Caminhoneiros misturados a manifestantes na Esplanada dos
Ministérios em 7 de setembro de 2021: líderes da categoria estimulam a
participação da categoria este ano, mas sem os caminhões| Foto: Alan
Santos/PR
Produtores rurais e caminhoneiros vão aderir às
manifestações do 7 de setembro. Eles irão defender as pautas oficiais
dos atos de rua, tais como a celebração dos 200 anos de independência do
Brasil, a defesa das liberdades, o respeito à democracia e a demanda
por eleições transparentes.
O caminhoneiro Janderson Maçaneiro, o “Patrola”, líder da categoria
com atuação em Itajaí (SC), prevê a adesão de muitos transportadores
autônomos e celetistas aos atos do 7 de setembro. Mas ele afirma que a
participação de caminhões foi descartada. Em 2021, alguns trabalhadores
foram a Brasília e estacionaram os veículos no gramado da Esplanada dos
Ministérios.
O setor agrícola também estará presente, inclusive no desfile
cívico-militar de Brasília. A Gazeta do Povo apurou que existe a
previsão de que 27 tratores desfilem junto de grupamentos das Forças
Armadas e viaturas das forças auxiliares de segurança pública.
“O agro na nossa região [Centro-Oeste] está pleno e totalmente
engajado para participar efetivamente”, afirma o produtor rural e
engenheiro agrônomo Hélio Dal Bello. “Inclusive dispensaremos os
funcionários para que vão à Esplanada, com dispensa da diária e pagando o
deslocamento [dos trabalhadores que quiserem ir à manifestação].”
Dal Bello diz que, além de liberar os funcionários e estimular os
colaboradores que quiserem participar da manifestação em Brasília, os
agricultores também estão hasteando bandeiras do Brasil em suas fazendas
e custeando os gastos com publicidade em placas de outdoor para
convocar a população para a Esplanada.
“Eu mesmo tenho aqui na cidade [onde moro] um outdoor que devo
colocar: ‘É agora ou nunca, 7 de setembro’. Estamos 100% focados para o 7
de setembro e com vontade de participar”, afirma o produtor rural.
Dal Bello prevê uma festa democrática e diz que os empresários querem
demonstrar um sentimento de “angústia” percebido no setor. Segundo ele,
os agropecuaristas não querem uma vitória do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) e se espelham na crise econômica na Argentina para
rechaçar o candidato petista. “Nosso espelho aqui é a Argentina. Eu fui
várias vezes à Argentina. Temos amigos que estão sofrendo lá. Nosso
reflexo é com os ‘hermanos’. Nosso medo é a desgraça vir para cá e não
sei o que vai acontecer. Nós, do agro, estamos muito apreensivos que a
esquerda vença”, diz.
O presidente da Associação Goiana de Produtores de Algodão (Agropa),
Carlos Alberto Moresco, confirma sua presença a Brasília como “cidadão”.
“Vou normal, com a minha camisa verde e amarela e vou estar lá para
prestigiar o desfile”, diz.
Moresco torce para que o desfile cívico-militar conte, de fato, com a
participação dos tratores. “Não estou sabendo disso. Mas, se tiver essa
homenagem, o setor ficará honrado em ter essa oportunidade de mostrar
para a sociedade a sua importância, uma vez que o agro está dentro da
casa de cada cidadão brasileiro todo dia. Nós temos uma relevância muito
grande no cenário mundial”, diz.
Caminhoneiros descartam paralisação neste ano O caminhoneiro
Janderson Maçaneiro, o Patrola, descarta a hipótese de que a categoria
promova o bloqueio de rodovias neste ano – em 2021, eles também
participaram dos atos e, posteriormente, chegaram a paralisar o fluxo em
algumas estradas.
“Isso está fora de cogitação. Nem esquerda ou a direita conseguem
fechar rodovia agora”, afirma. “O próprio saldo do ano passado foi muito
negativo. Apesar de entender que o 7 de setembro de 2021 foi uma das
maiores festas da democracia, o saldo foi de multas muito pesadas para a
categoria”, diz Patrola.
O caminhoneiro Aldacir Cadore, líder da categoria com atuação em
Luziânia (GO), é outro a descartar a possibilidade de paralisação. Às
vésperas das eleições, essa é uma hipótese que ele rechaça, embora
demonstre preocupação em relação ao clima de animosidade na categoria.
Decisão de Moraes contra empresários estimula convocação para atos do 7 de setembro Como o STF se prepara para protestos na comemoração de 7 de setembro em Brasília Grupos de apoiadores de Bolsonaro organizam atos de 7 de setembro no exterior Os
mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro do STF
Alexandre de Moraes contra oito empresários acusados de defender um
golpe de Estado no Brasil causaram apreensão e indignação entre
caminhoneiros. “Muita gente acha que foi uma medida autoritária”, diz
Cadore, que vai participar dos atos em Brasília como “cidadão”. “Vou
deixar o caminhão em casa e vou como cidadão, não como caminhoneiro”,
destaca.
Patrola concorda com a avaliação sobre a medida de Alexandre de
Moraes. “É o que todo mundo grita: ‘Se os grandes [empresários] não têm
liberdade para falar o que querem em uma condição privada, o que vai ser
conosco? Do que vão nos privar se estão privando grandes empresários
com capacidade jurídica? Se estão desdenhando desses caras, o que vai
acontecer comigo?’ Todos acham que é um ataque direto à democracia e à
liberdade de expressão”, diz.
Ele articula junto com outros líderes da categoria a elaboração de
uma carta em defesa da liberdade de expressão. Ele apresentou essa
proposta em um grupo de WhatsApp com outras 26 lideranças, que avaliam a
sugestão. “O que está acontecendo é inadmissível para todos os lados,
esquerda ou direita. Entendo que o indivíduo possa dizer [algo sobre
golpe]; não fazer. Como a gente conseguiu nos últimos tempos uma
expressão política, não podemos deixar essa situação. É nesses momentos
que ocorrem as crises que precisamos reafirmar nosso espaço”, diz.
Patrola afirma ainda que vai gravar um vídeo às vésperas de 7 de
setembro para aconselhar a categoria a não defender posicionamentos que
possam ser interpretados como antidemocráticos. “Vou pedir que tenhamos
uma manifestação muito expressiva, democrática e sem a participação de
caminhões”, diz.
O caminhoneiro Odilon Fonseca, líder da categoria com atuação em
Confresa (MT) que capitaneou a paralisação em 2021, não acredita em
animosidade da categoria para o 7 de setembro. “Eu não tenho visto falar
nada fora, em outros estados ou outras regiões do Mato Grosso, de que
vai haver algum protesto em rodovia ou algo assim. Não vamos ver nada
igual ao ano passado. A eleição está chegando e a maioria dos
caminhoneiros está mais preocupada com isso”, diz. Odilon ainda não sabe
se vai a Brasília, mas afirma que também se manifestará de “verde e
amarelo” como “cidadão”, não caminhoneiro.
Adesão de caminhoneiros e agro em 2021 foi marcada por ofensiva de Moraes A
participação de caminhoneiros e empresários do setor agrícola nos atos
de 7 de setembro de 2021 foi marcada por uma ofensiva do ministro
Alexandre de Moraes, do STF, contra lideranças das duas categorias. Às
vésperas das manifestações, Moraes instaurou um inquérito específico
para investigar os atos. Ele determinou a prisão de apoiadores do
presidente Jair Bolsonaro (PL) por ameaças a magistrados da Suprema
Corte e o bloqueio de contas e busca e apreensão contra supostos
financiadores dos atos. Um dos que foi alvo de mandado de prisão foi o
caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o “Zé Trovão”. Moraes
entendeu que havia ameaça de cometer atos de violência nas
manifestações.
O ministro do STF também autorizou o cumprimento de mandados de busca
e apreensão na Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso
(Aprosoja-MT) e na Associação Nacional dos Produtores de Soja
(Aprosoja). O então presidente nacional da Aprosoja, Antônio Galvan,
passou a ser investigado como um dos supostos financiadores das
manifestações de 7 de setembro. A suspeita da Procuradoria-Geral da
República (PGR) era de que as entidades estariam utilizando recursos do
Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e do Iagro (Agência
Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) para financiar os atos.
Em reação ao inquérito, agricultores apoiaram a montagem de um
acampamento no gramado da Esplanada dos Ministérios com infraestrutura
para acomodar manifestantes que pediam pautas como o impeachment de
ministros do STF.
Os caminhoneiros, por sua vez, promoveram paralisações em 8 de
setembro, com o registro de bloqueios em rodovias de 15 estados. Um dia
seguinte, não havia mais trechos obstruídos, mas o Ministério da
Infraestrutura ainda apontou naquele dia pontos de concentração em
rodovias em 13 estados.
Líderes caminhoneiros condicionaram à época o desbloqueio de trechos
em rodovias à absolvição de “presos políticos” por Moraes, à tramitação
do impeachment de ministros do STF e do voto impresso auditável. Cerca
de 10 transportadores autônomos foram recebidos no Palácio do Planalto e
apresentaram a pauta a Bolsonaro, que pediu a desobstrução das
rodovias.
Quase 40% dos municípios ainda não têm rede de esgoto pública e
usam soluções alternativas, muitas vezes inadequadas, para sanar o
problema.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo
O
saneamento – ou, melhor dizendo, a falta dele – é uma vergonha nacional.
