sábado, 29 de outubro de 2022

ONTEM FOI O ÚLTIMO DEBATE ENTRE O BOLSONARO E O LULA

 

Televisão
Fim do horário eleitoral gratuito
Olavo Soares
Brasília


Candidatos pediram o comparecimento de eleitores às urnas no domingo| Foto: André Coelho e Eduardo Valente/EFE

As últimas peças publicitárias dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) tiveram na abordagem da união suas linhas principais. A propaganda de Lula mostrou políticos de diferentes partidos que anunciaram voto no petista, como Simone Tebet (MDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o vice da chapa, Geraldo Alckmin (PSB). Já Bolsonaro trouxe a participação de celebridades, como o jogador Neymar e o cantor Gusttavo Lima, e pediu que os brasileiros usem roupas em verde e amarelo para votar no domingo (30).

O horário eleitoral se encerrou nesta sexta-feira (28), em rádio e televisão, após ter sido iniciado para o segundo turno em 7 de outubro.

O horário destinado a Lula, porém, se iniciou com uma menção a Bolsonaro. A campanha do atual presidente obteve um direito de resposta por conta de menções que relacionariam a família de Bolsonaro a criminosos. O direito de resposta foi preenchido com falas da primeira-dama, Michelle, e seu pai, que destacou que Bolsonaro “não gosta de coisa errada”.

Em sua fala, Lula disse que “falta pouco” para que o Brasil seja “um país de oportunidades iguais para todos”. O petista disse que sua campanha une pessoas “de esquerda, de centro e de direita” e “de todas as religiões”.

O ex-presidente convocou também os eleitores a comparecerem às urnas no domingo. A abstenção é um ponto que preocupa as campanhas de Lula e Bolsonaro. No primeiro turno, 20,95% dos eleitores aptos a votar não compareceram às urnas.

Bolsonaro diz que governo “arrumou as contas do Brasil”
A propaganda de Bolsonaro teve o próprio presidente como figura de maior destaque. Ele disse que sua gestão “arrumou as contas do Brasil” mesmo tendo enfrentado os desafios da pandemia de coronavírus e os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Bolsonaro celebrou a queda nos preços de combustíveis e disse que seu governo foi responsável pelo pagamento do auxílio emergencial e do Auxílio Brasil.

A jornalista Carla Cecato, que atuou como apresentadora nas propagandas de Bolsonaro, disse que o presidente “fala palavrão” às vezes, mas o outro candidato (o nome de Lula não foi citado) “enrola o Brasil”. Ela também afirmou que Bolsonaro promoverá o reajuste do salário mínimo acima da inflação, por dispor de apoio do Congresso para isso.

O vídeo se encerrou com uma execução do hino nacional, que foi declamado por pessoas em diferentes situações, como indígenas em uma aldeia e operários durante o serviço.

Aliança
Da “oposição à esquerda” ao “voto crítico”: como Lula foi perdoado pelos progressistas
Por
Olavo Soares – Gazeta do Povo
Brasília


A ex-ministra Marina Silva e o ex-presidente Lula| Foto: Ricardo Stuckert

A eleição de 2022 consolidou a aproximação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e lideranças progressistas que fizeram oposição ao petista quando ele era o titular do Palácio do Planalto. Partidos como PSOL, Rede, PCO e PSTU, que adotaram no passado o mote da “oposição à esquerda”, hoje se mobilizam para que o ex-presidente supere Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições presidenciais.

PSOL e Rede, que formam uma federação, são integrantes formais da coligação de Lula. Os dois partidos também apoiam ou apoiaram candidatos do PT aos governos de estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará. Outros partidos e lideranças de esquerda lançaram candidaturas próprias no primeiro turno, mas no segundo estão com Lula. Um exemplo é o PDT de Ciro Gomes, cujo presidente, Carlos Lupi, tem participado de eventos de campanha do PT.

O apoio a Lula é justificado principalmente pela abordagem de que Bolsonaro representaria um “mal maior”. “Voto no candidato PT [sic] em 30/10/2022 para vetar um outro candidato muito mais danoso para a democracia no Brasil”, publicou em seu perfil no Twitter o ex-deputado Eduardo Jorge (SP), que foi candidato a presidente em 2014 e, em 2018, concorreu como vice na chapa de Marina Silva (Rede). No segundo turno da última eleição presidencial, disputado entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT), Jorge declarou o voto nulo. Marina, que foi eleita deputada federal por São Paulo, está engajada na campanha de Lula.

Na mesma linha, a presidenciável do PSTU em 2018 e 2022, Vera Lúcia, afirmou que o partido deseja a derrota de Bolsonaro porque “ele reivindica a ditadura militar, defende um projeto autoritário e ameaça as liberdades democráticas. Seguir no controle do aparelho de Estado facilita seu projeto autoritário”. Ela alega que o posicionamento do PSTU é de “voto crítico” em Lula. “Derrotando Bolsonaro e elegendo Lula, não devemos depositar confiança no governo, e sim fazer avançar a luta e a organização independente da classe trabalhadora para, por meio da mobilização, exigir emprego, salário, terra, moradia e direitos”, acrescentou. O PSTU foi fundado na década de 1990 por dissidentes do PT, que deixaram o partido por divergirem de alianças e práticas que consideravam conservadoras.

A ex-senadora Heloísa Helena é outra figura que passou de adversária a eleitora de Lula neste segundo turno. Atualmente presidente nacional da Rede, a ex-parlamentar é uma das signatárias da nota oficial do partido que pede o voto em Lula: “é fundamental fortalecer e expandir a ampla Frente Democrática, Política e Social que está se formando e que é representada pela candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja vitória eleitoral significará também a vitória da democracia e a derrota do fascismo”.

Heloísa foi uma das fundadoras do PSOL, que criou em conjunto com outros parlamentares que pertenciam ao PT e contestavam medidas tomadas no início do primeiro mandato do ex-presidente Lula. A ex-senadora foi candidata a presidente em 2006 e teve o ex-presidente, reeleito na ocasião, como seu principal adversário. No segundo turno daquela eleição e na de 2010, quando lançou Plínio de Arruda Sampaio, o PSOL optou pela neutralidade.

Hoje, para além da coligação formal, o PSOL tem lideranças que estão na linha de frente pela campanha de Lula. O deputado federal eleito Guilherme Boulos (SP) tem percorrido o Brasil em atos pró-Lula, e também é uma espécie de porta-voz da candidatura petista na imprensa. E o presidente do partido, Juliano Medeiros, foi candidato a primeiro suplente na chapa de Márcio França (PSB), derrotado na tentativa de se eleger senador. Medeiros também tem participado de atos públicos da campanha petista.

Lava Jato e impeachment de Dilma marcaram guinada

As divergências entre Lula e o PT e as demais agremiações de esquerda começaram a arrefecer no início da década passada, ao longo dos mandatos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Como resposta ao crescimento de uma bancada declaradamente conservadora no Congresso, que tinha o então deputado Bolsonaro como seu maior expoente, os partidos de esquerda passaram a deixar de lado as suas divergências e atuaram de forma conjunta em muitas ocasiões.

Dois episódios foram decisivos para a reaproximação entre os grupos: a operação Lava Jato e o impeachment de Dilma. Em relação à investigação anti-corrupção, os partidos de esquerda endossaram a narrativa do PT de que houve uma perseguição por parte do então juiz Sergio Moro e da força-tarefa de Curitiba. A abordagem se deu desde antes da divulgação dos supostos áudios entre Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, que motivaram a derrubada das condenações do ex-presidente Lula.

O PSOL teve também engajamento incisivo durante o processo de impeachment de Dilma. Todos os deputados do partido votaram contra o afastamento e alguns de seus membros fizeram manifestações que marcaram a sessão de votação contra Dilma na Câmara.

Durante a gestão Bolsonaro, os partidos de esquerda marcharam juntos no Congresso em causas como o combate à reforma da previdência e críticas ao modo como o presidente conduziu o enfrentamento à pandemia de coronavírus.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/da-oposicao-a-esquerda-ao-voto-critico-como-lula-foi-perdoado-pelos-progressistas/?ref=veja-tambem
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

ALEXANDRE DE MORAIS TRAVA PROCESSO DE EMPRESÁRIOS INVENTADO POR ELE

 

“Crime de opinião”
Só em papel
Por
Ana Carolina Curvello – Gazeta do Povo


O ministro do STF, Alexandre de Moraes, que determinou operação policial contra empresários.| Foto: Nelson Jr./ STF

A ação contra empresários que foram alvo da Polícia Federal por emitir opinião no WhatsApp segue parada há mais de dois meses no Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito foi aberto de ofício pelo ministro Alexandre de Moraes. Os advogados de defesa reclamam que, além da falta de provas, da irregularidade de abertura de ofício e da demora incomum da tramitação do inquérito, existe a dificuldade para ter acesso aos autos: só se podem obter os documentos do processo presencialmente, no gabinete do ministro em Brasília, e em papel.

