposição e boa vontade para, juntos, fortalecermos os laços de amizade”.

Durante a campanha, o petista havia alegado que o Brasil se beneficiou de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a regimes de esquerda durante os governos do PT, apesar das denúncias de calote – só a Venezuela deixou de pagar R$ 3,45 bilhões.

“Quando você está financiando uma obra, você exporta sua engenharia. Quem começou a fazer o metrô de Caracas foi o presidente Fernando Henrique Cardoso. Então, primeiro, quando o BNDES empresta dinheiro, é obrigado a contratar uma empresa brasileira. Segundo, os componentes são comprados do Brasil. Então, o que você está fazendo é estar exportando, além de receber o dinheiro de volta”, argumentou, em entrevista no Programa do Ratinho, do SBT.

Quando o apresentador mencionou os calotes sofridos pelo Brasil, Lula respondeu: “Todo mundo paga, você pode ter dificuldade aqui ou ali, mas todo mundo paga”.

Jair Bolsonaro, derrotado por Lula no domingo, reconheceu em 2019 o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, assim como outros 50 países, o que abalou as relações binacionais que já haviam começado a se deteriorar com a chegada de Michel Temer ao poder em 2016.

Relações exteriores
Após reunião com Lula, Fernández diz que petista vai à Argentina antes de posse
Por
Gazeta doPovo


O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta segunda-feira (31) com o presidente da Argentina, Alberto Fernández.| Foto: Ricardo Stuckert/PT.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta segunda-feira (31) com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, em um hotel próximo à Avenida Paulista, na região central da capital. Fernández veio ao Brasil para cumprimentar o petista após sua vitória nas urnas no domingo (30). Os dois tiveram uma reunião a portas fechadas, e depois almoçaram juntos.

O presidente argentino publicou um breve vídeo em sua conta no Twitter em que aparece abraçando Lula. “Todo meu amor, admiração e respeito, querido companheiro. Temos um futuro que nos abraça e nos convoca”, escreveu na publicação. Após o encontro, ele fez um pronunciamento divulgado pelas redes sociais da Casa Rosada.

Segundo Fernandéz, Lula o informou que sua primeira viagem como presidente do Brasil será para a Argentina. “Ele me deu a enorme alegria de me contar que sua primeira visita será a Argentina. Me disse também que vai nos visitar antes de assumir e ele sabe que a Argentina é sua casa”, disse aos jornalistas.

“Tive uma enorme alegria ao reencontrar meu querido amigo e presidente eleito do Brasil Lula. Todos conhecem meu vínculo com Lula. O apreço, a mais alta consideração que posso ter por alguém, tenho por ele. A verdade é que não queria estar ausente hoje aqui sabendo dos momentos difíceis pelo qual ele passou”, disse Fernandéz.

“Com Lula, compartilhamos um mesmo objetivo, que é a necessidade de integração da América Latina, a necessidade de que a democracia se consolide em todo o continente, e a necessidade de que os processos eleitorais sejam devidamente respeitados”, acrescentou.

O presidente eleito também comentou o encontro com Fernandéz nas redes sociais. “A nação Argentina é um país irmão e fico feliz de retomarmos a amizade. Vamos reforçar nossa cooperação para um futuro melhor para nossos povos”, disse Lula.

O petista venceu o segundo turno da eleição presidencial com 60,3 milhões de votos (50,9%). O atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentou a reeleição, saiu teve 58,2 milhões de votos (49,1%).


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PREHUIZOS NA FAMOSA EMPRESA HOLANDESA PHILIPS

 

Sabrina Bezerra – StartSe

Empresa holandesa anunciou corte de 4 mil postos de trabalho como uma das medidas para enfrentar uma série crise

O alerta veio no balanço do terceiro trimestre: a Philips registrou prejuízo líquido de € 1,3 bilhão. Os motivos da queda foram por causa da retirada de seus aparelhos de respiração defeituosos do mercado, como também pelos desafios operacionais e de abastecimento (entenda mais adiante).

Como consequência, o grupo holandês vai demitir cerca de 4 mil funcionários em todo o mundo. Segundo a companhia, assim, espera-se economizar cerca de € 300 milhões nos próximos trimestres para enfrentar os desafios da cadeia de suprimentos.

MÁQUINAS COM DEFEITO

O prejuízo bilionário da Philips acontece após sofrer uma derrota judicial: cerca de cinco milhões de aparelhos de respiração — usados principalmente por pessoas que sofrem com apneia do sono — produzidos com defeito tiveram de ser retirados do mercado.

O equipamento, que serviria como melhoria para o sono e a respiração, se tornou um vilão ao descobrir que uma das peças poderia causar danos à saúde dos usuários por causa da liberação de químicos tóxicos. Resultou também na saída do presidente-executivo da empresa Frans van Houten.

Falhas como essa — que podem causar danos para os usuários —, refletem o caixa da empresa, como também a imagem perante à Agenda ESG, importantíssima para as empresas continuarem relevantes na Nova Economia. Falhou com o consumidor, falhou com a agenda.

FOCO NA ÁREA DA SAÚDE

A aposta da Philips (que já foi uma das maiores companhias de eletrônicos do mundo) na área de tecnologia para saúde parecia ser uma boa cartada para conquistar clientes e investidores, já que o mercado de saúde e bem-estar está indo bem. Para você ter uma ideia, segundo a McKinsey, o segmento de bem-estar chega a 1,5 trilhão.

Mas a empresa, fundada em 1891, tem visto seus planos não caminharem na direção almejada — e o recall da máquina de respiração é um dos motivos. O defeito veio à tona ano passado, apenas algumas semanas depois do grupo ter anunciado a venda de seu braço de eletrodomésticos, a divisão de produtos como Airfryer (fritadeira sem óleo), Látego (cafeteira) e Speed Max (aspirador). Ou seja, uma fonte a menos de receita.

Aparelho de respiração da Philips (Foto: reprodução)

OUTROS DESAFIOS

A companhia também enfrenta desafios de “fornecimento, pressões inflacionárias, a situação da Covid-19 na China e a guerra russo-ucraniana”, diz a empresa em comunicado.

Nestes casos — que comprovam os tempos do Mundo BANI —, é preciso buscar formas inovadoras para manter o crescimento e a competitividade no mercado.

A Philips não detalhou como deve fazer isso, mas em comunicado ao mercado disse estar engajada em “melhorar ainda mais suas operações de fornecimento, investir em qualidade, simplificar a maneira de trabalhar e remover a complexidade organizacional, o que deverá resultar em reestruturação adicional e custos associados em 2023”, afirma.

POR QUE IMPORTA?

Algumas lições: por mais que a marca tenha anos de trajetória e seja conhecida no mercado, é preciso estar preparada para o Mundo BANI (frágil, ansioso, não-linear e incompreensível) e preparar os funcionários para isso. Além disso, é preciso estar atenta à agenda ESG. Hoje, marcas e clientes priorizam marcas que seguem esses pilares. Por fim, em tempos de crise, vale explorar formas de inovar e dominar mercados que prometem movimentar bilhões. Seja com uma nova tecnologia ou nova fonte de receita, por exemplo.

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