Os brasileiros sem acesso a água tratada são 35 milhões, e quase metade
da população (100 milhões de pessoas) não é alcançada pelo serviço de
coleta de esgoto. Além disso, apenas metade do esgoto coletado no país é
devidamente tratado. Sucessivos governos, de todos os matizes
político-ideológicos, nas três esferas, não foram capazes de
universalizar este que é um dos serviços mais básicos e cuja ausência
custa caro ao país, na forma de doenças que poderiam ser facilmente
evitadas e de severa degradação ambiental.
No entanto, o que é uma deficiência vergonhosa também se mostra como
oportunidade. Assim como no caso das ferrovias brasileiras – cuja malha é
a mesma de 100 anos atrás –, que já garantiram dezenas de bilhões de
reais em projetos solicitados ao governo federal assim que entrou em
vigor um novo marco regulatório, o saneamento deve receber aportes
igualmente vultosos e necessários. O Novo Marco Legal do Saneamento,
aprovado e sancionado em 2020, inclui a meta de levar a água potável e a
coleta de esgoto a 99% e 90% dos brasileiros, respectivamente, e
considera que é o setor privado que deve assumir o protagonismo nesta
missão de universalizar os serviços de água e esgoto até 2033.
Dezenas de milhões de brasileiros não podem seguir condenados à
precariedade quando se trata de um direito básico como o acesso a água
tratada e serviço de coleta de esgoto
Segundo reportagem da Gazeta do Povo, desde a entrada em vigor do
Novo Marco do Saneamento até abril deste ano, foram realizados 16
leilões que cobrem 217 municípios, onde vivem 20 milhões de pessoas, com
R$ 46,7 bilhões em investimentos previstos. Até 2024, ainda devem
ocorrer outros 28 leilões em 17 estados, beneficiando 16,3 milhões de
brasileiros com investimento de R$ 24 bilhões. Mesmo assim, estes
montantes precisam ser apenas o começo, pois a universalização dos
serviços de água e esgoto até 2033 deve exigir de R$ 507 bilhões (na
conta do Ministério do Desenvolvimento Regional) até R$ 993 bilhões, de
acordo com a consultoria KPMG.
O grande desafio está nos municípios menores e mais pobres, que
tendem a apresentar contratos irregulares para a prestação dos serviços
de água e esgoto – segundo o Instituto Trata Brasil, nesses municípios
vivem 30 milhões de brasileiros, dos quais 64,4% têm água tratada e
apenas 29,1% têm esgoto coletado. Ali, o investimento necessário será
maior, pois será preciso construir redes completas de água e saneamento
básico, em vez de apenas manter e melhorar redes já existentes. Para que
essas pessoas hoje esquecidas pelo Estado não acabem ignoradas também
pelo setor privado, será preciso encontrar modelos contratuais
atrativos, incentivando a formação de consórcios de municípios próximos,
possibilidade aberta pela nova legislação.
Dezenas de milhões de brasileiros não podem seguir condenados à
precariedade quando se trata de um direito básico como o acesso a água
tratada e serviço de coleta de esgoto. A entrada do setor privado, o
estabelecimento de um ambiente de competição – que forçará as estatais a
serem mais eficientes – e a possibilidade de novos arranjos entre
empresas e poder público para a oferta do serviço são etapas necessárias
se o Brasil deseja o fim de calamidades como esgotos a céu aberto e
doenças causadas pelo consumo de água não tratada.
Por Letícia Matsumoto – Agência Mestre – Endeavor e Sebrae
Este estudo prova como os diferentes níveis de conhecimento sobre ferramentas de marketing digital geram resultados diferentes!
As ferramentas de marketing digital possibilitam a análise de dados,
acompanhamento de métricas essenciais para um negócio e até a construção
de relacionamento com possíveis clientes. Mas, qual a opinião das
empresas com maior maturidade sobre suas ferramentas? Quais seriam os
maiores benefícios?
O estudo da Capgemini, conduzido pela Forrester Consulting,
entrevistou tomadores de decisão de VP e C-level marketing em serviços
financeiros e empresas de alta tecnologia para descobrir. Confira os
dados obtidos!
Modelo para avaliar a maturidade da tecnologia de marketing
Para avaliar a maturidade das empresas quanto às tecnologias de marketing foram utilizadas 24 dimensões em 5 categorias:
estratégia;
processo;
tecnologia;
dados;
organização.
Os entrevistados foram agrupados em 3 faixas de maturidade: alta (top 25%); médio (meio 50%); e baixo (25% inferior).
As empresas de serviços financeiros apresentaram níveis mais baixos de maturidade
Das empresas entrevistadas pela pesquisa, 4 em cada 10 empresas de
serviços financeiros se enquadram no grupo de baixa maturidade, em
comparação com 14% das empresas de tecnologia.
Os principais benefícios de dominar ferramentas de marketing digital
Um ponto importante é que as empresas com maior maturidade sabem como
aproveitar ao máximo as ferramentas que estão disponíveis em suas
instituições. Enquanto as de baixa maturidade, apenas utilizam algumas
de suas funcionalidades.
15 ferramentas de marketing digital que todo empreendedor precisa conhecer
Marcus Farias – Endeavor
Buzzsumo, RD Station, Google Analytics…Ferramentas não faltam para
profissionalizar sua estratégia de marketing digital. Mas, entre tantas
que existem no mercado, quais são as mais eficientes? Confira a lista!
Entre 2015 e 2021 o número de soluções tecnológicas focadas em
marketing cresceu 87% de acordo com o estudo Marketing Tecnhology
Landscape 2021. Esse aumento segue a evolução exponencial do marketing
digital, mas também deixa mais complexa a tarefa de empreendedores e de
seus times nessa área de identificar e implementar ferramentas que
atendam às dinâmicas do mercado e os objetivos do negócio.
Para ajudar neste desafio, selecionamos 15 ferramentas de marketing
digital essenciais para alavancar negócios e aumentar a presença
digital. Utilizando-as, o empreendedor será capaz de acompanhar a
performance dos canais digitais, gerenciar metas e
KPI’s(indicadores-chave de desempenho), otimizar a dinâmica da sua
equipe e gerar insights valiosos com base em fatos e dados.
1. Google Analytics
O Google Analytics é a ferramenta gratuita mais utilizada pelos
profissionais de marketing digital. Ele tem como principal objetivo
monitorar o tráfego de um site, e-commerce ou aplicativo.
Dentro da plataforma é possível analisar relatórios-padrão e também
customizar os dashboards de acordo com a necessidade do seu negócio.
Além dos dados referentes à experiência do usuário, ele também fornece
informações proprietárias do Google sobre a audiência, como idade,
gênero, interesses, afinidades e segmento de mercado.
Veja abaixo algumas informações disponíveis:
Visitas – Número total de visitantes, páginas por sessão e tempo da visita;
Origens de tráfego – De onde estão vindo os acessos do site (direto, orgânico, mídia paga, redes sociais, referência e outros);
Metas – Quais foram as metas alcançadas e suas respectivas origens;
E-commerce – Como está o desempenho da sua loja virtual;
Marketing – Quais são as campanhas de marketing que geram melhores resultados;
2. SimilarWeb
Com o SimilarWeb é possível analisar dados de tráfego de qualquer
site ou aplicativo. Com estas informações é possível realizar um
benchmark da concorrência, identificar novos competidores, descobrir
novos mercados e mapear tendências.
Eles coletam diariamente 5 bilhões de eventos que são categorizados e
higienizados, ou seja todos os dados considerados ruins ou com
problemas são excluídos. Entre as informações disponibilizadas
gratuitamente estão:
Overview: Total de visitas, engajamento, origens de tráfego
Audience Interests: Categorias e Tópicos;
Search: Percentual de tráfego orgânico, palavras orgânicas e pagas;
Social: Percentual de tráfego por rede social;
Display Advertising: Percentual de tráfego de anúncios Display e share de canais;
Similar: sites e aplicativos semelhantes;
3. Google Search Console
O Google Search Console é uma plataforma gratuita para monitorar e
preservar a presença de um site nos resultados de busca do Google. O
Search Console oferece um dashboard completo com muitas informações
importantes,que impactam diretamente no desempenho da página quando o
foco é ranqueamento no mecanismo de busca do Google.
Abaixos estão as principais informações do Search Console para realizar uma auditoria de SEO:
Aparência de pesquisa (Search Appearance): Como o Google está lendo cada parte das páginas – títulos, descrições, imagens etc.;
Tráfego de pesquisa (Search Traffic): O que as pessoas estão procurando no Google que as leva a clicarem (ou não) no seu site;
Índice do Google (Google Index): Como está o desempenho do Google em
indexar as páginas do seu site e identificar as palavras-chave que mais
aparecem;
Rastreamento (Crawl): Quais são os problemas robôs do Google estão
tendo na hora de vasculharem as páginas do seu site em busca de conteúdo
relevante;
Problemas de segurança: Notificações de problemas de segurança detectados em seu site;
Para entender com mais profundidade cada item,a Cristine Basso,
consultora de Marketing da Resultados Digitais fez um post detalhado
sobre estes pontos.
4. Hotjar
Para melhorar a experiência do usuário de um site é importante
monitorar as interações dos usuários com todos os elementos da página. A
ferramenta Hotjar oferece um pacote completo para mapear a jornada do
consumidor dentro do site:
Heatmaps: mostra por onde os visitantes passaram o mouse na tela;
Clickmaps: indica as áreas onde os visitantes mais clicaram em seu site;
Scrollmaps: mostra a profundidade de rolagem do mouse dentro de uma página;
Visitor Recordings: grava a sessão do usuário em vídeo acompanhando o movimento do mouse e cliques.