“O advogado deve abrir um novo processo no STF pedindo acesso aos autos. Após isso, tem de esperar o deferimento por parte do ministro. Após receber autorização, o advogado deve marcar hora com a secretária do Ministro para então ir até Brasília e receber os autos na forma física”, descreve o advogado Miguel Vidigal, responsável pela defesa do empresário Ivan Wrobel.

“Em um processo que pretende tratar, entre outras coisas, da não necessidade de comprovação física dos votos das urnas eletrônicas, o Ministro exige que o advogado dispenda muito tempo e dinheiro, obrigando-o ir até Brasília para ter acesso aos autos na forma física. Sem contar o tempo e o dinheiro da máquina pública que precisa ocupar um funcionário para ficar fazendo cópias e gastar com folhas”, declarou.

O advogado Murilo Varasquim, que defende o empresário Luciano Hang e foi a Brasília, informa que os autos chamam a atenção pela ausência de provas. “Não há nada nos autos. Nada além da matéria do Guilherme Amado do Metrópole, contra quem já ajuizamos uma ação de indenização”, disse.

Por lei, o acesso à íntegra dos autos é prerrogativa dos advogados de defesa, para garantir o amplo direito de defesa. “Isso é garantido não só pelo artigo 133 da Constituição, como também pelo artigo sétimo do Estatuto da Advocacia e pela Súmula 14 do Supremo, que garante que os advogados tenham acesso a todas as etapas do processo penal ou administrativo ou civil, inclusive na fase investigativa, ou seja, na fase de inquérito”, lembrou.

Algumas resoluções do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e a própria Lei 11.419/2006, dispõem ainda sobre “a informatização do processo judicial” e garantem que “a conservação dos autos do processo poderá ser efetuada total ou parcialmente por meio eletrônico”.

“A garantia de acesso aos autos processuais é plena e não existe nenhuma normativa que proíba o acesso virtual aos autos, mesmo porque toda justiça hoje está informatizada visando os princípios processuais, que é o princípio da celeridade”, declarou o presidente da Associação Brasileira de Juristas Conservadores (Abrajuc), João Daniel Silva.

Procurada, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ainda não se manifestou sobre a ação do STF contra os empresários. Sobre a dificuldade dos advogados para acessar os autos, a entidade respondeu que o “Conselho Federal da OAB tem atuado para garantir o pleno exercício de defesa pela advocacia, sempre que demandada ou alertada sobre violações a prerrogativas profissionais. Em relação ao caso citado, a OAB trabalha no STF pela concretização do direito de acesso aos autos, nos termos do artigo 7º da Lei nº 8.906/94, que garante o exame do processo pela defesa”, informou.

Relembre o caso 
No dia 23 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a Polícia Federal a realizar uma operação contra os oito empresários que supostamente teriam defendido um golpe de Estado em conversas em um grupo de WhatsApp, no caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF em cinco estados contra os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL.

A operação foi determinada sem a notificação da Procuradoria-Geral da República (PGR), ao contrário do que prevê a legislação. Além dos mandados de busca e apreensão, Moraes também determinou o bloqueio de redes sociais e a quebra de sigilo bancário dos empresários.

A última decisão do relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, ocorreu no dia 14 de setembro, quando ele desbloqueou as contas bancárias dos investigados e negou a transferência do processo do STF para justiça federal em Brasília. O pedido havia sido apresentado pela defesa de Luciano Hang, com o argumento de que os empresários não deveriam ser investigados pela suprema corte, por não terem foro privilegiado.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já pediu duas vezes o arquivamento do inquérito, mas Moraes rejeitou os pedidos – ao contrário do que está previsto em lei. A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, apontou irregularidades na condução da apuração, como a chamada pesca probatória (investigar alguém sem provas consistentes). Mesmo assim, ferindo o sistema acusatório previsto na legislação brasileira, Moraes se recusou a atender o pedido.

No dia 26 de setembro, um grupo de delegados aposentados da Polícia Federal pediu a instauração de inquérito policial no Ministério Público Federal (MPF) para apurar a ocorrência de crimes de abuso de autoridade por parte do ministro Alexandre de Moraes na ação contra os empresários. A medida ainda não teve prosseguimento.

Como o processo é sigiloso, o STF também não entra em detalhes e nem dá informações sobre o trâmite ou acesso aos autos.

Em reportagem publicada no dia 14 de setembro, a Gazeta do Povo apontou pelo menos 12 aberrações jurídicas do inquérito contra empresários, que segue em andamento.

Sem provas contra os empresários 
Os advogados de defesa dos empresários continuam questionando a falta de provas contra os investigados e a demora no julgamento, tendo em vista, que eles somente emitiram opiniões e cogitaram hipóteses, mas não articularam nenhuma ação concreta, o que exclui qualquer possibilidade de criminalização.

No início de setembro, a defesa do Luciano Hang – que ainda segue com as redes sociais bloqueadas – protocolou no STF uma petição de agravo regimental para tentar suspender a decisão de Moraes. Segundo Varasquim, o pedido ainda sequer foi analisado pelo relator. “Até o momento, não temos novos andamentos e não houve decisão sobre o nosso agravo regimental. Estamos tentando agendar um horário com o ministro Alexandre de Moraes”, disse.

Na petição, a defesa afirmou que “todos os supostos envolvidos são empresários, não havendo um elemento sequer que justifique a investigação, processamento e julgamento pelo STF”.

“A liberdade de expressão não comporta controle prévio. O direito à privacidade e intimidade só pode ser violado quando há algum indício de prática de algum crime, e as mensagens obtidas no grupo não demostram qualquer tipo de ato antidemocrático”, explicou a defesa no documento.

Na avaliação de Cléber Lopes, advogado criminalista e professor de Processo Penal (UniCeub), a decisão do ministro precisa ser analisada com “ressalvas” e deve ser baseada em fatos concretos reveladores de infração penal. Caso contrário, pode estar errada se não tiver base empírica idônea.

O presidente da Abrajuc considera que a decisão de Moraes “se deu no escopo de uma denúncia apócrifa com base em um print de uma conversa de WhatsApp, vazada pela imprensa”.

“Não há um arcabouço robusto de provas e de ilícitos que ensejasse no futuro alguma retaliação estatal, até porque a própria jurisprudência do supremo diz que há a presunção de inocência, e nenhum dos empresários estavam condenados em trânsito julgado para sofrer qualquer sanção e muito menos censura”, informou.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/moraes-trava-processo-dificulta-acesso-autos-advogados-empresarios-papel/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

ELON MUSK COMPRA O TWITTER

 

Elon Musk transforma compra do Twitter em aspiração pessoal inédita no mercado de tecnologia

Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Por David Streitfeld

Bilionário desembolsou US$ 44 milhões para comprar rede social em negócio incomum

THE NEW YORK TIMES – Esqueça o drama sem fim, os robôs, as reviravoltas abruptas, o espetáculo, o suposto risco para a República e tudo o que nos é caro. Aqui está a coisa mais importante sobre a compra do Twitter por Elon Musk: os magnatas foram liberados.

Antigamente, quando um magnata da tecnologia queria comprar algo grande, ele precisava de uma empresa para fazê-lo. Steve Case usou a AOL para comprar a Time WarnerJeff Bezos comprou a Whole Foods para a AmazonMark Zuckerberg usou o Facebook para comprar InstagramWhatsApp, Oculus e assim por diante. Esses eram negócios corporativos feitos para o resultado final, mesmo que nunca tivessem acontecido sem um proprietário famoso e poderoso.

A aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões finalmente se tornou realidade na última quinta-feira, 27, seis meses depois que Musk concordou com o acordo. O diferente agora é que um indivíduo está comprando algo para si mesmo, uma plataforma com uma base de 240 milhões de usuários ao redor do todo mundo. Embora tenha outros investidores, Elon Musk terá o controle absoluto sobre o destino da plataforma de mídia social de mensagens curtas.

É um negócio difícil de se avaliar. Mesmo em um setor baseado em negócios de grandes proporções, esta compra é muito incomum. Aconteceu de forma maliciosa e impulsiva. Mas, mesmo para os padrões do Vale do Silício, onde bilhões são oferecidos casualmente para operações de recém-chegados – e até mesmo pela carteira de Musk, na maioria dos dias o homem mais rico do mundo –, US$ 44 bilhões são uma grande quantia.

Comprar o Twitter também é uma ação extremamente ousada. Como se uma única pessoa pudesse consertar uma plataforma de comunicação que teve de lutar muito para se tornar seriamente lucrativa ou que se envolveu em diversas polêmicas sobre os limites da liberdade de expressão praticamente desde a sua fundação, em 2006.

