sexta-feira, 29 de julho de 2022

PETROBRAS ESTÁ AGINDO ATUALMENTE COM BOM SENSO

Editorial
Por
Gazeta do Povo

BRA01. RIO DE JANEIRO (BRASIL), 22/02/21.- Una persona camina hoy frente a la sede de Petrobras en Río de Janeiro (Brasil). El mandatario brasileño, Jair Bolsonaro, ha abierto una nueva crisis en Petrobras al anunciar a un general retirado del Ejército como nuevo presidente de la petrolera estatal, cuyos papeles se hundieron este lunes en la bolsa, y generó dudas sobre su compromiso con el liberalismo económico. EFE/ Antonio Lacerda


Petrobras optou por não realizar mudanças na sua política de preços .| Foto: Antonio Lacerda/EFE

A atual política de preços da Petrobras, criticada tanto pelo governo federal quanto pela oposição de esquerda, passou por um teste crítico na reunião desta quarta-feira, dia 27, do Conselho de Administração da estatal. Havia a possibilidade de alteração tanto na política propriamente dita quanto de passar a responsabilidade por essa definição para o próprio conselho, e não mais pela diretoria da empresa. No fim, tudo foi mantido como estava, havendo apenas a formalização de uma prática de prestação de contas que já vinha sendo feita, ainda que não constasse das diretrizes da estatal sobre a formação de preços.

É verdade que a política de Preço de Paridade Internacional (PPI), neste exato momento, acaba encarecendo os combustíveis graças à “tempestade perfeita” formada pelos altos preços do petróleo no mercado internacional e pelo câmbio desvalorizado, com o dólar sendo cotado acima de R$ 5 ao longo da maior parte dos últimos meses. Mas ela ainda é a melhor opção para garantir condições mínimas de competição aos players privados que vêm se estabelecendo no Brasil e que já se tornaram necessários para que o país não enfrente uma crise de fornecimento de combustíveis semelhante à da Argentina, onde o governo de esquerda vem intervindo nos preços da estatal YPF.

A campanha eleitoral, infelizmente, é terreno fértil para todo tipo de populismo, pois é muito mais simples fazer promessas imediatistas que explicar temas complexos como a formação dos preços dos combustíveis e as consequências do intervencionismo

Caso a Petrobras abandonasse a PPI e passasse a oferecer combustíveis artificialmente mais baratos, optando por absorver o prejuízo ao revender derivados de petróleo por preços inferiores aos de compra no mercado internacional (como, aliás, foi feito ao longo de parte do governo Dilma Rousseff, levando a estatal a uma situação financeira extremamente precária), as refinarias privadas e importadores logo quebrariam por serem incapazes de competir com a gigante estatal nessas condições. O país retornaria a uma situação de monopólio de fato, ainda que no papel ele já tenha sido abolido – e um monopólio incapaz de suprir a demanda nacional, o que levaria ao caos no fornecimento.

O ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula vem ignorando essa realidade quando promete “abrasileirar” os preços dos combustíveis (em outras palavras, desprezar a taxa de câmbio) como forma de barateá-los – a promessa, já feita em outras ocasiões, foi repetida em entrevista recente ao portal UOL. Segundo Lula, teria “faltado coragem” ao presidente Jair Bolsonaro para mudar a política de preços, em mais um de seus reducionismos tão simplistas quanto enganosos. O fato é que, por mais que Bolsonaro continue, sim, fazendo inúmeras críticas – que consideramos equivocadas, pelas razões já expostas – ao PPI, mudá-lo não seria simplesmente questão de “coragem” (melhor seria chamá-la de “imprudência”), pois há uma série de travas legais, como a Lei do Petróleo, a Lei das S.A. e a Lei das Estatais, esta última aprovada em resposta à pilhagem cometida pelo PT na Petrobras e em outras companhias. Que não tenha havido mudança na política de preços sob Bolsonaro – ainda que isso o desagrade – é algo a elogiar, não a criticar.


A campanha eleitoral, infelizmente, é terreno fértil para todo tipo de populismo, pois é muito mais simples fazer promessas imediatistas que explicar temas complexos como a formação dos preços dos combustíveis e as consequências do intervencionismo. Há fatores que o Brasil não tem como controlar, como a demanda global por petróleo e seu preço, influenciado por questões como a guerra na Ucrânia – e as quedas recentes vêm sendo repassadas pela Petrobras, como ocorreu na semana passada e nesta quinta-feira. Mas, para depender menos dos humores internacionais, o que realmente pode ser feito internamente para oferecer combustível mais barato à população de forma duradoura é a maior abertura do setor de petróleo e gás em todas as suas fases, reformas e ajustes que deem solidez fiscal ao país e valorizem o real, uma reforma tributária inteligente que não onere tanto a produção e o consumo, e a ampliação e modernização do parque de refinarias. Estas, sim, seriam propostas inteligentes que os candidatos deveriam encampar, em vez do intervencionismo que já se mostrou um fracasso no Brasil e em outros países.


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MINISTROS DA DEFESA NÃO COMENTAM NADA SOBRE AS URNAS ELETRÔNICAS

 

Eleição

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


A 15.ª Conferência de Ministros de Defesa das Américas foi realizada em Brasília, no fim de julho.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Estou intrigado com a perícia daquela troca de tiros na Associação Recreativa Esportiva da Segurança de Itaipu. No aniversário de 50 anos de um policial, outro policial chegou lá, um jogou pedra no outro, que foi para casa buscar uma arma e voltou; o aniversariante já estava armado e inclusive morreu. Ele era guarda municipal, e o outro era guarda de presídio federal; sobreviveu mesmo tendo levado um tiro na cabeça e ter sido chutado reiteradas vezes na cabeça, no rosto, no tórax, nas costas, no peito. Sobreviveu e ainda está no hospital.

A perícia disse que a vítima atirou 13 vezes e o, digamos, agressor, que pelo jeito disparou primeiro, assim que chegou, deu três tiros. Eu imagino um julgamento em que o morto atirou 13 vezes e o sobrevivente atirou três, é uma coisa meio complicada. Isso confirma o que eu tenho dito para vocês: foi um tiroteio, uma troca de tiros, infelizmente. Onde já se viu, um aniversário terminar desse jeito, com o pai morto diante dos filhos. Os convidados nem viram que o aniversariante estava morto, já estavam chutando o outro. Fiquei chocado com a cena, pois a bala a gente não vê penetrar, mas o chute sim, a gente vê. A Justiça vai ter um trabalhão.

