sábado, 30 de julho de 2022

REGISTRO DE CANDIDATOS NO TSE

 

Foto: WILTON JUNIOR

Por Vinícius Valfré – Jornal Estadão

Até a sexta-feira, 757 políticos tinham nome inscrito no tribunal; juntos, eles têm um patrimônio de R$ 668,5 milhões

BRASÍLIA — Os primeiros políticos que pediram registro de candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declararam, juntos, ter mais de R$ 5,6 milhões em dinheiro em espécie, em moeda nacional e estrangeira, guardados em casa. Dos 757 candidatos registrados até esta sexta-feira, 29, na Corte, 78 disseram ter quantias em dinheiro vivo. Desses, 28 têm ao menos R$ 50 mil em cédulas.

O resultado ainda parcial do registro de candidaturas mostra que o patrimônio desses políticos é de R$ 668,5 milhões em bens, entre imóveis, automóveis, aeronaves e participação em empresas.

Nas eleições de 2018, 2.540 candidatos declararam, somados, R$ 313 milhões em espécie, de um total de R$ 24,2 bilhões em bens.
Nas eleições de 2018, 2.540 candidatos declararam, somados, R$ 313 milhões em espécie, de um total de R$ 24,2 bilhões em bens. Foto: Divulgação

A informação sobre os bens é feita por meio de autodeclaração e a Justiça Eleitoral não submete o patrimônio apresentado por candidatos à averiguação. Em alguns casos, porém, o Ministério Público Eleitoral pode entender que há prejuízo à interpretação do eleitor sobre o candidato e oferecer denúncia por falsidade ideológica.

Não é considerado crime deixar cédulas guardadas em casa. Altas quantias, porém, costumam gerar dúvidas sobre a origem dos recursos.

Na lista dos que inauguraram o registro de candidatura neste ano, o que apresentou o maior patrimônio em espécie foi o vereador do Rio de Janeiro Luciano Vieira (PL), que tentará uma vaga de deputado federal: R$ 1 milhão. Quando se elegeu para a Câmara Municipal, em 2020, declarou R$ 770,2 mil, no somatório de todas as posses. Agora, os bens declarados pelo vereador somam R$ 7,6 milhões. Um aumento de cerca de dez vezes em apenas dois anos. Ele não foi localizado ontem.

Em segundo lugar, aparece o candidato a deputado federal Elio Lacerda (Patriota-MG), com R$ 511 mil em dinheiro declarados. Depois dele, Sargento Hamilton (Patriota-MG), postulante à Assembleia Legislativa, com R$ 400 mil em espécie. Os montantes em espécie declarados variam de R$ 1 milhão a R$ 40. O candidato que declarou ter R$ 40 é o advogado Edney Duarte Jr. (Novo), que pretende concorrer a um assento na Assembleia paulista. Também postulante ao cargo de deputada estadual pelo Novo em São Paulo, Carol da Banca disse ao TSE ter R$ 200 em espécie.

Nas eleições de 2018, 2.540 candidatos declararam, somados, R$ 313 milhões em espécie, de um total de R$ 24,2 bilhões em bens. Pela primeira vez, em razão da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD), os bens declarados, como imóveis e carros, passaram a não ser detalhados pelo TSE. A base de dados permite apenas uma consulta genérica, sem qualquer referência a endereços e modelos, por exemplo.

O deputado Helio Lopes (PL-RJ) disse, na eleição de quatro anos atrás, não ter nada em seu nome. Desta vez, declarou à Justiça dois terrenos de R$ 18 mil cada. Já Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do partido na Câmara, disse ter perdido patrimônio de uma eleição para outra. Os R$ 3,9 milhões em bens passaram a ser R$ 1,2 milhão. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ), candidato à reeleição, declarou R$ 122 mil, ante R$ 102 apresentados em 2018.

ESCOLHA O MELHOR KETCHUP

 

Avaliamos às cegas marcas do molho à base de tomate, açúcar, vinagre e especiarias e testamos se eles dão “match” com batata chips 


Cintia Oliveira, Especial para o Estadão

Seja como par perfeito da batata frita, ou como um toque a mais para o hambúrguer, o hot-dog ou o misto quente, o fato é que o catchup está em todas. O molho à base de tomate, especiarias, vinagre, sal e açúcar, também é um curinga na cozinha. Pode ser utilizado como ingrediente do estrogonofe (na versão brasileira, claro), é base para o molho barbecue, além de dar uma levantada no clássico steak tartare francês. 

Independentemente do uso do catchup, o fato é que o molho precisa preencher alguns requisitos para ser considerado de qualidade. “Tem que ter equilíbrio entre dulçor e acidez, além de um ter um toque de salinidade”, define o chef Paulo Yoller, da hamburgueria Meats, na capital paulista. Com essas características em mente, ele desenvolveu – em parceria com a Hela Spice – um catchup à base de tomate, especiarias e um toque de caramelo, que é servido com exclusividade em sua lanchonete.

'Paladar' testou às cegas dez marcas de catchup.

‘Paladar’ testou às cegas dez marcas de catchup. Foto: Alex Silva/Estadão

Quem também faz o próprio catchup, assim como praticamente todos os ingredientes que compõem seus hot-dogs, é o chef Alexandre Park, que comanda o PoPa Artesanal Hot Dog, em São Paulo. Embora o molho ganhe um toque oriental, com vinagre de arroz e saquê mirin, não tem nada de exageros no sabor. “Para mim, o catchup tem que ser o mais neutro possível. Afinal, os protagonistas do hot-dog são o pão e a salsicha”, explica.

Como se trata de um ingrediente tão presente no nosso dia a dia, nas gôndolas dos supermercados não faltam opções. Com o objetivo de descobrir qual é o melhor, o Paladar organizou uma degustação com dez marcas. No carrinho de compras, só as versões tradicionais, que custaram entre R$ 7,89 e R$ 24,80. 

Para encarar essa missão, reunimos um time de jurados, composto pelos chefs Yoller e Park; da professora do curso de gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi Aline Guedes; e das chefs Giovanna Perrone, do restaurante Casa Rios e da lanchonete Zoe Sandwich Shop, e Júlia Tricate, do restaurante De Segunda.

Como foi feito o teste

Cada um dos integrantes do júri recebeu um delivery com as amostras de catchup identificadas apenas por números, ou seja, sem que pudessem identificar as marcas. Juntamente com os molhos, os jurados também receberam batatas chips temperadas com sal marinho da marca inglesa Tyrrells. O objetivo era apontar qual dos catchups daria o melhor “match” com a batata.

Jurados receberam em casa as amostras descaracterizadas. 

Jurados receberam em casa as amostras descaracterizadas.  Foto: Alex Silva/Estadão

Os catchups foram avaliados a partir de critérios como aparência, textura, aroma e sabor. E o molho que recebeu a melhor pontuação foi o da marca Qualitá, produzido pela Predilecta para o Grupo Pão de Açúcar (GPA). Mas ele ficou apenas um ponto à frente do segundo colocado, o da marca norte-americana French’s. O bronze ficou com a Heinz. A seguir, confira as avaliações: 

1° Qualitá

(R$ 10,29; 400g no Extra) 

Produzido pela Predilecta, o catchup da marca pertencente ao Grupo Pão de Açúcar (GPA) conquistou medalha de ouro na degustação às cegas. Feito com polpa de tomate, açúcar, vinagre e sal, é o único da seleção a levar pectina, muito utilizada na produção de geleias para dar consistência. Com textura cremosa e brilho intenso, tem uma coloração avermelhada mais escura. Outro ponto positivo se deve ao sabor. “Esse tem boa acidez e bastante gosto de tomate”, elogia um dos jurados.

Catchup Qualitá.

Catchup Qualitá. Foto: Alex Silva/Estadão

2° French’s

(R$ 24,80; 567g na Casa Santa Luzia) 

Com apenas um ponto de diferença do primeiro colocado, o catchup produzido nos Estados Unidos ganhou medalha de prata no teste às cegas. Além dos ingredientes clássicos, como concentrado de tomate, açúcar, vinagre e sal, o molho da marca também leva cebola em pó. De acordo com a embalagem, o produto tem aromas e sabores naturais. De coloração avermelhada viva, tem brilho e textura cremosa. Na boca, apresenta um tom a mais de acidez e notas de caramelo. “Dá para sentir um leve toque de especiarias”, comenta um dos jurados.

Catchup French's.

Catchup French’s. Foto: Alex Silva/Estadão

3° Heinz 

(R$ 12,99; 397g no Extra) 

Produzido no Brasil, o catchup da marca norte-americana leva apenas seis ingredientes: tomate, açúcar, vinagre, sal, cebola e aroma natural – não especificado na formulação. Com textura cremosa e brilho intenso, apresenta uma coloração avermelhada mais viva. Já na avaliação gustativa, o que sobressai é o sabor do tomate. Embora tenha acidez e dulçor na medida certa, falta complexidade. “O sabor é o que eu espero de um catchup, mas não vai além disso”, observa um dos membros do júri.

Catchup Heinz.