Twitter foi fundado em 2006, com sede localizada em San Francisco, na Califórnia
Twitter foi fundado em 2006, com sede localizada em San Francisco, na Califórnia Foto: Contanza Hevia/AFP – 28/10/2022

Negócios de bilhões

Se você tem bilhões de dólares hoje em dia, no entanto, a crença em si mesmo nunca está em falta.

A fortuna de Musk vem da fabricante de carros elétricos Tesla, transformada por ele no principal veículo para mudar a forma como os americanos dirigem, tarefa árdua, se é que alguma vez houve uma. Musk e Bezos estão competindo separadamente para recriar o programa espacial, que, na década de 1960, era considerado importante e caro demais para ser administrado por qualquer entidade ou empresa que não fosse gerida pelo Estado.

Zuckerberg mudou o nome do Facebook para Meta e reorganizou a empresa para criar um mundo virtual onde as pessoas possam “viver nele”. Peter Thiel, que fundou a empresa de pagamentos PayPal e foi um dos primeiros investidores do Facebook, tornou-se o colaborador de campanha mais proeminente das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, injetando dezenas de milhões de dólares em candidatos congressistas de direita. Dois de seus ex-funcionários são os republicanos indicados ao Senado pelos Estados americanos de Ohio e Arizona.

Richard Walker, professor emérito de geografia econômica da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e historiador do Vale do Silício, vê uma mudança no tabuleiro do poder.

“Nesta nova Era Dourada, estamos sendo agredidos por bilionários, e não pelas corporações que foram a cara do século 20″, disse ele. “E os titãs da tecnologia estão liderando o caminho.”

Mesmo as pessoas que acompanham a cena tecnológica de perto há décadas estão perplexas com os precedentes abertos pela compra do Twitter por Musk.

“A maioria dos caras construiu grandes empresas, se aposentou e criou fundações gigantes para doar seu dinheiro. Ninguém fez algo assim”, disse Michael S. Malone, que escreveu biografias sobre a AppleIntel e outras empresas. Ele se considera um fã do afrouxamento das regras do Twitter por parte de Musk: “Abrir o lugar tornará a plataforma ainda mais louca e divertida”.

Musk, que dissolveu o departamento de relações públicas da Tesla, não respondeu aos pedidos da reportagem.

Nesta nova Era Dourada, estamos sendo agredidos por bilionários, e não pelas corporações que foram a cara do século 20

Richard Walker, professor da Universidade da Califórnia

Outras aquisições

As pessoas ricas há muito desejam possuir propriedades de mídia, uma tradição que os titãs da tecnologia continuaram. Bezos comprou o Washington Post por US$ 250 milhões. Marc Benioff, da Salesforce, é dono da revista Time. Pierre Omidyar, do eBay, desenvolveu um império midiático local.

Os acordos têm sido uma característica do Vale do Silício desde que ele existe. Frequentemente esses acordos falham, especialmente quando a aquisição foi feita para uma tecnologia que rapidamente ficou desatualizada ou nunca funcionou. Pelo menos uma empresa como a Hewlett-Packard seguiu essa estratégia e praticamente desapareceu.

A Dealogic, uma empresa de dados, compilou para o The New York Times uma lista dos 10 maiores negócios de tecnologia desde 1995 por valor de negócio. Por essa medida, a compra do Twitter por Musk está na décima posição do levantamento. A Microsoft fez a aquisição de mais de US$ 70 bilhões da Activision Blizzard (que está pendente pelas autoridades) atraiu apenas uma fração da atenção dada ao Twitter, embora seja a segunda colocada.

Musk sustentou desde o início que comprar o Twitter não é um troféu ou um jogo nem mesmo um esquema para aumentar seu patrimônio. Em vez disso, ele a lançou nos termos mais grandiosos possíveis. “Ter uma plataforma pública que seja extremamente confiável e amplamente inclusiva é extremamente importante para o futuro da civilização”, disse o empresário em abril, depois de selar o acordo. “Eu não me importo com as finanças.”

No entanto, o bilionário se importou um pouco mais com a própria carteira quando a queda subsequente no mercado de ações significou que ele estava pagando a mais por uma quantia significativa. Analistas estimaram que o Twitter não valia os US$ 44 bilhões oferecidos, mas sim cerca de US$ 30 bilhões ou até menos. Por alguns meses, Musk até tentou sair do acordo.

Novo começo

Walker, autor de “Pictures of a Gone City: Tech and the Dark Side of Prosperity in the San Francisco Bay Area”, teme pelo futuro. “Não há contrapeso para os novos magnatas dos negócios”, disse ele. “Sindicatos, organizações fraternais e meios de comunicação locais foram muito enfraquecidos. O público em geral está isolado dessas influências positivas e inundado de desinformação”.

Se a compra do Twitter por Musk significa o começo de algo, de outra forma também representa um fim. As outras plataformas de mídia social são mantidas de perto por seus fundadores por meio das estruturas de ações de suas empresas. Ninguém poderia comprar o Facebook sem o aval de Zuckerberg.

Agora, uma pessoa vai possuir o Twitter em sua totalidade

Richard Greenfield, analista da Light Shed Partners

“O que era único no Twitter era que ninguém o controlava”, disse Richard Greenfield, analista de mídia da Light Shed Partners. “E agora uma pessoa a possuirá em sua totalidade.”

Ele está relativamente esperançoso, no entanto, de que Musk irá melhorar o site, de alguma forma. Isso, por sua vez, terá suas próprias consequências.

“Se isso se transformar em um grande golaço, você verá outros bilionários fazendo a mesma coisa”, disse Greenfield. / TRADUÇÃO DE JEAN MENDES

CANDIDATO HONESTO NA ELEIÇÃO IMPORTA NA HORA DO VOTO

 

Honestidade na vida pública

Por
Cristina Graeml


Honestidade e respeito importam muito para mim e, imagino, para a maior parte dos brasileiros. Nesta reta final de campanha, a sujeira e as mentiras são tantas que achei por bem trazer alguns pontos para a reflexão do eleitor.

O que é realmente importante para você? O que você preza nas pessoas e faz questão de realçar na sua personalidade (aquilo de que você não abre mão)? Quais são os exemplos que você dá e em quais você se espelha? Honestidade importa para você? E respeito?

Respeito aos outros, ao que é dos outros, respeito às opiniões alheias, até por aquelas que são diferentes das suas, isso tudo importa? Você de fato defende a liberdade de expressão ou só quando os outros falam o que você gosta de ouvir? Qual é o seu norte? Aonde você quer chegar?

Diante dos absurdos que estamos vendo e vivendo, cancelamentos, banimentos, censura e ameaças, é preciso reflexão. É isso que proponho no vídeo publicado junto com este artigo: reflexão.

Vale também recordar brevemente como parte da população chegou ao ponto de normalizar a candidatura de alguém que saiu da cadeia, onde cumpria pena por corrupção e lavagem de dinheiro (desrespeito e desonestidade) para concorrer à presidência da República.

Este candidato e quem o colocou de volta à arena política agem ou agiram com honestidade e respeito?

Honestidade é também respeitar a Constituição

Nos últimos 4 anos falei inúmeras vezes aqui sobre ataques às liberdades, garantidas pela Constituição a todos os brasileiros, desde que não se escondam no anonimato e possam ser responsabilizados por eventuais crimes que cometam ao usufruir dessa liberdade.

Liberdade de imprensa ou de expressão, por exemplo. Pela Constituição de 1988, a lei maior brasileira, todos podem falar o que pensam, podendo ser acionados judicialmente e punidos por injúria, calúnia ou difamação. A imprensa pode publicar as notícias que quiser, da forma como achar melhor, assumindo seus atos.

Nos últimos anos, a maior parte dos jornais, sites de notícias e emissoras de rádio e TV escolheu caminhos bastante questionáveis, omitindo fatos, descontextualizando, adjetivando e desumanizando pessoas, a começar pelo presidente da República.

Muitas vezes distorceram fatos para atingir um governo contra o qual fazem oposição ferrenha desde o primeiro dia. De minha parte, venho criticando essa militância com a mesma intensidade com que alguns poucos leitores me criticam duramente na área de comentários.

É nosso direito à liberdade de expressão. Ao menos aqui, por enquanto, ainda não fui censurada pelo TSE a pedido do PT. Meu ponto é: mesmo não gostando da militância de redação, defendo a liberdade de imprensa. E quem pede censura a jornalistas defende? Esta é uma reflexão que merece ser feita antes do voto.

Respeito à democracia
Muitos jornais, portais de notícias e emissoras de rádio e TV passaram os últimos 4 anos divulgando que defesa da democracia é não criticar ministros do STF que extrapolam suas funções ou agem como tiranos. E que criticá-los é ataque à democracia.

Bajular um STF aparelhado pela esquerda, mesmo quando ministros agem de forma ativista, quase como se fossem um partido de opoisção ao governo; que perseguem apenas apoiadores do presidente da República, faz parte do exercício da liberdade de imprensa. Mas é democrático? Preserva ou destroi valores? Fortalece a democracia?