Ministros da Defesa terminam encontro em Brasília defendendo respeito às soberanias nacionais
Terminou nesta quinta a XV Conferência de Ministros da Defesa das Américas, em Brasília, com 21 países. E eu vi um erro no noticiário, pois parecia que o secretário de Defesa americano veio para puxar a orelha do Brasil sobre as urnas eletrônicas, mas eu li agora a Declaração de Brasília, assinada por eles, e não há nenhuma menção à eleição brasileira. Nem haveria como ter, porque, se a declaração fala em soberania dos países, os estrangeiros não iriam se meter na eleição brasileira. Estão forçando a barra; o sujeito escreve na notícia aquilo que ele acha que deveria ser, e não o que foi. Essa é a razão pela qual estão minguando tiragens, audiência, assinaturas: estão perdendo credibilidade.

E vejam como foi favorável ao Brasil essa Declaração de Brasília, assinada por 21 países. Traz o compromisso com a defesa de valores como autodeterminação, independência, integridade territorial, liberdade frente à ambição estrangeira e respeito às fronteiras e à soberania. Parece que os demais países estão se mostrando solidários ao Brasil em relação à Amazônia. E ainda tem mais, sobre a “Amazônia Azul”, porque o texto fala em combater a pesca ilegal – eu vejo, por exemplo, pescadores brasileiros e uruguaios reclamando de chineses, e a mesma coisa acontece no Pacífico. Os ministros mencionaram a caça furtiva silvestre, a exploração mineral e florestal ilegais, a preocupação com o crime transnacional – enfim, o tráfico. E, por fim, atenção!, a ciberdefesa e a necessidade de envolver instituições governamentais e civis para responder a atividades maliciosas na área cibernética. Então, não é nada do que vinham dizendo, está contemplada a preocupação quanto à segurança cibernética, o que inclusive englobada a apuração de uma eleição.

O combustível está mais barato

Só para lembrar, hoje a gasolina está sendo entregue nas refinarias R$ 0,15 mais barata. Segunda-feira é o querosene de aviação que cairá 2,6%. De olho na passagem aérea!


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MINISTRO DO STF NÃO OBEDECE ÀS LEIS VOTADAS NO CONGRESSO

 

Por
J.R. Guzzo – Gazeta do Povo


| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Congresso Nacional acaba de aprovar, quase por unanimidade e cumprindo processo absolutamente legal, uma lei que reduziu os impostos estaduais sobre os combustíveis e fez cair imediatamente o preço da gasolina, diesel e álcool para o consumidor. É um raríssimo momento em que o cidadão brasileiro recebe um benefício concreto, claro e compreensível das autoridades. Não há na lei, além disso, nenhuma redução real de receitas para os Estados, pois vão receber compensação pelo que deixaram de arrecadar. Acima de tudo, é lei. Lei é lei – simplesmente tem de ser cumprida por todos, e não há nada a discutir. Ou é isso, ou não há democracia; é um mandamento elementar em qualquer estado democrático que as leis aprovadas de modo legitimo pelos representantes do povo estão acima das vontades individuais e são iguais para a sociedade inteira, sem exceção nenhuma.

Mas isso aqui é o Brasil democrático do STF, e no Brasil democrático do STF lei não é o que o parlamento aprova – e sim o que o Supremo Tribunal Federal quer. A lei que fez baixar o preço dos combustíveis foi proposta pelo governo federal, e bem recebida pela população. Pronto: não é preciso mais nada. Se a lei vem do governo, e saiu de lá por vontade do presidente da República, é lei que não presta, e o STF não admite que ela seja aplicada como deveria. Quem não aceita as suas consequências, então, recebe apoio legal imediato dos ministros. É o que aconteceu com o Estado do Maranhão. O governador local declara a si próprio como um grande general da campanha do ex-presidente Lula para a presidência e também se exibe como um inimigo radical do governo; ao mesmo tempo, não aceita a lei que o Congresso aprovou. Corre, então, para pedir proteção ao STF. É atendido na hora.

Se a lei vem do governo, e saiu de lá por vontade do presidente da República, é lei que não presta, e o STF não admite que ela seja aplicada como deveria

A licença para o Maranhão não obedecer a lei, safando-se dos seus efeitos práticos, foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, que já há muito tempo acumula suas funções no STF com a atuação de inimigo político número 1 do governo federal. Moraes, simplesmente, autorizou o Maranhão a não pagar nenhuma de suas dívidas com a União, do Banco do Brasil à Caixa Econômica, do BNDES ao BID – nada, nem um tostão. Pior: esse calote se aplica já nas parcelas que deveriam ser pagas no mês de julho, pois o Estado vive como um pedinte de rua, tendo de ganhar de manhã o dinheiro para o prato de comida do almoço. E a compensação das receitas, prevista na lei? O governador diz que não dá para “esperar”, porque há trâmites legais a cumprir – claro que há; ele queria que não houvesse? –, isso toma tempo e não existe um real de reserva no caixa do Estado para aguentar até a chegada do reembolso. Perfeitamente, decidiu o ministro. É isso mesmo: não dá para esperar, não é preciso pagar nada e o Estado pode começar já, neste minuto, a ignorar as suas obrigações com a União. Essa “União” é você mesmo, que paga sem dar um pio os seus impostos; é do seu bolso que vai sair o dinheiro que o governador e o ministro Moraes não querem pagar.

Não se consegue achar nada de certo em nenhum ponto dessa história. Moraes disse, entre as justificativas de sua decisão, que a lei foi adotada de “forma unilateral” e “sem consulta aos Estados”. Que raio de raciocínio jurídico é esse? Desde quando, pelo que está escrito na Constituição e no restante da legislação brasileira, o Congresso Nacional deste país precisa consultar os “Estados”, ou seja lá quem for, para aprovar uma lei? Outra coisa: se o Maranhão está autorizado pelo STF a não pagar o que deve à União, porque os outros 26 Estados não teriam o mesmo direito? O STF vai atender a todos eles? No caso do Maranhão, esse grande campeão das “oposições”, bastou o governador dizer “não tenho dinheiro” para livrar-se das suas obrigações; não teve de comprovar nada, e ninguém lhe pediu demonstração nenhuma. Está valendo, isso? O cidadão diz: “Não dá para pagar” – e o Supremo aceita no mesmo instante a sua palavra como fato indiscutível, sem nenhuma comprovação séria? Não se disse uma palavra, também, sobre a responsabilidade que o governador tem na miséria financeira do Maranhão. Se o Estado está falido, a culpa é dele; com certeza não é do presidente, nem do Congresso, nem dos outros Estados.

Nada disso faz qualquer sentido. Mas é o que se tem, num país em que a suprema corte se transformou em brigada de militância política, abandonou os seus deveres constitucionais e exerce a justiça através da vingança.