Feeback Poll: enquetes com perguntas sobre o conteúdo e pesquisas de satisfação como por exemplo NPS (Net Promoter Score);
Test User: seleciona usuários para realizar testes de experiência e design;
Com essas informações é possível priorizar mudanças de layout,
otimizar as taxas de conversão, criar experimentos, melhorar os CTAs
(call-to-action) dentre outras ações.
5. Google Tag Manager
Implementar e administrar tags de acompanhamento de diferentes
ferramentas de monitoramento pode ser uma missão complexa e normalmente
envolve o time de TI. Para centralizar e simplificar a gestão destas
tags o Google criou o Tag Manager.
Com esta ferramenta, qualquer profissional que tenha acesso à
plataforma pode adicionar ou alterar tags sem ter que acessar a linha de
código do site. O Tag Manager aumenta a agilidade e autonomia do time
de marketing, possibilitando atualizações de scripts no site em tempo
real de maneira centralizada e segura.
6. Canva
Uma excelente ferramenta gratuita de design. Os principais
diferenciais do Canva são a sua interface intuitiva, as inúmeras opções
de layout e customização dos templates. Ele permite também que o time
colabore com sugestões pontuais, tornando o processo de aprovação e
compartilhamento dos criativos menos burocrático e mais rápido.
Abaixo estão alguns templates que o Canva oferece:
Posts para Redes Sociais (Facebook, Pinterest, Instagram, Twitter, Google +);
Infográficos;
Newsletters;
Gráficos e muito mais.
7. RD Station
A RD Station é uma plataforma completa de automação de marketing, com
todas as funcionalidades necessárias para automatizar os processos de
uma estratégia de Marketing Digital. Ele possibilita às empresas atrair
visitantes ao site, transformar visitantes em oportunidades de negócio,
relacionar-se com esses potenciais clientes, fechar vendas e analisar o
ROI (retorno sobre investimento) de cada canal.
Um ponto muito forte desta ferramenta é a funcionalidade dedicada à
inteligência de negócios, que permite entender quais canais e campanhas
estão trazendo mais retorno e como está o desempenho geral dos negócios,
possibilitando uma melhor tomada de decisão no futuro.
Entre as funcionalidades disponíveis no RD Station estão:
Dashboards;
Planejamento de projetos (Planos de Sucesso);
Análise de SEO;
Landing Pages, formulários e pop-ups;
E-mail Marketing;
Automação de Marketing;
Gerenciamento e segmentação de contatos;
Qualificação de contatos (Lead Scoring);
Inteligência de negócios (Marketing BI);
8. Buzzsumo
O BuzzSumo é uma ferramenta muito eficaz para identificar os
conteúdos que melhor performaram nas redes sociais sobre um determinado
assunto. A dinâmica é bem simples: digite o tópico a ser analisado na
barra de busca, e o aplicativo retornará os conteúdos com maior número
de compartilhamentos gerais e também separados pelas principais redes
sociais.
Para tornar a busca ainda mais assertiva, o BuzzSumo possibilita
filtrar os resultados por data, linguagem, país, domínio e tipo de
conteúdo. Além da pesquisa, ele também oferece um quadro com tendências
em tempo real que também podem ser filtrados por temas como negócios,
tecnologia, notícias, entretenimento, vídeos e personalizado.
Analisando os conteúdos mais compartilhados, é possível identificar
correlações entre palavras-chave, tipo de linguagem, títulos,
descrições, profundidade, dentre outras informações que podem auxiliar
na produção ou otimização de conteúdos sobre determinado com base em
dados atualizados em tempo real sobre o engajamento dos usuários em
diversas plataformas.
9. Keyword.io
A Keyword.io é uma ferramenta que ajuda a descobrir quais são as
palavras e termos que as pessoas estão digitando nos principais
mecanismos de busca (Google, YouTube, Bing, Amazon e App Store). Ela
utilizada os resultados do Google Autocomplete para gerar centenas de
sugestões de palavras long-tail.
Para otimizar a busca é possível adicionar palavras-chave negativas
e, desta maneira, filtrar termos que não agregam valor para análise em
questão. Outro recurso interessante é a lista de perguntas, ou seja a
ferramenta consegue identificar quais são as questões mais frequentes
sobre um determinado tópico.
Esta é uma ferramenta simples mas poderosa que pode contribuir para
diferentes áreas do Marketing Digital como mídia paga, produção de
conteúdo e SEO.
10. Slack
O Slack é um software de comunicação corporativa que permite a
criação de canais que podem ser divididos por times, projetos, tópicos
ou qualquer assunto que seja relevante e necessite de um canal
específico como por exemplo um fórum de gestão de crise.
Um ponto forte do Slack, além de fortalecer a comunicação entre as
equipes e organizar as informações e arquivos,são as integrações. Ele
permite a conexão com diversos aplicativos como ferramentas de
gerenciamento de tarefas, redes sociais, Google Drive, Dropbox, etc.
Esta solução é interessante porque as conversas internas ficam bem
mais organizadas e os arquivos mais fáceis de serem encontrados, uma vez
que a pesquisa interna é robusta e rápida.
11. Trello
Grande parte das iniciativas de marketing digital é multidisciplinar e
envolve diversas pessoas e áreas, por isso fazer o planejamento e a
gestão de todos os processos que estão em andamento é uma tarefa muito
difícil. O Trello pode ajudar nesta missão. Ele é uma ferramenta
colaborativa para organizar projetos em quadros, conceito semelhante à
metodologia Kanban.
A simplicidade do Trello é o segredo do sucesso, ele possui diversos
recursos para gerenciar não só os projetos em andamento como o
desempenho da equipe como um todo. Por meio da análise dos quadros,
cartões, etiquetas e checklists, gerenciar e atualizar os prazos e
status de cada projeto é uma tarefa simples e intuitiva.
O Trello possui um sistema bem eficiente de notificações via e-mail,
basta começar a seguir um quadro para receber todas as atualizações em
tempo tempo. Também é possível criar times e delegar tarefas,
compartilhar arquivos e filtrar os quadros por palavra-chave, status,
tag, etc.
Ele também disponibiliza um aplicativo para que você possa acompanhar
os projetos onde estiver. Para entender melhor como funciona a gestão
de projetos de marketing digital por meio do Trello, leia o artigo do
Ícaro Iasbek no blog da plataforma.
12. Hootsuite
O Hootsuite é uma ferramenta criada para otimizar e automatizar o
engajamento nas redes sociais. Em um único painel é possível gerenciar
as contas de todas as redes sociais da empresa, monitorar menções,
responder comentários, agendar posts e acompanhar palavras-chave
importantes para o negócio, com o objetivo de encontrar novos leads e
engajar influenciadores no mundo das redes sociais.
A ferramenta disponibiliza soluções para:
Analisar dados das redes sociais;
Engajar a audiência;
Publicar e agendar posts em vários canais;
Monitorar palavras-chave e gerar insights;
Criar fluxos de aprovações;
Permissões específicas para cada nível de usuário;
O Hootsuite permite o gerenciamento completo dos canais sociais o que
facilita a rotina do empreendedor ou do seu departamento de Marketing.
13. Unbounce
Criar uma landing page para divulgar um determinado produto ou
serviço é uma estratégia de sucesso para gerar leads e capturar
informações relevantes para o negócio. A missão da Unbounce é
democratizar a construção de landing pages e aumentar suas taxas de
conversão.
Com a Unbounce qualquer pessoa é capaz de criar uma Landing Page. A
plataforma é intuitiva, e a maioria de suas funcionalidades é baseada na
tecnologia de arrasta e solta. Portanto, para criar uma página basta
arrastar e soltar os elementos como caixas de texto, imagens,
formulários, videos, botões e muito mais.
Eles também oferecem ferramentas para otimizar as conversões dentro
da página como pop-ups, teste A/B de conteúdo, textos dinâmicos que
conversam com os anúncios que direcionam os usuários a landing page e
formulários customizáveis.
Além destas funcionalidades o Unbounce integra com ferramentas de
gerenciamento de conteúdo, CRM, automação de marketing e e-mail
marketing. Estas integrações são importantes, porque elas reduzem os
esforços para unificar e consolidar a análise de dados em um único
sistema manualmente.
14. Mailchimp
O Mailchimp é uma ferramenta de e-mail marketing simples e fácil de
configurar. Sua plataforma é bastante intuitiva e suas funcionalidades
atendem tanto às necessidades de um pequeno negócio quanto às de
empresas com um grande volume de disparos e réguas de relacionamento
complexas.
Dentre os principais recursos estão:
Plataforma para criação de e-mails (conceito arrasta e solta);
Templates de e-mail personalizáveis;
Segmentação avançada de assinantes;
Automações com base no comportamento do usuário no site;
Relatórios que podem ser compartilhados com o time;
Aplicativo para gerenciar suas campanhas;
15. Sumome
Gerar tráfego relevante e converter usuários em leads são grandes
desafios para os profissionais de marketing digital. O Sumome ajuda
nestas duas tarefas:para aquisição de leads ele oferece pop-ups, scroll
boxs, smart bars e formulários de contato. Para aumentar o tráfego do
site as opções são compartilhamento de imagens e conteúdos em redes
sociais.
Algumas das funcionalidades que tornam o Sumome uma ferramenta poderosa são:
Teste A/B de imagens e mensagens;
Inserção de campos personalizados;
Dashboard dentro da própria plataforma;
Segmentação de público avançada (origem de tráfego, página, dispositivo, local, parâmetros na URL, hashtags…) ;
Possibilidade de inserção de códigos de acompanhamento de conversão;
Regras de exibição de acordo com o comportamento (tempo no site ou ação);
Integrações com diversas ferramentas de CRM e Marketing Digital;
Quando comparamos as respostas das empresas de diferentes níveis de
maturidade é interessante observar que as percepções são diferentes,
justamente porque as empresas que dominam as ferramentas possuem maior
histórico de sucesso na obtenção de resultados.