Não se pode aceitar que instituições democráticas como o STF sejam corroídas por dentro e que a pecha de antidemocráticos recaia justamente sobre os críticos desse ativismo judicial. Isso tudo já foi longe demais. Uma parte séria da imprensa está sob censura. Jornalistas transparentes, proibidos de emitir opinião.

Até quando vamos esquecer nossos valores, aquilo de que não abrimos mão, para passar pano para juiz ativista que faz malabarismo jurídico para tirar corrupto da cadeia e devolver a ele seus direitos políticos?

Até quando vamos suportar que uma pessoa nessa condição peça (e consiga) o silêncio de jornalistas e de veículos sérios de imprensa, com credibilidade construída ao longo de décadas e reconhecida por seus leitores, ouvintes, espectadores e assinantes, apenas por querer manter seu passado criminoso esquecido?

No vídeo, que você pode assistir clicando no play da imagem no topo da página, trago um breve histórico de uma descondenação para lá de questionável, conforme apontado pelos maiores juristas do país.

A ideia é propor uma reflexão que julgo importante todo eleitor fazer antes de ir às urnas. Afinal, honestidade e respeito importam. E muito!


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/cristina-graeml/honestidade-e-respeito-importam-especialmente-na-hora-de-escolher-candidato/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

A NETFLIX ENGOLIU A BLOCKBUSTER

 

Marina Rafaella – Junior Borneli – SartSe

Num dia como hoje, em 1985, a Blockbuster abriu a primeira loja.

A empresa foi fundada por David Cook, com um estoque de 8 mil fitas. Rapidamente a empresa cresceu e, em menos de 10 anos, tinha chegado a 4.500 lojas.

Mais ou menos nessa época, em 1997, nasceu uma empresa chamada Netflix, que fazia a mesma coisa, só que com uma novidade: aluguel de DVDs via correio e sem multa por atraso.

O fundador da Netflix, Reed Hastings, disse:

“Grande parte dos lucros da Blockbuster vinha de multas por atraso. Se o meu modelo de negócios depende de induzir sua base de clientes e se sentir idiota, dificilmente você obterá a lealdade deles.”

A Netflix começou com apenas 925 filmes e acelerou. Rapidamente chamou a atenção de Jeff Bezos, da Amazon, que ofereceu US$ 16 milhões pela empresa. Os fundadores rejeitaram a oferta.

Pouco depois disso, no ano 2000, a Blockbuster chegou a 7.700 lojas, seu ápice. Mas, a essa altura, a Netflix já tinha lançado seu serviço de assinatura de DVDs, com milhares de clientes.

Em 2002, a Netflix fez seu IPO e as duas empresas continuaram bem. Até que, em 2007, a Netflix deu sua maior cartada: lançou o serviço de streaming.

Esse foi o “começo do fim” da Blockbuster. Em 2010, o número de lojas caiu para 6.500. Em 2012, já eram apenas 1 mil lojas. Em 2017, eram apenas 10 lojas.

Hoje, existe apenas 1 loja da Blockbuster, enquanto a Netflix tem 223 milhões de assinantes e está avaliada em US$ 107 bilhões de dólares.

PS: em 2000, o CEO da Blockbuster teve nas suas mãos uma proposta de US$ 50 milhões para compra da Netflix. Ele disse que o negócio de assinatura de DVDs “parecia uma piada”.

Como a Netflix usa tecnologia na experiência do usuário

Entenda como a companhia está utilizando algoritmos para oferecer personalização em escala

Conteúdo exclusivo. Integração com smart TVs e adaptadores para televisões que não são smart. Sincronia correta da obra assistida, independente do dispositivo escolhido. Pouco tempo de carregamento. Títulos atrativos. Preço.

Esses são apenas algumas das variáveis levadas em conta, de forma consciente ou não, por usuários de serviços de streaming. Em um mercado cada vez mais concorrido, essas são algumas questões que fazem o usuário assinar um serviço em detrimento de outro.

Criada em 1997 por Reed Hastings e Marc Randolph, a Netflix é pioneira no setor. Ao longo dos anos, a companhia tem investido no segmento que leva em conta todas essas iniciativas: a experiência do usuário.

A EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO EM ESCALA

Atualmente, a Netflix possui 209 milhões de assinantes, distribuídos em mais de 100 países. No entanto, a companhia aposta em personalização para que os usuários continuem assistindo aos títulos dia após dia.

Você já mudou de um usuário para outro na sua assinatura e notou capas diferentes para os mesmos títulos? Isso acontece porque a companhia é capaz de promover a personalização em escala e está frequentemente realizando testes na plataforma.

O IMPACTO DAS CAPAS

Os posters possuem a mesma importância para a escolha de assistir uma série no Netflix quanto no cinema. Com o tempo, a empresa entendeu que precisaria chamar a atenção do usuário rapidamente, oferecendo títulos que o agradem.

Hoje, a companhia possui um algoritmo para criar diversas opções de capa para o mesmo título. As que são aprovadas pelo time de conteúdo são distribuídas para os usuários de acordo com seus interesses.

Confira um exemplo da empresa: 

Foto: Divulgação/Netflix

Na primeira fileira, a capa que aparece do filme Good Will Hunting é de um casal. Isso porque o usuário assiste filmes de romance com frequência. Já na segunda fileira, é a capa que aparece para outro usuário, que prefere filmes de comédia.

No teste, a Netflix avalia o número de usuários que assistem o filme recomendado; se assistem até o final; os que visualizam e escolhem não assistir, entre outros. Gopal Krishnan, vice-presidente de engenharia na empresa, escreveu em um post no blog da companhia que, geralmente, os usuários preferem imagens que passem o sentimento daquele título (comédia, tristeza, suspense, etc).

O ALGORITMO

Novos filmes, séries, documentários, shows e desenhos animados são adicionados na Netflix todos os dias. Além disso, a companhia também realiza os testes de capas com usuários, o que garante que diversas versões sejam feitas. 

Foto: divulgação/Netflix

Portanto, para ter diversas opções de capas, a empresa utiliza um algoritmo. O algoritmo é programado para, através de mapas de calor, identificar cenas interessantes dos personagens; depois, avalia o espaço disponível para adicionar o título da obra.

As capas passam pelo crivo do time de conteúdo da companhia, que avalia, com “sim” ou “não”, se a arte é usável. Em caso negativo, a recomendação é de explicar os motivos, para colaborar com o machine learning.

“Uma arte de capa que parece bonita pode não ser a melhor decisão para o título de uma obra; uma imagem muito nítida do personagem pode conter um spoiler. Todas essas decisões são melhores feitas por humanos e queremos mantê-las desse jeito”, contam Hamid Shahid e Syed Haq, engenheiros da Netflix, em um blog de tecnologia da companhia.

Sua empresa está realmente preparada para disputar espaço com as empresas que já nasceram ou se tornaram digitais?

UM MARKETPLACE DIGITAL IGUAL AO DA STARTUP VALEON PODE AJUDAR QUALQUER NEGÓCIO?

Moysés Peruhype Carlech e Fernanda – Jet.

Sim e podemos ajudar muito a alavancar as suas vendas e tornar a sua empresa mais competitiva no mercado se forem utilizados os serviços da Startup Valeon e temos a certeza que vamos melhorar o seu posicionamento digital e utilizando uma boa estratégia comercial podemos trazer retorno financeiro para a grande maioria dos negócios das empresas da nossa região do Vale do Aço, afinal de contas, já atingimos a marca de mais de 180.000 acessos.

O sucesso do modelo dos marketplaces está expresso nos números registrados no último ano: o crescimento em 2020 chegou a 52%, acima dos 41% do segmento de e-commerce.

Essas informações foram apuradas pela E-bit/Nielsen, que também indica que o total de pedidos do marketplace chegou a 148,6 milhões, um crescimento de 38% em relação a 2019, o que resultou em um faturamento de R$ 73, 2 bilhões para o segmento.

A atenção recebida pelos “shoppings virtuais” tem razão de ser. São gerenciados por empresas que arcam com a parte operacional e, com isso, as lojas cadastradas podem se dedicar ao cuidado de suas páginas e às ofertas de produtos.

Para quem tem um e-commerce, os marketplaces devem ser vistos como uma oportunidade reforçar as estratégias de vendas.

Outro fator importante é a possibilidade de ampliar seus pontos de interação com o cliente, o que atende ao comportamento omnichannel do público.

Porém, para aproveitar melhor as possibilidades, é importante que você saiba quais são as vantagens do marketplace e como ele pode auxiliar o desenvolvimento do seu negócio.

1- Otimização dos recursos

A estruturação de um e-commerce não é simples. E, por mais que você faça tudo certo, os resultados precisam de tempo para serem consolidados.

Ao integrar a sua loja a um marketplace, esse processo é facilitado. Ao mesmo tempo em que trabalha para fortalecer a sua marca, o lojista tem como expor seus produtos num canal que já conta com uma audiência significativa.