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GASTANÇA DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

 

Por
Lúcio Vaz


Sede do Tribunal de Contas da União em Brasília| Foto: Lúcio Vaz/Blog Lúcio Vaz

Ministros e servidores do Tribunal de Contas da União (TCU) gastaram R$ 4 milhões com viagens para o exterior até meados de julho. No roteiro, Paris, Roma, Londres, Viena, Dubai, Maldiva, Aruba. Cerca de 80% foram viagens de “relações institucionais”. Só os ministros gastaram R$ 1,3 milhão. O vice-presidente do tribunal, Bruno Dantas, torrou R$ 278 mil em diárias em passagens. Alguns ministros deram esticadinhas na Europa após cumprir a missão.

A maior comitiva foi visitar a Expo Dubai, em meados de março. Os ministros Aroldo Cedraz, Augusto Nardes e Benjamin Zymler, mais seis servidores, gastaram R$ 164 mil com passagens e receberam R$ 298 mil em diárias – uma despesa total de R$ 462 mil. O equivalente a 1,1 mil Auxílios Brasil. Seis deles receberam 11,5 diárias. Os maiores valores foram pagos a Nardes, Zymler e um servidor: R$ 42 mil.

Todas as viagens a trabalho de ministros e procuradores com assessores no Brasil somaram apenas R$ 170 mil. Os voos nacionais de servidores sem a companhia de ministros custaram R$ 1,3 milhões. Nesse quesito, os deslocamentos para controle externo – a principal atividade do tribunal – ficaram em R$ 369 mil. Os voos de “representação institucional” dos ministros no país somaram R$ 100 mil. Mas o tribunal informa apenas a data, o valor e o aeroporto utilizado. Não é informado o motivo da viagem. O gasto total com diárias e passagens no ano chega a R$ 6 milhões.


Aquela esticadinha
Os ministros Dantas e Nardes e mais três servidores estiveram em Lisboa e Paris, de 25 de junho a 5 de julho, para “reuniões de interesse do TCU” no Tribunal de Contas de Portugal e na Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco) em Paris. As passagens custaram R$ 113 mil e as diárias, R$ 150 mil – um total de 263 mil. Dantas recebeu o maior número de diárias – 9,5 – num valor total de R$ 37,6 mil. Nardes recebeu sete diárias, até 2 de julho, no valor de R$ 30 mil. Mas ele deu uma esticadinha, permanecendo na Europa até o dia 14 – numa estada de 19 dias. O TCU registrou que o “ônus para o tribunal” foi até 2 de julho.

Dantas, Walton Alencar e duas servidoras cumpriram outro roteiro europeu no final de fevereiro – Varsóvia (Polônia), Viena (Áustria) e Paris, mais um pulo em Riad (Arábia Saudita). Fizeram “visitas” a órgãos de fiscalização daqueles países. As passagens custaram R$ 110 mil; as diárias, mais 112 – num total de 222 mil. Dantas, que esteve nos quatro países, gastou R$ 47,4 mil com passagens e recebeu 6,5 diárias num total de R$ 43,5 mil. Permaneceu 16 dias na Europa, mas “o ônus para o tribunal” foi de 27 de fevereiro a 5 de março. Alencar recebeu 4,5 diárias no valor de R$ 36,7 mil. Viajou no dia 1º de março e retornou dia 13.

A presidente do TCU, Ana Arraes, fez visita institucional à entidade fiscalizadora da Argélia e à embaixada do Brasil em Argel, de 10 a 18 de julho. A sua passagem custou R$ 45,6 mil. As dos servidores, R$ 43 mil e R$ 46 mil. Toda a viagem custou R$ 216 mil. A prestação de contas informa que “a postergação do retorno não ensejou o pagamento de diária para esse dia”.

Dantas fez visitas a cortes de contas na Índia e Egito, de 7 a 13 de maio, acompanhado de uma servidora, com despesas de R$ 105 mil. Ministro e assessora estenderam a estada por três dias, sem ônus para o tribunal. Alencar visitou órgãos de fiscalização em Lisboa e Tel Aviv (Israel) em abril. Recebeu a passagem, no valor de R$ 36,5 mil, mais R$ 31 mil por 9,5 diárias. O seu voo de ida foi dia 5 e a volta no dia 25.

A passagem mais cara foi paga na viagem de Alencar para Ukulhas (Maldiva) – R$ 50,6 mil. Ele ainda recebeu 8,5 diárias no valor de R$ 29 mil. Participou do grupo de trabalho sobre auditoria ambiental da organização das entidades fiscalizadoras superiores.

África, Cone Sul e Caribe
O ministro Vital do Rêgo fez “visitas institucionais” a órgãos de controle da Namíbia e África do Sul, de 23 de fevereiro a 6 de março, acompanhado de dois servidores. A despesa chegou a R$ 213 mil, sendo R$ 127 mil em diárias. O Ministro recebeu R$ 42,5 mil por 11,5 diárias. Ele estendeu a estada na África por três dias, mas o TCU deixou claro que o ônus do tribunal foi até 6 de março. Cada servidor recebeu R$ 38,3 mil de diárias, sem esticadinhas.

Vital do Rêgo participou do 12º Congresso da Carosai, entidade caribenha de cortes de contas, em Oranjestad (Aruba), de 14 a 20 de maio, em companhia do ministro-substituto Marcos Bemquerer e de um servidor. As despesas chegaram a R$ 97 mil. O TCU pagou 6,5 diárias para cada um até o dia 20, mas a comitiva retornou no dia 22.

Rêgo e Dantas fizeram o roteiro Assunção, Montevidéu, Buenos Aires e Cidade do México, de 6 a 12 de fevereiro, em “visitas institucionais a países do Cone Sul”. Os gastos chegaram a R$ 197 mil, com R$ 130 mil em diárias.

Dantas e Zymler fizeram “visitas técnicas” e “institucionais” a órgãos de fiscalização em Lima (Peru), Quito (Equador) e Cidade do México, de 17 a 26 de fevereiro, assessorados por três servidores. As despesas somaram R$ 225 mil, com R$ 166 mil em diárias. Zymler levou R$ 39,4 mil em diárias; Dantas, R$ 37,5. Não há registro da data de retorno do vice-presidente do TCU, mas o tribunal deixou claro que o seu ônus foi até o dia 26.

