quinta-feira, 31 de março de 2022

EMBARDOS DO PETRÓLEO RUSSO PODE DERROTAR PUTIN

leia o artigo de Thomas Friedman – Jornal Estadão

Foto: FABIAN BIMMERPor Thomas L. Friedman31/03/2022 | 05h00

É a enésima vez que confrontamos um petroditador cuja ferocidade e inconsequência é possível somente por causa da riqueza petrolífera que ele extrai do subsolo

THE NEW YORK TIMES – É impossível prever como a guerra na Ucrânia terminará. Espero fervorosamente que acabe numa Ucrânia livre, segura e independente. Mas o que sei com certeza é que os Estados Unidos não devem desperdiçar esta crise. É a enésima vez que confrontamos um petroditador cuja ferocidade e inconsequência é possível somente por causa da riqueza petrolífera que ele extrai do subsolo. Independentemente da maneira que a guerra na Ucrânia terminar, ela precisa acabar finalmente, formalmente e irreversivelmente com o vício dos EUA em petróleo.

Nada distorceu nossa política externa, nossos compromissos com direitos humanos, nossa segurança nacional e, acima de tudo, nosso meio ambiente mais do que nossa dependência de petróleo. Que esta seja a última guerra que nós e nossos aliados financiamos ambos os lados, pois é isso o que fazemos.

Países ocidentais financiam a Otan e ajudam o Exército da Ucrânia com os dólares de nossos impostos, e — já que as exportações de energia da Rússia financiam 40% do orçamento do governo do país — nós financiamos o Exército russo com nossas compras de petróleo e gás natural da Rússia.

Qual será a magnitude dessa estupidez?

Verão na Antártida

Nossa civilização simplesmente não pode mais arcar com isso. As mudanças climáticas não entraram de folga por causa da guerra na Ucrânia. Você tem checado os boletins meteorológicos dos Polos Norte e Sul ultimamente? Ondas de calor atingiram simultaneamente este mês partes da Antártida, elevando as temperaturas 21º Celsius acima da média por lá, e do Ártico, elevando em 10º Celsius a temperatura média.

Não se trata de erros de digitação. Tratam-se de superextremos absurdos.

“São estações opostas — não vemos os Polos Norte e Sul derretendo ao mesmo tempo”, afirmou recentemente à Associated Press Walter Meier, pesquisador do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo. “É uma ocorrência sem dúvida incomum.” E na última sexta-feira, para nenhuma surpresa, cientistas anunciaram que uma geleira do tamanho da cidade de Nova York se desprendeu do leste da Antártida no início desse período de calidez aberrante.

Foi a primeira vez que humanos observaram “que a região gelada teve um desprendimento de geleira”, notou a AP, acrescentando que, se a água congelada no leste da Antártica derreter, o nível do mar se elevará em cerca de 50 metros em todo o mundo.

Ataque russo nos arredores de Kiev em 26 de março

Ataque russo nos arredores de Kiev em 26 de março  Foto: AP / AP

A aposta de Biden no petróleo

Por todas essas razões, tenho me desapontado ao testemunhar o presidente Joe Biden e o secretário de Estado Antony Blinken dobrando a aposta na nossa dependência em petróleo, em vez de triplicar a aposta em fontes renováveis de energia e mais eficiência.

Aparentemente assustada com as falaciosas alegações dos republicanos de que as políticas de energia de Biden são responsáveis pelos altos preços da gasolina, a equipe do presidente foi mendigar em algumas das maiores petroditaduras do mundo — Venezuela, Irã e Arábia Saudita, em particular — implorando a esses países que extraiam mais petróleo e baixem o preço da gasolina.

A verdade é que, mesmo se permitirmos que empresas petroleiras americanas extraiam petróleo de todos os parques nacionais, o efeito a curto prazo nos preços da gasolina não seria tão significativo. Conforme noticiou a CNN Business na semana passada, na última década, a oscilante indústria petroleira americana gastou zilhões financiando um crescimento franco na produção, o que ajudou a manter os preços baixos, mas “sustentando lucros que se provaram fugidios. Centenas de petroleiras foram à falência durante várias quedas no preço do petróleo, levando investidores a exigir mais comedimento dos CEOs do setor da energia”.

Então, hoje, a maioria dos executivos e investidores das petroleiras americanas “não querem adicionar tanta oferta, para não causar outra saturação que derrube os preços. E acionistas querem que as empresas retornem os lucros exagerados na forma de dividendos e recompras — e não os reinvistam em aumento de produção”.

O país com capacidade mais barata, à disposição e flexível para influenciar os preços globais do petróleo no curto prazo é a Arábia Saudita. Mas a Rússia também é um grande player deste mercado. É por isso que, apenas dois anos atrás, o ex-presidente Donald Trump implorava para Arábia Saudita e Rússia cortarem dramaticamente sua produção, porque o preço do barril de petróleo havia caído para cerca de US$ 15 nos mercados globais — prejudicando seriamente as petroleiras americanas, cujo custo de extração estava entre US$ 40 e US$ 50 por barril. O preço havia despencado porque Arábia Saudita e Rússia se engalfinharam numa briga de preços em razão da diminuição das fatias de mercado durante a pandemia.

Agora, Biden está implorando aos sauditas que aumentem dramaticamente sua produção para baixar os preços. Mas os sauditas estão bravos com Biden porque Biden está bravo com eles em razão do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi — e, relata-se, não atendem aos telefonemas de Biden.

A luta por Kiev
Forças ucranianas têm retomado cidades do controle russo

Mendigando por energia suja

Mas o denominador comum entre Biden e Trump é o verbo “mendigar”. É este o futuro que queremos? Enquanto continuarmos dependentes de petróleo, sempre imploraremos a alguém, normalmente um sujeito do mal, para que aumente ou abaixe o preço, porque nós, sozinhos, não somos mestres do nosso próprio destino.

Isso tem de parar. Sim, é preciso haver uma fase de transição, durante a qual continuaremos usando petróleo, gás e carvão. Não somos capazes de parar subitamente com o vício. Mas devemos nos comprometer em dobrar o ritmo dessa transição — e não em dobrar a aposta nos combustíveis fósseis.

Nada ameaçaria Putin mais do que isso. Afinal, foi a queda nos preços globais do petróleo entre 1988 e 1992, ocasionada por uma superprodução saudita, que ajudou a quebrar a União Soviética e acelerou seu colapso. Podemos criar os mesmos efeitos hoje aumentando a produção de energia a partir de fontes renováveis e intensificando a ênfase em eficiência energética.

Reações à negociação pela paz entre Rússia e Ucrânia

Volodymyr Zelensky, destacou ‘sinais positivos’ nas conversas, mas o secretário de Estado, Antony Blinken, se mostrou cético com a seriedade russa na tratativa.

Uma rede elétrica mais limpa

A maneira melhor e mais rápida de fazer isso, argumenta Hal Harvey, diretor-executivo da Energy Innovation, uma consultoria especializada em energia limpa, é aumentando os padrões de energia limpa no fornecimento de eletricidade. Ou seja, exigir que a rede de transmissão de eletricidade dos EUA reduza suas emissões de carbono mudando para fontes renováveis de energia a uma taxa de 7% a 10% ao ano — um ritmo jamais visto.

Utopia? Que nada. O diretor-executivo da American Electric Power, que já foi totalmente dependente do carvão, promete agora que a empresa vai zerar as emissões de carbono até 2050, apoiando-se principalmente no gás natural. Trinta e um Estados já estabeleceram padrões de aumento de uso de fontes limpas de energia em suas redes públicas de fornecimento de eletricidade. Cheguemos agora a todos os 50.

Ao mesmo tempo, temos de aprovar uma lei nacional que conceda a cada consumidor a capacidade de se juntar a essa briga. Seria uma lei que eliminaria o limite regulatório sobre a instalação de sistemas de energia solar ao mesmo tempo que conferiria a cada lar americano um estímulo fiscal para instalar os painéis, de maneira similar ao que fez a Austrália — país que aumenta seus mercados de energia limpa per capita mais rapidamente do que China, Europa, Japão e EUA.

Quando carros, caminhões, prédios, fábricas e residências forem movidos a eletricidade e a rede de fornecimento utilizar principalmente fontes renováveis: abracadabra! — nos livraremos cada vez mais dos combustíveis fósseis, e Putin obterá cada vez menos dólares.

Os americanos estão entendendo isso. Carros elétricos estão desaparecendo das concessionárias. O Estado que mais produz energia eólica no país é o republicano Texas, que gera mais eletricidade com o vento do que os três Estados seguintes do ranking (Iowa, Oklahoma e Kansas) somados. Mas tornar isso uma missão verdadeiramente nacional nos levaria a uma economia de energia limpa com muito mais rapidez.

Na 2.ª Guerra, o governo dos EUA pediu aos cidadãos do país que plantassem “jardins da vitória” para cultivar suas próprias frutas e legumes — e reservar a comida enlatada para os soldados. Cerca de 20 milhões de americanos responderam plantando hortas por todo lado, de quintais a telhados. Bem, aqueles jardins da vitória representaram para o nosso esforço de guerra naquela época o que os painéis solares representam para a luta da nossa geração contra as petroditaduras.

Se você quiser baixar os preços imediatamente, o método mais infalível — e climaticamente correto — seria reduzir o limite de velocidade nas autoestradas para 100 km/h e pedir para todas as empresas dos EUA permitirem que seus funcionários trabalhem de casa e não tenham de se deslocar para o trabalho todos os dias. Essas duas coisas cortariam imediatamente a demanda por gasolina, o que faria baixar o preço do combustível.

Seria muito pedir uma vitória contra petroditadores, como Putin, cujo subproduto seja ar limpo, em vez de tanques em chamas?

“As alternativas limpas são agora mais baratas do que as poluentes”, notou Harvey. “Hoje custa mais caro arruinar o planeta do que salvá-lo” e também “é mais barato nos livrarmos de petroditadores do que continuarmos escravizados por eles”.

É isso aí. A tecnologia chegou. E torna Putin um alvo fácil. A questão é apenas de liderança e vontade nacional. O que estamos esperando? / TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

MARKET PLACE TEM QUE TER CONTEÚDO PARA LUCRAR

 

Vanessa Ferraz

Sabe aquele projeto que foi confiado a você e que precisa começar a engrenar?

Esse foi o start para usar o Marketplace dentro de uma empresa B2B. Em poucas palavras, trabalho com o Marketing desde que entrei para o mercado, em um grupo atacadista de mais de 50 anos de atuação. Com o passar do tempo, me foi confiado o desafio de fazer a gestão de uma das marcas.

Tínhamos acabado de investir fortemente em uma loja física de 5 mil metros quadrados, contribuindo com o polo atacadista da região, que há cinco anos seguia em ampla expansão. Porém, não demorou muito para que os resultados atingissem o esperado. Neste período começamos a ver o crescimento exponencial para as vendas on-line.

Foi então, que em 2015, após uma imersão na NRF, iniciamos uma operação focada em Marketplace em um dos segmentos de venda de nosso atacado.

Enxergamos no Marketplace uma nova possibilidade de parceria, um potencial cliente para nosso B2B. Começamos do zero: sem conhecimento de como funcionava a estratégia de cada canal e não tínhamos nenhum contato comercial que nos mostrasse o caminho, apenas cadastrávamos nossos produtos e esperávamos os resultados.

Este projeto foi e segue sendo um enorme desafio. A começar por ser uma mulher, a primeira neta do fundador da empresa se dispondo a propor inovação a um grupo formado por uma diretoria tradicional, que há décadas vinha trabalhando com os mesmos métodos. Em seguida, foi necessário enfrentar os obstáculos de entrar em uma operação de “mar aberto”, extremamente nova, porém, que já se consagrou como uma onda consistente.

Outro desafio foi empregar uma cultura mais ágil em um grupo B2B que inovou ampliando sua operação para o B2C. Sabemos que a velocidade de venda do varejo é completamente diferente do B2B. É por isso que costumo brincar que esse mercado do Marketplace é uma “montanha-russa”, todos os dias tem uma emoção nova.

Esse dinamismo exige dos lojistas flexibilidade, agilidade e engajamento com os canais. Colocar em prática essas características têm nos ajudado a ter sucesso com nossos parceiros. Vejo que algumas empresas questionam bastante essa dinâmica, mas gosto de identificar as oportunidades e aproveitá-las.

Os Marketplaces buscam preço sim, mas também ‘seller’ de profundidade de estoque, ótimo SAC, performance logística, e cadastro completo. Com esse combo, o trabalho é feito em conjunto, construindo uma parceria interessante para ambos os lados.

É claro, há muito o que aprimorar. Porém, vejo diariamente o crescimento desses canais e da nossa marca que era apenas regional e não existia no mundo on-line, e em pouco tempo ganhou credibilidade e posicionamento de marca.

           Há seis anos nesse mercado foram vários os avanços de aprendizado na construção de nossa marca. Dentro dos Marketplaces estamos colhendo os resultados de crescer muito mais rápido do que em apenas um e-commerce da própria marca. Ao estar dentro de um canal de reputação, recebemos a chancela do Marketplace e temos a oportunidade do consumidor final conhecer nosso mix de produtos e a nossa qualidade.

O trabalho de construção e fortalecimento de marca demanda um grande investimento de marketing, e o Marketplace é uma forma de ter essa alavancagem. Além disso, estar dentro dos canais tem nos garantido possibilidades para novos negócios.

Sobre novos negócios, analisando e estudando a estratégia de um dos grandes Marketplaces percebi o investimento e o foco deles em uma categoria onde não tínhamos nenhum produto, mas que tínhamos condições de desenvolver. Fizemos, cadastramos e hoje já temos um bom resultado dentro de mais uma categoria. E assim continuamos buscando oportunidades.

Como em qualquer tipo de operação há riscos, no Marketplace não é diferente.

Por se tratar de um negócio novo e em constantes mudanças, existem situações inesperadas que oneram nosso trabalho. Para exemplificar, passamos por duas situações em dois Marketplaces diferentes, onde ficamos com a loja bloqueada apesar de termos seguido todas as regras. Na primeira ficamos fora do ar por uma semana e apesar dos prejuízos, a única resposta que tivemos foi que estavam verificando. Na segunda situação, a perda foi de cinco dias bloqueados e uma queda no ranqueamento dos produtos na busca dentro do site.

Em outro momento estávamos vendendo um grande volume de cobertores e o cadastro do produto apontou um erro. O comercial nos solicitou a correção, e ao fazer a correção o produto foi deletado da plataforma. Resultado? Perdemos todo o ranqueamento do produto e as vendas pararam. Por consequência fiquei com o estoque alto parado. Poderia estar desacreditada com o Marketplace, mas não. Tiro como uma lição e já me preparo para mais um inverno, pois sei que o item tem potencial. Acredito que esse modelo de trabalhar com o meu cliente no Marketplace também contribuí com a parceria e sinergia.

 Por falar em sinergia, construímos a nossa participando de todos os eventos do setor, que são encontros onde o lojista tem a oportunidade de estreitar relacionamento com os fornecedores e ter acesso às informações de vendas e de categorias de produtos em potencial, usando tudo isso a seu favor. Inclusive já apresentei amostras de tecidos em um desses eventos, os quais tinham pouca divulgação, mas muito potencial de venda. E deu certo!

Para finalizar, o que quero compartilhar é que em nossa cadeia de distribuição encontramos mais uma oportunidade de venda. O Marketplace é mais uma possibilidade e não tira vendas de nenhum outro canal. Com ele fizemos a inserção da nossa marca no mundo digital. A aposta de competitividade de nosso negócio está em trabalhar com multicanais, fazendo com que o on-line e off-line se complementem.

Preferências de Publicidade e Propaganda

Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago

Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?

Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.

Vantagens da Propaganda no Rádio Offline

Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.

É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!

De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.

Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,

A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

quarta-feira, 30 de março de 2022

DE ONDE O MUNDO VAI COMPRAR PETRÓLEO?

 

Amanda Péchy – Forbes Brasil

Os Estados Unidos chacoalharam os mercados globais ao anunciarem, no começo do mês, a proibição total da importação de petróleo da Rússia. No dia 6 de março, o preço do barril de Brent subiu para quase US$ 140 (R$ 679,29), o dobro do registrado em 1º de dezembro de 2021.

© Getty ImagesSegundo o BofA, um boicote mundial ao petróleo russo significa queda de 5 milhões de barris por dia no mercado internacional, o que pode elevar seu valor para US$ 200

Segundo projeção do Bank of America, um boicote mundial ao petróleo russo pode elevar o valor do barril para US$ 200 (R$ 970,42). Este cenário sombrio desencadeou uma busca frenética por substitutos para o segundo maior exportador de petróleo do mundo.

A Rússia fornece cerca de 4,5 milhões barris de petróleo e 2,5 milhões de barris de derivados por dia ao mercado global. Sanções contra o petróleo de Moscou têm o potencial de causar danos severos à economia russa e pressionar o governo de Vladmir Putin a recuar da guerra contra a Ucrânia – metade da arrecadação fiscal vem do setor, que é dominado pelas companhias Rosfnet e Gazprom, ambas controladas pelo Kremlin.

Depois que o embargo foi anunciado, as projeções para o PIB (produto interno bruto) da Rússia em 2022 foram revisadas e chegaram a apontar queda de 11%.

Rystad Energy, empresa independente de pesquisa de energia com sede na Noruega, disse na segunda-feira (21) que as partidas de carga bruta dos principais portos ocidentais da Rússia caíram pelo menos 1,5 milhão de bpd desde o início do conflito. Desde o dia 12 de março, não há relatos de partidas.

Para amenizar o golpe no curto prazo, os EUA e seus aliados têm recorrido a estoques de emergência. A AIE (Agência Internacional de Energia) anunciou antes mesmo da proibição de Washington que seus 31 países membros liberariam cerca de 60 milhões de barris de petróleo de reserva.

A estratégia só foi utilizada anteriormente durante a Guerra do Golfo, nos anos 1990, após a passagem do furacão Katrina, em 2005, e durante a guerra civil da Líbia, em 2011. No entanto, a medida só tem efeito temporário.

Mas o verdadeiro dilema acerca da medida é que nenhum outro fornecedor, nem qualquer combinação deles, tem capacidade de aumentar a produção com rapidez suficiente para substituir a perda de todas as exportações russas. A demanda global por petróleo está em cerca de 100 milhões de barris por dia.

Por isso, aliados dos EUA ainda estão relutantes a impor sanções. Enquanto apenas 3% das importações norte-americanas de petróleo cru vêm da Rússia, a Europa é o maior cliente de Putin. Dos 4,5 milhões de barris que o país exporta por dia, mais da metade vai para a Europa. E cerca de um quarto de todas as importações europeias de petróleo vêm da Rússia.

Austrália, Reino Unido e Canadá já se juntaram aos EUA e buscam alternativas de abastecimento que vão desde produtores consolidados, como a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), até aqueles que exigem negociações delicadas, como Irã e Venezuela. O Brasil também foi abordado sobre a possibilidade de aumentar a produção.Os países da Opep poderiam aumentar a produção para suprir a falta do petróleo russo?

Estima-se que a Opep tem uma capacidade ociosa de produção de petróleo na ordem dos 3 milhões de barris por dia, além dos 33 milhões que já fornece ao mercado global. Essa produção poderia ser um grande tapa-buraco para garantir a oferta e segurar os preços em caso de sanções mais amplas à Rússia.

Os principais produtores do grupo são a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. A Arábia Saudita sozinha poderia aumentar a oferta em cerca de 1 milhão de barris por dia, por exemplo. No entanto, Alexandre Szklo, professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro), é cético quanto à capacidade da organização de levar a capacidade ociosa a zero.

“O equilíbrio entre demanda e oferta já estava apertado no ano passado. O consumo de combustíveis fósseis já se recuperou muito da queda induzida pela Covid-19 em 2021, então se a Opep quisesse e pudesse aumentar a oferta, provavelmente já o teria feito”, avalia o professor.

A Opep vem sendo acusada de não aumentar a produção para manter os preços altos e aumentar os seus lucros. Além disso, dependendo dos acordos que países compradores desenharem com fornecedores, membros do grupo podem boicotar esforços para suprir a demanda de petróleo russo.

“Apesar de ambos estarem na Opep, Arábia Saudita e Irã são rivais, por exemplo. Não só como competidores no mercado energético, mas também devido a disputas religiosas. Caso os Estados Unidos levantem as sanções contra o Irã, é possível que a Arábia Saudita fique ainda mais relutante em explorar sua capacidade ociosa”, diz Szklo.

A AIE espera que a demanda global de petróleo retorne aos níveis pré-pandemia até o final deste ano e estima que o mercado já estava sub-abastecido em cerca de 1 milhão de barris por dia antes da guerra na Ucrânia.E o petróleo do Irã, poderia compensar o embargo ao óleo russo?

Desde 1979, os EUA e seus aliados mantêm sanções contra o petróleo iraniano por causa do programa de enriquecimento de urânio de Teerã. O governo americano e seus aliados temem que o país use a tecnologia para desenvolver armas nucleares – o que o Irã nega, dizendo que seu programa nuclear é para fins civis.

Um acordo para retirar as sanções contra o Irã vem sendo desenhado no último mês e poderia aumentar as exportações em cerca 1,3 milhão de barris de petróleo por dia em um ano, segundo o professor da UFRJ.

No entanto, as negociações sofreram um revés devido à demanda da Rússia a Washington e a Teerã por uma garantia de que um acordo entre eles não afetaria o comércio russo com o país muçulmano.

“O Irã tem um óleo de boa qualidade que poderia suprir parte da produção russa. Tiraria o doente da UTI”, afirma Szklo. “Mas retirar as sanções contra um país para manter as de outro é uma espécie de cobertor curto: puxa de um lado e descobre do outro.”A Venezuela conseguiria tomar o lugar da Rússia como fornecedora de petróleo?

Negociadores americanos também se voltaram para a Venezuela, outro país com exportações de petróleo restringidas por sanções. Um acordo com o país latino-americano não resolveria totalmente o problema de oferta da commodity, já que Caracas só consegue produzir a cerca de 500 mil a 1 milhão de barris extras de petróleo por dia, e conseguiria entregar esse volume daqui a um ano.

O especialista em planejamento energético também ressalta que a Venezuela produz óleo extra-pesado, com grau API (escala que mede a densidade dos líquidos derivados do petróleo) abaixo de 10. Ou seja, mais denso que a água.

Isso requer investimentos em melhoradores de petróleo e capacidade de pré-processamento. Além do dinheiro, que é curto para o governo venezuelano, isso demanda tempo – o que os países consumidores não têm diante da possível crise energética devido às sanções contra a Rússia.E o petróleo dos EUA?

Os EUA olham para dentro de seu próprio território para tentar substituir o petróleo russo. Uma alternativa possível seria o xisto, obtido pelo fraturamento hidráulico. O processo faz uma injeção a alta pressão de uma mistura de água, areia e diversos produtos químicos, com objetivo de ampliar as fissuras no substrato rochoso que guarda reservas de petróleo e gás natural.

A prática, contudo, tem elevado impacto ambiental. O fraturamento hidráulico envolve uma injeção de uma solução sob alta pressão – cerca de 45% do volume total é retido pelo subsolo, incluindo os produtos químicos e resíduos da extração. Há riscos significativos de contaminação dos lençóis freáticos e de poluição do ar pelos gases e produtos químicos do processo.

Desde sua campanha à Casa Branca, o presidente dos EUA, Joe Biden, tem colocado as questões ambientais no centro de sua agenda política, o que significa que é pouco provável que seu governo apoie o aumento do uso do fraturamento hidráulico. Os campos de xisto também não devem receber investimentos devido à agenda ESG (governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês) de investidores.

Mesmo assim, estima-se que a produção de xisto norte-americana cresça cerca de 1 milhão de barris por dia este ano. Além de entraves políticos, disrupções na cadeia de suprimentos (como a alta do preço da areia) dificultam que a produção aumente ainda mais.Oportunidade para o Brasil?

O governo norte-americano pediu formalmente ao Brasil que aumente a produção de petróleo. A solicitação partiu da secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, e foi dirigida ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Com a guerra na Ucrânia, o Brasil vê novamente a oportunidade de ampliar a sua produção para aproveitar o alto preço do barril, que tem sido negociado próximo aos US$ 100.

O país espera adicionar gradualmente 3 milhões de barris por dia de petróleo e gás à sua produção nesta década. No entanto, Rodolfo Saboia, diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), disse que o Brasil não pode acelerar esses planos para compensar o embargo à Rússia.

“A produção brasileira é baseada em offshore, águas ultraprofundas. Desenvolver campos demanda muito dinheiro e é um processo que leva mais de seis anos”, explica Szklo. O professor da UFRJ ressalta que o Brasil não possui capacidade ociosa.

No caso do pré-sal, as 13 novas plataformas que a Petrobras está construindo para expandir sua produção ainda não estão prontas, e outros parceiros internacionais também começaram a operar nos campos do pré-sal a partir de 2019.

Nos últimos três anos, as grandes petroleiras tiveram um decréscimo de produção de 9%. Até 2026, 15 plataformas de petróleo, todas da Petrobras, devem entrar em produção – cada uma deve entregar em média entre 200 mil e 250 mil barris por dia.

Em dezembro de 2015, o planejamento oficial do governo previa que o país terminaria 2021 produzindo 4,3 milhões de barris de petróleo por dia apenas em áreas já contratadas. Seis anos mais tarde, depois de uma forte crise econômica, de mudanças na dinâmica do setor de energia e da redução do preço da commodity na comparação com a década anterior, a produção brasileira de óleo ficou em 2,9 milhões de barris por dia.

Mesmo entregando menos que o previsto, o país se firmou como um dos maiores produtores do mundo.

“Apesar da impossibilidade de aumentar a produção rapidamente, o óleo do Brasil tem boa qualidade e somos superavitários em petróleo. Por isso, devido ao conflito na Ucrânia e às sanções contra a Rússia, devemos ver a receita de vendas aumentar”, afirma Szklo.

Para o especialista em planejamento energético, o que mais preocupa é o fato de o Brasil ser deficitário na conta de derivados, especialmente de diesel – 25% do produto consumido no país é importado.

Szklo afirma que, devido às condições criadas pela guerra, é possível que o mercado fique tão apertado no Brasil e no mundo, com preços tão altos, que aconteça uma espécie de auto-racionamento. No médio prazo, ele enxerga uma saída pelo aumento da eficiência energética, com investimentos em veículos elétricos e fontes de energia mais sustentáveis. No curto prazo, no entanto, o consumidor terá de pagar o preço pelo conflito.

RÚSSIA PROMETE REDUZIR BOMBARDEIOS E NÃO CUMPRE

 

Lusa, EFE, dw.com

Kiev e Chernigiv foram alvo de novos bombardeamentos “durante toda a noite”, segundo as autoridades ucranianas. Na terça-feira, Moscovo havia garantido uma redução da sua atividade militar naquelas áreas.

© privatEdifício residencial em Chernigiv alvo de ataques russo

“Chernigiv foi bombardeada durante toda a noite” por artilharia e aviões, anunciou, esta quarta-feira (30.03), o governador regional, Vyacheslav Tchaous, numa mensagem publicada na rede social Telegram, acrescentando que uma infraestrutura civil havia sido destruída e que a cidade ainda estava sem água e eletricidade.

Esta cidade, que tinha 280 mil habitantes antes da guerra, está “sem comunicações” e estas já não podem ser reparadas, segundo declarações do governador à televisão local, referindo também ataques a Nizhyn, na mesma região.

“A situação não mudou, Chernigiv é alvo de artilharia e bombardeamentos aéreos”, indicou Tchaous.

Promessa russa

Na terça-feira, o Governo russo anunciou que ia “reduzir drasticamente” as operações militares contra Kiev e Chernobyl, na sequência de “conversações construtivas” com a Ucrânia, na cidade turca de Istambul.

© Sergei Karpukhin/TASS/dpa/picture allianceNegociações entre ucranianos e russos em Istambul

Mas as autoridades ucranianas acreditam que é “muito cedo” para confirmar se os russos cumprirão o seu compromisso de reduzir os ataques às cidades de Kiev e Chernigiv, já que ao longo da noite houve bombardeamentos e as sirenes antiaéreas continuaram a soar.

“Sirenes antiaéreas soaram em quase toda a Ucrânia à noite, houve bombardeamentos em Chernigiv, na região de Khmelnytsky e vários foguetes foram abatidos sobre Kiev”, disse Vadym Denysenko, assessor do Ministério do Interior ucraniano, de acordo com a agência de notícias Interfax-Ucrânia.

Portanto, “infelizmente, não é possível dizer que os russos estejam a reduzir a intensidade das hostilidades em torno de Kiev e Chernigiv”, acrescentou o assessor, em declarações transmitidas pela televisão local.

Bombardeamentos em Kiev

“Em Kiev, pelo que sabemos agora, vários mísseis foram derrubados sobre a capital. Agora a situação está a ficar mais clara”, disse Vadym Denysenko.

Em toda a região de Kiev, na noite de terça-feira, foram ouvidos os combates que estão a ocorrer nas proximidades de Irpin, uma cidade que os ucranianos dizem ter recuperado após ser ocupada pelos russos, segundo Denysenko.

© Rodrigo Abd/AP Photo/picture allianceArredores de Kiev destruídos pela guerra

“Podemos dizer ainda que certas unidades e equipamentos (russos) estão a entrar no território da Bielorrússia. Isso é mais uma troca de tropas para lamber as feridas do que uma verdadeira suspensão das hostilidades”, disse o assessor ministerial.

Sinais “positivos”, mas…

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta terça-feira que os sinais transmitidos das negociações russo-ucranianas são “positivos”, mas lembrou que a Rússia ainda tem um potencial significativo para continuar a invasão da Ucrânia.ACNUR capta recursos para refugiados da UcrâniaPublicidadePublicidadeACNUR

“Podemos dizer que os sinais que estamos a observar das negociações são positivos, mas não silenciam as explosões ou os projéteis russos”, realçou o chefe de Estado da Ucrânia numa mensagem de vídeo divulgada na rede social Telegram, depois de delegações dos dois países terem hoje retomado na Turquia negociações presenciais sobre um cessar-fogo.

No mesmo dia em que Moscovo anunciou uma redução das ações militares no oeste ucraniano, em particular nas proximidades de Kiev, Zelensky alertou ainda que a Rússia tem um potencial significativo para continuar os ataques contra a Ucrânia.

“Não vemos razões para acreditar nas palavras ditas por vários representantes de um Estado [Rússia] que continua a lutar com a intenção de nos destruir”, acrescentou o governante, ressaltando que a situação “não ficou mais fácil” e “a escalada dos desafios não diminuiu”.

© Leon Klein/AA/picture allianceRastos da guerra em Mariupol

Corredor humanitário

Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, a ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

Entretanto, na cidade portuária sitiada de Mariupol e outras cidades próximas, um total de 1.665 pessoas foram retiradas nas últimas horas em veículos particulares, através de três corredores humanitários.

A ministra para a Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, disse que a retirada foi concluída, de acordo com a agência de notícias local Ukrinform. A mesma responsável indicou que 936 pessoas conseguiram deixar Mariupol e 729 da região de Zaporijia, que inclui as cidades de Berdiansk, Melitopol, Enerhodar, Polohy, Orykhiv, Huliaypole e Vasylivka.

Balanço da guerra

Até ao momento, a ofensiva militar russa na Ucrânia matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

SUBSTITUIÇÃO DO PRESIDENTE DA PETROBRAS O QUE REPRESENTA

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Especialista em petróleo e gás, Adriano Pires foi indicado pelo governo para presidir a Petrobras a partir de 13 de abril.| Foto: Pedro França/Agência Senado

A julgar pelo desempenho das ações da Petrobras na bolsa brasileira nesta terça-feira, a nova transição na estatal, com a iminente ascensão de Adriano Pires à presidência da companhia (a próxima Assembleia Geral Ordinária ocorre apenas em 13 de abril), deverá ser muito mais tranquila que a ocorrida em 2021, quando Roberto Castello Branco deixou a empresa após um processo de fritura e foi substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, agora de saída. Se naquela ocasião havia um temor real de interferência governamental para conter o aumento do preço dos combustíveis, desta vez, também em um cenário de preços em alta, Pires é visto pelo mercado como um nome técnico – até mais que Silva e Luna – cujas opiniões são bem conhecidas e que tende a não cometer desatinos semelhantes aos que Graça Foster colocou em prática em 2014 para ajudar o esforço de reeleição de Dilma Rousseff.

Mesmo assim, por mais que o currículo e as convicções de Pires façam dele um nome capaz de comandar a Petrobras, fica no ar uma pergunta: se a mudança não representa alterações significativas nas políticas de preços da estatal, havia a necessidade de trocar o comando da empresa? Por esse ponto de vista, até mesmo Castello Branco poderia ter sido mantido no cargo, evitando todo o ruído causado por sua fritura e demissão. Falando à Gazeta do Povo, Jason Vieira, economista-chefe da gestora de fundos Infinity Asset, levantou a possibilidade de a mudança servir como uma sinalização ao brasileiro eleitorado de que Jair Bolsonaro está insatisfeito com as altas nos preços dos combustíveis, ainda que na prática as substituições não mexam nas políticas da Petrobras.

Não há mágica que permita uma queda abrupta dos preços dos combustíveis; a intervenção aos moldes petistas é medida daninha e artificial, que não pode ser mantida indefinidamente

E é bom que não haja essa guinada, pois ainda está fresca na memória do brasileiro o estrago que o petismo fez na Petrobras. Além da corrupção desenfreada e das decisões de negócio absurdas e desastrosas, como as que envolveram as refinarias de Pasadena e de Abreu e Lima, a gestão Graça Foster foi responsável por um represamento artificial de preços, com o objetivo de não deixar a inflação subir ainda mais e atrapalhar as pretensões eleitorais de Dilma em 2014. A empresa amargou prejuízos estratosféricos e se tornou a petroleira mais endividada do mundo – e os preços dos combustíveis acabariam estourando em 2015: o IPCA daquele ano foi de 10,67%, mas a gasolina subiu 20,10% em média, segundo o IBGE.

Pires já fez críticas contundentes a esse tipo de interferência política nos preços da Petrobras e defende a manutenção dos critérios atuais, que se baseiam nos valores internacionais do petróleo. No entanto, ele também reconhece o enorme problema causado por combustíveis caros e preços que oscilam sem parar, propondo a instituição de um fundo de estabilização, bancado pelos royalties da exploração da commodity – e aqui está a sua principal divergência com a equipe econômica comandada por Paulo Guedes. No médio e longo prazo, Pires defende a privatização da Petrobras (como Castello Branco também defendia) e mudanças na tributação sobre os combustíveis, também como forma de reduzir a volatilidade de preços.


A verdade é que não há mágica que permita uma queda abrupta dos preços dos combustíveis; a intervenção aos moldes petistas é medida daninha e artificial, que não pode ser mantida indefinidamente. No curto prazo, só a redução dos preços internacionais do petróleo e a valorização do real serão capazes de puxar para baixo o valor pago na bomba. No médio e longo prazo, aumento da capacidade de produção e refino, incentivo à concorrência em todas as etapas da cadeia do petróleo – da extração ao consumidor final – e uma reforma tributária que deixe de onerar pesadamente a produção e o consumo serão as chaves para que os combustíveis deixem de ser fonte de dor de cabeça para o brasileiro.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/adriano-pires-presidencia-petrobras/
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DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA É DE US$ 355,733 BILHÕES DE DÓLARES

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