Basta que o lojista negocie e pague a mensalidade do marketplace para que possa começar a negociar seus produtos ou serviços. Além disso, essas operações oferecem expertise, tráfego, visitação e mídia para que seus parceiros possam desenvolver seus negócios.

2- Alcance de clientes

Desenvolver uma loja virtual própria e recorrer às redes sociais para divulgar produtos ou serviços requer um trabalho de divulgação para alcançar um número maior de clientes.

Com o marketplace, esse trabalho ganha ainda mais abrangência e, com isso, é possível gerar um fluxo maior de consumidores, uma vez que há modelos próprios de divulgação, o que acaba favorecendo as empresas que o integram.

Além disso, esses “shoppings virtuais” , como o da Startup Valeon, não divide os custos de marketing  com os seus parceiros custeando ele próprio o processo de aquisição de clientes nas redes sociais.

3- Volume de dados

Os marketplaces têm o costume de oferecer aos seus parceiros diversos dados sobre as suas vendas e seus desempenhos dentro da plataforma e faz métricas diárias das consultas dos seus clientes.

Essas informações são bastante estratégicas para qualquer empresário que deseje desenvolver o seu comércio online e melhorar o seu desempenho na internet.

Isso porque conseguem planejar suas ações, promoções e precificar produtos e serviços com mais eficiência, o que aumenta as chances de converter os visitantes do marketplace em seus clientes.

4- Integração com outras ferramentas

Muitos empresários podem acreditar que ao entrar para um marketplace não poderá usar suas ferramentas digitais favoritas: CRMs, software de preços ou inventários.

Porém, não existe essa limitação e as empresas podem seguir usando seus mecanismos de otimização de resultados.

É possível explorar tantos as informações fornecidas pelos marketplaces quanto os dados gerados pelos seus mecanismos de gestão e controle, o que pode fortalecer ainda mais suas estratégias online.

5- Aumento de vendas

Com uma estrutura corretamente desenvolvida, processos de divulgação bem construídos e apoio aos parceiros, os marketplaces conseguem atrair um bom volume de visitantes para o seu site.

Quanto maior a exposição de produtos ou serviços, maior são as chances de aumentar as suas vendas. É preciso apenas que as lojas online saibam trabalhar seus produtos ou serviços na internet e convencer os consumidores de que conta com as melhores mercadorias e preços.

6- Diversificação de público

Com um número maior de pessoas tendo contato com seus produtos ou serviços, há possibilidade que alcance consumidores que, em um primeiro momento, não conseguiria atingir.

Isso contribui para a diversificação do seu público-alvo e faça com que a sua base de clientes possa crescer.

Isso favorece não apenas as suas vendas, mas também estimula os lojistas a buscarem novos produtos ou desenvolverem novos serviços para atender a sua nova demanda.

Esse processo é essencial para que as empresas ganhem mercado e busquem constantemente o seu desenvolvimento.

Agora que você já sabe quais as vantagens do marketplace, que tal descobrir como eles podem auxiliar no crescimento dos pequenos negócios?

Marketplace e o crescimento das empresas

Construir um modelo próprio de venda online é um desafio para as empresas, porém pode ser bastante recompensador.

Em 2020, o setor teve um crescimento de 41% se comparado com o ano anterior e a expectativa é de que siga alcançando bons resultados em 2022, até em razão da aceleração do processo de transformação digital.

Dessa forma, com um trabalho bem-feito, as empresas podem conquistar boa margem de lucro com o comércio eletrônico. Afinal, o perfil do consumidor tem mudado e ficado aberto às compras online.

Mas, para isso, é necessário utilizar um site como a da Startup Valeon que ofereça boa experiência para os consumidores e conte com estrutura logística e capacidade de estoque para dar conta do trabalho.

O marketplace é uma opção que pode potencializar ainda mais um comércio eletrônico, pois conta com um modelo de negócio estruturado e testado.

Assim, empresas de qualquer setor conseguem melhorar o desempenho de seus e-commerces ao estabelecer mais um canal de divulgação e venda.

Para aproveitar melhor as oportunidades, é importante contar com as ferramentas adequadas para fazer a gestão da operação.

Exemplo disso é a plataforma comercial da Startup Valeon, que tem suas páginas desenvolvidas justamente para conectar a sua loja aos principais consumidores do mercado.

Com isso, além de ter todo o suporte necessário para destacar seus produtos na internet, o lojista tem como gerenciar todo o universo envolvido com as suas vendas online, seja na loja própria ou no marketplace.

Num único local, por exemplo, pode fazer a gestão de estoque, o que evita a perda de clientes pela falta do produto. O e-commerce é uma modalidade de negócio que deve seguir ganhando espaço e conquistando novos clientes. O empresariado deve ficar atento a esse mercado e aproveitar as vantagens do marketplace para aumentar a sua presença online e ter acesso facilitado a uma base sólida de usuários.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

O SANGUE FRIO DO BOLSONARO DIANTE DOS PROBLEMAS DO RADIOLÃO

 

POR: AGENTES FEDERAIS

Desde que o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento na noite de ontem (26), após o ministro Alexandre de Moraes recusar o pedido da sua campanha para investigar a diferença de inserções eleitorais nas rádios do país, alguns apoiadores do Capitão do Exército demonstraram certa frustração e desânimo.

Isso ocorreu porque muitos criaram a expectativa de que Bolsonaro anunciaria alguma medida radical contra Moraes, após o Capitão ter convocado, antes do seu pronunciamento, uma reunião de emergência, inclusive contando com a presença dos comandantes das Forças Armadas, segundo o Estadão.

A primeira coisa que devemos pensar, é: qual medida Bolsonaro poderia ter anunciado? Alguns, por meio das redes sociais, citaram a invocação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), enquanto outros mencionaram os militares (Art. 142) ou decreto.

Houve também a expectativa por um pronunciamento simplesmente mais agressivo, com críticas contundentes e em tom de ameaça; o velho estilo Bolsonaro 2018, em vez do tom ameno apresentado pelo chefe do Executivo diante das câmeras.

Sangue frio de um Capitão

O que esses apoiadores precisam entender é que Bolsonaro não está enfrentando uma simples eleição, contra um simples adversário; ele está diante de um sistema monstruoso, cujos inimigos estão por todos os lados e até mesmo ao seu redor!

Isto significa, que, qualquer decisão precipitada poderá dar aos inimigos os argumentos necessários para legitimar uma reação sem precedente, fazendo com que até mesmo os até então aliados se voltem contra o governo, o que deixaria o presidente politicamente isolado dentro e fora do Brasil.

Em 2021, durante as manifestações do 7 de setembro, se Bolsonaro tivesse ouvido o “eu autorizo” à risca, talvez o seu governo não estivesse de pé agora. Talvez o Brasil não tivesse avançado como avançou, economicamente, e criado um ambiente pronto para prosperar de forma avassaladora nos próximos anos.

Isso porque, naquela época, Bolsonaro não tinha os argumentos que tem hoje, e o mesmo ocorrerá após o dia 31 de outubro, independentemente do resultado da eleição presidencial, pois o fato mais importante a ser compreendido é que, quanto mais abusos ocorrem, mais os inimigos se expõem!

Quanto maior a exposição do inimigo, maior é a indignação popular e maior é o respaldo que o Capitão Jair Bolsonaro possui para tomar uma decisão potencialmente radical lá na frente. Ele tem dito que agirá “dentro das quatro linhas da Constituição”, o que está correto, pois a nossa Carta Magna possui recursos suficientes para reações em circunstâncias excepcionais.

Bolsonaro está ciente disso, por isso tem repetido que, diferentemente do outro lado, só agirá de acordo com a Constituição. Esperar o transcorrer da eleição e ver até onde os adversários são capazes de ir, ao mesmo tempo em que fatos escandalosos são revelados ao público, pode ser apenas um jogo de paciência.

Jogo esse que, por sinal, poderá ter um fim melhor do que o esperado, com a vitória de Bolsonaro por força da maioria e da pressão exercida pela fiscalização das Forças Armadas sobre o processo eleitoral. Se isso ocorrer, mesmo com todos os abusos já cometidos, o resultado será muito menos danoso para todos, especialmente para a imagem do Brasil no exterior.

Para que isso possa ocorrer, Bolsonaro precisa falar não apenas para os seus apoiadores, mas também com os indecisos. Esse é o motivo da sua mudança de postura, tornando-se mais sereno, pois ele está mostrando que não é o “ogro” pintado pela imprensa militante, mas sim alguém que realmente pensa no Brasil e é capaz de governá-lo por mais quatro anos.

Dito isso, não resta ao público outra alternativa, senão confiar e fazer a sua parte. Cada um deve cumprir o seu dever cívico, sem perder a esperança de que sim, o Brasil jamais será uma Venezuela, pois o seu povo e força são maiores do que qualquer sistema corrupto que tenta retornar ao poder.