A presidente do TCU, ministra Ana Arraes, esteve no evento MoU Data Analytics, sobre análise de dados, em Londres, e visitou a embaixada brasileira em Portugal, de 23 de abril a 1º de maio; acompanhada do ministro Aroldo Cedraz e três servidores. Mais R$ 208 mil na conta do contribuinte, sendo R$ 109 mil com diárias. A ministra recebeu R$ 29 mil em diárias; o ministro, mais R$ 32 mil. Cedraz cancelou o trecho da volta de Londres porque seguiu para Moutain View (EUA), onde participou do evento The Singularity Executive, sobre novas tecnologias. Incluindo as despesas de um assessor, mais R$ 110 mil em passagens e diárias.


Voos solos

Os servidores também fazem voos sem a companhia de ministros. Esses deslocamentos – todos de “relações institucionais” – já custaram R$ 987 mil neste ano. Henrique Carneiro, assessor da presidente do tribunal, foi para Labuhan Bajo (Indonésia), onde ocorreu o Seminário de Altos Funcionários da Instituição Suprema de Auditoria.

A sua passagem custou R$ 39,6 mil. Ele também recebeu 11,5 diárias no valor total de R$ 25 mil. O curioso é que as passagens de outros dois servidores, ambos auditores, para o mesmo evento, custaram R$ 8,9 mil. As despesas de toda a comitiva chegaram a R$ 132 mil.

A viagem de dois servidores para a reunião do Grupo de Trabalho em Auditoria Ambiental, em Mali, nas Ilhas Maldivas, custou R$ 65 mil.

Inaugurações, medalhas, as viagens nacionais
Algumas viagens nacionais dos ministros do TCU a serviço são meras festividades. A presidente Ana Arraes, o ministro Jorge Oliveira e um assessor voaram para Fortaleza para a solenidade de inauguração da nova sede da Secretaria do TCU no Ceará, em 3 de junho. As passagens e diárias custaram R$ 16 mil. Só a passagem de Oliveira custou R$ 8,8 mil.

O ministro Nardes gastou R$ 7,2 mil para visitar a Festa Nacional da Uva, em Caxias do Sul. Apenas a passagem aérea até Porto Alegre custou R$ 5,5 mil. Ele também viajou a Não me Toque (RS), para fazer palestra sobre governança pública e visitar a Expodireto Cotrijal. Mais uma despesa de R$ 4,5 mil.

O ministro Bruno Dantas foi a São Paulo, acompanhado de dois assessores, para prestigiar o ciclo de seminários TCU/Fiesp – Desafios da Economia Brasileira. As passagens dos assessores custaram R$ 8,4 mil e R$ 6 mil.

Bemjamin Zymler esteve na sessão solene de instalação da Academia Brasileira de Letras da Magistratura, em maio. O ministro Marcos Bemquerer foi para a outorga da Medalha do Mérito Cultural da Magistratura Brasileira.

O blog perguntou ao TCU se não seria um exagero o volume de viagens institucionais para o exterior em tão pouco tempo e qual a importâncias dessas viagens para o Tribunal. O TCU respondeu que, “como forma de transparência ativa, divulga todas as informações – inclusive as solicitadas pelo jornalista – sobre viagens de autoridades e servidores, com o respectivo destino, em seu Portal, na página de Transparência e Prestação de Contas. Portanto, as perguntas partem de dados e premissas equivocadas. O trabalho de pesquisa, análise e valoração opinativa é do jornalista, não da instituição”.


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ENXADA RESOLVE OS PROBLEMAS DO MUNDO

 

Vá carpir um lote!

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


A superioridade da enxada como, digamos, terapia e caminho para a felicidade está presente até mesmo na Bíblia. Afinal, já ensina o Eclesiastes (1:18) que quem pensa sofre.| Foto: Pixabay

Tenho um amigo que comprou uma chácara e, por isso, anda obcecado pela enxada. Ele só fala nisso! Outro dia nos encontramos e, cerveja vai, cerveja vem, contei a ele uns problemas que estava enfrentando, uma dessas angústias nascidas do disse-me-disse e adubada com as caraminholas da minha cabeça. Ele foi enfático: “Deixa disso. Compra uma enxada e vai carpir um lote”. Para este meu amigo, não há problema no mundo que não se resolva com um pouquinho de disposição. E uma enxada, claro.

Ai, eu não me sinto à vontade neste corpo – enxada. Ai, hoje acordei sem inspiração para entregar a crônica – enxada. Ai, sofro com essa polarização política – enxada. Ai, a empresa onde trabalho vai implantar um programa ESG – enxada. Ai, me sinto insignificante diante do Universo – enxada. Ai, como tá caro o Häagen-Dazs – enxada. Ai, o Uber está dois minutos atrasado – enxada. Ai, ando tão estressado com esse governo que até engordei – enxada. Ai, tem mato demais neste roseiral (hein?) – enxada.

Realmente parece não haver problema no mundo de hoje que não possa ser resolvido por uma boa sessão de capinagem (não confundir com carpinejaragem). Não há tuíte ou postagem mimizenta no Facebook ou histeria no Tik Tok capazes de resistir ao efeito curador, quando não purificador, da enxada. Muito me surpreende, pois, que não haja por aí terapeutas quânticos oferecendo a cura para os males da alma municiando as pessoas com uma boa enxada diante de pelo menos um alqueire de ervas daninhas. Fica a dica.

A enxada está aí como sinônimo de trabalho manual, isto é, trabalho duro, que faz suar e doer as costas, em contraposição ao trabalho intelectual, cujas dores tendem a ser inventadas – a não ser por uma L.E.R.zinha de vez em quando. A superioridade da enxada como, digamos, terapia e caminho para a felicidade está presente até mesmo na Bíblia. Afinal, já ensina o Eclesiastes (1:18) que quem pensa sofre.

Depois de duas horas ouvindo minhas lamúrias e respondendo apenas com uma palavra (enxada), o amigo sugeriu que eu escrevesse uma ode à enxada. “Poesia numa hora dessas?”, pensei em perguntar, mas desisti ao me dar conta de que a melhor resposta seria “por que não?”. Qualquer hora é hora de poesia, ainda mais se for para falar de um objeto tão simples quanto uma enxada. O problema é que… Bom, estou num dia ruim. Angustiado. Pensando em como a morte da bezerra afeta a minha vida. Em dúvida se a melhor rima para “amor” é mesmo “dor”. Estou me esgueirando no horizonte – o que quer que isso signifique. Logo, a solução para o meu dia não é uma ode, e sim a própria enxada.