Catchup Heinz. Foto: Alex Silva/Estadão

4° Budweiser

(R$ 18,90; 400g no St. Marche) 

Desenvolvido pela Blue Hops, o catchup tradicional da marca de cervejas combina malte e lúpulo, além de tomate e especiarias na formulação. Com textura mais rústica, típica dos artesanais, o molho tem uma coloração avermelhada mais escura. Quanto ao sabor, sobressai o tomate, mas tem um tom a mais de acidez. “Falta complexidade”, avalia um dos jurados. Porém, esse dividiu opiniões. “Achei esse bem saboroso. Um dos meus favoritos”, comenta outro jurado.

Catchup Budweiser.

Catchup Budweiser. Foto: Alex Silva/Estadão

5° Mutti 

(R$ 20,83; 340g no Empório Daruma) 

Produzido em Parma, na Itália, é o único que vem na garrafinha de vidro. Além de não ter conservantes nem espessantes, 2,2 quilos de tomate fresco são utilizados para produzir um quilo de catchup, de acordo com informações da embalagem. Elaborado com tomates italianos, tem coloração avermelhada vibrante, além de brilho e cremosidade. Na boca, o que predomina é o sabor do tomate e tem um tom a mais de dulçor. “Lembra mais um molho de tomate do que um catchup”, comenta um dos jurados.

Catchup Mutti.

Catchup Mutti. Foto: Alex Silva/Estadão

6° Hellmann’s

(R$ 10,49; 380g no Pão de Açúcar) 

Embora seja mais conhecida pela maionese, a marca pertencente à Unilever também tem uma linha de catchups. A versão tradicional é elaborada com ingredientes clássicos, além de goma xantana, ácido cítrico e outros componentes de nome difícil, como o carboximetilcelulose. Com brilho intenso e coloração vermelha brilhante, a aparência é o ponto alto. “Apesar da consistência cremosa, a textura é um pouco gelatinosa”, observa um membro do júri. Com um tom a mais de dulçor, de sal e de acidez, poderia ter mais sabor de tomate.

Catchup Hellmman's.

Catchup Hellmman’s. Foto: Alex Silva/Estadão

7° Strumpf

(R$ 20,49; 210g no Pão de Açúcar) 

Como o próprio rótulo diz, o catchup tradicional da marca é rústico, ou seja, mais pedaçudo que outros produtos do gênero. Além de tomate, vinagre, sal e especiarias, o molho também leva açúcar mascavo na formulação. Com textura um pouco mais líquida, é levemente opaco e tem uma coloração mais puxada para o marrom. “Parece mais artesanal”, aponta um dos jurados. Na boca, o que predomina são as especiarias, que encobrem o sabor do tomate, mas poderia ter mais dulçor e salinidade.

Catchup Strumpf.

Catchup Strumpf. Foto: Alex Silva/Estadão

8° Cepêra 

(R$ 7,89; 400g no St. Marche) 

Tem como base tomate, açúcar, vinagre, sal, além de espessantes, conservantes e aromatizantes. Com textura levemente gelatinosa, o catchup apresenta coloração avermelhada e levemente opaca, além de uma textura mais líquida. Quanto ao sabor, tem pouca acidez e é mais doce do que o necessário. “O que se destaca é o sabor do caramelo, não o do tomate”, comenta um dos jurados.

Catchup Cepêra.

Catchup Cepêra. Foto: Alex Silva/Estadão

9° Arisco 

(R$ 10,29; 370g no Extra) 

A marca, que faz parte do guarda-chuva da Unilever, tem como base tomate, vinagre, açúcar e sal, além de carboximetilcelulose sódica, goma xantana, ácido ascórbico e por aí vai. Com coloração alaranjada e muito brilho, tem textura levemente gelatinosa. Na boca, sente-se um tom a mais de sal, açúcar e vinagre. E mal dá para sentir o sabor do tomate. “Com certeza, esse é industrializado. Dá para sentir a presença de emulsificante e estabilizante”, comenta um dos jurados.

Catchup Arisco.

Catchup Arisco. Foto: Alex Silva/Estadão

10° Hemmer 

(R$ 8,69; 320g no Pão de Açúcar) 

Com sede em Blumenau (SC), a empresa especializada em molhos e conservas tem o catchup tradicional em seu portfólio. Feito com polpa de tomate, açúcar, vinagre, sal e especiarias, a formulação ainda leva conservantes, acidulantes e espessantes. Mas o que chama atenção no rótulo é que o primeiro ingrediente mencionado é água, o que reflete na textura do molho, a mais líquida do teste. “O aroma do tomate poderia ser mais presente”, aponta um dos membros do júri. Com sabor mais neutro e sem notas de especiarias, tem pouco sal e dulçor.

Catchup Hemmer.

Catchup Hemmer. Foto: Alex Silva/Estadão

Conheça os jurados

Alexandre Park, @popaartesanal

Depois de quase duas décadas de atuação em advocacia empresarial, Park largou tudo para se dedicar à sua verdadeira paixão: a cozinha. Pós-graduado em gastronomia, passou por restaurantes como Kinoshita, D.O.M. e Maní. Durante três anos, ele rodou os Estados Unidos e Canadá pesquisando estilos de hot-dog. Toda essa pesquisa resultou no PoPa Artesanal Hot Dog, lanchonete especializada no sanduíche que funciona na rua Oscar Freire. 

Aline Guedes, @chefalineguedes

Mestre em Hospitalidade e especialista em vinhos, trabalhou com chefs como Alex Atala e Bel Coelho. E, no exterior, passou uma temporada como subchef de um hotel em Dubai, nos Emirados Árabes. Ex-participante do reality show Mestre do Sabor (Rede Globo), atualmente é professora do curso de gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi.

Giovanna Perrone, @gi.perrone

Nascida em Santos (SP), Giovanna veio para a capital paulista estudar gastronomia. E, em São Paulo, abriu o Rios na companhia do namorado, o chef Rodrigo Aguiar. Vencedora do concurso Talentos da Gastronomia Nespresso, que trouxe a ela a oportunidade de trabalhar em restaurantes do chef francês Alain Ducasse, ela foi campeã da primeira temporada do reality show Top Chef Brasil (Record TV). Atualmente, comanda o Casa Rios com Aguiar, além da Zoe Sandwich Shop.

A chef Giovanna Perrone provando os catchups às cegas.

A chef Giovanna Perrone provando os catchups às cegas. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Júlia Tricate, @jutricate

Formada em gastronomia, Júlia iniciou a sua carreira com o chef Rodrigo Oliveira no restaurante Mocotó. Com passagens pela Fundação Alícia, do lendário chef Ferran Adrià, em Barcelona, na Espanha, e pelo restaurante Noma, em Copenhague, na Dinamarca, ela venceu o reality show The Taste Brasil (GNT). E, na companhia de seu marido, o chef Gabriel Coelho, ela comanda o restaurante De Segunda. Em breve, eles vão abrir o Botequim De Primeira, na Vila Madalena. 

Paulo Yoller, @pauloyoller

Formado em gastronomia, Yoller passou por restaurantes como o Fasano e o La Tambouille, mas foi em um açougue que ele descobriu a sua paixão pelas carnes. Depois de passar pela cozinha da Butcher’s Market, em 2012, ele abriu a sua hamburgueria, a Meats, que funciona até hoje em uma esquina na Rua dos Pinheiros. Recentemente, ele venceu o reality show Cook Island – Ilha do Sabor (GNT). 

Qual catchup combina mais com a batata chips?

Além de avaliar os catchups, o júri recebeu a missão de eleger qual das marcas dá o melhor “match” com as batatas chips. Porém, não houve consenso entre eles – pelo contrário. Cada um escolheu uma marca diferente.

Enquanto um membro do júri preferiu o  French’s, que ficou com a medalha de prata por conta de sua acidez e dulçor, outro jurado elegeu o da Budweiser como a melhor opção por conta de seu dulçor acentuado, que contrastou bem com o sal das batatas.

Outro jurado apontou a melhor combinação no teste às cegas com o catchup Heinz, que ficou em terceiro lugar da degustação, graças ao seu equilíbrio entre dulçor, acidez e sal. Já um membro do júri preferiu o Strumpf, por conta das notas de especiarias. Outro  preferiu o italiano Mutti, por causa de seu sabor e textura.

PARCERIAS COM A CONCORRÊNCIA

 

Marina Rafaella Preto – StartSe

Arenas competitivas e colaborativas: uma coisa não precisa necessariamente excluir a outra. Quando transformar o concorrente em parceria?

Você já deve ter ouvido o ditado: “se não pode com eles, junte-se a eles.”

A concorrência na nova economia está cada vez mais acirrada, independente do mercado de atuação. Muito mais do que olhar para um cenário de competição se aproximando e ter medo de uma possível ameaça inimiga, nos perguntemos: como podemos combinar forças e inteligência colaborativamente com os outros e criar algo melhor do que antes?

Para se manter na perpetuidade, empresas consolidadas começam a refletir e chegar à conclusão de que precisam arriscar fazendo coisas que não fizeram antes, ou mudar o modo de fazer suas entregas atuais.

A Netflix é um grande exemplo de empresa que já passou por isso anteriormente, quando deixou de ser um serviço de delivery de fitas cassete e DVDs, para virar o maior streaming digital de conteúdo audiovisual do mundo.

Na época, a empresa conseguiu ter um bom observatório de sinais em relação aos ecossistemas externos e identificar o que poderia ser uma ameaça, e transformá-lo em uma oportunidade de negócio. E eles acertaram em cheio.

Hoje, novamente a empresa precisa se reinventar; mas dessa vez ela não fará isso sozinha. Chegou a hora de abrir o mercado para parcerias e adotar os anúncios pagos. Melhorar o conteúdo ofertado não está sendo o suficiente para a empresa se manter relevante.

A Netflix poderia e tem tecnologia o suficiente para anunciar sozinha; a questão é que unir-se à Microsoft, além de ser mais vantajoso por já “contratar” um serviço pronto, também traz diversos outros benefícios. A Microsoft adentra o mercado de streaming, soma seus ativos de games com a Netflix, oferece um serviço de cloud, escala o número de assinantes e por aí vai.

Propaganda na Netflix: streaming se une a Microsoft em novo plano de assinatura

Por que a Microsoft pagou bilhões na Activision Blizzard?

Óculos da Ray-Ban recebe e manda mensagem de Whatsapp

Majoritariamente, no campo das colaborações, existem dois caminhos. O primeiro consiste em olhar para um mercado mais competitivo e se juntar com outra empresa para dominá-lo, mas há também a possibilidade de juntar-se com outra empresa para criar um novo mercado, um novo padrão, que é a dinâmica da Meta e da Ray-ban, que recentemente criaram juntas os óculos inteligentes.

E daí podemos desdobrar na seguinte reflexão: aquelas empresas que já atuam como plataforma de múltiplas soluções, uma alternativa viável e mais interessante para dominar uma arena, seria pensar em ser um mercado de nicho, focado em se especializar em oferecer soluções para um determinado público.

Já no caso de uma empresa que já oferece soluções para um mercado nichado, começar a pensar em expandir os serviços, juntando-se com outros competidores ou até mesmo outros mercados, pode ser um caminho viável e inovador.

O QUE PODEMOS APRENDER COM ISSO?

Enxergar que essas parcerias podem ser benéficas para todo mundo, inclusive para o cliente, é pensar como uma Organização Infinita. Isso não quer dizer que a arena deixou de ser competitiva e que todo mundo virou amigo.

O pensamento agora é o de colaborar para competir.

 A parceria entre empresas do mesmo segmento, ou de segmentos completamente distintos, quando feita com sabedoria tende a alongar as relações e relevâncias dos negócios.

No mais novo episódio do Podcast Organizações Infinitas, as Arenas Competitivas e Colaborativas e exemplos de parcerias fantásticas foram o tema principal, que rendeu uma conversa muito construtiva.

Propagandas online e off-line

O analógico que me perdoe, mas o marketing digital é essencial!

A importância do marketing todo mundo já sabe. Construção de marca, comunicação – essa ciência não é exatamente nova, né?

Agora, o marketing digital… esse sim é novo. Em um mundo cada vez mais conectado, o seu produto não vai ficar para trás, no papel impresso ou no rádio.

Os recursos online ajudam a sua empresa a levar o marketing para outro nível: para além de barreiras geográficas, para além das restrições de tempo e espaço das quais somente as ferramentas de automação podem te livrar!

E aí, você não vai ficar parado esperando o digital chegar até a você, não é?

Desvantagens da propaganda de rádio

O que-e.com

Outra das maiores desvantagens da publicidade no rádio é que os ouvintes geralmente não gostam de publicidade. Ao ouvir uma estação de rádio, muitos ouvintes mudam de estação durante os intervalos de anúncios. Eles geralmente preferem ouvir o programa principal, como música ou um talk show.

Quais são as desvantagens da propaganda de rádio?

Os passageiros diários são o principal público da propaganda no rádio.

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado, que muitas vezes se enche rapidamente.

Uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio é a falta de estimulação visual. Tudo o que a publicidade na rádio pode oferecer é áudio, como vozes e música. A propaganda na televisão, por outro lado, tem um elemento visual agregado. Muitos especialistas concordam que esse elemento visual adicionado costuma ser mais eficaz para se infiltrar na mente de um consumidor em potencial.

A propaganda no rádio geralmente depende do talento da estação no ar.

Os rádios são comumente usados ​​para ruído de fundo em muitos lugares, incluindo residências, escritórios, lojas e veículos. Isso geralmente significa que os ouvintes geralmente não estão ouvindo rádio ativamente. Isso também pode resultar em uma das maiores desvantagens da propaganda de rádio – os ouvintes muitas vezes nem mesmo ouvem a maioria dos comerciais de rádio. Se eles não os ouvem e ouvem, geralmente têm menos probabilidade de patrocinar esses negócios específicos.

Estudos mostram que anúncios em jornais em sites podem ter mais sucesso do que outros métodos.

Outra das maiores desvantagens da publicidade no rádio é que os ouvintes geralmente não gostam de publicidade. Ao ouvir uma estação de rádio, muitos ouvintes mudam de estação durante os intervalos de anúncios. Eles geralmente preferem ouvir o programa principal, como música ou um talk show. Anúncios que os ouvintes de rádio não ouvem são ineficazes.

A impossibilidade de estudar uma propaganda no lazer do ouvinte é outra das grandes desvantagens da propaganda no rádio. Os leitores podem voltar e ler um anúncio de jornal, por exemplo ou site, mas não podem fazer isso com um anúncio de rádio. Se os ouvintes perderem alguma informação importante em um anúncio de rádio, eles geralmente terão que esperar até que o anúncio seja exibido novamente. Nesse momento, entretanto, eles podem ter se esquecido ou perdido o interesse.

A propaganda no rádio carece do apelo visual que outras mídias têm.

 Vantagens da propaganda online?

Fábio Maciel

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital como o site da Valeon. E isso é uma atitude bastante arriscada. Por esse motivo, resolvemos fazer esse post. Nele, vamos mostrar as vantagens da propaganda online para o seu negócio.

Segmentação

A mídia que permite melhor segmentação hoje em dia é a internet. Com ela, é possível que você separe o seu público por interesses, demograficamente ou por características específicas. Isso faz com que sua publicidade seja ainda mais efetiva, evitando dispersão da mensagem.

Custo reduzido

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Dinamismo

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma do site da Valeon e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Você pode ainda pausar uma campanha a qualquer momento, caso ela não esteja dando os retornos esperados.

Acompanhamento em tempo real

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

Com este acompanhamento, fica mais simples fazer modificações para melhorar o desempenho da campanha. Como já foi dito, as alterações podem ser feitas em tempo real, fazendo com que seja possível perceber a performance de todo o conteúdo.

Engajamento

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Interação

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital como a Plataforma Comercial da Valeon, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Alcance

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

No entanto, é necessário ter cuidado ao anunciar para um público muito distante: você deve estar preparado para atender a demanda deste consumidor para não criar uma experiência ruim.

Neste post, você viu um pouco mais sobre as vantagens da propaganda online. Não se esqueça que uma presença digital hoje é tão ou mais importante que a presença física. Por isso, é essencial que sua marca saiba se posicionar e tenha um bom reconhecimento na internet.

Por que você não aproveita o momento e divide seus conhecimentos com seus contatos? Através do site Valeon. Compartilhe este post nas suas redes sociais e mostre que você está antenado com as tendências do mercado.

As 11 principais vantagens das redes sociais e desvantagens no uso para as empresas

Wedoiti

Uma pesquisa feita em 2021 apontou que o Brasil passou a ocupar atualmente a 3ª posição no uso das redes sociais por sua população. Cada brasileiro passa, em média, 3 horas e 42 minutos por dia conectado às redes sociais. Nesse sentido, perdemos somente para as Filipinas e a Colômbia. A pesquisa em questão foi feita pela plataforma de descontos Cupom Valido que consolidou dados da Hootsuite e WeAreSocial, sobre o uso de redes sociais no país.

Além disso, uma outra pesquisa feita pela Kaspersky e Corpa, descobriu que sete em cada dez internautas brasileiros, entre 20 e 65 anos de idade, recorrem as redes sociais para se informar. No universo dos internautas pesquisados, 83% disseram cuidar de sua saúde com base em informações obtidas nas redes sociais. Da mesma forma, 88% mantêm-se informados sobre o funcionamento de serviços públicos e do comércio, pelas redes sociais.

vantagens das redes sociais IIII

Acima de tudo, o cenário atual apontado acima é uma grande oportunidade para sua empresa. Ela pode utilizar o marketing de redes sociais não somente para aumentar a visibilidade para sua marca, mas também para gerar mais leads e vendas. Porém, à medida que você aprende mais sobre o marketing para as redes sociais, você pode se perguntar sobre as vantagens e desvantagens das redes sociais.

Neste artigo, abordaremos as sete principais vantagens e quatro desvantagens no uso das redes sociais pelas empresas.

Quais são as vantagens das redes sociais? 

As redes sociais são uma excelente oportunidade para fazer com que sua empresa cresça e apareça. Nesse sentido, vamos abordar primeiro os sete benefícios de usar o marketing para redes sociais.

A primeira das vantagens das redes sociais é que elas permitem alcançar um grande público

Existem milhões de pessoas usando plataformas de redes sociais no Brasil. Para ser mais exato, são 165 milhões de brasileiros em 2022, segundo o Statista. É uma ótima oportunidade para sua empresa atingir um grande grupo de pessoas interessadas em seus produtos ou serviços.

Confira os números das principais plataformas de redes sociais no Brasil e respectivos números de usuários em 2021.

250 mihões usuários

99 mihões usuários

99 mihões usuários

45 mihões usuários

37 mihões usuários22.5

7 mihões usuários

Primordialmente, os números acima atestam as vantagens das redes sociais em atingir grandes públicos. Acima de tudo, elas abrem a porta da sua empresa para a chegada de leads que desejam seus produtos ou serviços.

As vantagens das redes sociais não se caracterizam somente pela grande afluência de público, mas também pelo tempo de permanência, conforme mencionado anteriormente. Definitivamente, os brasileiros usam muito as plataformas de redes sociais. Logo, isso cria inúmeras oportunidades para que sua empresa possa alcançar leads e assim poder envolvê-los nas diferentes plataformas.

Um restaurante especializado em camarões, em Florianópolis, por exemplo, poderia usar as redes sociais para alcançar não somente residentes, mas também turistas. Praticamente, todas as plataformas de redes sociais permitem segmentar usuários dentro de um determinado raio ou local ao criar anúncios sociais ou impulsionar postagens orgânicas. Ambas as estratégias podem ajudar a trazer tráfego de usuários locais para o restaurante dado como exemplo.

A segunda das vantagens das redes sociais é estabelecer uma conexão direta com seu público

O marketing para redes sociais é uma das poucas estratégias do marketing digital que permite que você se conecte diretamente com seu público-alvo. À princípio, você sabe quem está interessado em seu negócio, porque eles seguem seus perfis nas redes sociais e você consegue identificar quem eles são.

Sua empresa pode se beneficiar das vantagens das redes sociais, especificamente neste ponto, de várias maneiras. Veja a seguir :

Aumentar seu conhecimento sobre seu público-alvo

  • Logo, você pode oferecer conteúdo mais direcionado e interessante para eles. Assim você faz com que o conteúdo seja ainda mais personalizado baseado nos interesses deles. Como consequência, isso leva mais engajamento em seus perfis sociais e com seu negócio.

Melhorar o atendimento ao cliente

  • A princípio, quando você estabelece uma conexão direta com seu público-alvo, você facilita e acelera não somente o atendimento, mas também a resolução de problemas. Dessa forma, é possível abordá-los individualmente, lidar com o problema específico de cada um deles e assim desenvolver sua marca sob uma ótica positiva no processo.

Obter mais informações e insights sobre seus clientes

  •  A conexão direta com seu público-alvo ajuda você a conhecê-lo melhor. Ou seja, você sabe quem interage com suas postagens e da mesma forma como eles interagem com elas. Como resultado, você obtém informações valiosas sobre o comportamento do seu público-alvo. Dessa forma isso o ajudará a adaptar sua estratégia de marketing para redes sociais para torná-la melhor para seus seguidores.

Melhorar sua percepção sobre seu negócio pelos olhos do seu público

  • Desde já, quem não quer saber como os outros veem o seu negócio? Com o marketing para redes sociais, você consegue saber o que seu público pensa da sua empresa. É uma grande vantagem do marketing para redes sociais porque você pode capitalizar sobre aspectos que as pessoas gostam em seu negócio e evitar elementos de que não gostam.

A conexão direta com seu público é uma ótima maneira de melhorar suas campanhas de marketing digital no geral. Você obterá insights de seus seguidores e será capaz de adaptar melhor sua estratégia de redes sociais para atender às necessidades deles.

vantagens das redes sociais - conteudo organico

A terceira das vantagens das redes sociais é que você pode criar conteúdo orgânico

A capacidade de postar conteúdo orgânico, sem custos, é um benefício incrível das redes sociais para as empresas. Isso abre muitas oportunidades para sua empresa se conectar com leads sem custo algum. Essa é uma das razões pelas quais as empresas adoram usar as plataformas de redes sociais.

Você pode postar a quantidade de conteúdo que quiser para envolver seu público. Além disso, as plataformas permitem a publicação de conteúdo em vários formatos. Dessa forma eles podem ser produzidos como fotos, vídeos e muito mais, dependendo da plataforma de redes sociais. É uma ótima maneira de divulgar sua marca para pessoas interessadas em sua empresa e ajudá-las a se familiarizarem com ela.

A quarta das vantagens das redes sociais são os serviços de publicidade paga

Se você quiser ir além da postagem orgânica, existe a opção de veicular anúncios pagos. Cada uma das plataformas de redes sociais oferece sua própria maneira de publicidade paga. Logo, os recursos de publicidade pagas variam de acordo com cada plataforma. A Plataforma Comercial da Valeon veicula o seu anúncio no seu site por um preço bem acessível.

Anúncios pagos oferecem ao seu negócio a oportunidade de se conectar com leads interessados que ainda não encontraram seu negócio. As plataformas de redes sociais permitem que você personalize seus anúncios para que apareçam nos feeds de pessoas que procuram seus produtos e serviços.

Isso cria uma grande oportunidade para sua empresa expandir seu alcance e obter novos leads. Você ajuda os leads mais interessados a encontrar sua empresa, o que resulta em novos seguidores, bem como em conversões para sua empresa.

A quinta das vantagens das redes sociais é a possibilidade de construir sua marca

Uma vantagem do marketing de redes sociais é a capacidade de construir sua marca. Quando você se conecta com leads interessados nela, você os expõe à sua marca. A capacidade de postar conteúdo orgânico gratuitamente permite que você construa o reconhecimento da marca de forma sistemática com seu público.

Isso gera fidelidade à marca. Quanto mais as pessoas ficam expostas à sua marca, mais se familiarizam com ela. A familiaridade com a marca leva a mais conversões no futuro porque as pessoas tendem a comprar de marcas que conhecem mais.

As redes sociais também ajudam a construir sua marca porque permite o compartilhamento. Você pode compartilhar, repostar e fixar novamente o conteúdo nas redes sociais. Isso significa que os seguidores podem compartilhar seu conteúdo com amigos e familiares, o que ajuda a expor sua marca a mais pessoas.

É uma excelente forma de obter novos clientes. Você pode alcançar leads que não alcançaria de outra forma. Isso ajuda você a aumentar seus seguidores e gerar mais leads.

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Se você precisar de ajuda para fazer campanhas pagas nas redes sociais e no site da Valeon, fale conosco.

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A sexta das vantagens das redes sociais é direcionar tráfego para seu site

As redes sociais têm potencial para serem grandes geradores de tráfego para o site da sua empresa disponibilizado na Plataforma Comercial da Startup Valeon.

A maioria das plataformas de redes sociais permitem que você poste conteúdo com um link para o seu site. Quando você cria um conteúdo interessante, pode levar seu público para o site clicando num link. Isso os direciona exatamente para um lugar estratégico do seu site, onde podem comprar algo ou aprender mais sobre sua empresa.

É uma ótima oportunidade para você vender mais. Da mesma forma a ajudar seu público a se familiarizar mais com seu negócio.

Dependendo do seu negócio, você pode até permitir que as pessoas usem seu site para marcar compromissos ou pagar contas. Uma estratégia de marketing para redes sociais de clínicas e médicos, por exemplo, pode direcionar as pessoas a um site como o da VAleon para marcar sua primeira consulta e da mesma uma aula teste de ginástica.

Mais tráfego em seu site também ajuda seus outros esforços de marketing, porque você direcionará tráfego mais relevante para seus perfis sociais.

A sétima e última das vantagens das redes sociais é poder avaliar seu desempenho

A sétima vantagem do marketing de redes sociais é a capacidade de avaliar seu desempenho. Sempre que você realiza uma campanha de marketing, deseja saber como ela está se saindo. As plataformas de redes sociais facilitam o rastreamento de sua campanha para ver se você está gerando bons resultados.

Você pode determinar quantas pessoas veem suas postagens, comentam, gostam, compartilham e muito mais. Se você veicular uma campanha publicitária, também poderá visualizar as métricas dessa campanha. Você verá métricas como impressões, cliques e conversões.

Quando você pode avaliar o desempenho de sua estratégia de redes sociais, logo você pode otimizá-la e melhorá-la para gerar melhores resultados.

Quais são as desvantagens das redes sociais?

 

Em qualquer estratégia de marketing, sempre há desvantagens. As desvantagens não significam que a abordagem não seja eficaz, mas sim, que apresentam obstáculos potenciais que você pode ter que superar durante a execução de suas campanhas. Estas são as quatro principais desvantagens do marketing de redes sociais.

1 – Você pode receber feedback negativo e é necessário lidar com ele

As pessoas usam as redes sociais para postar conteúdo que gostam, mas também as usam para compartilhar experiências que não gostam. Se alguém teve uma experiência ruim com seu negócio, as redes sociais são portas amplificadas para que ele compartilhe sua experiência ruim com outras pessoas.

Esse feedback negativo vem de diferentes formas. Em plataformas como o Facebook, alguém pode deixar um comentário negativo em sua página e compartilhar sua experiência negativa. Da próxima vez que alguém verificar sua empresa, ela verá os comentários e verá o feedback negativo.

Em sites como o Twitter, os usuários podem marcar uma empresa em suas postagens e compartilhar sua experiência negativa. As pessoas podem retuitar essa experiência ruim e espalhá-la pela rede.

As plataformas de mídia social são catalisadoras de reclamações e de feedbacks negativos. As pessoas usam seus perfis para ajudar outras pessoas a entender sua experiência ruim. Muitas pessoas sentem que há uma obrigação social de compartilhar suas experiências negativas para evitar que outras pessoas tenham a mesma experiência.

Ter muito feedback negativo pode impactar negativamente seus esforços de marketing no futuro.

As pessoas confiam nas outras pessoas para lhes dar uma visão sobre a sua empresa, especialmente se for a primeira vez que ouvem falar dela. Com as redes sociais, é possível que o feedback negativo possa impedir sua empresa de ganhar novos leads.

Como administrar o feedback negativo

Sempre que você receber um feedback negativo, em qualquer das plataformas, responda a ele. Não deixe as queixas e preocupações das pessoas sem solução. Nem todo mundo terá uma experiência positiva com sua empresa, mas lidar com os problemas, pode falar muito sobre sua empresa e seus valores.

vantagens das redes sociais - desvantagem do cancelamento

2 – Você abre possibilidades para o cancelamento da sua marca

Não é difícil para algumas postagens se tornarem virais nas redes sociais. As pessoas ficam de olho nas coisas boas e ruins nas redes sociais. Se você não tomar cuidado com o conteúdo que publica, pode acabar criando uma situação de cancelamento para sua marca sem nem perceber.

Um bom exemplo neste caso, foi o que aconteceu com a Natura. Ela veiculou uma campanha de Dia dos Pais tendo um homem trans no papel de um pai de família. No entanto, parte do seu público, mais ligado a questões religiosas e contrário ao movimento LGBTQIA+, cancelou a marca nas redes sociais. Dessa forma, a Natura passou a ser a marca mais cancelada pelo público que deseja ver os princípios e valores de sua religião na sociedade.

Todavia, a Natura não é o único exemplo. Uma infinidade de marcas já passou por uma situação de cancelamento nas redes sociais.

Como evitar o cancelamento nas redes sociais

Sempre faça uma pesquisa antes de postar conteúdo nas redes sociais. Seja uma foto, uma hashtag ou um vídeo, faça uma pesquisa para ver se há alguma maneira de interpretarem de forma errada seu conteúdo. A pesquisa ajuda você a adaptar seu conteúdo para evitar cancelamento para sua empresa.

3 – O investimento de tempo é muito alto

As redes sociais não são o único canal de marketing digital. Todavia elas exigem que você crie constantemente conteúdo novo para postar e se envolver com seu público. Uma grande desvantagem das redes sociais é que elas consomem muito tempo das empresas.

Se você tem uma pequena empresa, um pequeno departamento de marketing ou recursos limitados, é um desafio gerenciar uma campanha de marketing de redes sociais.

Você tem que encontrar tempo para equilibrar a postagem de conteúdo, monitorar esse conteúdo, responder às pessoas e medir o impacto do seu conteúdo. Se você não tiver os recursos, pode ser uma tarefa difícil.

Se você não está fazendo o suficiente com suas redes sociais porque não tem tempo, pessoas ou software para ajudá-lo a executar sua estratégia de marketing para as redes sociais, suas campanhas serão prejudicadas. Você não será tão eficaz quanto um concorrente que tem os recursos necessários para executar uma campanha de sucesso.

Como administrar essa desvantagem da exigência de tempo

Se você não tem os recursos, considere terceirizar sua campanha de marketing para redes sociais para uma agência de marketing digital como a Startup Valeon. Nós podemos lidar com suas campanhas enquanto você administra seu negócio. Sem mencionar que você fará parceria com pessoas que têm anos de experiência na execução de campanhas nas redes sociais e sabem como promover o sucesso do seu negócio.

4 – Você tem que esperar algum tempo para ver os resultados

Quando as empresas investem em estratégias de marketing, elas querem ver resultados imediatos. Você quer saber se suas estratégias estão funcionando e se vale a pena investir seu tempo e dinheiro nelas. Com o marketing de redes sociais, você não vê resultados imediatos.

O sucesso do marketing de redes sociais depende do sucesso geral das campanhas. Publicar um único conteúdo não determina o sucesso de sua campanha. Você deve postar várias peças de conteúdo durante um certo período para determinar o verdadeiro sucesso de suas campanhas.

Esta é uma desvantagem das redes sociais porque você tem que esperar para ver os resultados. Você deve ser paciente e esperar algumas semanas para ver os resultados antes de ajustar sua campanha.

Como se adaptar a essa desvantagem das redes sociais

A única adaptação verdadeira é ser paciente. Você deve se lembrar que você não pode ver resultados imediatos até que sua campanha esteja em execução por algum tempo. A melhor coisa que você pode fazer é acompanhar o desempenho de suas postagens à medida que as publica, para tê-las prontas para comparação quando sua campanha estiver em execução por algum tempo.

Conclusão

O marketing de redes sociais cria muitas oportunidades para sua empresa gerar novos leads. É uma ótima maneira de se conectar com seu público e ajudá-lo a se familiarizar com sua empresa. Se você está pronto para começar a colher os benefícios das redes sociais, a Startup Valeon o ajudará a criar sua campanha.

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Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

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Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto resulta em mais vendas.

Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?

A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

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sexta-feira, 29 de julho de 2022

PESQUISAS ELEITORAIS E SUAS FALHAS

 

BBC NEWS

Como uma pesquisa com duas mil pessoas pode estimar os votos de 156 milhões de eleitores? Como meu candidato aparece atrás nas pesquisas eleitorais se é capaz de arrastar multidões nas ruas? E por que os resultados das urnas nem sempre batem com o que indicavam essas sondagens?

© ReutersComo funcionam as pesquisas eleitorais e por que elas nem sempre acertam resultado final

Essas são algumas dúvidas que aparecem com frequência quando uma nova eleição se aproxima e as pesquisas de intenção de voto se multiplicam. É comum o tema gerar desconfiança e questionamentos, ainda mais de quem aparece mal posicionado na corrida eleitoral.

A menos de três meses da eleição, diferentes pesquisas apontam para uma larga vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial. A mais recente pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na quinta-feira (28/07), mostra o petista com 47% das intenções de voto, seguido do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 29%, e Ciro Gomes (PDT), com 8%. Todos os demais candidatos não superaram 2%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

Nessa reportagem, a BBC News Brasil esclarece como funcionam as pesquisas eleitorais — como o levantamento do Datafolha — e os critérios rígidos que precisam ser seguidos para que elas consigam de fato captar a intenção de voto dos eleitores. E explica também porque mesmo assim o resultado das urnas pode ser diferente do que indicavam as sondagens. Confira a seguir.

1) A importância da amostra

Ao contrário do que o senso comum pode sugerir, pesquisas eleitorais não servem para prever o resultado da eleição. O objetivo dessas pesquisas é apenas medir a intenção de voto no momento em que são feitas as entrevistas. Como o eleitor pode mudar de ideia até a hora de entrar na cabine de votação, nada garante que uma pesquisa feita meses, semanas, ou mesmo dias antes, terá o mesmo resultado que o computado pela Justiça Eleitoral.

Mas como pesquisas que entrevistam algumas centenas ou milhares de pessoas podem ser bons termômetro de como os eleitores estão pensando em votar?

Esse conjunto de pessoas entrevistadas é chamado de amostra. Para que esse grupo represente bem todo o universo de eleitores é preciso que ele reproduza a composição e a distribuição do eleitorado.

No caso do Brasil, a população é bastante heterogênea. Há diferenças, por exemplo, entre o perfil dos brasileiros que moram no Sul, no Nordeste ou em outras regiões do país. Há também diferenças entre os que são católicos, evangélicos, ateus ou seguem outras religiões, ou mesmo entre homens e mulheres, jovens e idosos, e também entre os que têm maior ou menor renda.

Dessa forma, para que uma mostra, por exemplo, de duas mil pessoas entrevistadas meça bem a intenção de voto dos eleitores é preciso que sua composição reflita essa heterogeneidade.

Por meio de dados oficiais, sabemos que mulheres são 53% dos eleitores e homens, 47%. Uma pesquisa precisa, portanto, não pode entrevistar 55% de homens e 45% de mulheres. É necessário seguir a distribuição de gênero da população brasileira na sua amostra.

No mesmo sentido, esse levantamento vai entrevistar muito mais pessoas no Sudeste do que nas outras regiões, porque ali se encontra a maior fatia do eleitorado brasileiro. Mas não basta que o instituto entreviste uma quantidade maior qualquer nesta região. A pesquisa do Instituto Datafolha de junho, por exemplo, informa que 43% das suas entrevistas foram feitas no Sudeste e, segundo o TSE, 42,6% dos eleitores aptos a votar vivem lá. Ou seja, a composição da amostra segue a composição do eleitorado.

Essa mesma lógica serve para determinar a proporção de jovens, adultos e idosos entrevistados, ou quantos brancos, pardos ou pretos serão ouvidos, etc.

© Agência BrasilEleitores mudam decisão de voto até no dia da votação, o que impede pesquisas de prever resultado final

O estatístico Neale Ahmed El-Dash, que estudou métodos de pesquisa durante seu doutorado na USP e é fundador da empresa Polling Data, usa a seguinte metáfora para explicar como a amostra funciona.

“Um risoto tem vários ingredientes diferentes: sei lá, você botou gorgonzola, cebola, tem o próprio arroz, tem sal, algum outro tempero. Então, se você simplesmente colocou tudo ali na panela, uma coisa em cima da outra (sem misturar), ao pegar uma colherzinha de qualquer lugar, você não vai conseguir sentir o sabor real daquele prato. Agora, se você misturou bem misturadinho, na hora que você pegar uma colher de qualquer lugar, vai estar com o sabor do risoto gostoso”, exemplifica.

“Então, se você consegue misturar direitinho toda a população e pegar uma colherada, você vai ter uma amostra que representa bem (todos os eleitores)”, compara.

Pesquisas sérias sempre informam o perfil da amostra. É possível checar essa composição no site do TSE, no qual os institutos precisam registrar o questionário que será aplicado antes de ir a campo.

Margem de erro

Agora, mesmo que a amostra esteja bem “misturadinha”, como explicou El-Dash, não é possível garantir que o seu resultado é um retrato exato da intenção de voto dos brasileiros.

Na verdade, se forem retiradas diferentes amostras de um mesmo universo, ainda que com as mesmas composições sócio-demográficas, seus resultados podem variar.

É por isso que toda pesquisa possui uma margem de erro e um nível de confiança (entenda melhor abaixo) que indicam qual o nível de precisão do resultado da pesquisa.

Segundo El-Dash, quanto maior a amostra, maior sua precisão para medir a opinião da população pesquisada (no caso das pesquisas eleitorais, o total de eleitores). Isso significa que levantamentos com amostras maiores têm margem de erro menor. No entanto, a partir de um determinado número de entrevistas, esse ganho de precisão, medido por uma fórmula matemática, já fica menos relevante.

“Uma amostra de mais de dois mil entrevistados, por exemplo, geralmente já não tem um custo benefício que vale a pena porque é caro fazer uma amostra maior e o ganho de precisão é pequeno”, diz ele.

© ReutersDiferentes pesquisas indicam que Lula tem vantagem ampla sobre Bolsonaro, fora da margem de erro

A pesquisa feita em junho pela Quaest Pesquisa e Consultoria, por exemplo, informa que fez 2 mil entrevistas presenciais e tem margem de erro de dois pontos percentuais. O resultado do levantamento indicou que em um eventual segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o petista venceria com apoio de 54% dos eleitores, enquanto seu adversário teria 32%.

Isso significa que a intenção de voto em Lula em um segundo turno contra Bolsonaro naquele momento estava entre 52% e 56%, enquanto a do atual presidente ficava entre 30% e 34%.

Já o nível de confiança dessa pesquisa Quaest era 95%. Isso significa que, se essa mesma pesquisa fosse aplicada 100 vezes naquele momento, entrevistando outras pessoas com mesmo perfil da amostra inicial, ela daria resultados dentro da margem de erro em 95 dos casos.

“Então, essa teoria matemática não te diz que a pesquisa vai acertar toda vez que ela é feita, mas ela te diz, em média, quanto que ela vai acertar. Isso é a tal famosa combinação da margem de erro com a confiança”, resume El-Dash.

O nível de confiança mais comum usado por institutos de pesquisa é de 95%. Para usar um nível maior, de 99% por exemplo, sem aumentar a margem de erro, seria preciso ampliar o tamanho da amostra.

2) Cuidados na realização das entrevistas

A elaboração adequada da amostra é apenas uma das etapas para garantir que a pesquisa seja um bom termômetro da intenção de voto da população. É preciso também seguir uma série de parâmetros na aplicação do questionário e, depois, no processamento das entrevistas.

Após a definição do perfil da amostra, as pessoas entrevistas são selecionadas aleatoriamente, justamente para evitar viés para algum candidato. Por isso, os locais de aplicação dos questionários são definidos por sorteio.

Nas pesquisas presenciais, normalmente se utiliza o método de “Probabilidade Proporcional ao Tamanho” para sortear as cidades onde são feitas as entrevistas, explica Márcia Cavallari, diretora do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), instituto fundado por parte da equipe que atuava no antigo IBOPE.

Nesse método, cidades mais populosas têm maior probabilidade de serem sorteadas. Caso isso não fosse feito, as cidades menores, por serem mais numerosas, seriam mais frequentemente selecionadas para as entrevistas, deixando de fora da amostra uma parcela relevante do eleitorado dos grandes centros urbanos.

“O processo de sorteio é probabilístico e leva em conta o número de eleitores de cada município. É um processo aleatório de seleção através de um método estatístico. Antes de fazermos a seleção dos municípios, asseguramos que os estratos da amostra entrem com o peso de seus eleitores, ou seja, cada região do país e cada Estado entram com os seus respectivos pesos na amostra”, detalha Cavallari.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, tem usado de forma distorcida as escolhas das cidades para acusar os institutos de pesquisa de manipularem os levantamentos eleitorais. É o que ele fez, por exemplo, no vídeo “Saiba como certas pesquisas mentem!”, publicado em seu canal no YouTube no final de junho.

Nessa gravação, ele faz duros ataques à Quaest, que realiza mensalmente pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de outubro, encomendadas pela corretora Genial Investimentos.

O deputado analisa no vídeo as entrevistas feitas na pesquisa de abril no Maranhão. Segundo a lista informada ao TSE, o levantamento ouviu eleitores de cinco municípios do Estado: Alcântara, Alto Alegre do Maranhão, São Francisco do Brejão, São Luís e São Luís Gonzaga do Maranhão.

Eduardo Bolsonaro, então, reclama no vídeo do fato de todas as cidades selecionadas terem votado majoritariamente em Fernando Haddad (PT) no segundo turno de 2018, candidato que foi derrotado por Bolsonaro.

“Nenhuma pessoa foi entrevistada em Imperatriz, que é a segunda maior cidade do Estado e uma das três do Maranhão que o Bolsonaro ganhou no segundo turno em 2018. E olha que no Maranhão tem 217 municípios. Mas será por que? Será coincidência?”, questiona o filho do presidente.

Procurado pela BBC News Brasil, o diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, Felipe Nunes, refuta as acusações do deputado. Ele explica que todas as cidades onde ocorrem as entrevistas são definidas por sorteio, assim como os locais dentro das cidades onde as pessoas são abordadas pelos pesquisadores.

Como o Maranhão votou em peso em Haddad, a probabilidade maior é de as cidades sorteadas terem votado mais no petista do que em Bolsonaro. A BBC News Brasil checou as cidades de Santa Catarina, Estado que deu larga vitória em 2018 ao atual presidente, e encontrou o oposto do que ocorreu no Maranhão: todos os municípios visitados pela Quaest em abril eram cidades em que Bolsonaro venceu Haddad.

Eduardo Bolsonaro não cita essa informação do seu vídeo.

Para responder às críticas do deputado, a Quaest enviou à reportagem uma tabela com todas as cidades visitadas na pesquisa de abril, acompanhadas do percentual de votos válidos que Bolsonaro obteve no segundo turno de 2018 em cada uma delas. Ao tirar a média desses percentuais, o resultado é 54,9%, praticamente o mesmo resultado que o presidente obteve na eleição (55,1%).

“A crítica dele (Eduardo Bolsonaro) é absurda, não faz o menor sentido. A diferença de uma enquete para uma pesquisa é demonstrada exatamente pelo ponto dele. O que ele sugere é pegar as pessoas nos lugares que ele quer e fazer enquete lá para parecer bom (para Bolsonaro). O que a gente faz na pesquisa é ignorar esse critério, de onde tem mais ou menos gente que votou (num determinado candidato), sortear a amostra de modo que todo mundo tenha a mesma chance de ser entrevistado e, a partir desse critério probabilístico de aleatoriedade, ser capaz de pegar todo tipo de eleitor”, rebate Nunes.

O vídeo traz ainda outras críticas à Quaest. Para reforçar que o instituto não seria confiável, Eduardo Bolsonaro mostra uma pesquisadora da Quaest que foi gravada manifestando apoio a Lula. Além disso, ressalta que Felipe Nunes já foi consultor político da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel, ambos petistas.

Questionado pela reportagem, o diretor da Quaest disse que trabalha com eleições desde 2014 e já prestou consultoria ou realizou pesquisas para diferentes partidos, como PT, PSDB, MDB, DEM, PSD, PSB, PDT e Novo. Sobre a entrevistadora que manifestou apoio a Lula, Nunes disse que o próprio controle de qualidade da Quaest já havia identificado o problema, pois todas as entrevistas realizadas são depois ouvidas por outra equipe da empresa.

“Imediatamente aquela senhora foi desvinculada da empresa, as entrevistas que ela fez foram anuladas e outra pessoa foi colocada para fazer no lugar”, contou.

“Lido com isso com muita naturalidade. Existem erros no campo e, é justamente porque a gente tem um controle muito rígido de qualidade sobre o dado que sai, que a gente consegue, inclusive, capturar esse tipo de situação e não permitir que isso gere qualquer tipo de problema pro dado que está sendo publicado”, acrescentou.

A BBC News Brasil tentou contato com o deputado Eduardo Bolsonaro por meio do seu gabinete, mas não obteve retorno.

“Datapovo” x Datafolha

© ReutersApesar de estar atrás nas pesquisas eleitorais, Bolsonaro mantém uma base fortemente mobilizada

No vídeo de 26 de junho em que ataca as pesquisas eleitorais, Eduardo Bolsonaro também repete um argumento comum aos apoiadores de seu pai: a ideia de que que para medir a popularidade do presidente, basta ver as multidões de apoiadores que o acompanham nas ruas. É o que chamam de “datapovo”, num trocadilho com o nome do Instituto Datafolha.

“O Bolsonaro essa semana esteve em Caruaru, Pernambuco, Nordeste. E também esteve em Santa Catarina. Por onde quer que ele vá, é sempre assim: arrasta multidões. E daí vem aquela pergunta: se o Bolsonaro parece um artista de rock por onde passa, por que o Lula, que é o primeiro colocado nas pesquisas, não consegue sair nas ruas sem ser para esses eventos pré-organizados pelo PT, e olhe lá?”, questiona o deputado, antes de listar supostas manipulações dos institutos para tentar explicar essa aparente contradição.

A resposta dos especialistas é que, por mais que o presidente seja capaz de mobilizar alguns milhares ou até dezenas de milhares de apoiadores em eventos, esse grupo não é representativo de todo o eleitorado brasileiro.

“A minha maneira de responder essa questão é muito provocativa. Um dos movimentos mais fortes de rua que o Brasil tem é a Parada do Orgulho LGBT, que acontece na Avenida Paulista. Se a gente fosse utilizar o critério que algumas pessoas tentam usar para descredibilizar as pesquisas, seria pegar as fotos e os vídeos da Parada LGBT e dizer que, então, em São Paulo, o público LGBT seria o mais representativo na Câmara Municipal, na Assembleia Estadual”, afirma Felipe Nunes.

“E, na verdade, a gente tem uma subrepresentação até desse público (LGBT) nos locais de poder. Ou seja, isso (citar aglomerações como medida para intenção de voto) não é critério. Isso é enviesar a visão, isso é não querer ver o todo”, acrescenta.

Cuidados na realização das perguntas

Além dos cuidados na composição da amostra e na escolha dos locais das pesquisas, os institutos também adotam regras para evitar algum viés na forma como as entrevistas são realizadas. A pergunta sobre a intenção de voto deve ser feita de forma neutra, sem direcionar a resposta para um ou outro concorrente. E os nomes dos candidatos não podem ser apresentados em uma ordem fixa, pois os primeiros da lista tenderiam a ser favorecidos.

Por exemplo, na pesquisa de junho do Datafolha, quando as candidaturas presidenciais ainda não estavam formalizadas pelas convenções partidárias, o instituto fez a pergunta dessa forma aos entrevistados ouvidos de forma presencial: “Alguns nomes já estão sendo cogitados como candidatos a presidente esse ano. Se a eleição para presidente fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem você votaria?”.

Em seguida, era apresentado um cartão circular com nomes de 13 pré-candidatos, de modo que não houvesse uma hierarquia entre eles. As opções incluíam desde os líderes na pesquisa, como Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes (PDT), às opções menos conhecidas, como Vera Lúcia (PSTU) e Felipe d’Avila (Novo).

Já a pesquisa Ipespe de julho, feita por telefone, fez a seguinte pergunta: “Se a eleição para Presidente fosse hoje e os candidatos fossem esses que vou ler, em quem o(a) Sr(a) votaria?”.

Nesse caso, como não é possível apresentar um disco com os candidatos, o instituto realiza um “rodízio de nomes”, apresentando os concorrentes cada vez em uma ordem diferente.

© Reprodução questionário DatafolhaNomes dos concorrentes ao Palácio do Planalto são apresentados em disco pelo Instituto Datafolha

3) Por que o resultado das urnas nem sempre bate com as pesquisas?

Ainda que a pesquisa realizada tenha seguido todos os padrões de excelência, mesmo assim seu resultado pode ser diferente dos votos computados pelas urnas — e isso não significa que a pesquisa “errou”.

Os especialistas explicam que a pesquisa eleitoral é um retrato do momento. Ela mostra qual seria o resultado provável caso a eleição ocorresse no mesmo período do levantamento. No entanto, como muitos eleitores mudam seu voto ou escolhem seu candidato apenas próximo ao dia da eleição, ou mesmo no próprio dia de votação, é esperado que os resultados das pesquisas se modifiquem ao longo da campanha e sejam diferentes do saldo das urnas.

“A pesquisa não tem o papel de antecipar o resultado eleitoral. A pesquisa eleitoral capta atitudes e as intenções de voto, não medem o comportamento do eleitor. Apenas as pesquisas de boca de urna (feitas no dia da votação, logo que as urnas fecham) podem ser comparadas com os resultados oficiais, pois estas estão medindo comportamento”, afirma Cavallari.

Embora as pesquisas não tenham a função de prever o resultado das urnas, elas costumam captar bem qual a tendência da evolução do voto. “Via de regra, observamos que os resultados oficiais são um ponto a mais nas curvas de tendência apontadas pelas pesquisas”, ressalta a diretora do Ipec.

Para ilustrar seu ponto, Cavallari chama atenção para a evolução das intenções de voto em Bolsonaro e Haddad nas semanas anteriores ao primeiro turno de 2018, medidas por dez pesquisas do antigo IBOPE.

Elas mostram que, no final de agosto, Bolsonaro liderava a corrida eleitoral com 32% das intenções de voto. Esse percentual foi subindo paulatinamente até chegar a 41% na véspera do primeiro turno (dia 6 de outubro). Já a pesquisa de boca de urna do dia da eleição (7 de outubro) indicou que 45% dos eleitores haviam votado em Bolsonaro. Esse número ficou muito próximo do resultado oficial das urnas divulgado pelo TSE: o futuro presidente recebeu 46% no primeiro turno.

O mesmo ocorreu com Haddad. Ele começou com apenas 6% de intenção de voto em 20 de agosto, e as pesquisas mostraram seu percentual subindo até chegar a 25% no dia 6 de outubro. Já a pesquisa de boca de urna indicou o apoio de 28% dos eleitores, enquanto o resultado oficial do TSE mostrou 29% de votos para o petista.

© Fornecido por BBC NewsPesquisas Ibope para o primeiro turno de 2018. Evolução das intenções de voto (%) de Bolsonaro e Haddad. .

“Voto útil”

Outro fator que explica as diferenças entre as pesquisas e o resultado oficial é o fenômeno do “voto útil”, em que as próprias pesquisas influenciam o rumo dos votos, ressalta Felipe Nunes, da Quest. Isso ocorre, por exemplo, quando eleitores que votariam no candidato A, mas rejeitam fortemente o candidato B, entendem pelas pesquisas que é o candidato C que tem mais chances de derrotar o B. Com isso, acabam migrando seu voto do A para o C.

“Se existe mudança de opinião de alguém que está prestes a se casar, muita gente abandonou o noivo ou a noiva no altar, por que o eleitor não poderia fazer a mesma coisa diante da urna? Ele tem intenção de votar em alguém, mas muda de opinião. Isso é normal”, diz Nunes.

“E o mais sério: as pessoas mudam de opinião baseadas nas pesquisas. Então querer que as pesquisas acertem é um exagero equivocado. Pesquisa serve para informar o eleitor. É a própria dinâmica da informação que faz com que as pessoas mudem de opinião”, reforça.

Para saber se uma pesquisa é confiável, portanto, não adianta comparar seu resultado com o saldo final das urnas. O que os especialistas recomendam é que o eleitor busque comparar pesquisas de diferentes institutos, pois a tendência é que pesquisas bem feitas por diferentes empresas mostrem cenários semelhantes nos rumos das intenções de voto.

Por outro lado, quando um instituto de pesquisa traz resultados muito “fora da curva” dos demais, aí é sinal de que algo pode estar errado no levantamento.

– Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62341545

PREVISTO MANIFESTAÇÕES NUNCA VISTAS NO 7 DE SETEMBRO

Ato político

Por
Rodolfo Costa
Brasília


O presidente Jair Bolsonaro em ato na Paulista em 7 Setembro de 2021: organizadores preveem manifestação ainda mais volumosa neste ano| Foto: Fernando Bizerra/EFE

O comitê de campanha de Jair Bolsonaro (PL) iniciou contatos com movimentos de rua conservadores para alinhar as manifestações convocadas pelo presidente para o dia 7 de setembro. Em Brasília, integrantes da coordenação eleitoral se reuniram com alguns organizadores nos últimos dois dias para discutir pauta, estratégias de mobilização da população e a participação do chefe do Executivo.

As reuniões definiram a presença de Bolsonaro às 10h no tradicional desfile militar do feriado de independência em Brasília, que voltará a ser realizado após dois anos de hiato causado pela pandemia da Covid-19. Após o desfile, existe a previsão de ele comparecer ao ato marcado no gramado central da Esplanada dos Ministérios, que contará com trios elétricos alugados pelos movimentos de rua locais.

Após a participação em Brasília, Bolsonaro irá a São Paulo, onde discursará na Avenida Paulista. A concentração no local se iniciará às 14h, mas não está definido o horário de chegada do presidente. A expectativa da campanha e de organizadores é lotar a área de apoiadores do presidente e assegurar o maior público já registrado em um ato marcado na avenida a fim de demonstrar força política e eleitoral à candidatura presidencial.

Também está em análise a possibilidade de Bolsonaro comparecer ao ato previsto no Rio de Janeiro. A concentração é tradicionalmente marcada no Posto 5, em Copacabana. A hipótese de o presidente ir à capital fluminense ainda é dialogada e, caso se confirme, a expectativa é de que compareça antes de ir à Avenida Paulista.

As estratégias para engajar apoiadores nos atos de 7 de setembro
A presença de Bolsonaro nas manifestações é uma das formas traçadas entre a campanha e organizadores para garantir o engajamento de apoiadores no 7 de setembro, principalmente por se tratar de um período inferior a um mês para o primeiro turno, em 2 de outubro.

A fim de intensificar as estratégias, a ideia é concentrar a maioria das manifestações pelo país no período da tarde, de modo que apoiadores possam acompanhar a fala do presidente em Brasília. O objetivo é iniciar a maioria das manifestações a partir das 14h, mas organizadores também estudam a possibilidade de transmissão ao vivo do discurso de Bolsonaro pela manhã nas 100 cidades mais populosas por meio de telões espalhados pelo país.

Como a data das manifestações cairá durante o período permitido para a veiculação das propagandas eleitorais, o comitê da campanha de Bolsonaro também estuda a hipótese de usar o espaço na TV e nas rádios para promover os atos. Lideranças do PL entendem que isso é uma estratégia que deve ser estudada.

O presidente não é o único que pode ajudar a engajar apoiadores. A expectativa da campanha e de organizadores é que importantes aliados políticos compareçam aos atos em todo o país, principalmente candidatos a cargos eletivos. O empresário Paulo Generoso, criador e coadministrador da página República de Curitiba, prevê muitos convites e aliados presentes, especialmente na Avenida Paulista, a exemplo do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputa o governo de São Paulo.

Além das estratégias envolvendo o presidente, os organizadores pretendem usar as redes sociais para mobilizar a população para os atos de 7 de setembro. “O resto é trabalhar a organização e orientação aos movimentos das cidades, com algumas reuniões online com movimentos de todo o Brasil”, afirma Generoso.

A celebração dos 200 anos da Independência do Brasil também vai ser usada como inspiração. O empresário Tomé Abduch, fundador e coordenador do Nas Ruas, entende que é possível explorar a data para engajar os brasileiros. “É uma comemoração muito emblemática, principalmente em um momento em que a grande maioria dos 58 milhões que votaram no presidente estarão indo para as ruas lutar por nossa liberdade. Tem representatividade muito significativa “, destaca.

Organizadores, cidades e pauta: como serão as manifestações de 7 de setembro
O Nas Ruas trabalha para organizar manifestações em mais de 300 cidades. “Teremos atos na grande maioria das capitais e em muitas outras cidades. Hoje, já tem inúmeras cidades entrando em contato conosco dizendo que querem apoiar e participar”, diz Abduch.

O coordenador do Nas Ruas analisa que os vários contatos recebidos são parte do termômetro social que o leva a projetar um ato com ainda maior engajamento em relação ao 7 de setembro do ano passado. Outro fator destacado por ele é o mapeamento de redes feito pelo movimento nas mídias sociais.

“A manifestação vai ser uma das maiores da história do Brasil, nunca tivemos um engajamento tão forte e nós estamos vendo que, além das pessoas que sempre estão nas ruas, notamos grandes mobilizações também de agricultores, caminhoneiros e líderes das ‘motociatas’ em todo o Brasil”, sustenta Abduch.

O fundador do movimento República de Curitiba acredita que a data superará até mesmo outras manifestações de rua. “Pelo que percebemos nas redes sociais, telefonemas e nas ruas em geral é que será o maior movimento patriótico democrático da história do Brasil. Vai ser gigante e vamos superar qualquer outra manifestação já vista no nosso país”, analisa.

O Nas Ruas e o República de Curitiba são alguns dos principais organizadores dos atos de 7 de setembro. Outros movimentos também estão engajados, a exemplo do Endireita Brasil e do Avança Brasil. Abduch assegura, porém, que não há nenhum tipo de envolvimento de políticos na organização e coordenação.

“São muitos movimentos que organizam de maneira independente. O que tentamos alinhar são só as pautas que a gente entende que são comuns a todos os movimentos”, afirma.

Existe a expectativa de os movimentos defenderem ações que destaquem o legado do governo em diversas áreas, como a conclusão de obras inacabadas, a compra de vacinas na pandemia e a retomada do lucro das estatais. “Independentemente da forma como o presidente se expressa, quer isso agrade alguns ou não, as ações importantes puderam ser tomadas”, diz.

A defesa da democracia e da liberdade serão, porém, as pautas centrais dos atos, afirma Generoso. Abduch diz que os movimentos defenderão pautas alinhadas com a Constituição. “Nada vai ser feito fora disso”, garante. O objetivo é defender os mesmos valores pregados por Bolsonaro em seu discurso na convenção do PL, que falou em “paz, tranquilidade, respeito à Constituição, às leis e interdependência entre os poderes”.

Organizadores pregam defesa à democracia com respeito às instituições
Apesar de críticas de Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na mesma fala em que convocou seus apoiadores para ir às ruas em 7 de setembro, os organizadores dos atos dizem que o objetivo das manifestações não é tensionar as relações com as instituições ou mesmo com ministros da Suprema Corte.

“O nosso objetivo é celebrar a democracia em uma grande manifestação patriótica, cívica e pacífica. Nosso objetivo é realmente demonstrar nosso apoio ao governo e todo o nosso amor à nação. Não temos objetivo de fomentar nenhuma manifestação mais violenta contra nenhuma instituição ou ministros”, afirma Paulo Generoso. “Nosso foco não é nenhum ministro, mas sim manifestar em prol da nossa democracia e de nosso desejo e esperança de continuar lutando por um país melhor”, acrescenta.

O coordenador do Nas Ruas endossa a fala de Generoso e afirma que todas as pautas organizadas pelo movimento retratam o sentimento da sociedade. “Não temos e nem nunca tivemos pautas passadas por Brasília, até porque somos movimentos totalmente independentes e defendemos pautas que entendemos como propositivas”, destaca Abduch.

“Agora, é importante que todos escutem os anseios da nossa sociedade, pois já estivemos nas ruas várias vezes e temos a impressão que a voz das ruas, o povo, que, na verdade, são os senhores da nossa Constituição, muitas vezes não é ouvida em Brasília”, complementa o fundador do Nas Ruas.


Como será a programação e a organização dos atos de 7 de setembro

Cada cidade terá sua programação própria. Na Avenida Paulista, o evento está previsto para começar às 14h e terminar às 17h. O Nas Ruas já adotou os trâmites burocráticos junto às autoridades responsáveis para assegurar o espaço para a manifestação.

“Todos os trâmites já foram enviados, temos o ‘ok’ legal para que a manifestação se realize e somos sempre muito bem atendidos pela Polícia Militar, pela Guarda Civil Metropolitana, pela Polícia Civil e pelo Detran. E a gente faz questão de respeitá-los e seguir à risca tudo que pedem”, afirma Abduch.

O coordenador do Nas Ruas diz que a maior preocupação dos organizadores é assegurar uma manifestação pacífica e segura a todos.

Os horários e locais da concentração serão definidos e divulgados posteriormente nas principais cidades nas redes sociais do Nas Ruas e de outros movimentos responsáveis pela organização das manifestações em 7 de setembro.

O coordenador do República de Curitiba incentiva, porém, que os apoiadores vão a Brasília ou a São Paulo. O objetivo é concentrar ao máximo o número de pessoas nos eventos onde é certa a presença de Bolsonaro. “Recomendamos que haja nesses locais uma grande aglomeração de pessoas e gente que vem de todo o Brasil, inclusive em caravanas. Para o pessoal que não pode participar nas grandes cidades e capitais, terão outras cidades”, diz Generoso.

O caminhoneiro Janderson Maçaneiro, o “Patrola”, líder autônomo em Itajaí (SC), é um dos que considera participar do evento na Avenida Paulista a convite do ex-ministro Tarcísio de Freitas. Por esse motivo, ele não garante sua presença no ato previsto em Florianópolis. “Vai acontecer um movimento grande em ‘Floripa’, mas tem alguns que querem ir para onde o presidente estará”, explica.


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