TSE NO CASO DO RADIOLÃO AGE COM DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres,e o presidente da República, Jair Bolsonaro, falam à imprensa no Palácio da Alvorada


O presidente Jair Bolsonaro, no pronunciamento em que disse que seguiria buscando solução para a denúncia sobre inserções de rádio.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Ainda há mais dúvidas que certezas a respeito da denúncia, feita pela coligação do presidente Jair Bolsonaro, de que emissoras de rádio em várias regiões do país, especialmente no Nordeste, estariam deixando de veicular inserções de propaganda do candidato do PL, colocando-o em clara desvantagem na comparação com o ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula. A resposta do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, no entanto, não deixa dúvida alguma de que a corte está, efetivamente, contribuindo para desequilibrar a disputa eleitoral, tratando de forma diametralmente oposta as demandas judiciais de ambos os candidatos.

A parte do material entregue pela campanha de Bolsonaro ao TSE na terça-feira e que chegou ao conhecimento do público, no entanto, ficou aquém do tamanho da denúncia feita na véspera pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. As centenas de planilhas apresentadas permitem comparar porcentagens e tempos de inserções dos dois candidatos em inúmeras emissoras do país todo, mas uma pasta vazada com detalhamentos com áudios cobria apenas oito emissoras. E ainda foi possível, posteriormente, encontrar disparidades entre as planilhas e os áudios em ao menos um caso. Também há uma controvérsia a resolver sobre o fato de a auditoria ter se debruçado sobre a programação efetivamente veiculada por ondas radiofônicas ou por streaming na internet – neste segundo caso, as regras para a propaganda eleitoral são mais frouxas.

Apesar disso tudo, diante do material apresentado, a postura esperada de um magistrado seria uma análise mais ponderada, dada a existência de indícios que poderiam ser ponto de partida para uma investigação a respeito da possibilidade de Bolsonaro ter sido prejudicado. Por óbvio, a abertura de investigação não é desfecho obrigatório; um juiz poderia, de fato, recusar a denúncia por inépcia, mas para isso teria de apontar as falsidades ou irregularidades que justificassem sua decisão. Aparentemente, não foi o que aconteceu, no entanto, e a resposta de Alexandre de Moraes foi marcada por uma série de problemas.

Ao recusar terminantemente a investigação, Moraes desqualificou de forma pouco criteriosa as auditorias contratadas, sem apontar com clareza onde estaria a inépcia que justificasse a rejeição

De início, já nos pareceu abusivo que Moraes tivesse ameaçado os denunciantes com abertura de inquérito caso não apresentassem as provas dentro do prazo de 24 horas. E, uma vez entregues as provas solicitadas, Moraes cometeu novos equívocos. Ao recusar terminantemente a investigação, ele desqualificou de forma pouco criteriosa as auditorias contratadas, sem apontar com clareza onde estaria a inépcia que justificasse a rejeição; as únicas menções mais específicas se referem a uma única emissora, a Rádio Bispa, silenciando completamente sobre os demais casos e limitando-se a críticas genéricas ao material apresentado.

Moraes ainda lavou as mãos a respeito da competência do TSE para fiscalizar as inserções – um caso raríssimo, talvez único, de aspecto da campanha eleitoral sobre o qual Moraes acredita não ter poder algum, já que a corte vem se atribuindo a capacidade de alcançar praticamente tudo com seus tentáculos e decisões inconstitucionais. E mesmo esta alegação ainda é contestada por especialistas em Direito Eleitoral. “O TSE é o fiscal da lei e tem poder de polícia. Se não fosse, por que motivo ter um responsável pelo pool de rádios e televisão? Os partidos devem, sim, fiscalizar também em defesa dos seus interesses. Mas a Justiça Eleitoral tem também essa responsabilidade, porque o sorteio dos horários e o mapa de mídia são feitos com a atuação da Justiça Eleitoral. Quem tem o poder de polícia para atuar de ofício é a Justiça Eleitoral. Não pode ela se desonerar desse poder-dever seu”, disse à Gazeta do Povo o jurista Adriano Soares da Costa.

Não satisfeito em simplesmente recusar a denúncia sem demonstrar onde estaria a inépcia alegada, Moraes ainda determinou que o episódio integre também o abusivo inquérito das “milícias digitais” no STF, do qual ele mesmo é o relator. E pediu que o procurador-geral eleitoral e a Corregedoria-Geral Eleitoral investiguem não as rádios, mas a própria coligação de Bolsonaro por “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno” e “desvio de finalidade na utilização de recursos do Fundo Partidário” – o que é contraditório, já que, se a fiscalização é responsabilidade dos partidos, como alega Moraes, com que dinheiro se espera que eles paguem as auditorias contratadas?

O que mais chama a atenção é que Moraes, além de pura e simplesmente descartar a denúncia, já deixou clara sua presunção-quase-certeza de que Bolsonaro agiu com má intenção. Mas como comprovar a eventual má-fé quando não se tenta averiguar a veracidade das alegações da campanha de Bolsonaro? Apenas depois que uma investigação demonstrasse a falsidade da denúncia faria sentido buscar as motivações por trás da apresentação de uma denúncia inverídica. Ao agir como agiu, Moraes simplesmente negou a um dos candidatos o devido direito ao acesso à Justiça.

Compare-se, agora, a resposta do TSE a um dos vários pedidos de censura feitos pela coligação de Lula recentemente. A petição que denuncia a existência de uma suposta operação coordenada entre bolsonaristas para se criar o alegado “ecossistema de desinformação” repete à exaustão que, para a abertura de investigação, “não é exigida a comprovação cabal a respeito da irregularidade apontada”. A investigação solicitada tinha justamente o objetivo de levantar as provas para confirmar ou não a ação coordenada e os abusos de poder político e econômico, assim como Bolsonaro pretendia que se investigasse se a disparidade de inserções radiofônicas ocorreu, e em que dimensões. Mas, enquanto este pedido foi sumariamente negado, aquele recebeu o “tapete vermelho” do ministro Benedito Gonçalves, que determinou investigação e uma série de medidas, incluindo desmonetização de canais e a censura prévia a um documentário da Brasil Paralelo.

A duplicidade de critérios que prejudica claramente um dos candidatos é extremamente danosa para o processo eleitoral, pois tira a credibilidade do órgão responsável por garantir sua lisura

Com uma serenidade notável e bem-vinda, Bolsonaro se pronunciou na noite de quarta-feira. Fazendo suas críticas legítimas à resposta de Alexandre de Moraes e sem elevar o tom, o presidente prometeu acionar os canais institucionais disponíveis para esclarecer o episódio. Foi extremamente oportuna sua menção a uma inserção específica da campanha petista, que acusa Bolsonaro de pretender eliminar direitos trabalhistas previstos na Constituição, como o 13.º salário. O pedido para que a peça fosse retirada do ar foi recusado na segunda-feira… por Alexandre de Moraes, sob a alegação de que a propaganda não dizia que Bolsonaro pretendia eliminar esses direitos – isso apesar de o narrador dizer explicitamente que “o próximo alvo” do presidente, depois de não mais reajustar o salário mínimo pela inflação, seriam as férias e o 13.º.

“O conteúdo da publicidade está direcionado no debate a respeito de possíveis propostas (…), revelando-se compatível com a dialética do debate político, inerente ao ambiente da disputa eleitoral (…) A afirmação contida na peça publicitária (…) aparenta, na verdade, conotação de advertência”, escreveu Moraes, em uma rara demonstração de sensatez, pois é da natureza das campanhas políticas o alerta para a possibilidade de um candidato promover algo considerado negativo. Mas esse argumento não valeu para Jair Bolsonaro, que teve banidas, por ordem da ministra Cármen Lúcia, inserções publicitárias afirmando que Lula pretendia trabalhar pela legalização do aborto no Brasil.

Essa duplicidade de critérios que prejudica claramente um dos candidatos é extremamente danosa para o processo eleitoral, pois tira a credibilidade do órgão responsável por garantir sua lisura. Por mais infundadas que possam ser, às vezes, as críticas feitas por autoridades e anônimos ao TSE, o fato é que nos últimos dias é a corte que vem desmoralizando a si própria. Seus ministros podem estar plenamente convictos de que estão defendendo a democracia e a igualdade de armas entre os candidatos, mas o resultado objetivo de suas decisões é violar a Constituição, agredir as liberdades democráticas e permitir praticamente tudo a uma das campanhas, enquanto dificulta ao máximo a campanha adversária – o episódio da exoneração do assessor responsável pelo envio das inserções, a poucos dias do segundo turno, em meio a todo esse turbilhão e com direito a mudança de versão para a demissão, só contribui para elevar a desconfiança. Não é apenas um candidato que perde quando a Justiça Eleitoral deixa de lado a necessária isenção: é o país todo que passa a sofrer com a suspeita de que suas eleições não estão sendo conduzidas como deveriam.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/tse-radiolao-criterios-lula-bolsonaro/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

O GOVERNO LIBERA AUXÍLIOS, EMPRÉSTIMOS E FGTS

Pacote
A aposta de Bolsonaro em medidas econômicas no 2º turno

Por
Vandré Kramer – Gazeta do Povo


A presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, participa do lançamento do programa Caixa Pra Elas Empreendedoras, uma das iniciativas econômicas do governo implantadas no segundo turno das eleições.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Uma das apostas do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela reeleição neste segundo turno foi o anúncio de medidas econômicas. Foram pelo menos nove medidas divulgadas ou implantadas entre os dias 3 e 18 de outubro, em sua maioria direcionadas à população de baixa renda e quase todas com vigência imediata.

