quarta-feira, 2 de março de 2022

O AGRONEGÓCIO DEVE SER PROTEGIDO DE TODAS AS FORMAS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

| Foto: Confederação Nacional da Agricultura/Wenderson Araújo

A invasão da Ucrânia pela Rússia traz a necessidade de lidar com preocupações internas que vão além dos graves problemas que o conflito já comporta. Como dissemos anteriormente, enquanto o conflito no Leste Europeu não tomar proporções globais, ainda é possível manter previsões relativamente otimistas quanto às oportunidades econômicas que 2022 pode trazer ao país. Ainda assim, um setor vital para o país merece atenção especial: o agronegócio.

Nos últimos 40 anos, o agronegócio brasileiro fez a maior revolução tecnológica registrada no setor em todo o mundo, tornando o país um dos mais importantes atores mundiais na produção e exportação de alimentos. Para se ter uma ideia do que isso significa, calcula-se que o agronegócio tenha respondido por cerca de 28% de todo o PIB brasileiro, considerando os três primeiros trimestres de 2021. Em 2020, essa fatia foi de 26,6%.

Com a economia ainda em recuperação após os estragos causados pela pandemia, a produção agrícola brasileira tende a ser a principal responsável pelo Brasil não encerrar o ano com uma queda do Produto Interno Bruto (PIB). O setor deve fechar o ano com um crescimento de 3%, de acordo com a maior parte das análises, mas chances de chegar a 5,2% nas previsões mais otimistas.  Nesse cenário, o agro despontaria como o único segmento com crescimento expressivo, em contraste com a retração de 0,6% da atividade industrial e a tímida alta de 0,5% no setor de serviços.

Nos últimos 40 anos, o agronegócio brasileiro fez a maior revolução tecnológica registrada no setor em todo o mundo, tornando o país um dos mais importantes atores mundiais na produção e exportação de alimentos

Até aqui, o cenário global positivo para o agro também decorre do boom das commodities que veio na esteira da pandemia. Grandes nações como a China procuraram aumentar suas reservas de grãos significativamente. A desorganização da cadeia de distribuição global aumentou a escassez em vários mercados. Esse crescimento de demanda, aliado à diminuição da oferta, dada a falta de chuvas provocada pelo fenômeno La Niña, contribuíram para a alta nos preços, incrementando o lucro dos produtores nacionais. É por isso que as estimativas da Conab apontam para aumento de até 29% na colheita de grãos como milho, com 112,34 milhões de toneladas previstas em 2021/2022.

É nesse ponto que nosso potente agronegócio faz intersecção com o que ocorre no Leste Europeu. Apesar da grande produção de nossas fazendas, o Brasil depende da importação maciça de fertilizantes, chegando a 85% o adubo utilizado nas lavouras brasileiras que vem de fora do país. A metade desse montante vem justamente da Rússia e de Belarus. Se especificarmos o tipo de fertilizante, notaremos que os russos fornecem 99% de todo o nitrato de amônio que usamos no país, além de 29% do potássio.

Antes da guerra, economistas já se preocupavam com uma alta de 180% no preço médio dos fertilizantes, que até então estava apenas no horizonte, mas que poderia afetar diretamente a produtividade brasileira ou mesmo a área plantada da safra 2022/2023. O risco de desabastecimento, portanto, já existia, mas agora, com uma guerra absolutamente desnecessária provocada pelo governo Putin, perigosa para a estabilidade internacional em numerosos aspectos, é praticamente certo que o preço dos fertilizantes será afetado, a distribuição do produto em nível global também e até mesmo o cumprimento da promessa feita pelos russos ao Brasil de ampliação no fornecimento, agora, provoca dúvidas.

Assim como o corolário do livre comércio entre nações é a paz, a guerra frequentemente precede à escassez e à fome. É muito importante que o governo e os empresários brasileiros estejam em sintonia, para proteger a sociedade das consequências que virão das ações irresponsáveis de Moscou. O agronegócio é hoje nossa principal garantia, não só de estabilidade econômica, como também de comida na mesa dos brasileiros. Portanto, é indispensável o empenho na busca de alternativas, não apenas para a questão dos fertilizantes, mas de todos os demais produtos que, ao que tudo indica, terão a distribuição afetada pela guerra.

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OTAN CONTINUOU EXISTINDO APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

 

Por
Filipe Figueiredo – Gazeta do Povo

A Representante Permanente dos EUA na OTAN, Julianne Smith, participa de uma conferência de imprensa na sede da Aliança em Bruxelas, Bélgica, 15 de fevereiro de 2022.| Foto: EFE/EPA/STEPHANIE LECOCQ

Um dos motivos alegados pelo governo russo para invadir a Ucrânia seria impedir que o país vizinho se torne um integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Mesmo após a dissolução da União Soviética, a Federação Russa repetidas vezes afirmou que a OTAN é uma ameaça aos seus interesses e à sua segurança. Com o assunto ganhando ampla repercussão com o novo conflito, comentários foram feitos, inclusive por jornalistas e analistas profissionais, de que a OTAN teria perdido sua razão de existir com o fim da Guerra Fria, já que ela foi criada com a URSS como antagonista. Torna-se interessante, então, responder a pergunta: por que a OTAN continuou existindo após a Guerra Fria?

Antes disso, é essencial frisar que a argumentação de que a OTAN deveria ter deixado de existir após a Guerra Fria pode, em última instância, ser um apoio indireto à invasão de um país soberano, a Ucrânia, por outro, a Rússia, a potência agressora. Podem existir também pessoas que genuinamente pensem dessa maneira, que a organização teria cumprido sua missão durante a Guerra Fria e, ao ser mantida após 1991, contribuiu para tensões posteriores, como a sua expansão ao leste. Devido a essa linha tênue entre apologia de uma guerra e um debate intelectual válido, é importante deixar claro que entender ou explicar a OTAN não implica em legitimar todas suas ações e a atual ação russa.

Premissa falsa
O problema do argumento de que a OTAN teria perdido sua razão de ser com o fim da Guerra Fria é o de que ele parte de uma premissa comum, mas falsa, de que a Guerra Fria foi um fenômeno próprio. Não, a Guerra Fria é um capítulo, é um trecho, de um conflito mais amplo, interpretado pelas teorias clássicas da geopolítica. Em suma, dentre as grandes potências, duas seriam protagonistas. A que tiver o domínio do poder naval e a que tiver a hegemonia da vastidão terrestre Eurasiana. No século XIX, após a consolidação de uma ordem internacional centrada em potências, com o Congresso de Viena de 1815, essas potências eram, respectivamente, o Reino Unido e o Império Russo.

Naquele momento, os Estados americanos ainda se estabeleciam. Na Europa, a Espanha estava decadente em seu poder internacional, a França enfraquecida após as Guerras Napoleônicas e Áustria e Prússia disputavam a primazia no mundo alemão. A África estava fragmentada em uma miríade de reinos e, na Ásia, a postura era de isolamento total no Japão, de isolamento político na China, grande centro comercial, e a Índia e o sudeste asiático eram progressivamente subordinados aos europeus. Finalmente, o vasto, multicontinental e multinacional império Otomano passava por repetidas crises, com uma estrutura que não conseguia modernizar a economia do império.

Enquanto isso, o Reino Unido se isolava dos distúrbios continentais em sua política de “Isolamento Esplêndido” e tornava-se a potência hegemônica dos mares e do comércio mundial. Um enorme império colonial foi conquistado e o Reino Unido vitoriano era a “Oficina do Mundo”, um centro comercial e industrial. A Rússia, por sua vez, continuava sua expansão territorial no Cáucaso, na Ásia Central e no Extremo Oriente, além de expandir sua influência política sobre os povos eslavos do Cáucaso. Lembremos também que, naquele momento, o Império Russo incluía os atuais países bálticos, a Finlândia, Moldova e partes da Polônia.

Disputa por influência
Reino Unido e Rússia inclusive buscavam um deter a influência do outro. O apoio britânico aos otomanos, cujo grande exemplo é a Guerra da Crimeia, e a disputa pela Ásia Central no Grande Jogo são talvez os exemplos mais conhecidos. Outro, menos conhecido e ainda mais importante, é o fato de que a primeira aliança militar assinada pelos britânicos em quase cem anos foi “mirando” a Rússia, a aliança com o Japão, em 1902. Caso a Rússia atacasse um dos dois, o outro viria em defesa, colocando os russos em uma guerra em duas frentes. O Japão, aproveitando essa vantagem, derrotou a Rússia na guerra Russo-Japonesa de 1905, que projetou o país asiático como uma nova potência.

Na véspera da Grande Guerra, o Reino Unido dominava um quarto do território mundial, de forma não contínua. A Rússia dominava outros 17%, no maior império contínuo e centralizado da História. O cenário naquele momento, entretanto, era outro. Via Relação Especial, o Reino Unido começava a “passar o bastão” de potência marítima para os EUA, também “insulado” dos conflitos europeus em seu próprio continente. A unificação alemã criou uma potência econômica e militar no centro da Europa, cuja hegemonia industrial se projetava sobre fatia considerável do continente. A diplomacia britânica, temendo uma aproximação entre Alemanha e Rússia, o que criaria um titã territorial e econômico, se movimentou.

Em 1904, a criação da Entente Cordial aproximou britânicos e franceses, inimigos históricos, em uma aliança contra a Alemanha. Via França, foi construída a Tríplice Entente com a Rússia, uma aliança de ocasião. O objetivo britânico era impedir a aproximação entre Rússia e Alemanha. Depois da Grande Guerra, essa aproximação voltou a ocorrer, entre a República de Weimar e a URSS, dois países então excluídos da ordem internacional da Liga das Nações, aproximação que é encerrada pela Segunda Guerra Mundial e os planos nazistas de tomar os territórios soviéticos, além do antagonismo ideológico com o comunismo internacional e o Pacto Anticomintern.

Guerra Fria
Vem a destruição da Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, um conflito geopolítico por influência entre EUA, potência marítima, e a URSS, a potência territorial. Agora com um toque ideológico, em que cada superpotência tinha um alinhamento ideológico claro, cobrado de seus aliados. Ou seja, a Guerra Fria foi apenas um capítulo ideológico dentro de uma disputa mais ampla e mais longeva, que remetia ao início do século XIX. Com a Guerra Fria, veio a criação da OTAN, cuja semente inicial foi o quê? O Tratado de Dunquerque, de 1947, que basicamente foi uma renovação da Entente Cordial, a aliança entre Reino Unido e França, criada décadas antes da Guerra Fria.

Essa aliança foi expandida para incluir o Benelux, no Pacto de Bruxelas e, em 1949, é assinado o Tratado do Atlântico Norte, que adiciona Itália, Portugal, Dinamarca, Canadá e, principalmente, os EUA à defesa coletiva da Europa ocidental. Naquele momento, apenas duas potências tinham armas nucleares, URSS e EUA. Em 1952, Grécia e Turquia entram na aliança e, em 1955, a Alemanha ocidental. Esse processo de expansão foi conduzido por Lorde Hastings Ismay, primeiro Secretário-geral da organização. Ele é autor de uma célebre frase para definir a OTAN, lembrada por um amigo diplomata da coluna em meio ao conflito na Ucrânia. Segundo ele, a aliança foi criada para “para manter os russos fora, os americanos dentro e os alemães abaixo”.

A preocupação quando da criação do pacto de defesa coletiva não era necessariamente a URSS, era a Rússia, em qualquer encarnação, modelo de Estado ou ideologia que fosse, e seus objetivos são atrelar a defesa da Europa ocidental ao poderio dos EUA, independentemente de inimigo, e impedir que a Alemanha possa tornar-se, novamente, um pólo próprio que represente um desafio dentro da ordem internacional. Seja na década de 1950, na década de 2000 ou na década de 2050. Os propósitos da OTAN não se limitavam à Guerra Fria, assim como o fim da Guerra Fria não encerrou a disputa geopolítica, foi apenas o fim de um capítulo ideológico. O fim da Guerra Fria, ao contrário do que ingenuamente dito por Francis Fukuyama, não foi o “fim da História”.

Ascensão da China
É justo pelo caráter ideológico da Guerra Fria que é tentador achar que ela foi um processo próprio, e seu fim representou uma euforia com a possível “nova era”, de otimismo, ambientalismo e defesa dos Direitos Humanos. Oras, até hoje existem pessoas que automaticamente ligam a Rússia ao comunismo, mesmo no governo Putin. Lembremos, entretanto, que a Guerra Fria durou apenas pouco mais de quarenta anos, o que historicamente significa muito pouco. O fim da Guerra Fria, não sendo o fim de uma disputa mais ampla, foi apenas a transformação dessa disputa.

Em uma ordem multipolar, estamos vendo a ascensão de novas potências, como a Índia. Um mundo economicamente mais interligado. A expansão da OTAN para o leste, com países antigamente na esfera de influência russa. Também há uma maior integração em defesa dentro da Europa e, como consequência da invasão da Ucrânia, o governo alemão anunciou maior orçamento militar. Inclusive, é interessante lembrar que a aproximação entre Alemanha e Rússia nas últimas décadas, com projetos de energia, por exemplo, não agradava Washington.

Se cem anos atrás o Reino Unido passou o bastão de potência marítima para os EUA, hoje é a Rússia que transfere o posto de potência territorial para a China. Não por acaso, em agosto de 2019, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou que a aliança precisa se adaptar para conter a influência chinesa. Acreditar que a OTAN deveria ter acabado junto com a Guerra Fria é ingenuamente comprar um discurso ideológico de achar que o mundo realmente se tratava apenas de uma disputa entre capitalismo e comunismo. É ignorar que, no cenário internacional, vivemos uma realidade cuja origem está, em boa parte, no século XIX. Passando por transformações e capítulos específicos, mas, ainda assim, marcada por bandeiras originadas naquele período. Principalmente, por disputas e interesses de longo prazo. A OTAN é apenas uma encarnação desses interesses.


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GUERRA RÁPIDA DE PUTIN NÃO FUNCIONOU

Opinião
Por
Guilherme Macalossi – Gazeta do Povo

Presidente da Rússia, Vladimir Putin| Foto: Sergei Ilnitsky/EFE

Se tudo tivesse corrido como o Kremlin esperava, a essa altura dos acontecimentos a Ucrânia já estaria prostrada e subjugada. A mobilização militar que precedeu o ataque russo reuniu um contingente de dezenas de milhares de soldados e veículos bélicos. O objetivo era chegar a Kiev o mais rápido possível, depor o governo democraticamente eleito e, mediante o domínio aéreo e territorial, impor um acordo que beneficiasse exclusivamente o intento expansionista de Moscou. Fica claro agora que se subestimou a capacidade de resistência dos ucranianos. Os avanços obtidos até aqui foram tímidos. A blitzkrieg de Vladimir Putin fracassou, e isso poderá determinar o rumo da guerra, que caminha para um resultado bastante diferente daquele que o ex-espião da KGB projetava.

Se Kiev tivesse caído em 36 horas, a Ucrânia como se conhece hoje já não existiria mais. O país se converteria num Estado fantoche, controlado por um lugar-tenente que respondesse às diretrizes da Rússia. Seria uma nova República de Vicky. Ou, para ficar com um exemplo mais próximo, uma nova Bielorrúsia. A neutralidade em relação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) valeria como cassação permanente do direito à autoderminação da Ucrânia, que, assim como as demais nações do antigo bloco soviético, vem passando por incontestável processo de ocidentalização.

Sim, Putin ainda pode prevalecer pelas armas. Continua sendo o cenário mais provável. Mas o custo já o torna um derrotado. A demora em dominar um país com defesas frágeis e com menor aparato tecnológico evidenciou que o grande exército que ele controla tem deficiências e fragilidades. A cada dia de incursão no território estrangeiro vão se contabilizando prejuízos materiais e humanos. O fluxo de caixões sendo enviados de volta para a Rússia tende a aumentar a pressão interna contra política do governo. E, apesar de Putin e seus lacaios manterem a oposição permanentemente asfixiada, fica cada vez mais difícil estancar o descontentamento de parte de sua população, que já toma as ruas em manifestações contra a guerra.

A demora da Ucrânia em capitular ante a ação de uma superpotência nuclear acabou ajudando o Ocidente a encontrar um rumo. Antes vacilantes dos tipos de retaliações a que recorreriam, países como Estados Unidos, França, Alemanha e Grã-Bretanha, bem como demais integrantes da OTAN e da União Europeia, acabaram montando o maior conjunto de sanções econômicas da história moderna. Além do Banco Central Russo, os alvos envolvem a elite financeira e econômica da Rússia. Os barões bilionários que, junto com antigos operadores e dirigentes soviéticos, controlam o simulacro de democracia que se erigiu das ruínas do comunismo.

Só na última segunda-feira (28/02), o rublo desvalorizou 30%. A taxa de juros da Rússia precisou ser elevada de 9,5% para 20%. Tudo isso numa vã esperança de amortizar o impacto das restrições globais que tendem a destruir as fontes de financiamento do país. As sanções alcançaram tal dimensão que Putin chegou a colocar em alerta o seu sistema de mísseis balísticos, responsável por deslocar o arsenal nuclear. Tentou forçar uma escalada de conflito que, até o momento, não foi seguida pelas potências ocidentais.

Depois da incursão na Geórgia e da anexação da Criméia, o projeto expansionista do Kremlin voltou suas atenções para a Ucrânia. Mas dessa vez a resistência se mostrou vigorosa. Parece claro que para alcançar seu objetivo no país, Putin terá de usar um poder de fogo ainda maior. As consequências de tal ato, entretanto, tendem a ser profundas para a Rússia. No fim das contas, o tão sonhado novo império Czarista poderá se adonar de um monte de escombros e ficar com uma devastação social sem precedentes.


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LIÇÕES QUE O BRASIL PODE TIRAR DA GUERRA

 

Fertilizantes

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Fertilizantes de potássio| Foto: Katarzyna Kosianok/Pixabay

Vocês já pensaram na lição que a gente está tirando, positiva, dessa guerra lá no Leste Europeu? É que de repente a gente descobre que está dependente o nosso agro – que é o carro chefe da nossa economia hoje, esse ano vai representar um terço do PIB, e vai garantir o equilíbrio das contas externas. Vai dar garantia alimentar a nós e a outros países.

O agro depende do cloreto de potássio, que vem da Rússia, que vem da Belarus, que está na área de conflito, e que não pode sair pelo mar Báltico, porque a Lituânia, por exemplo, bloqueou a saída do potássio que a gente compra da Belarus. Porque a Lituânia é da Otan, pois é, e nós é que pagamos.

Então, gente. Nós temos potássio aqui no Brasil. Vamos olhar aqui para dentro. Temos extensas reservas de potássio na foz do rio Madeira, quando desemboca no Amazonas. Depende dos ambientalistas e da consulta às comunidades indígenas. Mas está ali, é só embarcar por água. E é silvinita o nome do minério bruto de onde se extrai o potássio para fazer a combinação NPK para o agro. Está ali. Vai por água. Está pertinho, vai por água para a Rondônia. É só subir o rio Madeira. Ou descer outros rios ali, subir outros rios da bacia amazônica. Vai para o Mato Grosso, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Maranhão, sul do Piauí, oeste da Bahia.

Gente, e não aproveitamos. É porque no Brasil tem brasileiro contra o Brasil. Trabalham contra. A gente vai buscar lá no leste da Europa, a um preço caríssimo, podendo retirar aqui 90% daquelas reservas. Aquelas reservas abastecem 90% da necessidade do agro brasileiro.

As oposições, claro, querem que Bolsonaro tome partido. Ele não é trouxa e não vai atender o que exige a oposição, obviamente. Porque depois vão criticá-lo porque ele tomou partido, seja de que lado for. Por quê? Porque os dois países são parceiros. E o Brasil não tem que se meter nisso. Bom, uma que houve o compromisso de Vladimir Putin com Bolsonaro de abastecer o Brasil com o fertilizante, com o potássio, o K do NPK.

Aí ele olha para ver quem são os amigos. Quem está por trás da Otan ou à frente da Otan? É o Joe Biden. Uma voz forte na Otan é o Emmanuel Macron. O que disse o Macron sobre a Amazônia? “A nossa casa está queimando”. Que a Amazônia é uma questão internacional. Isso disse o Macron. E o Biden disse o quê? Fez uma ameaça. “Se os brasileiros não pararem de queimar a Amazônia haverá sanções severas econômicas contra o Brasil.”

E aí? Qual é o partido que o brasileiro toma? Um garantiu fertilizante para o agro. Mais do que isso: o Putin já disse que a Amazônia é do Brasil. E é. Então a gente tem que considerar essas questões antes de adotar posições com base na propaganda. E eu vejo que aqui no Brasil a Rússia perdeu a guerra da propaganda. Ironicamente, a Rússia Soviética foi quem inventou a “dezinformatsiya”. Mas quem está usando isso é a propaganda do lado dos Estados Unidos.

Nós temos uma cultura que sempre foi à reboque dos modismos culturais americanos. E isso está no substrato, na raiz da nossa cultura. Então a gente vai atrás, sem pensar por que e sem examinar os fatos históricos.

Por exemplo, ontem fez aniversário a Batalha de Cerro Corá, onde os brasileiros mataram o marechal Francisco Solano López, e aí acabou a Guerra do Paraguai. A história do Paraguai chama isso de “martírio de uma raça”. Itaipu acabou com isso. Os dois se juntaram em um projeto único, binacional.

Agora, imagine se o Paraguai hoje, em nome de guerras antigas que já acabaram, fizesse uma aliança militar de defesa anti-Brasil com a Venezuela, com Cuba ou com a China? Como o Brasil iria fazer? Essa é a situação da Rússia. Despertaram a Guerra Fria, que não deveria existir mais, continuou um acordo militar antirrusso, quando o acordo militar anti-Estados Unidos foi diluído quando se diluiu a União Soviética em 1991, que é o Pacto de Varsóvia. Só para a gente pensar na história.


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LULA UM TIRO NO PÉ DOS PTRALHAS

Devacir Carneiro

Claro que os petistas já perceberam que a soltura de Lula foi um tiro no pé. A estratégia falhou. Eles pensaram que Lula botaria fogo no país, voltaria a mobilizar as massas, e ressurgiria como a Fênix de Garanhuns. Ledo e mortal engano. A soltura do bandido mostrou aos petistas a face mais cruel da realidade: o desprezo do povo pelo ex-presidente LADRÃO.  Lula, hoje, é carregado por um punhado de puxa sacos pelo país, como um cadáver putrefato, fedorento, que as pessoas sentem náusea ao avistar.

A figura do LADRÃO causa repulsa, nojo, asco, na maioria do povo. Seus discursos não conseguem reunir um número minimamente decente de pessoas, nem na internet, e ainda por cima, têm de aguentar os protestos e xingamentos de muitos (fora a já tradicional CHUVA DE OVOS).

A desmoralização é total, e os petistas notaram isso. Estão estupefatos, pois o choque de realidade foi grande demais. Agora, estão sem saber o que fazer com a carcaça pútrida. Preso, ainda tinha alguma relevância, por conta do discurso vitimista. Solto, perdeu tudo, até mesmo a narrativa mentirosa de preso político.

Mas, a vida segue. Rei morto, rei posto. Afinal, agora, o Sistema aceitou que não pode mais contar com uma hipotética ressurreição de Lula.

Então agora, eles têm um problema: quem poderia substituir o LADRÃO na batalha pelas eleições de 2022? O Sistema não consegue encontrar alguém na centro esquerda ou mesmo no Centrão, que seja páreo para Bolsonaro. Na esquerda, Ciro Gomes não tem mais relevância. Maia? Uma piada! Huck? Pior ainda! Calcinha Atolada? Suicidou politicamente!

A esperança era Lula. Lula não existe mais. Poderiam apelar para um plano B, mas a verdade é que também não existe um plano B. O desespero é grande. A tendência é que, se não encontrarem um nome forte, terão de aguentar a reeleição de Bolsonaro, e, ainda o ver fazendo um sucessor. O golpe seria duro demais.

Pior para o Sistema composto por vermes que infestam e aparelham todo o testamento político e burocrático, e que terminarão morrendo à míngua. Melhor para os patriotas e pessoas de bem, deste país.

São novos tempos…Graças a Deus!!!

 

VITÓRIA NA GUERRA NÃO SIGNIFICA SUCESSO

  1. Internacional 

História moderna mostra que a vitória na guerra não significa sucesso

Paul Krugman*, O Estado de S.Paulo

O milagre ucraniano poderá durar pouco. A tentativa de Vladimir Putin de vencer rapidamente, numa boa, tomando grandes cidades com forças relativamente brandas, enfrentou grande resistência, mas os tanques e as armas mais pesadas estão a caminho. E apesar do incrível heroísmo do povo da Ucrânia, o mais provável ainda é que a bandeira russa seja eventualmente hasteada em meio aos escombros de Kiev e Kharkiv.

Mas mesmo se isso acontecer, a Federação Russa ficará mais fraca e mais pobre do que era antes da invasão. Conquistar não compensa. 

Por que não? Se olharmos para a história, veremos muitos exemplos de países que enriqueceram por meio do poderio militar. Os romanos certamente lucraram com a conquista do mundo helênico, assim como a Espanha com a conquista dos astecas e dos incas. 

Mas o mundo moderno é diferente — e por “moderno” quero dizer pelo menos a partir de um século e meio atrás. 

O autor britânico Norman Angell publicou seu famoso tratado “A grande ilusão” em 1909 argumentando que a guerra se tornara obsoleta. Seu livro foi amplamente mal interpretado, como se afirmasse que a guerra não poderia mais acontecer, hipótese que se provou horrivelmente equivocada nas duas gerações que se seguiram. Mas o que Angell afirmou, na verdade, foi que os vencedores de uma guerra não seriam mais capazes de obter nenhum lucro de seu sucesso. 

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Fumaça vista em Kiev, Ucrânia; invasão do país pela Rússia tem impacto na economia.   Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters – 24/02/2022

E ele certamente estava correto sobre isso. Todos agradecemos pelos Aliados terem prevalecido na 2.ª Guerra, mas o Reino Unido emergiu como uma potência diminuída, sofrendo em meio a anos de austeridade enquanto lutava contra escassez de divisas estrangeiras. Até mesmo os Estados Unidos tiveram um ajuste pós-guerra mais difícil do que muitos se dão conta, experimentando um período de aumentos de preços que ocasionaram inflação acima de 20%. 

E pelo outro lado, mesmo a derrota absoluta não evitou que Alemanha e Japão eventualmente alcançassem prosperidades sem precedentes. 

Por que e quando a conquista deixou de ser rentável? Angell argumentou que tudo mudou com a ascensão de uma “interdependência vital” entre as nações, “cortando transversalmente fronteiras internacionais”, o que ele sugeriu ser “amplamente obra dos últimos 40 anos” — começando ao redor de 1870. Pareceu um palpite razoável: foi por volta de 1870 que ferrovias, barcos a vapor e telégrafos tornaram possível a criação do que alguns economistas qualificam como a primeira economia global. 

Nessa economia global é difícil conquistar outro país sem extirpar esse país — e a si mesmo — da divisão internacional do trabalho, sem mencionar o sistema financeiro internacional, sob um grande custo. Podemos ver essa dinâmica ocorrendo em relação à Rússia neste momento.

Angell também enfatizou os limites do embargo numa economia moderna. Não podemos simplesmente confiscar ativos industriais da maneira que conquistadores pré-industriais confiscavam território, porque confiscos arbitrários destroem incentivos e o senso de segurança de que sociedades avançadas precisam para permanecer produtivas. Novamente, a história comprovou sua análise. Por um certo período, a Alemanha nazista ocupou países que possuíam antes da guerra produtos internos brutos duas vezes maiores que o seu — mas apesar da implacável exploração, os territórios ocupados parecem ter pagado por apenas cerca de 30% do esforço de guerra alemão, em parte porque muitas das economias que a Alemanha tentou explorar ruíram sob seu jugo.    

Um aparte: Não é excepcional e terrível nos encontrarmos numa situação em que os fracassos econômicos de Hitler nos dão lições úteis sobre prospectos futuros? Mas aí estamos. Obrigado, Putin. 

Eu acrescentaria outros dois fatores para explicar por que conquistar é inútil.

O primeiro é que a guerra moderna usa uma incrível quantidade de recursos. Exércitos pré-modernos dispunham de quantidades limitadas de munição e eram capazes, em certo grau, de viver da terra. Em 1864, as tropas do general no Exército da União William Tecumseh Sherman conseguiram se desligar de suas linhas de abastecimento e marchar sobre a Geórgia supridas com mantimentos suficientes apenas para 20 dias. Mas exércitos modernos requerem grandes quantidades de munição, peças de reposição e, acima de tudo, combustível para seus veículos. E de fato, as mais recentes informações de inteligência do Ministério da Defesa britânico dão conta de que o avanço russo na direção de Kiev empacou temporariamente “provavelmente como resultado de contínuas dificuldades logísticas”. O que isso significa para pretensos conquistadores é que a conquista, mesmo se bem-sucedida, é extremamente cara, o que torna mais difícil ainda    que se pague. 

O segundo é que vivemos atualmente num mundo de nacionalismos apaixonados. Camponeses da Antiguidade e da Idade Média provavelmente eram indiferentes em relação a quem os explorasse; trabalhadores modernos não são. A tentativa de Putin de tomar a Ucrânia parece ser fundamentada não apenas em sua crença de que a nação ucraniana não existe, mas também na presunção de que os próprios ucranianos podem ser persuadidos a se considerar russos. Parece muito improvável isso acontecer, então mesmo se Kiev e outras grandes cidades caírem, a Rússia levará anos tentando conter uma população hostil. 

Portanto, a conquista é uma proposta fracassada. Isso é verdadeiro pelo menos há um século e meio; isso é óbvio para qualquer um disposto a analisar os fatos ocorridos por mais de um século. Desafortunadamente, ainda existem doidos e fanáticos que se recusam a acreditar nisso — e alguns deles controlam nações e exércitos. / TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

*Paul Krugman é professor do City University of New York e ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 2008

 

GUERRA LÁ E GUERRA AQUI CONTRA A CORRUPÇÃO

 

Inimigo do povo

Por
Thaméa Danelon – Gazeta do Povo

05/09/2017- Após investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação Cui Bono, a PF chegou a um endereço em Salvador/BA, que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie. Foto: Policia Federal

A corrupção no Brasil é responsável por um desvio anual de mais de 200 bilhões de reais.| Foto: Policia Federal/Divulgação

Há seis dias testemunhamos a invasão da Rússia no território ucraniano, causando um conflito que trará consequências econômicas em inúmeros países, e infelizmente o Brasil também sofrerá implicações por conta desses ataques – seja na majoração do preço do combustível, como de diversas comodities – resultando, assim, no aumento da inflação.

Importante dizer que o Brasil é um país privilegiado, tanto por conta de sua posição geográfica, pois está a milhas de distância de regiões conflituosas, bem como por ser imune a desastres naturais de grandes proporções como terremotos e tsunamis.

Contudo, desde o seu descobrimento nosso país tem um grande inimigo, e quase conseguiu vencê-lo através de seu considerável enfraquecimento durante uma batalha iniciada em março de 2014, e denominada como Operação Lava Jato.

O inimigo mais nefasto, perigoso e quase indestrutível é a corrupção; a corrupção sistêmica e endêmica que enfraquece socialmente os brasileiros; bombardeia grande parte das instituições públicas; e aniquila o que é mais essencial para um povo: a educação, a saúde; a segurança pública e, principalmente, a sua dignidade.

A corrupção no Brasil é responsável por um desvio anual de mais de 200 bilhões de reais; valores que representam quase 3 vezes o orçamento da educação; da saúde e a 5 vezes o da segurança pública. O vocábulo “corrupção” deriva do latim corruptus, e significa apodrecido, pútrido.

A corrupção deteriora os poderes; causa uma grande instabilidade no país; e resulta na insegurança jurídica. Essa corrosão do poder estatal afeta imensamente a economia de um país, gerando drásticos efeitos no desenvolvimento social dos cidadãos, pois os custos econômicos da corrupção no Brasil são de 2% a 5% do PIB.

A temporariamente exitosa batalha da Lava Jato minou e atingiu grandes corruptos que sempre estiveram à margem do alcance do Direito Penal; também conseguiu implodir sistemas fraudulentos em grandes estatais; e conteve – ainda que por certo tempo – o avanço das tropas ilícitas dos lavadores de dinheiros e usurpadores de verbas públicas.

Mas infelizmente o avanço das tropas que depuravam o Brasil foi contido, e o ataque não veio exclusivamente de um exército, mas de vários, como do Poder Legislativo, Executivo e principalmente do Poder Judiciário, que abateu as principais conquistas da força tarefa, através de anulações sem fundamentação jurídica.

Enquanto o Brasil acompanha a sangrenta invasão da Rússia, a nossa Suprema Corte não impede o aumento bilionário do fundão eleitoral; durante a explosão de casas de civis ucranianos, os principais projetos de leis – que seriam grandes escudos contra a corrupção – dormitam nos escaninhos do congresso, tais como as PECs da prisão após condenação em 2ª Instância (PEC 199/19 e PEC 166/18); a PEC do fim do foro privilegiado (PEC 333/17) e a PEC que altera a forma de escolha dos Ministros do STF (PEC 35/15).

Felizmente não vivenciamos os problemas dos ucranianos com a Rússia, que, relembrando, não são de hoje, pois sofreram drasticamente entre 1931 e 1933 pelo regime comunista soviete no trágico genocídio de “Holodomor” (que em ucraniano significa morrer de inanição) onde milhões de ucranianos morreram de fome por conta do confisco de suas plantações e produções por Stalin.

Nos dias de hoje no Brasil, diversos congressistas não mencionam esse holocausto ucraniano, e muitos o negam, e de forma incompreensiva reverenciam Stalin. Essa mesma cegueira deliberada em relação aos líderes comunistas russos de outrora também impede que os parlamentares reconheçam o nosso maior inimigo, e que adotem ataques estratégicos e eficientes contra ele, através, por exemplo, da aprovação das PECs acima nominadas.


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LIÇÕES APRENDIDAS PELOS COLABORADORES

 

*Gabriel Kessler

Em 2020 e 2021 o cenário econômico global foi afetado por causa da pandemia – a qual deixou grandes lições para gestores de negócios. Para se ter uma ideia, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) sofreu uma queda histórica de 9,7% no segundo trimestre de 2020.

Assim, as empresas tiveram que enxergar novas possibilidades de crescimento em meio a dificuldades, sendo que uma delas foi o fortalecimento da relação empresa-colaborador e da cultura organizacional.

Esses dois pontos são extremamente importantes dar esteio a empresas de todos os portes em momentos de crise. Uma lição foi a valorização da comunicação entre funcionários e gestores de forma remota e constante para evitar ruídos e desalinhamentos que pudessem interferir no desempenho das tarefas.

Abaixo, listo as 10 lições que os colaboradores aprenderam em 2021. Confira:

1. Tecnologia e equipes estruturadas têm de ter total foco no cliente e na resolução de possíveis problemas.

2. Planejamento com opções A, B e C são fundamentais para um bom andamento das corporações nesse momento de readaptação.

3. Lidar com novas gerações de colaboradores requer da liderança entendê-las e, sobretudo, as engajar. Acredito que o uso de tecnologias e formatos que se assemelham com redes sociais são boas alternativas nesse sentido.

4. Conhecer colaboradores significa também gerar e analisar métricas de alcance, absorção e engajamento.

5. Encontrar influenciadores internos é um benefício, já que todas as empresas têm alguns colaboradores que são mais “populares”. Esse colaborador pode ajudar tanto no processo de comunicação dentro da empresa, quanto engajar outros colegas.

6. Flexibilização em relação à quantidade de dias que o colaborador precisa estar presente no escritório. Hoje, o modelo híbrido é bem mais aceito no mundo corporativo e há ferramentas que contribuem para manter a cultura organizacional em pleno funcionamento.

7. O colaborador precisa conhecer diferentes setores e unidades da empresa e incentivá-lo a publicar conteúdos em canais horizontais de comunicação interna, descentralizando a função que normalmente é atribuída a um único departamento, criando uma cultura de comunicação horizontal.

8. A contratação de novos talentos para as empresas passou por uma implantação de processos realizados de forma remota no recrutamento, no onboarding e no engajamento do dia a dia.

9. Uma preparação adequada na política de trabalho remoto fez toda a diferença para desenvolver planos de contingência no gerenciamento das equipes que trabalhavam de forma remota.

10. Para finalizar, considero importante também ressaltar que a comunicação da empresa pode andar de forma integrada com o RH. As redes sociais corporativas também tornaram possível entregar métricas aos gestores de RH e ter uma visão clara do alcance, absorção e eficácia dos comunicados internos.

CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

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