Direcionamento aprimorado/otimizado das campanhas de marketing
No geral, o principal benefício mencionado pelos entrevistados foi o
de direcionamento aprimorado/otimizado das campanhas de marketing.
No entanto, enquanto 82% das empresas de alta maturidade usufruíram
desse benefício, apenas 64% das empresas de baixa maturidade conseguiram
o mesmo.
Insights mais profundos do cliente
Quando comparamos os resultados de outro benefício mencionado:
“insights mais profundos do cliente”, 81% das empresas de alta
maturidade conquistaram esse feito, em comparação com apenas 55% das
empresas de baixa maturidade.
Maior geração de leads
As empresas de alta maturidade se mostraram muito mais propensas do
que as de baixa maturidade a relatar maior geração de leads, melhorias
nas taxas de conversão e aumento da receita de vendas.
Porque não basta apenas ter as ferramentas certas para obter resultados
As ferramentas de marketing digital, ou então martechs, são parte
fundamental para realização das ações estratégicas desenvolvidas pelas
empresas. No entanto, com a vasta disponibilidade dessas tecnologias no
mercado, há uma grande tendência de que elas sejam contratadas, mas não
tenham o potencial de funcionalidades aproveitado, o que demonstra um
desperdício de investimento.
O estudo é uma prova de que quanto maior o domínio de um conjunto de
ferramentas, maior será o número de resultados ou métricas obtidas a
partir delas.
UM MARKETPLACE DIGITAL IGUAL AO DA STARTUP VALEON PODE AJUDAR QUALQUER NEGÓCIO?
Moysés Peruhype Carlech e Fernanda – Jet.
Sim e podemos ajudar muito a alavancar as suas vendas e tornar a sua
empresa mais competitiva no mercado se forem utilizados os serviços da
Startup Valeon e temos a certeza que vamos melhorar o seu posicionamento
digital e utilizando uma boa estratégia comercial podemos trazer
retorno financeiro para a grande maioria dos negócios das empresas da
nossa região do Vale do Aço, afinal de contas, já atingimos a marca de
mais de 100.000 acessos.
O sucesso do modelo dos marketplaces está
expresso nos números registrados no último ano: o crescimento em 2020
chegou a 52%, acima dos 41% do segmento de e-commerce.
Essas informações foram apuradas pela E-bit/Nielsen, que também
indica que o total de pedidos do marketplace chegou a 148,6 milhões, um
crescimento de 38% em relação a 2019, o que resultou em um faturamento
de R$ 73, 2 bilhões para o segmento.
A atenção recebida pelos “shoppings virtuais” tem razão de ser. São
gerenciados por empresas que arcam com a parte operacional e, com isso,
as lojas cadastradas podem se dedicar ao cuidado de suas páginas e às
ofertas de produtos.
Para quem tem um e-commerce, os marketplaces devem ser vistos como uma oportunidade reforçar as estratégias de vendas.
Outro fator importante é a possibilidade de ampliar seus pontos de
interação com o cliente, o que atende ao comportamento omnichannel do
público.
Porém, para aproveitar melhor as possibilidades, é importante que
você saiba quais são as vantagens do marketplace e como ele pode
auxiliar o desenvolvimento do seu negócio.
1- Otimização dos recursos
A estruturação de um e-commerce não é simples. E, por mais que você
faça tudo certo, os resultados precisam de tempo para serem
consolidados.
Ao integrar a sua loja a um marketplace, esse processo é facilitado.
Ao mesmo tempo em que trabalha para fortalecer a sua marca, o lojista
tem como expor seus produtos num canal que já conta com uma audiência
significativa.
Basta que o lojista negocie e pague a mensalidade do marketplace para
que possa começar a negociar seus produtos ou serviços. Além disso,
essas operações oferecem expertise, tráfego, visitação e mídia para que
seus parceiros possam desenvolver seus negócios.
2- Alcance de clientes
Desenvolver uma loja virtual própria e recorrer às redes sociais para
divulgar produtos ou serviços requer um trabalho de divulgação para
alcançar um número maior de clientes.
Com o marketplace, esse trabalho ganha ainda mais abrangência e, com
isso, é possível gerar um fluxo maior de consumidores, uma vez que há
modelos próprios de divulgação, o que acaba favorecendo as empresas que o
integram.
Além disso, esses “shoppings virtuais” , como o da Startup Valeon,
não divide os custos de marketing com os seus parceiros custeando ele
próprio o processo de aquisição de clientes nas redes sociais.
3- Volume de dados
Os marketplaces têm o costume de oferecer aos seus parceiros diversos
dados sobre as suas vendas e seus desempenhos dentro da plataforma e
faz métricas diárias das consultas dos seus clientes.
Essas informações são bastante estratégicas para qualquer empresário que deseje desenvolver o seu comércio online e melhorar o seu desempenho na internet.
Isso porque conseguem planejar suas ações, promoções e precificar
produtos e serviços com mais eficiência, o que aumenta as chances de
converter os visitantes do marketplace em seus clientes.
4- Integração com outras ferramentas
Muitos empresários podem acreditar que ao entrar para um marketplace
não poderá usar suas ferramentas digitais favoritas: CRMs, software de
preços ou inventários.
Porém, não existe essa limitação e as empresas podem seguir usando seus mecanismos de otimização de resultados.
É possível explorar tantos as informações fornecidas pelos
marketplaces quanto os dados gerados pelos seus mecanismos de gestão e
controle, o que pode fortalecer ainda mais suas estratégias online.
5- Aumento de vendas
Com uma estrutura corretamente desenvolvida, processos de divulgação
bem construídos e apoio aos parceiros, os marketplaces conseguem atrair
um bom volume de visitantes para o seu site.
Quanto maior a exposição de produtos ou serviços, maior são as
chances de aumentar as suas vendas. É preciso apenas que as lojas online
saibam trabalhar seus produtos ou serviços na internet e convencer os
consumidores de que conta com as melhores mercadorias e preços.
6- Diversificação de público
Com um número maior de pessoas tendo contato com seus produtos ou
serviços, há possibilidade que alcance consumidores que, em um primeiro
momento, não conseguiria atingir.
Isso favorece não apenas as suas vendas, mas também estimula os
lojistas a buscarem novos produtos ou desenvolverem novos serviços para
atender a sua nova demanda.
Esse processo é essencial para que as empresas ganhem mercado e busquem constantemente o seu desenvolvimento.
Agora que você já sabe quais as vantagens do marketplace, que tal
descobrir como eles podem auxiliar no crescimento dos pequenos negócios?
Marketplace e o crescimento das empresas
Construir um modelo próprio de venda online é um desafio para as empresas, porém pode ser bastante recompensador.
Em 2020, o setor teve um crescimento de 41% se comparado com o ano
anterior e a expectativa é de que siga alcançando bons resultados em
2022, até em razão da aceleração do processo de transformação digital.
Dessa forma, com um trabalho bem-feito, as empresas podem conquistar
boa margem de lucro com o comércio eletrônico. Afinal, o perfil do
consumidor tem mudado e ficado aberto às compras online.
Mas, para isso, é necessário utilizar um site como a da Startup
Valeon que ofereça boa experiência para os consumidores e conte com
estrutura logística e capacidade de estoque para dar conta do trabalho.
O marketplace é uma opção que pode potencializar ainda mais um
comércio eletrônico, pois conta com um modelo de negócio estruturado e
testado.
Assim, empresas de qualquer setor conseguem melhorar o desempenho de
seus e-commerces ao estabelecer mais um canal de divulgação e venda.
Para aproveitar melhor as oportunidades, é importante contar com as ferramentas adequadas para fazer a gestão da operação.
Exemplo disso é a plataforma comercial
da Startup Valeon, que tem suas páginas desenvolvidas justamente para
conectar a sua loja aos principais consumidores do mercado.
Com isso, além de ter todo o suporte necessário para destacar seus
produtos na internet, o lojista tem como gerenciar todo o universo
envolvido com as suas vendas online, seja na loja própria ou no
marketplace.
Num único local, por exemplo, pode fazer a gestão de estoque, o que
evita a perda de clientes pela falta do produto. O e-commerce é uma
modalidade de negócio que deve seguir ganhando espaço e conquistando
novos clientes. O empresariado deve ficar atento a esse mercado e
aproveitar as vantagens do marketplace para aumentar a sua presença
online e ter acesso facilitado a uma base sólida de usuários.
Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (WApp)
Democracia, liberdade econômica e menos corrupção: o que explica o sucesso dos países Por Olavo Soares – Gazeta do Povo Brasília
Rua de Oslo, a capital da Noruega: país é referência em qualidade de vida.| Foto: Jorge Franganillo
Em
uma ponta, entre os melhores, países como Noruega, Nova Zelândia,
Suíça, Finlândia e Irlanda. Na outra, no grupo dos piores, Sudão,
Venezuela, Coreia do Norte, Afeganistão e a República Centro-Africana.
Essa realidade, em linhas gerais, é a que se observa quando se comparam
nações em diferentes rankings de qualidade de vida, liberdade econômica,
corrupção e democracia. Ou seja, há uma correlação entre esses
indicadores – uns influenciando os outros.
Em suma, o que os indicadores mostram é que, via de regra, países que
estão bem em uma área também se saem bem nas demais, e vice-versa. As
nações mais democráticas são também as com menores índices de corrupção.