Beneficiários do Auxílio Brasil, mulheres, taxistas e caminhoneiros estão entre os principais alvos. A execução está a cargo principalmente da Caixa Econômica Federal, banco estatal.

As medidas de alcance mais amplo foram voltadas ao público que recebe o Auxílio Brasil, que inclusive teve um aumento no número de beneficiários – hoje mais de 21 milhões de famílias estão no programa.

As principais medidas anunciadas são:

Antecipação do pagamento do Auxílio Brasil;
13.° para mulheres que recebem Auxílio Brasil;
Aumento no número de beneficiários do Auxílio Brasil;
Lançamento do consignado do Auxílio Brasil por 12 instituições financeiras;
Campanha de refinanciamento de dívidas em até 90% na Caixa;
Antecipação do pagamento dos Auxílios Caminhoneiro e Taxista;
Aumento no valor do Auxílio Gás e ampliação do número de beneficiários;
Crédito para mulheres empreendedoras na Caixa; e
Aprovação de uso de crédito futuro de FGTS para financiamento de imóveis.

Confira a seguir um resumo de cada uma das medidas.

Antecipação do pagamento do Auxílio Brasil
A antecipação no pagamento do Auxílio Brasil foi anunciada no dia 3 de outubro, dia seguinte à votação do primeiro turno. Originalmente, o repasse dos benefícios às famílias seria feito de 18 a 31 de outubro, mas os pagamentos foram realizados entre os dias 11 e 25, cinco dias antes do segundo turno.

13° para mulheres que recebem Auxílio Brasil

Quanto: R$ 10,1 bilhões (em 2023)
Beneficiários: 16,9 milhões de famílias
Outra medida anunciada no dia 3 de outubro foi a promessa de 13.º do Auxílio Brasil para famílias chefiadas por mulheres. As mulheres foram 81,6% dos beneficiários do programa em setembro, segundo dados levantados pelo jornal “O Estado de S. Paulo” com a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania do Ministério da Cidadania.

O benefício deve vigorar a partir do ano que vem, contudo não há espaço previsto no projeto de lei orçamentária anual (PLOA) de 2023, que tem recursos apenas para o pagamento médio mensal de R$ 405 por família.


Uma oportunidade e dois desafios na economia aguardam o presidente eleito no dia 30
Olhar de quem investe no Brasil se divide entre eleição presidencial e riscos externos
Investimento federal é o menor em pelo menos 16 anos. O que explica a queda
Aumento no número de beneficiários do Auxílio Brasil

No dia 4, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que iria zerar a fila do Auxílio Brasil, possibilitando a inclusão de 500 mil famílias no programa de transferência de renda ainda em outubro. Três milhões de beneficiários ingressaram no programa desde agosto, ao custo de R$ 4,6 bilhões, segundo o UOL. Com isso, 21,1 milhões de famílias passaram a ser beneficiárias do Auxílio Brasil.

Lançamento do consignado do Auxílio Brasil por 12 instituições financeiras
Quanto: R$ 1,8 bilhão foi emprestado (até o dia 17)
Beneficiários: 700 mil famílias (até o dia 17)
Outra medida relacionada ao Auxílio Brasil foi a concessão de empréstimos consignados com base no benefício, que ficou disponível a partir de 10 de outubro. Ela envolve 12 instituições financeiras, entre elas a Caixa. As taxas de juro chegam a 3,5% ao mês, em, no máximo, 24 meses e com prestação de até 40% do valor do benefício.

O custo do consignado é maior do que outros similares. Dados do Banco Central mostram que a taxa média é de 2,68% ao mês para trabalhadores do setor privado, 1,73% ao mês para profissionais do setor público e 1,98% ao mês para aposentados e pensionistas do INSS.

Até o dia 17, a Caixa já tinha liberado mais de R$ 1,8 bilhão para mais de 700 mil pessoas. Mas a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a suspensão da concessão do crédito. Segundo o Ministério Público junto ao TCU, há possível desvio de finalidade e uso “meramente eleitoral” da iniciativa.

A concessão chegou a ser suspensa entre as 18 horas de sexta-feira (21) e 7 horas da segunda (24), devido, segundo a Caixa, à “manutenção programada em seus ambientes tecnológicos.”

Na segunda, o TCU sugeriu ao banco que suspendesse a concessão de novos empréstimos até a corte analisar documentos e informações que foram solicitadas à Caixa Econômica. O tribunal também deu 24 horas para a instituição financeira se manifestar sobre a liberação dos recursos, “pois o volume de empréstimos já concedidos e a velocidade da liberação apontam para elevado risco”.

A Caixa informou que a liberação do crédito consignado nas contas dos beneficiários do Auxílio Brasil vai demorar cinco dias úteis. A medida foi tomada após recomendação do TCU para que a linha fosse suspensa.

Refinanciamento de dívidas com até 90% de desconto na Caixa
Outra medida anunciada pela Caixa Econômica Federal foi a possibilidade de pessoas e empresas renegociarem dívidas com o banco com até 90% de desconto, dependendo do contrato. A novidade foi antecipada por Bolsonaro em 6 de outubro.

A campanha não contempla financiamentos imobiliários nem dívidas agrícolas. Os demais contratos poderão ser renegociados e não há valor limite para participar da ação.

O anúncio coincide com um momento de crescimento na inadimplência. Dados da Serasa Experian mostram que, em julho, 67,6 milhões de pessoas tinham alguma pendência de crédito atrasada. É o maior número desde 2016, quando começou a série histórica.

É uma medida parecida à prevista no programa de governo de Ciro Gomes (PDT) e nas diretrizes do programa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ambos propunham um amplo plano para renegociação de dívidas de famílias e empresas, e que contariam com a participação de instituições financeiras públicas.

Antecipação do pagamento dos Auxílios Caminhoneiro e Taxista
Duas categorias que também foram beneficiadas com a antecipação dos benefícios foram os caminhoneiros e os taxistas. A parcela de outubro, que seria paga a partir do dia 22, foi antecipada para o dia 18.

A quinta e a sexta parcelas também foram antecipadas para 19 de novembro e 10 de dezembro. Segundo a “Folha de S. Paulo”, o Ministério do Trabalho informou que a reprogramação no pagamento do calendário de benefícios faz parte do processo para permitir a liberação de uma parcela extra para os taxistas.

O benefício ao caminhoneiro é destinado aos profissionais cadastrados no Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) até 31 de maio de 2022 ou que fizeram a autodeclaração do termo de registro. O programa prevê um auxílio mensal de R$ 1 mil até dezembro.

O auxílio aos taxistas prevê o pagamento mensal de R$ 1 mil até dezembro de 2022. Têm direito ao benefício os motoristas de táxi registrados nas prefeituras até 31 de maio de 2022, que sejam titulares de concessão, permissão, licença ou autorização emitida pelo poder público municipal ou distrital, e que atendam aos demais critérios definidos em portaria do Ministério do Trabalho.

Antecipação do Auxílio Gás e ampliação do número de beneficiários

Quanto: R$ 34 milhões
Beneficiários: 300 mil
O Auxílio Gás é outro benefício que teve os seus pagamentos antecipados. O benefício começou a ser pago no dia 11 e terminou dia 25. Originalmente, o período de pagamento seria entre os dias 18 e 31. O benefício bimestral corresponde ao valor da média nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos (R$ 112). Em outubro, segundo o UOL, mais 300 mil famílias foram contempladas, o que elevou as transferências de recursos em mais R$ 34 milhões.

Crédito para mulheres empreendedoras na Caixa
Quanto: R$ 1 bilhão
Valor médio do crédito: R$ 1 mil por linha, segundo a Caixa

A Caixa e o Sebrae lançaram no dia 17 o programa Caixa Pra Elas Empreendedoras. O objetivo da parceria é apoiar mulheres para se formalizarem e se capacitarem por meio de cursos gratuitos do Sebrae e para a concessão de crédito. Até 19 de novembro, o banco realizará ações de atendimento ao empreendedorismo feminino no país.

Aprovação de uso de crédito futuro de FGTS para financiamento de imóveis
O Conselho Curador do FGTS aprovou, no dia 18, uma proposta apresentada pelo governo federal que permite o uso de créditos futuros do Fundo de Garantia para o financiamento de imóveis.