Panaceia
Na qual eu nunca tinha parado para pensar até ser instigado pelo amigo. Coitada da enxada. Sempre a vi como uma ferramenta menor. No mínimo uma ferramenta menos famosa do que a foice e o martelo. Pessoalmente, minha ligação com a enxada é bastante remota. Eu a usava para pegar minhocas numa vida que parece outra, de tão agrária e simples. E certa vez levei uma bronca da professora de Técnicas Agrícolas por levar a enxada ao ombro. Quase acertei a cabeça de um colega. O que, reconheçamos, daria uma história muito mais legal de ser contada hoje em dia.

Uma pesquisa rápida, contudo, mostra que há muito mais na enxada do que a simples sugestão de que nossos problemas intelectuais são frivolidades diante do nobre ofício de carpir um lote. Antes de mais nada, respeite a enxada! Ela acompanha o homem antes mesmo do arado. A enxada é tão importante que os sumérios acreditavam que a ferramenta foi inventada por Enlil. “E quem é esse tal de Enlil?”, pergunta você. Ninguém menos do que o chefe do Conselho de Deuses.

Claro que, por estar associada ao trabalho, a enxada é inimiga dos esquerdistas. Veja só o caso do líder trabalhista (se é que você me entende…) César Chávez. Na década de 1970, ele deu uma de Randolfe Rodrigues e recorreu à Suprema Corte da Califórnia para levar a enxada a julgamento. Isso porque, no longo prazo, a ferramenta causava dores nas costas dos agricultores. Resultado: em 1975, a enxada de cabo curto foi banida do estado.

E agora chegamos ao fim desta crônica. Estou aqui pensando na melhor forma de arrematar o texto, mas a esta hora não me ocorrem versinhos, aforismos ou referências cômico-políticas. Recorro aos corredores infinitos dessa tão maltratada massa cinzenta. Na busca, porém, acabo errando a porta e entrando no Grande Salão de Mágoas. Estou quase me encolhendo em posição fetal, prestes a sentir pena de mim mesmo, de chorar ao som de Nelson Gonçalves, quando me lembro do amigo e sua panaceia. Enxada.
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EMPRESAS PODEM SE DESTACAR NAS REDES SOCIAIS

 

Talita Lombardi – especialista em Marketing Digital e fundadora do WorkStars

A evolução do mundo digital está transformando a forma como consumimos o conteúdo das redes sociais. Toda vez que uma nova rede surge e alcança sucesso, a dinâmica de vender e informar online tende a mudar.

Com a chegada do TikTok – pesquisa Digital 2022: April Global Statshot Report, realizada pela parceria da Hootsuite com a We Are Social, mostra que a rede já alcança 1 bilhão de usuários – e da geração Z ao mercado de consumo, os vídeos curtos e criativos ganharam o público.

Ainda de acordo com o estudo, a praticidade e versatilidade dos vídeos os tornam cada vez mais consumidos pelas pessoas, sendo o quinto motivo de utilização da internet. Essa mudança no consumo exigiu que as redes sociais se atualizassem, com isso, o modelo horizontal vem perdendo força e cedendo espaço para o conteúdo vertical.

Mas, como sua empresa pode produzir conteúdo vertical sem ficar refém das dancinhas? A especialista em conteúdo para as redes sociais, Talita Lombardi, separou três dicas para o empreendedor que não sabe por onde começar.

Vídeos com cobertura de áudio

A maioria das pessoas tem dificuldade de começar a gravar vídeo, pois se sentem envergonhadas ou não gostam da imagem que transmitem. Nesse caso, uma boa saída é investir em vídeos com cobertura de áudio, ou seja, grave a sua voz e coloque fotos ou vídeos sobre o conteúdo que você está falando.

Por exemplo, se sua empresa vende cachecol, você pode gravar um vídeo mostrando as várias formas de usar o produto ou uma montagem com várias fotos mostrando quais são as peças, suas diferenças de cores e material.

Para quem trabalha com eventos, uma boa dica é filmar o local e descrever por meio do áudio como foi feito a escolha das flores, das cores e da decoração em geral.

Agora, se você também não se sente à vontade para gravar a sua voz, pode optar por utilizar os áudios que estão em alta nas redes. Mas atenção, procure por áudios virais que combinem com o seu nicho ou com a mensagem que você deseja passar.

Caixinha de perguntas e vídeos

Se você não tem vergonha de gravar vídeos, explore a sua imagem. Isso vai aproximar o público da sua marca. Você pode abrir uma caixinha de perguntas, separar algumas dúvidas e gravar vídeos respondendo. A dúvida de uma pessoa, pode responder a curiosidade de várias outras.

Entrevistas/Podcast

Se você tem um local onde é possível gravar vídeos com os seus clientes, uma boa dica é eleger uma pessoa que represente a sua empresa e gravar um depoimento sobre os serviços prestados. Uma entrevista por semana poderia render um bom conteúdo.

O mais importante, independente de qual formato você escolha, é manter um relacionamento virtual próximo e constante, sempre oferecendo informação que atraia o cliente para conhecer mais sobre o assunto e não apenas tentar vender um produto. Usando as ferramentas certas e explorando os pontos fortes da sua empresa, essa interação nas redes configura um posicionamento estratégico e pode render um aumento positivo no balanço final do mês.

STARTUP VALEON – CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Olá tudo bem?

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quinta-feira, 28 de julho de 2022

LULA É CONTRA O TETO DE GASTOS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Em entrevista, Lula disse “não precisar” de teto de gastos em seu governo.| Foto: Ricardo Stuckert

Com aquela arrogância típica de quem tem certeza absoluta de que o brasileiro irá às urnas em outubro sofrendo de uma amnésia coletiva que o fará esquecer de como o petismo quebrou o Brasil, o ex-presidente, ex-presidiário e ex-condenado Lula voltou a atacar o teto de gastos em entrevista ao portal UOL. “Não preciso de teto de gastos. Quando você faz uma lei de teto de gastos é porque você é irresponsável, porque você não confia em você, porque você não confia no seu taco, porque você não tem segurança do que vai fazer”, disse Lula, reafirmando as críticas que já vinha fazendo ao mecanismo que limita o crescimento dos gastos públicos e foi instituído em 2016, durante o governo de Michel Temer.

De correto mesmo, apenas a menção à irresponsabilidade. Se houve uma razão para Temer e sua equipe econômica elaborarem a PEC que estabeleceu o teto de gastos, foi a irresponsabilidade colocada em prática no fim do segundo mandato Lula e durante todo o governo de Dilma Rousseff, em que a gastança sem fim se tornou a norma. A empolgação com o “PIBão” de 2010, a descoberta do pré-sal, o PAC e as obras necessárias para os iminentes megaeventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 convenceram o governo de que o dinheiro jorraria abundantemente nos cofres públicos por tempo indeterminado, e não só poderia como deveria ser gasto. Assim, o petismo foi responsável pela explosão no gasto público, em uma combinação de agrados ao funcionalismo e convicção no poder do Estado como protagonista da atividade econômica. Não havia como dar certo, e efetivamente não deu – a “nova matriz econômica” esbanjadora causou a pior recessão da história do país em 2015 e 2016. O teto de gastos foi a resposta a esse descalabro; era preciso evitar que futuros governos populistas tivessem a possibilidade de repetir o que o petismo havia feito com o país.