E as que dão mais liberdade econômica para seus empreendedores
proporcionam maior qualidade de vida aos seus moradores. A Gazeta do
Povo comparou diferentes rankings de países e procurou especialistas
para compreender a dinâmica de similaridade entre os indicadores. No
geral, a análise é de que um desempenho “puxa” o outro. Ou seja, a
democracia forte permite que os cidadãos fiscalizem o governo e combatam
a corrupção, e a liberdade econômica estimula a produção e o
desenvolvimento econômico. E tudo isso, somado, resulta na melhoria da
qualidade de vida.
Os rankings usados pela Gazeta do Povo para a comparação entre países
são: Democracy Index, da revista The Economist, que avalia a qualidade
da democracia nos países; Índice de Percepção da Corrupção, da
Transparência Internacional, que apura como os países são qualificados
de acordo com a presença de uma estrutura corrupta em suas instituições;
o Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, que analisa as
condições para a economia nos países; e o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), que qualifica os
países de acordo com renda média, escolaridade e longevidade dos seus
moradores.
Veja, abaixo, as primeiras e últimas posições em cada um dos rankings, bem como o desempenho do Brasil neles.
Democracia leva a mais transparência e menos corrupção O advogado
Michael Mohallem, consultor sênior da Transparência Internacional, diz
que uma consequência positiva da implantação de regimes democráticos é a
geração de líderes comprometidos com a prestação de contas à população.
“Democracias mais sólidas geram lideranças mais comprometidas”, diz. A
democracia também leva a uma maior transparência na estrutura estatal.
“E a transparência é um mecanismo de prevenção da corrupção”,
acrescenta.
Segundo Mohallem, um elemento de destaque nos regimes democráticos é a
presença de regras mais nítidas e compreensíveis para ascensão de
pessoas burocracia estatal 0 ou seja, as normas que transformam
servidores em gestores dos escalões que tomam decisões. Com regras mais
claras, sabem-se os motivos que posicionam as pessoas em posições-chave,
e a cobrança fica mais efetiva e de mais fácil execução.
O economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, diz que a
democracia é capaz de “corrigir rumos” e de intermediar conflitos de
interesse. “A democracia também deixa fértil o caminho para discussões e
inovações”, diz Fraga. para ele, isso explica por que países
democráticos tendem a ter mais desenvolvimento econômico.
O economista Marcos Mendes, professor do Insper, avalia que, quando
não há democracia, “quem controla o poder acaba definindo políticas
públicas em favor de um grupo restrito”. Isso, segundo ele, reduz a
qualidade das políticas públicas, por limitá-las a determinados
segmentos.
Segundo Mendes, essa situação foi nítida no Brasil durante a
transição da ditadura militar (1964-1985) para o regime democrático. “Na
hora em que o poder é decidido através do voto, os políticos começam a
querer agradar aos mais pobres, e aí se tem políticas sociais, políticas
de inclusão”, diz. Um exemplo destacado por ele é a universalização da
saúde pública, possibilitada com a implantação do Sistema Único de Saúde
(SUS), criado com a Constituição de 1988.
Mendes avalia ainda que a liberdade econômica também é fruto da
democracia. “Em um ambiente democrático, se tem mais liberdades de
escolha”, diz. Mas, ressalva o economista, mesmo ambientes democráticos
podem cercear a liberdade econômica. “Ela pode ser tolhida em uma
democracia, se a economia estiver dominada por grupos de interesse”,
diz.
Para Armínio Fraga, a liberdade na economia tem “ganhos que se
espalham sem grandes custos” por toda a sociedade. E, segundo ele, o
Brasil perdeu um pouco a possibilidade de se inserir entre os países
mais bem-posicionados nesse indicador. “Por muito tempo, tivemos aqui a
participação muito grande do Estado na economia. E o Estado não é um bom
empresário. O Estado é importante em alguns aspectos. Mas, como
empresário, é uma experiência fracassada.”
Pandemia de Covid-19 afetou liberdades Os rankings da The
Economist e da Heritage Foundation são consensuais em apontar que a
pandemia de coronavírus prejudicou as liberdades e a qualidade de vida
em escala global. O Democracy Index aponta que a pandemia “agravou
tendências já existentes” de autoritarismo que se viam em diferentes
países. O texto cita como exemplos de restrição à liberdade os
“lockdowns” e a implantação do chamado passaporte sanitário, que
restringe acessos a pessoas que não tomaram vacinas contra a Covid-19.
Já o relatório da Heritage Foundation, que afere a liberdade
econômica, diz que um desafio para a sociedade global é o de não se
contentar com o retorno do quadro existente antes da deflagração da
pandemia. Segundo a fundação, é necessário um empenho extra, com mais
esforços no sentido de incrementar a liberdade econômica, para se
alcançar o grau de prosperidade anterior.
VEJA TAMBÉM: Cinco decisões recentes do STF que invadiram a competência dos demais poderes “Deepfake” deve invadir campanha eleitoral: entenda como funcionam os vídeos manipulados Quais são os resultados da Lei da Ficha Limpa, que Lula quer mudar se for eleito Países desenvolvidos que não tem democracia são exceção Singapura
é um país que costuma ficar bem-posicionado nos rankings de
desenvolvimento econômico, social e de corrupção, mas se sai mal no de
democracia. O país é o primeiro colocado na lista da Heritage Foundation
sobre liberdade econômica; o quarto na lista da Transparência
Internacional sobre percepção de corrupção; e tem o 11.º melhor IDH do
mundo, segundo a ONU.
No entanto, quando o assunto é democracia, a situação é diferente.
Singapura ocupa apenas a posição 66 na lista dos países mais
democráticos, segundo a revista The Economist. O país tem um histórico
de repressão a opositores, mantém pena de morte para determinados crimes
e acumula denúncias de violação à liberdade de imprensa e de
organização partidária. Além disso, seu governo também registra um
histórico de medidas de restrição a liberdades individuais de seus
cidadãos, como o controle do número de filhos, vigente no passado, e a
proibição de relações homossexuais.
Outro exemplo em que liberdade econômica e democracia não caminharam
juntas é o Chile durante o governo do ditador Augusto Pinochet, que
comandou o país entre 1973 e 1990. Sua gestão foi marcada por prisão de
opositores, com denúncias de tortura e mortes, mas também proporcionou
crescimento econômico. Hoje, o Chile tem o melhor IDH da América Latina.
Para o economista Gil Castello Branco, secretário-geral da ONG Contas
Abertas, os exemplos de Singapura e Chile mostram que “a correlação
entre democracia, liberdade econômica, desenvolvimento e baixa corrupção
nem sempre é plena”.
Michael Mohallem diz que ditaduras que conseguem entregar resultados
sociais satisfatórios são “pontos fora da curva”. E ressalta que as
ditaduras, justamente por inibir a presença de mecanismos de
fiscalização, conseguem ocultar casos de corrupção, sugerindo um status
melhor do que o que realmente ocorre. “A corrupção só é descoberta
quando dá errado”, diz.
Castello Branco entatiza que “eventuais benefícios econômicos jamais
devem ser obtidos à custa de prejuízos à democracia e de restrições às
liberdades individuais”. A opinião é similar à do professor Marcos
Mendes: “A liberdade democrática, de expressão, de ir e vir, tem um
valor em si mesmo. Tem um valor intrínseco. Mesmo que uma democracia
seja pior no sentido de gerar corrupção, de gerar crescimento econômico e
outras coisas, ela tem seu valor intrínseco que é o da liberdade das
pessoas. As pessoas querem ser livres, querem se expressar. Esse é um
valor intrínseco da democracia e por isso ela é superior às ditaduras”.
Destruição em Kharkiv: algumas hipóteses sobre os movimentos
militares na Ucrânia perderam força desde fevereiro, mas prever um
desfecho para a guerra ainda é uma tarefa difícil| Foto: EFE/EPA/SERGEY
KOZLOV
Após seis meses, as linhas de frente na Ucrânia parecem
ter se consolidado. Os movimentos de tropas russas e ucranianas nas
últimas semanas sinalizam para um cenário de guerra de atrito – com
muita violência, mas poucas mudanças de posições no campo de batalha.
Analistas ouvidos por Jogos de Guerra traçaram cenários de como podem se
passar os próximos meses de guerra.
Segundo a ONU, ao menos 5,6 mil civis morreram no conflito e 7,9 mil
ficaram feridos. A estimativa é considerada subestimada, pois órgãos
oficiais não tiveram acesso à maioria das cidades sob domínio russo e
corpos continuam sendo encontrados nas regiões de onde a Rússia se
retirou.
As baixas militares estão sendo divulgadas em meio a um contexto de
guerra da informação. Por isso, devem ser analisadas com cautela. A
Ucrânia disse ter perdido 9 mil combatentes desde 24 de fevereiro, mas o
número pode ser bem maior. A Rússia disse que 1,3 mil de seus soldados
morreram, mas analistas da inteligência britânica estimam que o número
real aproximado seja de 25 mil.
Segundo o general brasileiro da reserva Rui Yutaka Matsuda,
ex-comandante militar do Planalto, as mortes de 9 mil homens do lado
ucraniano e cerca de 25 mil do lado russo estão de acordo com uma
proporção da teoria da guerra: para cada defensor, são necessários três
combatentes da força invasora para viabilizar o ataque.
Assim, é possível dizer que a guerra na Ucrânia já resultou nas
perdas de ao menos 40 mil vidas e na fuga de 6,6 milhões de refugiados
ucranianos para países europeus.
Entre as consequências econômicas da guerra, analistas ocidentais
estimam um prejuízo só dentro da Ucrânia de mais de US$ 113 bilhões (R$
575 bilhões).