As regras para a utilização dos depósitos são:

o imóvel tem de ser adquirido no programa Casa Verde e Amarela;
apenas os trabalhadores com renda familiar mensal de até R$ 2,4 mil poderão se beneficiar dos depósitos que ainda serão feitos nas suas contas do FGTS para amortizar ou liquidar o financiamento feito para a casa própria;
os valores bloqueados do FGTS para o pagamento das prestações ficarão indisponíveis para as demais movimentações.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/bolsonaro-aposta-medidas-economicas-no-segundo-turno/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

 

TSE NÃO ESCLARECEU O CASO DAS TRAPAÇAS DAS INSERÇÕES NO RÁDIO

 

Eleições

Por
Alexandre Garcia


Alexandre de Moraes, presidente do TSE.| Foto: LR Moreira/Secom/TSE

Temos eleição neste domingo. A decisão sobre o futuro do país, o futuro de nós todos, de nossos filhos. E a Justiça Eleitoral vai ficar devendo um esclarecimento sobre essa história do desequilíbrio na propaganda eleitoral radiofônica, que tem de ser igual para os dois candidatos, mas foi desigual, segundo a auditoria de uma empresa de Santa Catarina que costuma auditar 5 mil emissoras de rádio, prestando serviço aos anunciantes para saber se a publicidade está sendo mesmo publicada tal como foi paga e programada. O ministro Alexandre de Moraes simplesmente recusou a notícia-crime, dizendo que estão querendo tumultuar a eleição.

Eu nunca vi isso de juiz recusar uma queixa. Aliás, a queixa nem vai para juiz, vai para o delegado, para o Ministério Público. O juiz é mobilizado pelo MP. E isso não está acontecendo mais aqui no Brasil porque o Supremo não dá muita bola para o Ministério Público, embora a Constituição diga nos artigos 127 e 129 que o MP é essencial, que é o autor da ação. Mas esses são os novos tempos que o Senado vai ter de resolver a partir de fevereiro.

Temos ainda esse caso que não foi esclarecido, inclusive com a exoneração de um funcionário de confiança, por assédio moral. De repente, às vésperas da eleição, com um papel importante, de ser encarregado do pool das emissoras de rádio. E aí o que aconteceu não foi apurado. Um advogado, Arthur Hermogenes Sampaio Júnior, moveu uma queixa de prevaricação contra Alexandre de Moraes, mas não adiantou nada; caiu nas mãos de colegas – no caso, Ricardo Lewandowski, que disse que não cabe ação, que não tem nenhuma base.


Não sei se vocês já tinham visto isso em algum lugar: colega julga colega, colega defende colega. É estranho, assim como quando os três ministros do Supremo que estão no TSE, e que haviam feito uma resolução, depois julgaram a mesma resolução no Supremo e votaram a favor dela. Nunca se viu nada igual! Ainda ontem, numa mesa com 80% de advogados, eu comentei e também eles nunca tinham visto algo assim. Mais coisas estranhas que espero que o Senado brasileiro resolva.

PDT quer impedir que beneficiários do Auxílio Brasil peguem empréstimo
O PDT tentou acabar com o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. Entrou no Supremo e a ação caiu nas mãos do ministro Nunes Marques. A alegação do PDT era de que as pessoas vão se endividar. Claro, quem tira empréstimo se endivida. Agora, compete ao banco avaliar se a pessoa tem condição de pagar. O empréstimo corresponde a 40% do auxílio. O TCU também andou se metendo com a Caixa Econômica, dizendo que a Caixa não podia dar esse empréstimo. Mas essa é uma questão interna da Caixa, que assume os riscos. As pessoas estão precisando, o Natal está quase aí.

Moraes confunde alta potência com alto calibre
Roberto Jefferson, que estava preso em flagrante, agora teve a prisão preventiva decretada por atirar contra policiais. O ministro Alexandre de Moraes disse que Jefferson “utilizou armamento de alto calibre, fuzil 556”. Sabem qual é o calibre? 22. São 5,5 milímetros, que equivalem a 0,22 polegada. Esse é o calibre 22. E Moraes diz que Jefferson utilizou armamento de “alto calibre”. Pode ser de alta potência, mas não de alto calibre. E a gente espera que o juiz esteja atento.

Por falar nisso, vai ter Copa do Mundo no Catar e todos nós esperamos que os juízes que apitarem os jogos do Brasil sejam isentos. Que não apitem impedimento na hora do gol do Brasil, nem inventem pênalti na hora de gol contra o Brasil.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alexandre-garcia/tse-vai-ficar-devendo-esclarecimento-sobre-caso-das-radios/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

NÃO DIVULGAR INSERÇÕES DE RÁDIO DO BOLSONARO FOI UMA TRAPAÇA GIGANTE

 

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo


Prédio do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.| Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

A “justiça eleitoral” do TSE, essa aberração criada pela ditadura do Estado Novo e que não existe em nenhuma democracia séria do mundo, está fazendo o possível, o impossível e mais um pouco para dar a impressão de que as eleições presidenciais de 2022 vão ser roubadas. Podem não ser, é claro – na noite do dia 30 vai se saber, para efeitos práticos -, mas os fatos, os puros e simples fatos, tornam cada vez mais difícil para o cidadão comum acreditar que o TSE age com imparcialidade nesta eleição. É simples: quase tudo o que decide é abertamente a favor de um candidato, o ex-presidente Lula, e contra o outro, o presidente Bolsonaro. Um é atendido em todas as exigências que faz. O outro não ganha nada e é proibido de tudo. O que eles querem, então, que as pessoas pensem?

O último escândalo, talvez o pior de toda a coleção que o TSE acumulou desde o início da campanha, é essa trapaça gigante, e cada vez mais obscura, na administração do horário eleitoral. Não se trata mais, apenas, da expropriação de tempo que pertence legalmente a Bolsonaro, e que foi entregue a Lula com “argumentação técnica” de jardim de infância. Trata-se, agora, de fraude direto na veia: segundo denúncia apresentada ao TSE pela candidatura do presidente, cerca de 1.300 horas, ou o equivalente a 150.000 mensagens devidas a ele, não foram ao ar em emissoras de rádio do Nordeste. É isso: sumiram, simplesmente, ao longo da campanha, e deixaram o eleitor nordestino ouvindo uma voz só – a de Lula. Não há precedentes de um roubo de tempo igual a esse na história das eleições no Brasil.

Não se trata mais, apenas, da expropriação de tempo que pertence legalmente a Bolsonaro, e que foi entregue a Lula com “argumentação técnica” de jardim de infância. Trata-se, agora, de fraude direto na veia

A reação do TSE foi um desastre com perda total. O ministro Alexandre Moraes, que dá todas as ordens nesta eleição, teve mais uma das reações automáticas que vem exibindo desde o início da campanha: ignorou a queixa no minuto em que foi apresentada, alegando “falta de provas”, e sem fazer o mínimo esforço para verificar se existiam ou não essas provas. Simplesmente, não fez investigação nenhuma – justo ele, Moraes, que manda investigar tudo, até um grupo de amigos que conversava em particular no WhatsApp, quando a acusação é feita contra a candidatura de Bolsonaro. Em vez de tentar apurar os fatos, ameaçou punir os que estavam fazendo a queixa, pela suspeita de “denúncia falsa”. Para completar, demitiu o funcionário do tribunal que relatou falhas na gestão do tempo eleitoral – com uma nota oficial perfeitamente incompreensível na qual diz que, no fundo, é tudo culpa dele e que o TSE não tem nada a ver com a distribuição de inserções no horário de propaganda eleitoral. É por coisas assim, e pelo conjunto da obra, que a honestidade da eleição está sendo questionada. Como poderia ser diferente?

A eleição presidencial de 2022 está sendo feita sob uma ditadura judiciária inédita na história do Brasil. O Poder Executivo e o Poder Legislativo foram anulados; estão de boca fechada e mãos amarradas, não decidem nada de relevante e operam sob as ordens do Judiciário. Pior: todo o país está virtualmente sob as ordens de um homem só, o ministro Alexandre Moraes. Essa ditadura foi imposta em nome da necessidade de se defender a “democracia” – só que são o STF e Moraes, exclusivamente, que decidem o que é e o que não é democracia no Brasil. No momento, segundo eles, “democracia” é impedir que o presidente Jair Bolsonaro seja eleito – isso, e apenas isso. Não interessa o que dizem a Constituição, as leis e o eleitorado. Tudo isso é secundário, ou um estorvo, para a “democracia” do STF – ela é um valor maior que todos os demais, dizem os ministros, e tem de ficar por cima de qualquer tipo de legalidade. É assim que está funcionando.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/diante-de-uma-trapaca-gigante-a-resposta-do-tse-foi-a-mais-suspeita-possivel/
Copyright © 2022, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.