Se há alguém neste país que precisa ser contido por um mecanismo como o teto de gastos, esse alguém é Lula

Isso nos leva ao segundo ponto na fala de Lula. Ora, o que não faltou ao petismo enquanto falia o Brasil foi autoconfiança. Lula e Dilma fizeram o que fizeram com toda a segurança. Nem falamos aqui da confiança de que não seriam descobertos todos os esquemas de corrupção que o petismo arquitetou enquanto no poder, mas da certeza de que sua política econômica era mesmo a mais correta, que era preciso gastar o que fosse necessário. Valia até maquiar os livros com a “contabilidade criativa” para que inconvenientes como a lei não atrapalhassem um plano que faria o Brasil decolar como o Cristo Redentor na famosa capa de 2009 da revista britânica The Economist – quatro anos depois, a mesma revista publicava nova capa com o “foguete do Cristo” descontrolado, perguntando se o Brasil havia estragado tudo; Dilma e seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, no entanto, seguiam confiando plenamente no caminho traçado. Como a história recente mostra, pode-se muito bem rumar para o abismo com a mais absoluta segurança.

Na mesma entrevista, Lula já deu uma pista do que gostaria de fazer caso seja eleito, mas não tenha base parlamentar suficientemente numerosa para tirar da Constituição o teto de gastos: contorná-lo ainda mais acintosamente que o atual governo. O petista afirma que dinheiro destinado a educação, saúde e ciência e tecnologia é “investimento”, não “gasto”, e por isso deveria ficar fora do teto. Um truque de linguagem rasteiro – já que, independentemente de como se considere a rubrica, os recursos saem dos cofres públicos da mesma forma – que, esticado ao limite, permitiria retirar do teto boa parte do Orçamento da União, bastando justificar que se trata de “investimento”. E só os muito ingênuos acreditariam que o espaço que viesse a ser liberado dentro do teto não seria rapidamente ocupado por sabe-se lá que novas despesas.


Ou seja, se há alguém neste país que precisa ser contido por um mecanismo como o teto de gastos, esse alguém é Lula. O discurso da gastança sem fim pode até ter seu apelo, especialmente em um país cheio de mazelas socioeconômicas como a pobreza e o desemprego, mas no médio prazo ele é caminho certo para a crise econômica, como a passagem petista pelo Planalto já demonstrou. A melhor forma de ajudar os pobres é colocar a economia em ordem, desinchar o Estado, desengessar o orçamento, eliminar aberrações como emendas de relator e fundões bilionários, e dar saúde fiscal ao país, aumentando a confiança do investidor interessado em gerar emprego e renda. Lula e o PT já deixaram claro que este não é o seu plano.


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BANQUEIROS TIVERAM PREJUÍZO DE 40 BILHÕES COM O PIX DE BOLSONARO

 

Pagamento instantâneo

Por
Cristina Seciuk – Gazeta do Povo


Lançado em novembro de 2020, o Pix começou a ser desenhado ainda em 2018 dentro do Banco Central.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil


Menos de dois anos depois de lançado, o Pix se consolidou como um dos principais meios de pagamento do país. Em operação desde novembro de 2020, a ferramenta teve rápida e forte adesão do brasileiro, que encontrou nele uma alternativa descomplicada e gratuita para a realização de transferências eletrônicas: foram mais de 9,5 bilhões de transações no ano passado e 9,7 bilhões só no primeiro semestre de 2022, com movimentação que supera a cifra dos R$ 4,6 trilhões.

Mas, para o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o sucesso do pagamento instantâneo seria motivo de descontentamento e indisposição de banqueiros com o governo de Jair Bolsonaro. O fato de representantes de “bancões” terem assinado a carta em defesa da democracia e da urna eletrônica foi encarado por Nogueira como uma espécie de retaliação.

Outra movimentação similar foi divulgada nesta quarta-feira (27). A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) decidiu assinar manifesto de teor semelhante, intitulado “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, a ser lançado em agosto e que já conta com apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e de outras organizações da sociedade civil.

Em seu Twitter, ainda antes do posicionamento da Febraban, o ministro escreveu que essas instituições perderem R$ 40 bilhões ao ano com o Pix e, por isso, “não surpreende que o prejudicado assine manifesto contra o senhor”, em referência ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

O ministro não citou a fonte da informação sobre os supostos R$ 40 bilhões anuais perdidos. Segundo reportagem de fevereiro do jornal O Estado de S. Paulo, os quatro maiores bancos do país listados na B3 – Itaú Unibanco, Bradesco, Banco de Brasil e Santander – teriam perdido R$ 1,5 bilhão como consequência do Pix em 2021. Por outro lado, as receitas gerais das instituições cresceram e o lucro foi recorde, somando R$ 81,63 bilhões no ano, o maior desde 2006, de acordo com a Economatica.

Outros integrantes do governo já deram a entender que o Pix deve entrar no debate eleitoral. “O presidente tem muita coisa para mostrar no período eleitoral. Ninguém sabe que o Pix foi projeto do governo dele”, disse o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em maio.

O próprio Bolsonaro afirmou neste ano que o pagamento instantâneo é uma ação de seu governo, muito embora inicialmente tenha dito desconhecer o sistema. Em 5 de outubro de 2020, dia em que o cadastro de chaves Pix foi liberado, o presidente respondeu o seguinte ao ser parabenizado, por um apoiador, pela implantação do pagamento instantâneo: “Não tomei conhecimento. Vou conversar esta semana com o Roberto Campos [presidente do Banco Central]”.

Pix já afeta TEDs e DOCs, mas não arranha lucros dos bancos
Superveloz, sem taxas para pessoas físicas nem restrições de horário, o Pix viu seu número de usuários cadastrados saltar 72% na comparação entre março de 2021 e o mesmo mês de 2022. É o que mostra pesquisa da Febraban realizada pela Deloitte, que aponta ainda a perda de espaço de outros serviços.

Dados do Banco Central dão conta de que o Pix superou os tradicionais (e custosos) TED e DOC oferecidos pelos bancos já em março de 2021, quando deixou para trás também os popularíssimos boletos em volume de utilização. Agora, os achados da Deloitte para a Febraban demonstram que o sistema de pagamento instantâneo vem substituindo parcialmente essas modalidades.

Conforme os dados, transferências por meio de TEDs e DOCs registraram quedas de 26% no mobile e de 38% no internet banking entre os anos de 2020 e 2021, como efeito da chegada do Pix. Apesar desse relativo esvaziamento, a avaliação geral dentro do setor bancário sempre foi de que há espaço para os mais diversos serviços, sem expectativa de que a novidade tivesse o condão de decretar o fim de outros tipos de transferência.

Ainda antes de o Pix se tornar realidade, a própria Febraban já defendia que os três serviços conviveriam e seriam utilizados conforme a conveniência do usuário, cada qual com características próprias e capazes de atender a necessidades também variadas. Em paralelo, o advento dos pagamentos instantâneos abriu outras oportunidades e novos modelos de negócios, como a oferta de empréstimos de baixíssimo valor, fazendo girar a roda de serviços apesar do revés do Pix.

Em alusão a essas esperadas novidades, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em novembro de 2020 que “o [cenário de] futuro tende a ser os bancos terem uma fatia menor, mas de uma torta muito maior”, sem perdas de receita que prejudicassem os grandes do setor independentemente de avanços na concorrência.

Banco Central: o pai do Pix
O sistema de pagamentos instantâneos passou a integrar o repertório financeiro do brasileiro durante a presidência de Bolsonaro. Mas o Pix é parte de uma agenda mais ampla e de longo prazo do Banco Central, que tem a modernização do sistema bancário como um de seus focos e que extrapolou mandatos.

Chamada originalmente de Agenda BC+, ela foi lançada pelo Banco Central em dezembro de 2016, poucos meses depois de Michel Temer (MDB) assumir o Executivo em decorrência do afastamento e posterior impeachment de Dilma Rousseff (PT).

A agenda foi estruturada sobre quatro pilares: mais cidadania financeira, legislação mais moderna, Sistema Financeiro Nacional (SFN) mais eficiente e crédito mais barato. A partir deles, o Banco Central elencou ações a serem desenvolvidas nos anos seguintes para alcançar avanços em cada um dos segmentos e “gerar benefícios para a sociedade brasileira”, com espaço para que ela fosse “complementada e aperfeiçoada ao longo do tempo”.

Em seu primeiro ano, 2017, a Agenda BC+ ficou concentrada nas quatro linhas originais, com avanços como a aprovação do marco legal punitivo do sistema financeiro, limitações no uso do crédito rotativo e estudos sobre o modelo de autonomia do Banco Central. Foi em 2018, ainda na presidência de Michel Temer e com o BC sob Ilan Goldfajn, que outras ações passaram a compor a agenda. Entre elas estavam os pagamentos instantâneos, que foram tema de um grupo de trabalho dedicado dentro do Banco Central e que contou com a participação de cerca de 130 instituições como bancos, fintechs e cooperativas.

O fórum durou sete meses e encerrou atividades com a divulgação dos requisitos fundamentais para o ecossistema de pagamentos instantâneos brasileiro, lançando as bases para o que viria a ser o Pix.

O comunicado, datado de dezembro de 2018, estabelece as características básicas do sistema, inclusive a governança para a definição de regras, as formas de participação, a infraestrutura centralizada de liquidação, os serviços de conectividade e o provimento de liquidez.

Conforme o documento, “o Banco Central do Brasil atuará na liderança do desenvolvimento dos pagamentos instantâneos no Brasil, com o objetivo de criar, de uma perspectiva neutra em relação a modelos de negócio ou participantes de mercado específicos, as condições necessárias para o desenvolvimento de um ecossistema de pagamentos instantâneos que seja eficiente, competitivo, seguro, inclusivo e que acomode todos os casos de usos”.

Já em 2019, primeiro ano de mandato de Jair Bolsonaro, a Agenda BC+ foi reformulada. Rebatizado como Agenda BC#, o projeto passou a incluir verticais de inclusão, competitividade, sustentabilidade e transparência junto dos pilares anteriores de queda no custo do crédito, modernização da lei e eficiência no Sistema Financeiro Nacional. Sob a bandeira da competitividade, com foco em inovação, os pagamentos instantâneos avançaram seguindo a trajetória que já havia sido posta em curso dentro da instituição.


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PARTIDOS LANÇAM CANDIDATOS PRÓPRIOS E OUTROS SÓ APOIAM

Forças políticas
Por
Olavo Soares
Brasília


Dos 32 partidos oficiais do Brasil, 12 terão nomes próprios na eleição presidencial| Foto: Gazeta do Povo

O Brasil tem 32 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Destes, 12 apresentaram pré-candidatos a presidente da República, como o PL de Jair Bolsonaro e o PT de Luiz Inácio Lula da Silva. Outros formalizaram apoio a algumas das candidaturas já colocadas, como o PSB, que indicou o vice de Lula, e o PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), que será parte da coligação de Bolsonaro.

Confira a seguir o posicionamento dos partidos para a eleição presidencial. A relação contempla os partidos que lançaram pré-candidatos, os que apoiarão representantes de outros partidos, os que declararam neutralidade e os que ainda não se decidiram.

As siglas que lançaram candidaturas ao Palácio do Planalto
Os partidos dos três primeiros colocados nas pesquisas divulgadas recentemente pelos institutos PoderData e FSB já confirmaram seus candidatos para o Palácio do Planalto. Lula foi referendado pelo PT no dia 21, Bolsonaro teve seu nome apresentado à reeleição pelo PL no dia 24 e Ciro Gomes (PDT) foi o primeiro candidato à Presidência confirmado em convenção partidária realizada no dia 20.

Maior partido do Brasil em número de filiados, o MDB confirmou a candidatura de Simone Tebet nesta quarta-feira (27). Quatro dias antes, quem lançou seu candidato foi o Avante, cujo nome na eleição presidencial será o de André Janones.

Os demais partidos que apresentaram nomes para a eleição presidencial são o União Brasil, com Luciano Bivar; o Novo, com Felipe D’Ávila; a Democracia Cristã, com José Maria Eymael; o Pros, com Pablo Marçal; o PCB, com Sofia Manzano; o PSTU, com Vera Lúcia; e a Unidade Popular, com Leonardo Péricles.

Os partidos que estão ao lado de Bolsonaro
Três partidos já anunciaram apoio à candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição. São siglas que atualmente fazem parte da base aliada do presidente no Congresso Nacional.

Os apoiadores são o PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR); o Republicanos, dos ex-ministros Tarcísio Gomes de Freitas e Damares Alves; e o PTB, do ex-deputado Roberto Jefferson (RJ) e do deputado federal Daniel Silveira (RJ), pré-candidato ao Senado.

Juntos, os três partidos somam 103 deputados federais e nove senadores. O PL de Bolsonaro tem ainda 77 deputados federais, sendo a maior bancada da Câmara, e oito senadores.

O PRTB, partido da deputada estadual Janaína Paschoal (SP), também deve apoiar Bolsonaro, mas ainda não formalizou seu posicionamento.

As legendas que estão com Lula
Na mão oposta, seis partidos anunciaram apoio ao ex-presidente Lula: PSB, PCdoB, PV, Psol, Solidariedade e Rede. É do PSB o vice da chapa do petista, o ex-governador Geraldo Alckmin.

Destes partidos, apenas PSB e Solidariedade não compõem uma federação com outras agremiações. As federações foram instituídas neste ano para permitir a continuidade da existência de partidos de menor porte, e determinam que as legendas devem agir em conjunto enquanto estiverem vigentes. PT, PCdoB e PV fazem uma federação e Rede e Psol formam outra.

PT e PSB são os únicos partidos do grupo pró-Lula com mais representatividade nacional, tendo nomes na Câmara, no Senado e também governadores de estado. Os partidos estiveram coligados na eleição presidencial de 2010, quando Dilma Rousseff (PT) foi eleita pela primeira vez, mas vivem um histórico constante de aproximações e confrontos – em 2014, por exemplo, a então candidata do PSB Marina Silva desagradou ao PT ao anunciar apoio ao tucano Aécio Neves no segundo turno da disputa presidencial.

O pequeno PCO, sigla de extrema-esquerda, também apoiará Lula, mas de modo informal. O partido não fará parte da coligação do petista.

Quem vai se coligar com Tebet
Representantes da outra federação partidária atualmente formalizada, PSDB e Cidadania indicaram apoio à candidatura de Simone Tebet, o nome do MDB na disputa presidencial. O PSDB é cotado para indicar o vice da presidenciável.

O nome para o posto, porém, permanece uma incógnita. O senador Tasso Jereissati (CE) era o nome mais considerado para o posto, mas, na última terça-feira (26), ele deixou no ar a possibilidade de aceitar a indicação.

“Fui um dos primeiros a manifestar meu entusiasmo pela candidatura da Simone. Acho uma candidatura preparadíssima, e ela é capaz de unir o Brasil. No entanto, a definição da vice depende de uma série de conversas e entendimentos internos de sentido político e eleitoral, em que o propósito final será encontrar aquilo que seja o melhor para a candidatura. Qualquer que seja a decisão, estarei do lado dela”, destacou o texto.


Os partidos que optaram pela neutralidade, e os que ainda estão indefinidos
O PSD e o Agir 36 (novo nome do antigo PTC) anunciaram que estarão neutros na disputa presidencial. Os dois partidos mantêm candidaturas próprias e apoio a outros candidatos em diferentes estados.

Apesar de semelhantes na postura para a eleição, ambas as legendas são bem diferentes entre si. O Agir 36 não tem nenhum deputado federal ou senador, tampouco prefeito de capital ou governador de estado. Já o PSD é um dos principais partidos do Brasil. Considerou lançar nome próprio para o Palácio do Planalto – como o senador Rodrigo Pacheco (MG) e o ex-governador Eduardo Leite (RS) – e também foi cotado para estar na chapa dos principais presidenciáveis.

O PSD também adota postura variada nos estados. Em alguns, como Paraná e São Paulo, o partido está próximo de candidatos locais simpáticos ao governo Bolsonaro. Já em outros, como Rio de Janeiro e Bahia, integra coligações encabeçadas por forças oposicionistas no plano federal.

Aliados na última disputa presidencial, PSC e Podemos não definiram como agirão na corrida ao Palácio do Planalto deste ano. O Podemos realiza sua convenção nacional no dia 31. O partido filiou no ano passado o ex-ministro Sergio Moro, com a expectativa de que ele fosse candidato ao Palácio do Planalto. O ex-juiz, porém, deixou a agremiação e foi para o União Brasil, pelo qual deve ser candidato ao Senado pelo Paraná.

A reportagem não conseguiu contato com os partidos PMN e Patriota, e não obteve retorno do PMB.

Metodologia das pesquisas citadas
O levantamento do PoderData, que contratou a própria pesquisa, ouviu 3 mil eleitores em 309 municípios das 27 unidades da federação entre os dias 17 e 19 de julho de 2022. As entrevistas foram feitas por telefone. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. Foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-07122/2022.

O Instituto FSB Pesquisa ouviu, por telefone, 2 mil eleitores entre os dias 22 e 24 de julho de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pelo banco BTG Pactual e está registrada no TSE com o protocolo BR-05938/2022.


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O PAPEL DOS MILITARES É RESPEITAR A VONTADE DO POVO

 

Conferência No Brasil
PorGazeta do Povo


Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin III, participou de reunião bilateral com o ministro da Defesa do Brasil, em Brasília| Foto: Divulgação/Embaixada dos EUA no Brasil

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd J. Austin III, disse nesta quarta-feira (27) que o papel dos militares na democracia é defender as instituições, respeitar a vontade do povo e se submeter ao controle civil. A declaração ocorreu em coletiva de imprensa após reunião bilateral com o ministro da Defesa do Brasil, general Paulo Sérgio Nogueira. O chefe do Pentágono participa da 15ª Conferência dos Ministros da Defesa das Américas, em Brasília, desde a última terça-feira (26).

“Nesta conferência, tive a oportunidade de reafirmar o papel adequado da função do Exército em uma sociedade democrática. Isso significa controle civil firme dos militares. Significa transparência e responsabilidade em defender as instituições. Significa proteger a democracia e respeitar a vontade do povo. E defender os direitos humanos e o Estado de Direito”, disse o secretário americano. “É especialmente vital para os militares desempenharem seu papel responsavelmente durante as eleições”, completou.

A fala ocorre em um momento em que o Ministério da Defesa se soma aos esforços do presidente Jair Bolsonaro para questionar o sistema eleitoral brasileiro baseado no voto em urna eletrônica. Na reunião bilateral, segundo a CNN Brasil, Austin III teria ressaltado que os Estados Unidos esperam que tudo ocorra bem com as eleições de outubro. Anteriormente, a embaixada dos EUA no Brasil já havia manifestado confiança nas eleições brasileiras, consideradas um “modelo para o mundo”.


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ESCOLHA DE PIMENTA CRIA CONFLITO COM GESTÃO DE LEITE

Brasil e Mundo ...