Na Europa, a redução do fornecimento de gás russo (que era
responsável por 40% do consumo antes da guerra) colabora para um cenário
no qual o gás natural está dez vezes mais caro que há uma década – o
que já está agravando a crise energética mundial pós-Covid e deve levar a
um grande aumento nas contas de energia nos próximos meses na União
Europeia.
A guerra também desestabilizou o preço do petróleo e levou os Estados
Unidos a recorrer à colocação no mercado de suas reservas estratégicas.
Também tem ocasionado uma escassez de fertilizantes e uma alta mundial
da inflação – que pode levar as maiores economias do mundo a um cenário
de estagnação.
No campo diplomático, a Suíça abandonou sua neutralidade histórica ao
apreender reservas financeiras russas. Finlândia e Suécia estão cada
vez mais próximas de entrar na OTAN (a aliança militar ocidental). A
Alemanha decidiu se rearmar após décadas de escassez de investimentos
militares e a Polônia está comprando um arsenal moderno para fazer
frente a uma possível invasão russa.
Do outro lado do espectro, Moscou vem manobrando para aprofundar cada
vez mais parcerias com países como China, Coreia do Norte e Irã.
Nesse contexto, a corrida armamentista mundial, que havia sido
retomada em 2018, começa a apontar para a realidade da Guerra Fria do
século passado.
Esses eventos ocorrem tendo como pano de fundo uma tentativa de
contestação por parte da Rússia à ordem mundial hegemônica liderada
pelos Estados Unidos – na qual a guerra na Ucrânia é a ação mais
violenta e evidente.
Contudo, a possibilidade da guerra na Ucrânia desencadear a Terceira
Guerra Mundial parece bem mais distante do que aparentava no início do
conflito.
Então, o que pode acontecer durante os próximos meses nos campos de batalha ucranianos?
Analistas ouvidos pela coluna Jogos de Guerra disseram que a
imprevisibilidade da guerra e o fato de não conhecermos os objetivos
finais da Rússia tornam difícil prever desfechos para o conflito.
Mesmo assim, eles ajudaram a estabelecer cenários mais prováveis para o próximo semestre do conflito. Veja abaixo:
Guerra de atrito e ofensiva econômica russa no inverno Esse é o
cenário mais provável. De acordo com Matsuda, tanto Moscou como Kyiv têm
capacidade para sustentar o conflito por um longo período de tempo.
A economia da Rússia não entrou em colapso por causa das sanções
impostas pelo Ocidente e o país possui reservas suficientes de armas e
combatentes para manter o ritmo atual de guerra.
A Ucrânia, por sua vez, conta com apoio firme do Ocidente, o que
garante ao país um fluxo contínuo de armas e recursos financeiros.
Segundo o coronel da reserva Flávio Morgado, professor da Escola de
Comando e Estado Maior do Exército (Eceme) e do Instituto Meira Mattos,
em vez de focar na conquista de mais território, a Rússia deve tentar
desmotivar Washington e seus aliados. “A Rússia quer atacar o centro de
gravidade da Ucrânia, que é o apoio do Ocidente”, afirmou.
Para isso, a ofensiva russa deve se concentrar no campo econômico.
Moscou deve continuar diminuindo o fornecimento de hidrocarbonetos para a
Europa, especialmente o gás natural, para forçar uma alta cada vez
maior nos preços da energia e na inflação no continente.
“A Rússia deve continuar lutando devagar uma guerra de atrito até o
inverno da Europa chegar. Vai haver renovações em contratos de preços de
energia elétrica e de tarifas de gás para aquecimento para o
consumidor. Eles vão ficar mais caros, o que vai piorar o humor da
opinião pública”, afirmou o analista de riscos Nelson Ricardo Fernandes
Silva, da consultoria ARP Risk.
Na Grã-Bretanha, por exemplo, movimentos populares começam a se
organizar para não pagar as contas de luz. De acordo com Fernandes
Silva, é possível que o descontentamento da população com a inflação e o
desemprego decorrentes desse cenário provoquem quedas de governantes
europeus que vêm dando apoio à Ucrânia na guerra.
Assim, segundo Morgado, é possível que as dificuldades econômicas
façam cair o apoio europeu à Ucrânia. O suporte à guerra passaria então a
vir praticamente apenas dos Estados Unidos.
Os US$ 54 bilhões (R$ 273 bilhões) prometidos por Washington a Kyiv
representam somente 10% do orçamento de defesa americano. O país vem
movimentando sua economia ao vender armas para a Ucrânia e gás de xisto
ao mercado europeu, mas se vê em meio a uma crise inflacionária.
Dentro da Ucrânia, a incapacidade das tropas de retomar territórios e
a deterioração econômica decorrente do conflito podem também começar a
minar o apoio popular ao presidente Volodymyr Zelensky.
A Rússia, por sua vez, parece apostar que a pressão econômica sobre
os países ocidentais forçará a Ucrânia a se render. Porém, um cenário
mais provável é que, mesmo com uma eventual diminuição do auxílio
ocidental, a Ucrânia continue lutando – mesmo que tenha que transformar o
conflito em uma guerra irregular, baseada na atuação de partisans e
guerrilheiros. E esse tipo de conflito pode durar anos ou décadas.
Contraofensiva ucraniana no sul A Ucrânia continua apostando em
uma contraofensiva que possa resultar na retomada de ao menos parte do
território ocupado pela Rússia no oblast (província) de Kherson, no sul
do país. Trata-se da única grande cidade capturada pela Rússia a oeste
do rio Dnipro, que divide o país ao meio. O obstáculo geográfico do rio
dificulta que Moscou envie reforços e suprimentos para suas tropas em
Kherson.
A contraofensiva foi anunciada por Zelensky em 24 de julho. Grande
quantidade de tropas ucranianas foi concentrada na cidade vizinha de
Mykolaiv e a artilharia ucraniana bombardeou as pontes sobre o rio
Dnipro. Porém, apesar de intensos combates, as tropas ucranianas não
conseguiram entrar até agora na cidade de Kherson.
O motivo disso pode ser o envio de cerca de 20 mil tropas de reforços
da Rússia para a região. Outra interpretação é que o anúncio da
contraofensiva tenha sido uma ação diversionária, para a Rússia ser
obrigada a tirar tropas de sua ofensiva em Donbas para defender suas
áreas conquistadas no sul do país.
Caso se concretizasse, a tomada de Kherson renovaria o ânimo das
tropas ucranianas. Também atestaria aos países do Ocidente que o
sacrifício econômico ao qual estão se submetendo vale a pena.
Segundo Morgado, para que isso se concretize, a Ucrânia precisa
adquirir superioridade militar – e ela não depende apenas do envio de
armas do Ocidente. A superioridade no campo de batalha resulta de uma
combinação de boas lideranças militares, manobras eficazes no teatro de
operações, quantidade e tipo adequado de armas disponíveis e número de
combatentes armados e adequadamente treinados.
De acordo com ele, o sigilo sobre as ações militares na Ucrânia torna
difícil avaliar, por ora, a qualidade dos generais ucranianos e sua
capacidade de realizar manobras decisivas no campo de batalha.
Ele citou como exemplo a capacidade do exército alemão de realizar
manobras com a chamada blitzkrieg no início da Segunda Guerra Mundial.
Mesmo com um número menor de blindados em relação às forças aliadas, os
alemães conseguiram contornar e inutilizar as linhas de defesa inimigas,
principalmente na França.
Em relação a armas e equipamentos, os ucranianos precisam receber não
só a quantidade adequada, mas também armamentos de gerações mais
modernas, que possam subjugar as das forças russas. Exemplos delas são
os lançadores de foguetes Himars americanos, que têm permitido à Ucrânia
destruir depósitos de munições de postos de comando dos russos atrás
das linhas de frente.
Além disso, também é preciso que os militares ucranianos sejam
treinados para utilizar essas armas, caso contrário, elas não farão
diferença significativa no campo de batalha.
Só os Estados Unidos já anunciaram o envio direto de cerca de US$ 9
bilhões em armas, que estavam em seus estoques. Em paralelo, nações
europeias estão cedendo artilharia e blindados de seus próprios
arsenais. Empresas privadas contratadas por Washington estão correndo o
mundo com o objetivo de comprar armas que os ucranianos sejam capazes de
operar.
A pressa da Ucrânia e do Ocidente em adquirir superioridade militar
sobre a Rússia se baseia em uma suspeita: o Kremlin estaria se
preparando para realizar em setembro plebiscitos para anexar territórios
conquistados em Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk.
Os analistas se dividem sobre a intenção da Rússia de formalizar
anexações de território. Por um lado, isso permitiria a Moscou defender
melhor a região. Isso porque, uma vez que a área se torne território
russo, o governo de Vladimir Putin poderia recorrer à doutrina militar
nacional para, de forma “legítima”, usar armas nucleares táticas (de um
décimo a um quinto da força da bomba de Hiroshima) para a defesa das
novas regiões do país.
Sob outro ângulo, a anexação formal pode trazer problemas para a
Rússia em manter a estabilidade em seu novo território. Partisans
ucranianos já demonstraram que têm capacidade de lançar ações efetivas
de guerrilha contra a administração russa, especialmente em Melitopol e
na Crimeia.
Nova ofensiva russa Uma série de ataques partisans a bases e
depósitos de armamentos e assassinatos de autoridades de Moscou em
território ocupado fizeram formadores de opinião e veículos de
comunicação russos aumentarem a pressão sobre o Kremlin. Eles pregam que
uma retaliação seja feita por meio da intensificação da guerra na
Ucrânia. Mas o governo de Vladimir Putin até agora não vinha pautando
suas ações com base na opinião pública do país.
Na última semana, porém, Putin determinou um acréscimo de 137 mil
combatentes às forças armadas russas – cujo número total deve passar em
breve para 1,15 milhão de militares.
Não está claro se o número equivalente de combatentes será enviado
para a linha de frente na Ucrânia. A Rússia mobilizou para a guerra
entre 200 mil e 300 mil soldados.
Há ainda rumores de que, após a destruição de aeronaves em uma base
da Crimeia, a Rússia esteja enviando centenas de aviões e helicópteros
para serem usados na guerra da Ucrânia. Essa informação vem à tona em
meio a uma iniciativa do Kremlin de comprar cerca de mil drones
iranianos, capazes de voar por mais de 17 horas seguidas e lançar
mísseis contra unidades de artilharia ucranianas.
Em teoria, esses reforços aéreos poderiam anular a vantagem
momentânea obtida pela Ucrânia – gerada pelo uso de ao menos 16
lançadores de foguetes Himars americanos no campo de batalha.
Para combatê-los, os EUA anunciaram que enviarão à Ucrânia baterias
antiaéreas do tipo Nasams – que podem abater mísseis, drones e aeronaves
a uma distância de 30 a 50 quilômetros.
Assim, uma das hipóteses de cenário é que, com reforços, a Rússia
continue avançando sobre Donetsk, no leste do país, ou mesmo ataque as
tropas ucranianas que pretendiam lançar uma contraofensiva a partir de
Mykolaiv.
Os analistas divergem, porém sobre as possíveis intenções da Rússia
de avançar em direção a Odesa – para tomar todo o litoral ucraniano e
privar o país de uma saída para o mar. Em teoria, impossibilitada de
exportar sua produção agrícola por mar, a Ucrânia caminharia para se
tornar um Estado falido.
Segundo Fernandes Silva, a marinha russa poderia se aproximar do
porto de Odesa pela mesma rota estabelecida pela ONU para escoar a
produção de grãos na Ucrânia e diminuir a possibilidade de uma crise
mundial de alimentos. “A Rússia pode estudar a rota dos cargueiros para
assim evitar as minas marítimas e desembarcar tropas em Odesa”, disse.
Já Matsuda disse acreditar que isolar a Ucrânia de uma saída para o
mar não parece estar entre os objetivos principais da Rússia no momento.
Segundo ele, o Kremlin tem mais interesse em minar o apoio ocidental à
Ucrânia do que conquistar mais território ou desestabilizar a produção
agrícola do inimigo.
Apesar disso, qualquer manobra para a invasão de mais território
ucraniano depende da chegada de reforços para o que a Rússia chama de
“operação militar especial”. As tropas russas que estão atualmente no
terreno parecem não ser capazes de avançar para além de onde já
chegaram.
Catástrofe nuclear na usina de Zaporizhzia Também não pode ser
descartada a hipótese de um acidente nuclear de grandes proporções na
usina nuclear de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar. A maior usina
nuclear da Europa foi conquistada pelos russos em 4 de fevereiro e
mantém dois de seus seis reatores em operação. Quando opera normalmente,
ela é responsável pela geração de 19% da energia consumida na Ucrânia.
Os reatores do complexo são projetados para aguentar um impacto
acidental de mísseis, foguetes ou granadas de artilharia que vêm sendo
usados tanto por Rússia quanto por Ucrânia até agora na guerra.
Porém, o medo é que o ambiente de guerra e a pressão sobre os
técnicos que operam a usina gere uma série de falhas em cascata que leve
a um vazamento de radioatividade de grandes proporções.
Na última semana, um incêndio provocado por um bombardeio de autoria
desconhecida desconectou momentaneamente a usina da rede elétrica da
Ucrânia. O evento não gerou a falha em cascata mas apavorou tanto a
população local como especialistas em energia nuclear.
Isso porque usinas nucleares do modelo de Zaporizhzia precisam de uma
fonte externa de alimentação independente de sua própria produção
elétrica. Ela alimenta um sistema de bombas de água que resfriam
continuamente reatores nucleares (em uso ou desligados) e piscinas de
armazenamento de combustível nuclear usado. Se esse sistema falhar, pode
ocorrer derretimento dos reatores ou incêndios nas piscinas de material
usado.
Tais cenários foram evitados na última semana com a substituição da
rede principal de energia pela alimentação com eletricidade gerada em
uma termoelétrica localizada nas proximidades.
Mas se a medida tivesse falhado e outros sistemas de segurança – como
geradores a diesel – não funcionassem, uma catástrofe poderia ocorrer.
Especialistas dizem que ela não seria tão grave quanto os acidentes
nucleares de Chernobyl (1986), no norte da Ucrânia, ou Fukushima (2011),
no Japão.
Mas a liberação de radiação poderia matar civis e combatentes no
entorno da usina em questão de horas ou dias. Equipes de contenção e
limpeza teriam dificuldade de chegar ao local e, uma vez lá, poderiam
ser expostas a níveis mortais de radiação.
Uma nuvem de radiação poderia se formar e atingir não só outras
partes da Ucrânia, mas como também da Rússia e de países europeus. Ela
poderia inutilizar produções agrícolas de diversos países e gerar
consequências negativas de saúde em populações inteiras.
Em paralelo, um acidente dessas proporções tem potencial para
aumentar significativamente o número de refugiados de guerra, que já
passa dos 6,6 milhões.
Tal acidente dificilmente acabaria com a guerra. Ele tornaria o
teatro de operações ainda mais complexo e poderia dar margem a uma
escalada de proporções no conflito.
Cenários que perderam força Desde o início da guerra, analistas
militares vêm especulando sobre uma série de cenários possíveis. Muitos
deles não se concretizaram – pois a guerra está mais para o reino da
incerteza do que para uma ciência exata.
Um deles era o conflito direto entre a Rússia e forças da OTAN.
Porém, o Kremlin, Washington e seus aliados foram cautelosos e tomaram
medidas para diminuir essa possibilidade. Hoje, poucos analistas apostam
que esse cenário poderia ocorrer e fazer a guerra se espraiar pela
Europa.
A mobilização de forças russas equipadas com armas nucleares no
início do conflito levou analistas e a opinião pública a temer a quebra
do chamado tabu nuclear. O uso de uma arma nuclear tática, em tese,
poderia deflagrar a Terceira Guerra e, em um cenário extremo, a
destruição mútua da Rússia e do Ocidente.
A mobilização inicial das forças nucleares da Rússia em fevereiro é
entendida hoje como um recado do Kremlin para a OTAN não entrar
diretamente no conflito.
Para minimizar os riscos, o Ocidente passou a divulgar que, se a
Rússia detonasse uma arma nuclear de pequeno potencial de destruição, a
resposta da OTAN ocorreria por meio de um ataque de grandes proporções,
mas com forças convencionais e não nucleares. Mas esse cenário parece
bastante remoto na conjuntura atual da guerra.
Outra hipótese era que Putin determinasse mobilização nacional,
marcando uma escalada da chamada “operação militar especial” para uma
guerra absoluta. Isso iria requerer conscrição em massa de civis russos –
o que poderia diminuir a popularidade do governo mesmo em um regime
autocrático.
Segundo Matsuda, se a guerra acabasse agora – o que é pouco provável
-, tanto o Ocidente quanto a Rússia poderiam clamar diferentes tipos de
vitórias.
Washington e seus aliados poderiam argumentar que países antes
neutros, como Suécia e Finlândia, se alinharam ao Ocidente. Os EUA
poderiam dizer que após anos de negligência, a Europa voltou a destinar
os devidos recursos para alimentar a OTAN.
Moscou poderia argumentar que libertou russos étnicos do governo
ucraniano pró-Ocidente e que, ao conquistar 20% do território da
Ucrânia, afastou a OTAN para mais longe de suas fronteiras.
Só a Ucrânia sairia perdedora no momento. Embora tendo mantido a
autonomia de seu governo, perdeu territórios importantes e uma
quantidade inestimável de vidas.
“Eu acredito que não é possível prever com exatidão como isso vai
acabar. Nem os governantes envolvidos devem saber com certeza. Essa
guerra é como um jogo de pôquer, em que a maioria das cartas corre
embaixo da mesa”, afirmou o general Matsuda.
Corrupção e preços lideram assuntos mais buscados sobre os candidatos à presidência
PorGazeta do Povo
Ferramenta mostra os assuntos mais procurados na internet sobre
os candidatos à presidência, como corrupção e preços.| Foto:
montagem/EFE e divulgação/campanha
Uma ferramenta criada pelo
Google em parceria com a Band aponta que assuntos como corrupção e
preços são os mais buscados na internet sobre quatro dos seis candidatos
à presidência da República que vão participar do debate deste domingo
(28).
Até o final da tarde deste sábado (27), nas buscas feitas por
assuntos relativos a Jair Bolsonaro (PL), os internautas citam preços,
corrupção, Covid-19, TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e vacina entre os
interesses em torno do candidato. Já nas buscas por Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), também são citados preços e corrupção como os primeiros
assuntos, mas, ainda, crime, aborto e TSE.
Por outro lado, o tema corrupção é o primeiro a ser citado nas buscas
relativas a Ciro Gomes (PDT), seguido por transposição do Rio São
Francisco, democracia, chuva e combustível. E, para Simone Tebet (MDB),
os internautas citam TSE, corrupção, preços, aborto e agronegócio.
Soraya Thronicke (União Brasil) e Luiz Felipe d’Ávila (Novo) não são
citados na ferramenta, apenas em perguntas inteiras como “Quem é Soraya
Thronicke” e “Quem é Felipe d’Ávila”.
O primeiro debate entre os candidatos à presidência da República de
partidos com representação na Câmara dos Deputados é neste domingo (28),
a partir das 21h, com transmissão nos canais Band e TV Cultura, jornal
Folha de São Paulo e portal UOL.
Ministro confirma ida de Bolsonaro a debate; Lula também participará PorGazeta do Povo
Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT)| Foto: Clauber Cleber Caetano/PR e Ricardo Stuckert
O
ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, confirmou na tarde deste sábado
(27) que o presidente Jair Bolsonaro deve participar do debate
presidencial promovido pela TV Band, Uol, Folha e TV Cultura neste
domingo (28).
Na sexta (26), em entrevista ao Programa Pânico, Bolsonaro já havia
adiantado que pretendia participar do evento. “Devo estar [no debate] no
domingo. Num momento achei que não deveria ir, mas agora acho que devo
ir”, disse ele.
O ex-presidente Lula também confirmou participação no debate. Em uma
postagens em suas redes sociais, Lula compartilhou uma imagem de um
calendário indicando a data de 28 de agosto com os dizeres “Nos vemos na
Band amanhã, 21 horas”.
Além de Bolsonaro e Lula, foram convidados para o debate Ciro Gomes
(PDT), Simone Tebet MDB), Luiz Felipe d’Avila (Novo) e Soraya Thronicke
(União Brasil), de partidos com representantes na Câmara de Deputados.
Brasil tem no lugar do STF uma polícia de ditadura que se comporta como se as leis do País não existissem
J.R. Guzzo – Jornal Estadão
O Brasil deixou de ter um Supremo Tribunal Federal.
Tem, em seu lugar, uma polícia de ditadura, que invade casas e
escritórios de cidadãos às 6 horas da manhã, viola os direitos civis das
pessoas que persegue e se comporta, de maneira cada vez mais agressiva,
como se as leis do País não existissem – é ela, na verdade, quem faz a
lei, e não presta contas a ninguém. Essa aberração é comandada pelo
ministro Alexandre de Moraes e
tem o apoio doentio de colegas que se comportam como fanáticos
religiosos; abandonaram os seus deveres de juízes e se tornaram, hoje,
militantes de uma facção política. Seu último acesso de onipotência é
essa assombrosa operação contra o que chamam de “empresários golpistas”.
Não há um miligrama de prova, ou qualquer indício racional, de que as
vítimas do ministro tenham cometido algum delito contra a ordem
política, social ou constitucional do País; tudo o que fizeram foi
conversar entre si nos seus celulares privados. Que crime é esse? E,
mesmo que tivessem feito alguma coisa errada, cabe exclusivamente ao Ministério Público fazer
a denúncia criminal. A lei diz que ninguém mais pode fazer isso; um
juiz nunca é parte da investigação, ou de nenhuma causa, cabendo-lhe
apenas julgar quem está com a razão – a acusação ou a defesa. Mais:
ainda que estivesse tudo certo com o inquérito, e nada está certo nele,
os empresários não poderiam ser julgados no STF, pois não têm o foro
especial indispensável para isso. Os advogados não têm acesso aos autos –
e isso não existe em nenhuma democracia do mundo. Também não existem
ministros de Suprema Corte que tenham uma equipe de policiais a seu
serviço e sob o seu comando.
O ministro Alexandre de Moraes e
a maioria dos seus colegas de STF querem o presidente Bolsonaro fora do
governo – é disso, e só disso, que se trata, quando se deixa de lado o
imenso fingimento da lavagem cerebral contra os “atos antidemocráticos”.
Tudo bem: muita gente também quer. A questão real, a única questão, é
que Bolsonaro está em pleno julgamento, e o veredicto será dado daqui a
pouco, nas eleições de outubro. Os juízes verdadeiros, aí, serão os 150
milhões de eleitores brasileiros – e não os ministros do Supremo. É
perfeitamente lícito achar que Bolsonaro está fazendo um governo ruim,
péssimo ou pior do que péssimo. Se for assim mesmo, não há nenhum
problema: os brasileiros votarão livremente contra ele, e tudo estará
resolvido. O STF e os setores que o apoiam, porém, querem se livrar do
presidente usando a força do Estado para violar a lei, pisar nos
direitos dos cidadãos e suprimir a liberdade. É um desastre à vista de
todos.
Influenciadores digitais expõem candidatos à Presidência, atuam para
diminuir rejeição em determinados públicos e ajudam a consolidar voto;
PT cresce com Janones
Por Samuel Lima, Gustavo Queiroz e Levy Teles – Jornal Estadão
Cabos eleitorais nas redes sociais se tornaram peças-chave nas
campanhas presidenciais para aumentar a exposição dos candidatos na
tentativa de atrair e consolidar votos. Com 9 milhões de interações no Facebook e Instagram em
postagens sobre os presidenciáveis desde o início oficial do período
eleitoral, os 19 principais impulsionadores usam o ambiente digital para
diminuir a rejeição de quem apoiam e conquistar outros públicos.
O Estadão identificou os influenciadores eleitorais
de maior repercussão com base em 21 mil publicações mais populares nas
duas plataformas. O recorte inclui os quatro concorrentes com mais
intenções de voto – Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
O levantamento foi realizado por meio do CrowdTangle, plataforma de
monitoramento da Meta, e considerou posts feitos entre 16 e 25 de
agosto. Juntos, eles atingem mais de 62,5 milhões de usuários, quando
somados Instagram, Facebook e
Twitter.https://arte.estadao.com.br/uva/?id=zjAEG2
Os apoiadores que mais reverberam a candidatura de Bolsonaro são os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do empresário Luciano Hang, que teve contas nas redes sociais suspensas na semana passada.
O grupo alcançou 6,6 milhões de interações no período. Na lista de
postagens, há “santinhos virtuais” com o número de urna, elogios à
sabatina de Bolsonaro no Jornal Nacional, da TV Globo, e ataques ao ex-presidente Lula.
Carla Zambelli é, com ampla vantagem, a personagem que melhor atua
como cabo eleitoral digital. Foram 3,4 milhões de interações em suas
páginas, métrica que soma curtidas, compartilhamentos e comentários. A
deputada é considerada um ativo da campanha por circular em diversos
públicos, inclusive entre mulheres, segmento no qual Bolsonaro enfrenta
rejeição.
O especialista em marketing digital Yuri Almeida disse que esses
apoiadores têm como principal tarefa a amplificação do discurso, mas
também atuam como “embaixadores”. “Eles ajudam a chamar imagens que,
muitas vezes, o candidato não tem. Cada um exerce o papel de replicar a
mensagem, fazer adaptações e também furar a bolha, atingindo públicos
diferentes pelas relações pessoais, partidárias ou regionais.” Como
mostrou o Estadão, outros influenciadores também usam estratégias
diversas para repercutir a campanha, como a primeira-dama Michelle
Bolsonaro, que fala com o público evangélico.
Com Lula, o deputado federal André Janones (Avante-MG)
se tornou o principal aliado para posicionar o petista nas redes. Com
grande ativo de seguidores, ele ostenta títulos como o da live mais
comentada no Facebook em 2020. Janones tem apelo entre grupos como o de
caminhoneiros, que o PT tem menor entrada.
Desde o começo da campanha, o deputado – que se lançou à Presidência,
mas desistiu para apoiar Lula – tentou rivalizar com os cabos
eleitorais de Bolsonaro. Em postagem viral do Twitter, na semana
passada, disse liderar um “gabinete do bem”. Janones também fez uma
filmagem na área externa do Palácio do Planalto e acusou o presidente de
mandar “capangas armados” para expulsá-lo.
As figuras públicas que chegam mais perto do desempenho de Janones são a presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann (PT-PR), o candidato a deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), o senador Humberto Costa (PT-PE) e a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS).
Os cinco acumularam 2,2 milhões de interações – um terço do desempenho
do grupo bolsonarista. São assuntos que impactam diretamente as pessoas e
não vamos abrir mão de dialogar com o eleitorado sobre eles”, afirmou
Guilherme Simões, coordenador da campanha de Guilherme Boulos.
Visibilidade
“O que vira voto e garante visibilidade é a capilaridade”, afirmou o
cientista político Emerson Cervi. Para ele, o PT começou a crescer nas
redes neste ano, após a chegada de Janones e personalidades como a
cantora Anitta, enquanto bolsonaristas já dominam o ambiente virtual desde 2018.
Marcelo Vitorino, professor de marketing político da ESPM, disse que
os perfis reforçam entre o eleitorado as características ideais de um
candidato, mas ressalta que “não existe mágica” para engajar. “O que
existe é a construção de uma reputação.”
Ciro e Simone aparecem distantes da dupla que polariza a disputa em
termos de engajamento. Os cinco principais apoiadores de Ciro
conseguiram 88,9 mil interações, ante 40,5 mil dos quatro mais bem
colocados de Simone. Quem atrai mais engajamento para o pedetista é a
deputada estadual Juliana Brizola (PDT-RS). Do lado de Simone, a
principal aliada é a senadora e candidata tucana a vice na chapa, Mara Gabrilli. “Falo com muitos públicos diferentes, porque trabalho pela diversidade humana”, disse Mara.
Twitter
Levantamento do professor Claudio Penteado, da Universidade Federal
do ABC (UFABC), aponta cenário semelhante no Twitter. Além dos já
citados, a lista de influenciadores dos presidenciáveis na plataforma
tem ainda o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), o senador Cid Gomes (PDT-CE), irmão de Ciro, e o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire.