sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

ISCAS DIGITAIS PARA CONQUISTAR CLIENTES

 

 Por Raquel Pereira – Agência Mestre

Gerar demanda e oportunidades de venda para as empresas é o grande objetivo do Marketing Digital e, por meio do Inbound Marketing, é possível contar com uma máquina recorrente de atração de leads. Mas, para que essa máquina realmente funcione é preciso utilizar certas “iscas” e fisgar esses potenciais clientes.

Neste artigo você vai ver:

por que gerar leads é importante para o meu negócio?;

o que são iscas digitais?;

quais são os objetivos das iscas digitais?;

como criar iscas digitais eficientes?;

8 exemplos de iscas digitais para gerar leads;

como distribuir as iscas digitais?;

como identificar oportunidades de iscas digitais nos materiais que sua empresa já possui?

Por que gerar leads para o meu negócio?

Os leads são gerados quando usuários desconhecidos fornecem suas informações de contato (nome, email, telefone, etc.) em troca de uma oferta de valor, como um e-book, um cupom de desconto ou um ingresso para participar de um evento da sua marca.

O processo para geração de leads consiste na utilização dos canais digitais da empresa, de maneira orgânica e paga, com objetivo de gerar tráfego para seu site e trazer novas oportunidades de negócio. No entanto, nem todos esses leads estarão no momento de realizar uma compra e o erro que muitas empresas cometem é investir apenas em leads que estão no estágio de fundo do funil (prontos para comprar).

O objetivo da geração de leads é atrair pessoas em todos os estágios da jornada de compra, inserir esse leads em um funil e nutrir aqueles contatos que ainda não estão no momento da compra para gerar oportunidades mais baratas para o seu negócio no futuro.

O que são as iscas digitais?

Entender a importância da geração de leads é apenas o primeiro passo para começar a trazer mais oportunidades para o seu negócio. Após isso, a dúvida que surge é: como eu atraio mais pessoas para o meu site?

As iscas digitais são a melhor forma de conseguir gerar leads, de maneira eficiente e, na maioria das vezes, sem muito custo. Basicamente, as iscas digitais são formatos de conteúdo gratuito que atraem a atenção de um usuário na internet, de forma que ele se disponha a entregar algumas informações pessoais (nome, e-mail e telefone, por exemplo), para ter acesso àquele material. É uma estratégia baseada na troca, o usuário disponibiliza suas informações e a empresa entrega um conteúdo que agrega valor para ele.

A distribuição desses materiais geralmente é feita por meio de uma página chamada landing page, ou seja, uma página de captura de leads desenvolvida especialmente para aquela estratégia. A landing page funciona para que um público específico chegue até ela e deixe o seu contato, entre outras informações úteis, veja o exemplo abaixo:

Isca digital landing page

Através dessa landing page, nós disponibilizamos um dos nossos materiais ricos em formato de e-book e, em troca, coletamos algumas informações relevantes para nossa estratégia, por meio do formulário.

Quais são os objetivos das iscas digitais?

É muito mais difícil convencer um usuário a compartilhar suas informações de contato com a sua empresa quando não há uma oferta de valor em troca. Isso pode acontecer quando o usuário tem afinidade com a sua marca, mas nós utilizamos  as iscas digitais para facilitar esse processo.

Por isso, é importante que o conteúdo dos materiais oferecidos realmente entregue valor ao usuário, pois o essencial é solucionar as dores da sua persona. No próximo tópico falaremos sobre como criar uma isca digital que trará sucesso para sua estratégia de geração de leads.

Aprenda a Produzir Materiais Ricos

Como criar iscas digitais eficientes?

A criação dos materiais que serão utilizados na estratégia de geração de leads precisa estar alinhada com a persona do negócio e os produtos/serviços que a empresa oferece. Por exemplo, se você possui um e-commerce de cosméticos, você pode criar iscas digitais que ensinam a melhor forma de utilizar seus produtos, sobre os benefícios que eles trazem e outros assuntos relacionados.

Os materiais oferecidos na estratégia são, em sua maioria, com o intuito de educar o mercado consumidor daquele produto, pois quanto mais o lead souber sobre ele, maiores são as chances dele acabar comprando-o.

Algumas dicas para criar bons conteúdos são:

Conheça a sua persona

Em todos os projetos iniciados na Agência Mestre, nós traçamos a definição da persona daquele negócio. Ao conhecer a sua persona, você entenderá melhor quem é o seu público, do que ele gosta, o que ele procura e, principalmente, quais são as suas dores. As dores da persona são “problemas” ou “necessidades” que seu público tem ou poderá ter, mesmo que ele não tenha consciência de que esse problema existe.

Ao identificar as dores da sua persona, você poderá desenvolver conteúdos que abordem temas relacionados a essa dor e, dessa forma, criar proximidade com seus potenciais clientes.

Tenha um funil de vendas

Com as iscas digitais, seu negócio pode atrair diferentes tipos de leads, desde aqueles que ainda não conhecem bem o seu segmento ou seu produto/serviço, até aqueles que já sabem o que querem e estão apenas decidindo onde comprar.

O funil de vendas é o percurso que você vai criar para transformar aqueles leads que ainda não estão prontos para comprar (topo de funil), em leads qualificados (fundo de funil), por meio da nutrição com conteúdos adequados para cada fase do funil.

O funil também é importante para conhecer melhor quão qualificado um lead é logo quando ele entra na sua base. Você pode criar conteúdos direcionados para as diferentes fases do funil (topo, meio e fundo) e, dependendo do material que o lead converteu, saber se ele já conhece sobre o seu produto ou não.

Defina os tipos de iscas que vai utilizar

Você deve definir quais iscas digitais pretende produzir, pois existe uma grande variedade de materiais que podem ser disponibilizados para seu público e, caso você não tenha uma estratégia definida dos tipos que irá produzir, pode acabar se perdendo durante o processo.

No próximo tópico vamos abordar as principais iscas digitais que você pode utilizar e quais suas características.

8 Exemplos de Iscas Digitais para gerar leads

O objetivo da produção de conteúdo e iscas digitais vai além de informar o leitor, ele tem o propósito de criar um relacionamento entre empresa e consumidor e leva o último a criar confiança com a marca e avançar em seu funil de vendas. Os principais materiais que sua empresa pode produzir são:

E-books

A forma mais utilizada para gerar leads com entrega de conteúdo é utilizando os e-books. Esses livros digitais são, muitas vezes, um verdadeiro guia sobre determinado assunto e trazem informações completas e relevantes para os usuários.

Por se tratar de um conteúdo extenso, as pessoas acabam não se opondo a informar seus dados de contato, pois sabem que terão acesso a um conteúdo que, de alguma forma, solucionará alguma dor. Os e-books são ofertas de valor para leads em todos os estágios do funil de vendas, sendo o tema central o principal fator de diferenciação.

Por exemplo, leads em topo de funil ainda não conhecem o seu negócio, portanto utilizar termos como “o que é”, “por que utilizar” e “X dicas sobre” pode atrair mais pessoas que estão aprendendo sobre este assunto. No entanto, leads mais qualificados e que já têm conhecimento sobre o seu nicho podem se interessar mais por “a melhor forma de aplicar o método X” ou “Como utilizar X para atingir mais clientes”.

Definir o tema do seu e-book é muito importante para atingir o público certo, então estude bem as dores da sua persona e se atente aos termos de pesquisa e palavras-chave mais relevantes em cada etapa do funil.

Webinars

Uma tendência que tem ganhado força e aumentado a geração de leads de muitas empresas é a produção de conteúdo em formato de webinar. Eles podem ser exibidos em tempo real em diferentes plataformas, como redes sociais, ou então, plataformas especializadas nesse formato de conteúdo.

Essa estratégia de apresentar um conteúdo rico ao vivo oferece uma experiência que as outras iscas digitais não conseguem: a interação em tempo real com o lead que está participando. Ao responder dúvidas e conversar com o lead durante um momento na apresentação, sua marca consegue criar um vínculo mais próximo com a audiência.

Outro ponto muito importante sobre esse formato de conteúdo, é que em pesquisas recentes, foi constatado que 53% dos profissionais de marketing afirmam que webinars são ações de topo de funil que geram leads de alta qualidade.

Para atrair o público e gerar leads, você pode criar uma landing page e solicitar um cadastro para participar daquele evento ao vivo. Outra estratégia é gravar esse conteúdo e continuar atraindo leads, que podem fazer download do vídeo ou receber um link para o vídeo não listado no Youtube.

Infográficos

Os infográficos são iscas digitais muito utilizadas, pois são diagramados para atrair a atenção do usuário e não demandam muito investimento durante sua criação. Por possuir imagens, textos, CTAs e vários outros elementos que facilitam a compreensão do conteúdo, os infográficos podem chegar a 94% mais visualizações do que textos.

Muitas vezes, essas iscas são desenvolvidas para tratar de assuntos mais técnicos sobre determinado assunto de forma resumida e simplificada, para que o lead tenha mais facilidade em compreender uma informação, por esse motivo, os infográficos são utilizados em estratégias de meio de funil.

Modelos de Planilhas

A criação desses modelos pode ser uma das iscas digitais de maior conversão do seu funil. Isso acontece porque, diferente dos materiais informativos citados até o momento, as planilhas são materiais aplicáveis no dia a dia.

Um usuário está muito mais propenso a compartilhar suas informações pessoais quando encontra um conteúdo que possa ajudar em tarefas diárias, principalmente quando o download desse material pode fazê-lo poupar horas de trabalho, como é o caso dos modelos de planilhas.

Essas iscas estão mais direcionadas para leads em meio e fundo de funil, pois os leads que procuram por esse tipo de solução já estão em fase de colocar seu projeto em prática, ou seja, estão mais próximos de se tornar um cliente.

Cupons de Desconto

Uma das iscas mais eficientes, tanto no digital quanto no físico, é o cupom de desconto. Geralmente, quando um usuário pesquisa por cupons de desconto para uma loja virtual, por exemplo, significa que ele está interessado em utilizá-lo, ou seja, pretende realizar uma compra.

Além de atrair leads em fundo de funil, os cupons também podem ser oferecidos para leads em topo e meio de funil através de e-mails, durante a transmissão ao vivo de um webinar, ou por meio de pop-ups dentro do seu site.

Cursos ou aulas gratuitas

Se você trabalha com infoprodutos ou possui uma grande quantidade de conteúdo em formato de vídeo aula, oferecer parte dessas aulas ou um curso completo de forma gratuita pode ser um grande diferencial para sua empresa e atrair muitos leads qualificados.

Para os infoprodutores, uma sugestão é oferecer a primeira aula ou a aula introdutória do curso como isca digital, para que o lead possa ter uma prévia da qualidade do curso e para instigar a curiosidade.

Caso você não tenha um curso, mas possui muitos materiais sobre o mesmo assunto, pode oferecer um kit e/ou um compilado de todo esse material. Essa técnica funciona para leads de todas as fases do funil, mas principalmente para o topo, que é a fase onde estão aprendendo sobre seu nicho e o seu material é utilizado principalmente para sanar dúvidas.

Teste de ferramentas gratuito

Caso você tenha um software, uma ótima sugestão de isca digital é oferecer um período de teste da plataforma para seus leads de meio e fundo de funil. Esses leads já têm consciência de que possuem um problema ou uma dor para resolver, por isso oferecer um teste da sua solução é a melhor forma de convencê-lo se é realmente aquilo que ele precisa.

Pesquisas e estudos

Com o avanço do uso de tecnologia, muitas empresas conseguem desenvolver pesquisas e publicar seus resultados online. Utilizar as informações coletadas em pesquisas e estudos para criar boletins informativos ou relatórios é uma forma de criar iscas valiosas para meio e fundo de funil.

Como distribuir as iscas digitais?

Depois de produzir e segmentar por estágio do funil, é hora de começar a distribuí-las e começar a gerar tráfego para o seu site. Existem alguns passos para isso, começando por:

Criação de Landing Pages

As páginas de destino são tão importantes quanto as iscas digitais, afinal são elas que apresentam as informações complementares sobre aquele material e o formulário onde o usuário deixará seus dados para virar um lead.

Existem muitos cuidados a serem tomados durante a criação de uma landing page, por isso, o mais recomendado é utilizar os templates disponíveis nas ferramentas de automação de marketing, como a RD Station, por exemplo.

No entanto, fique atento aos principais componentes de uma boa landing page, são eles:

título contendo o nome do material;

chamada principal, que chame a atenção do usuário para a solução dor dele, ou seja, o material oferecido;

descrição do material;

formulário com os campos de geração de leads (nome, e-mail, telefone e outros campos relevantes para sua empresa);

botão de CTA, em destaque, convidando o usuário a converter.

Todos esses elementos devem ser otimizados para atrair a persona e auxiliar a análise dos buscadores, como o Google, por meio de técnicas de SEO.

Atenção aos formulários

A utilização de formulários na sua estratégia de geração de leads é crucial, por isso você deve se atentar aos detalhes. Temos algumas dicas para criar formulários de fácil conversão:

não faça formulários longos: um formulário muito longo pode desmotivar o usuário, principalmente em iscas de topo de funil;

evite distrações e informações desnecessárias para sua empresa: foque em coletar, além dos dados para identificação do lead, apenas informações relevantes para o seu negócio. Informações como idade, identidade de gênero e/ou grupos sociais podem não ser relevantes para sua estratégia no primeiro momento;

fuja de chamadas óbvias: invista em chamadas mais atrativas, que mostrem para aquele usuário que seu material vai solucionar a dor dele e evite frases prontas como “Cadastre-se aqui e baixe seu e-book”.

Faça testes e fique sempre atento aos resultados que cada formulário está trazendo, se alguma informação não for mais relevante, atualize-o para conseguir sempre os melhores resultados e conhecer melhor seu público.

Comece a promover suas iscas digitais

Para realmente gerar tráfego a sua audiência precisa saber sobre os seus materiais. Utilize suas redes sociais para divulgar esses materiais de forma orgânica, além disso, você também pode criar anúncios para promover os materiais e atrair mais leads.

Utilize as redes sociais para atrair seus seguidores para os materiais que você produziu, uma forma eficiente de fazer isso é criar publicações sociais que abordam algumas partes do conteúdo completo.

Aqui na Mestre nós fazemos vários webinars que ficam disponíveis em nosso canal no Youtube. Frequentemente, nós postamos nas nossas redes sociais alguns nuggets desses webinars, que trazem alguns trechos sobre o assunto tratado no material.

Dessa forma, conseguimos gerar conteúdo para nossos seguidores e atraí-los para assistir nosso material completo. Você pode fazer o mesmo com suas iscas digitais, encaminhando seus seguidores para a landing page através do link na bio do Instagram, por exemplo.

Os anúncios também podem ser aproveitados quando for divulgar suas iscas digitais, faça uma segmentação, utilize artigos visuais e técnicas de copywriting para despertar o interesse no usuário.

Como identificar oportunidades de iscas digitais nos materiais que sua empresa já possui?

Se você ainda não trabalha com marketing de conteúdo, pode ser que você fique receoso ao iniciar a estratégia de geração de leads. Mas, calma! A boa notícia é que, muitas vezes, os materiais que você utiliza no dia a dia podem se transformar em iscas digitais e, enquanto essas iscas iniciais são utilizadas, você comece a produzir outras.

Faça uma análise nos materiais que sua empresa possui e procure por:

modelos de planilha que podem ser úteis para sua persona;

slides de palestras ou treinamentos que ajudaram seu time;

um artigo ou estudo realizado que, com um pouco de diagramação, pode virar um e-book;

checklists de uso interno;

materiais antigos que, com uma revisão, podem ser colocados novamente no funil.

Muitas vezes esses materiais são tão comuns no dia a dia da empresa, que não percebemos o potencial de atração de leads. O impasse em utilizar esses conteúdos é que, na maioria das vezes, os gestores não se sentem confortáveis em compartilhar esses materiais e preferem mantê-los em segredo.

Se você possui esse problema, lembre-se que criar autoridade no mundo digital é muito difícil e se sua empresa conta com um material que pode abrir esse espaço, vale a pena apostar nesse conteúdo. Caso seu potencial cliente esteja buscando uma solução como a sua e não encontrá-la no seu site, ela vai procurar em outros e isso pode fazer com que você perca diversas oportunidades.

A produção de iscas digitais para geração de leads é uma estratégia que beneficia todos os modelos de negócio, quando aplicada de maneira assertiva. Para conhecer mais sobre como produzir esses materiais, confira nosso e-book e comece a atrair mais leads para o seu site.

Vendas pela internet com o site Valeon

Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nas lojas passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nas lojas a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para as empresas.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por 80.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por 700.000 pessoas , valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas dois anos.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

AÇÃO DOS TRÊS PODERES NÃO BENEFICIOU O COMBATE À CORRUPÇÃO

 

Retrospectiva

Por
Renan Ramalho – Gazeta do Povo
Brasília

Praça dos Três Poderes em Brasília| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em 2021, não foi só o Supremo Tribunal Federal (STF) que prejudicou o combate à corrupção, anulando condenações e investigações de políticos poderosos. Na esteira de decisões emblemáticas, como a que limpou a ficha de Lula em março, partes importantes do Judiciário, Congresso e Executivo embarcaram numa onda de rever todos os avanços alcançados nos últimos anos contra a impunidade, seja com absolvições, leis que dificultam a apuração de crimes do colarinho branco, freio na Polícia Federal e perseguições aos agentes da Lava Jato.

Na Justiça, o exemplo veio de cima. Logo no início do ano, entre março e abril, a Segunda Turma do STF, e depois o plenário, anularam as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do petrolão e ainda julgaram o ex-juiz Sergio Moro suspeito. O resultado foi a eliminação das principais provas de corrupção e lavagem – nos meses seguintes, outros juízes e procuradores de Brasília trataram de arquivar de vez as ações do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.

Outros dinossauros do poder pegaram carona e também se livraram de processos: o ex-presidente Michel Temer, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-ministro Antonio Palocci foram os exemplos mais notórios.

O Legislativo não deixou por menos: aprovou em outubro uma revisão da Lei de Improbidade Administrativa que, segundo procuradores, vai tornar quase impossível condenar desvio ou mau uso de verbas públicas e atos desonestos na administração. Prazo apertado para a investigação, prescrição acelerada e um rol menor de tipos de ilícitos foram as principais inovações. Antes, em setembro, o Congresso conseguiu outra proeza: afrouxar a Lei da Ficha Limpa, para deixar de tornar inelegíveis políticos que tiveram as contas rejeitadas e punidos “apenas” com multas.

“O ano de 2021, infelizmente, foi um marco de retrocesso no combate à corrupção. Mudanças bruscas na jurisprudência, em especial dos tribunais superiores, abrindo espaço para a alegação de nulidades em diversos processos penais que, até então, seguiam metodologicamente a jurisprudência em vigor. A desidratação ou aparelhamento de órgãos encarregados de prevenir e reprimir a corrupção. A aprovação da reforma da lei de improbidade administrativa (Lei 14.230/21), que representa um grande esvaziamento da efetividade do controle do enriquecimento ilícito e abuso da função pública. Por muito pouco, não se aprova a PEC 5/2021, conhecida como PEC da vingança, a qual colocaria uma pá de cal na independência dos membros do Ministério Público. Enfim, não temos muito a comemorar”, disse o procurador regional da República Ronaldo Queiroz, especialista no tema e ex-integrante do grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR).


O presidente Jair Bolsonaro fez sua parte e sancionou essas mudanças. Mas, além disso, crescem as suspeitas de interferência política na Polícia Federal, para proteção de seus familiares, aliados ou apoiadores. Desde abril, quando assumiu a direção-geral da corporação, Paulo Maiurino já afastou 20 delegados de cargos estratégicos. O presidente é alvo de inquérito no STF sobre o assunto, a partir da acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, escolhido por Bolsonaro para mais dois anos no comando do Ministério Público, não deixou por menos. No início do ano, acabou de vez com o modelo exitoso das forças-tarefa, que se notabilizaram pelos resultados alcançados na Lava Jato. Implantou, no lugar delas, os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos), modelo de equipe distinto, com menos procuradores dedicados integralmente às investigações. No comando do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão de controle interno, procuradores também sofreram punições ou ameaças de demissão em processos disciplinares.

“[O último] 9 de dezembro foi o dia internacional do combate à corrupção. Não há motivo nenhum para comemorar. Esse foi um ano marcado por gigantescos retrocessos, um dos piores períodos que tivemos. O ‘orçamento secreto’ é uma vergonha, que expõe o caráter pútrido do uso do poder. Não tem uma palavra do governo sobre isso, o que tem é algo parecido com aquela frase do [Michel] Temer: ‘tem que manter isso aí’”, disse à Gazeta do Povo Roberto Livianu, procurador e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção.

Na declaração, ele fez referência a outra prática eivada de suspeitas: a liberação pouco transparente de verbas públicas para bases eleitorais dos parlamentares, através das chamadas “emendas de relator” no Orçamento da União – não se sabe exatamente que deputados e senadores conseguem os recursos junto aos ministérios do governo.

Relembre, abaixo, em detalhes, os retrocessos mais relevantes em todos os poderes:

Judiciário

Em 19 de março, o juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, absolveu o ex-presidente Michel Temer e mais cinco pessoas numa ação em que eram acusados de corrupção e lavagem de dinheiro, num esquema para favorecer empresas do setor portuário, inclusive por meio de um decreto presidencial. O “inquérito dos portos” descobriu movimentações de R$ 32,6 milhões e a denúncia foi apresentada em 2018, no final do mandato presidencial de Temer. Em 2019, o caso desceu do STF para a primeira instância.

O juiz decretou absolvição sumária por não encontrar provas do pagamento de propina. “[A denúncia] não indica qual a vantagem recebida pelo agente público nem, tampouco, qual a promessa de vantagem que lhe foi dirigida”, escreveu na sentença. Também se livraram do processo o ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures (MDB-SP), o coronel João Baptista Lima, que era apontado como operador financeiro do ex-presidente, os empresários Antonio Celso Grecco, Carlos Alberto Costa e Ricardo Mesquita.

No dia 5 de maio, o mesmo juiz absolveu Michel Temer e outros políticos do MDB acusados de organização criminosa, caso que ficou conhecido como “quadrilhão do PMDB”. Em 2017, eles foram acusados pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de se unirem para captar propinas de Petrobras, Furnas, Caixa Econômica Federal, Ministério da Integração Nacional, Ministério da Agricultura, Secretaria de Aviação Civil e Câmara dos Deputados.

Mas para Reis Bastos, a denúncia não apontava a existência de “estrutura ordenada estável e atuação coordenada” para o cometimento de crimes. “A denúncia apresentada, em verdade, traduz tentativa de criminalizar a atividade política”, escreveu. Também foram inocentados os ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco e Henrique Alves; os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures; o coronel João Baptista Lima, apontado como operador financeiro de Temer; o advogado José Yunes, amigo do ex-presidente; o doleiro Lúcio Funaro; e Altair Alves Pinto e Sidney Szabo.

No dia 21 de agosto, a juíza Pollyana Kelly Alves, também da 12ª Vara Federal de Brasília, rejeitou a denúncia do MPF contra Lula no caso do sítio de Atibaia, pelo qual já havia sido condenado em 2019, na primeira e na segunda instância. Em março, o STF anulou as condenações por incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, remetendo o caso para Brasília.

A juíza considerou que as provas foram invalidadas pela decisão de abril do ministro Gilmar Mendes que estendeu para o caso do sítio a suspeição de Moro declarada no caso do triplex. Também entendeu que prescreveria o prazo para Lula e outros investigados, como Emílio Odebrecht, serem punidos, já que os eles têm mais de 70 anos – nesses casos, o período cai pela metade.

No dia 21 de setembro, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), de Brasília, por unanimidade, trancou uma ação penal em que o ex-presidente Michel Temer era acusado de corrupção passiva. Trata-se do caso em que seu então assessor Rodrigo Rocha Loures foi flagrado saindo de um restaurante levando uma mala com R$ 500 mil, entregue por um executivo da J&F. Segundo o Ministério Público Federal, era a primeira parcela de uma propina que chegaria a R$ 38 milhões, que seriam pagos em troca de julgamentos favoráveis ao grupo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que julga cobrança de tributos pela Receita. Os magistrados entenderam que não havia elementos para acusar Temer.

No dia 1º de dezembro, o juiz convocado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Jesuíno Rissato anulou a condenação de 2017 na Lava Jato do ex-ministro Antonio Palocci e outros 14 réus envolvidos no recebimento de propina da Odebrecht para contratos na Petrobras. Ele considerou que, como há suspeita de caixa 2, o caso deve recomeçar do zero na Justiça Eleitoral, seguindo entendimento firmado pelo STF em 2019.

No dia 7 de dezembro, a Terceira Turma do TRF1, em Brasília anulou a sentença da 10ª Vara Federal que condenou Eduardo Cunha a 24 anos de prisão por corrupção e lavagem e Henrique Alves a oito anos por lavagem de dinheiro. Eles foram denunciados no âmbito da Operação Sépsis, braço da Lava Jato em Brasília que apurou um esquema de corrupção na Caixa Econômica.

Os desembargadores disseram que a denúncia também os acusou de crime eleitoral, e por isso a ação deverá recomeçar do zero na Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte. A decisão segue entendimento firmado em 2019 pelo STF de que qualquer crime ligado a um delito de campanha deve tramitar na Justiça Eleitoral.

No mesmo 7 de dezembro, Lula obteve mais uma vitória: o Ministério Público Federal reconheceu a prescrição do caso do tríplex. Ele havia sido condenado por corrupção e lavagem em 2017 (na primeira instância, pelo ex- juiz Sergio Moro), em 2018 (na segunda instância, pelo TRF4) e em 2019 (pelo Superior Tribunal de Justiça).

Com base na decisão de março do STF que anulou a condenação, junto com a do tríplex, por incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, a procuradora do caso em Brasília, Marcia Brandão Zollinger, concluiu que não haveria tempo para refazer o processo – a maior parte das provas se perdeu com a decisão do STF, de março, que anulou as investigações autorizadas por Moro.

Um capítulo à parte, que alcança as duas mais altas cortes do país envolve o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente e denunciado no ano passado por suposto desvio de salários de ex-funcionários de seu antigo gabinete de deputado estadual na Assembleia do Rio de Janeiro.

Em fevereiro, a Quinta Turma do STJ anulou provas decorrentes da quebra de sigilo bancário. Em novembro, o mesmo colegiado anulou provas obtidas em buscas e apreensões. No mesmo mês, a Segunda Turma do STF garantiu a ele o foro privilegiado no Tribunal de Justiça do Rio, negando pedido do MP para restaurar a validade das provas colhidas por autorização da primeira instância. No mesmo dia, os ministros anularam relatórios do Coaf que embasaram as investigações. A denúncia foi esvaziada por completo.

Legislativo

Entre o fim de setembro e começo de outubro, o Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram uma proposta com extensas alterações na Lei de Improbidade Administrativa. O objetivo, segundo seus defensores, era impedir punições (que incluem multas e reparações) por decisões equivocadas ou erros de gestão cometidos por prefeitos, governadores, secretários e servidores, por exemplo, sem intenção de lesar os cofres públicos para enriquecimento pessoal. O texto final aprovado, no entanto, foi muito além, na visão dos críticos.

Pela nova norma, só pode ser enquadrado pela lei um político que agiu com dolo. Mas especialistas em combate à corrupção dizem que é muito difícil provar a intenção de um agente público causar danos ao poder público – o que tende a aumentar a impunidade.

Outras mudanças importantes foram: prazos bem menores de prescrição, redução das hipóteses de condenação por atos contrários a princípios como moralidade e impessoalidade, arquivamento do caso se o processo criminal for rejeitado, além da facilitação do nepotismo (só punido se parentes forem contratados com intenção de cometer irregularidades).

A proposta havia sido apresentada originalmente em 2018 pelo deputado federal Roberto de Lucena (Podemos-SP) e permaneceu sem tramitações significativas até o primeiro semestre de 2021, quando, a partir de uma mudança profunda feita pelo relator Carlos Zarattini (PT-SP), passou a ter tratamento prioritário e avançou rapidamente.

Em setembro, o Congresso ainda aprovou, e Bolsonaro sancionou, um projeto que diminuiu a lista de causas de inelegibilidade e que abriu caminho para a candidatura de políticos com contas irregulares – o que pode estimular a má gestão dos recursos públicos.

A nova norma tirou das causas de inelegibilidade a existência de contas irregulares em casos em que não houve prejuízo aos cofres públicos e nos quais o agente público foi punido apenas com multa. Pela legislação anterior, o gestor que fizesse isso ficava inelegível por oito anos.


Executivo

O sinal mais notório de retrocesso no Executivo veio da Polícia Federal, atualmente mais concentrada em apreensões de drogas e armas do que em investigações mais complexas envolvendo casos de corrupção nas esferas mais altas do poder público. Dentro da corporação, agentes e delegados da base suspeitam que trocas implementadas pelo atual diretor-geral Paulo Maiurino têm por objetivo abafar investigações que atinjam a classe política.

Um levantamento recente do Jornal Nacional, por exemplo, mostrou que, desde que ele assumiu o comando, em abril, 20 delegados foram afastados. Houve trocas, por exemplo, de superintendentes em São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Alagoas e Pará. Parte dos novos chefes tem origem no Rio de Janeiro, base política de Jair Bolsonaro e que, desde 2019, já era objeto de sua preocupação – um dos motivos da saída de Sergio Moro do governo foi a insistência do presidente em colocar um delegado de sua confiança à frente da PF no estado.

Em São Paulo, assumiu a chefia Rodrigo Bartolamei – em 2019, ele comandou uma operação sigilosa numa favela do Rio para recuperar o celular perdido do então advogado-geral da União, André Mendonça, novo ministro do STF. Seu pai é um general próximo de Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, onde o delegado também já trabalhou.

No Distrito Federal, assumiu outro delegado do Rio: Victor Cesar Carvalho dos Santos, que, segundo o JN, teria boas relações com advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente e denunciado no ano passado no caso das rachadinhas. Deixou a superintendência o delegado Hugo de Barros Correia, que trabalhou em inquéritos sobre o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e Jair Renan, o filho mais novo de Bolsonaro.

A superintendência de Alagoas é comandada agora pelo delegado Sandro Luiz Valle Pereira, que também atuou no Rio de Janeiro. No Pará, outro policial vindo do Rio, o delegado Fábio Andrade, assumiu a superintendência.

Procuradoria-Geral da República
Além da extinção das forças-tarefa, alguns atos da PGR chamaram a atenção. O mais recente envolve o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em julho, a subprocuradora Lindôra Araújo pediu ao STF o arquivamento de uma investigação sobre um suposto pagamento de propina ao parlamentar nas obras da hidrelétrica de Belo Monte.

Em parecer, apontou falta de indícios e de novas linhas de apuração que poderiam apontar, de fato, se teriam ocorrido repasses ilícitos. Em outubro, no entanto, mudou de ideia: desistiu do arquivamento, alegando ao STF que a manifestação pelo encerramento do caso, por falta de provas, foi encaminhada “por equívoco”.

O novo pedido ocorreu cinco dias após Renan Calheiros, relator da CPI da Covid no Senado, apresentar o relatório pedindo o indiciamento de 80 pessoas – 13 delas com foro privilegiado, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, por má condução no combate à pandemia.

Por sua vez, o chefe de Lindôra, Augusto Aras, reconduzido ao cargo de procurador-geral em agosto, tem sido cobrado por senadores a aprofundar as investigações resultantes da CPI. No final de novembro, em entrevista à GloboNews, disse que encaminharia todo o material ao STF, sem esclarecer se pediria abertura de inquéritos, sua função.

A gestão de Aras no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) transformou-se em fator de alerta dentro do MP. Em outubro, o órgão decidiu demitir o procurador Diogo Castor de Mattos, ex-integrante da Lava Jato do Paraná, porque ele pagou um outdoor em Curitiba de apoio à operação.

No mesmo mês, outras duas decisões causaram apreensão na classe: a abertura de um processo disciplinar que pode demitir 11 procuradores que atuaram na Lava Jato do Rio de Janeiro, por causa da divulgação de uma notícia sobre denúncia apresentada contra os ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão; e a suspensão, por 45 dias, do promotor do Mato Grosso Daniel Balan Zappia, que investigou fazendas da família do ministro do STF Gilmar Mendes.


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CANDIDATOS À TERCEIRA VIA NÃO ENTRAM EM ACORDO

 

Eleições 2022

Por
Isabella Mayer de Moura – Gazeta do Povo

Candidatos que tentam se viabilizar como uma via alternativa às candidaturas de Lula e Bolsonaro: Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Sergio Moro (Podemos), Rodrigo Pacheco (PSD) e João Doria (PSDB)| Foto: Marcos Lopes/ALMT; Divulgação/MDB; Saulo Rolim/Podemos; Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil; Governo do Estado de S. Paulo

A terceira via vai entrar em 2022 “congestionada”. São ao menos sete pré-candidaturas alternativas às do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que, neste momento, são os protagonistas da corrida eleitoral. Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Rodrigo Pacheco (PSD), Simone Tebet (MDB), Alessandro Vieira (Cidadania), Felipe D’Ávila (Novo) e André Janones (Avante) colocaram seus nomes à disposição para disputar a Presidência no ano que vem.

A tendência é que nem todos eles continuem sendo uma opção de voto em 2 de outubro, dia da eleição. Mas, ao menos neste fim de 2021 e começo de 2022, são baixas as chances de que haja uma candidatura única de terceira via para fazer frente à polarização entre Bolsonaro e Lula. Ciro, Doria e Moro, os três principais nomes da chamada terceira via, não parecem estar dispostos a abrir mão de concorrer à Presidência da República.

Porém, especialistas ressalvam que muitos fatores podem mudar o cenário nos próximos dez meses e que, em se tratando de política, nada pode ser descartado. Como disseram Felipe D’Ávila e Alessandro Vieira recentemente: “a maratona está apenas começando”.

Ciro nega desistência 

Ciro Gomes e o presidente do PDT, Carlos Lupi, sustentam que a candidatura do pedetista está de pé, contrariando especulações de que Ciro possa desistir ou até mesmo se unir ao PT na corrida eleitoral.

Essas hipóteses ganharam fôlego depois que Sergio Moro oficializou sua entrada na política e teve resultado melhor do que o cearense, segundo pesquisa eleitoral de dezembro da Genial/Quaest (o ex-juiz apareceu com 10% das intenções de voto e Ciro com 5%).

Por causa da estagnação do pré-candidato do PDT, uma ala do partido acha melhor que Ciro desista, por receio de que o partido fique isolado nas eleições de 2022 e que isso acabe prejudicando candidaturas de parlamentares, especialmente no Nordeste, onde a popularidade de Lula é maior.

À Gazeta do Povo, Lupi negou que a candidatura de Ciro Gomes esteja fragilizada. Quanto às pesquisas eleitorais, disse que “não há com o que se preocupar neste momento” e, em relação aos questionamentos internos sobre a candidatura de Ciro, ele foi taxativo: “Ciro vai resistir. O PDT vai resistir. Para aqueles que pensam diferente, a porta aberta é a serventia da casa. Serve para entrar os convictos e para sair aqueles que não têm as suas convicções entrosadas com a do partido”.

O presidente do PDT disse também que quem tem que se preocupar com a entrada do ex-juiz da Lava Jato na disputa eleitoral é Bolsonaro. “Bolsonaro é a matriz e Moro é a filial, Então quem tem que se preocupar é a matriz. A gente não disputa a mesma parcela do eleitorado”.

Apesar da aparente serenidade em relação à pré-candidatura de Moro, Ciro passou a criticar o ex-ministro de Bolsonaro com mais frequência. “Sergio Moro é um ex-juiz politiqueiro, que botou Lula na cadeia e depois foi ser ministro do outro [Bolsonaro], que se elegeu porque tirou os direitos políticos do outro [Lula]. Virou ministro porque passou a mão, acobertou a ladroeira de Bolsonaro, da família do Bolsonaro, deixou o Coaf ser desmoralizado para proteger Bolsonaro”, afirmou Ciro em entrevista à BandNews no começo de dezembro. Ele também já convidou Moro para o debate. “Eu vou tirar a sua máscara”, disse a Moro durante entrevista ao apresentador da Band TV José Luiz Datena.

Lupi também descarta uma união com o PT, ao menos no primeiro turno. “A etapa do Lula no governo já foi ultrapassada. Nós temos que olhar o futuro do Brasil de uma nova maneira”, disse o presidente do PDT em entrevista recente ao jornalista Luis Nassif, quando perguntado sobre a possibilidade de uma chapa com Lula e Ciro.

Mesmo após ser alvo de uma operação da Polícia Federal em dezembro, em uma investigação que apura um suposto esquema de corrupção envolvendo as reformas da Arena Castelão, em Fortaleza (CE), Ciro reiterou sua disposição em concorrer ao mais alto cargo Executivo do país. Ele se defendeu dizendo que a operação foi abusiva e que o objetivo da operação foi criar danos à sua candidatura presidencial.

A ideia do partido para ampliar as chances de Ciro nas eleições de 2022 é aumentar o diálogo com a sociedade. “Estar cada vez mais na rua, ter interlocução com a sociedade, visitar comunidades carentes, apresentando nosso projeto. Só se encontra caminhos caminhando”, disse Lupi à Gazeta do Povo.


Campanha de Doria acredita em união da terceira via de centro
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), começará o ano eleitoral com poucas intenções de voto, segundo as pesquisas de dezembro da Genial/Quaest e do Datafolha (2% e 4%, respectivamente). Ainda assim, é um candidato que não pode ser subestimado, seja pela capilaridade do PSDB ou da capacidade política para reverter cenários desfavoráveis que ele apresentou em eleições anteriores.

Em 2016, nas eleições para a prefeitura de São Paulo, Doria tinha apenas 5% das intenções de voto dois meses antes das eleições, segundo o Datafolha – naquele ano, o tucano venceu a disputa no primeiro turno. Apesar disso, impulsionar a campanha nacional promete ser mais difícil, pois Doria já é um político bastante conhecido no Brasil e não conta mais com o fator “novidade”.

Para alavancar sua candidatura, economia e vacina serão os temas estratégicos de Doria em 2022. Wilson Pedroso, coordenador da campanha do governador paulista, disse à Gazeta do Povo que, nessas áreas, Doria tem bons resultados nos três anos em que esteve no comando do Palácio Bandeirantes. Ele citou o crescimento do PIB paulista em 2020, apesar da pandemia de Covid-19, e o fato de Doria ter articulado a parceria com o laboratório chinês Sinovac, que possibilitou a fabricação da Coronavac no estado de São Paulo. Doria também já apresentou a equipe econômica que o acompanhará durante a campanha: os economistas Henrique Meirelles, Ana Carla Abrão, Vanessa Rahal Canado e Zeina Latif.

Pedroso também considera que a realização das prévias tucanas, que escolheram Doria o candidato a presidente pelo PSDB, também darão uma vantagem competitiva ao pré-candidato. O processo, segundo ele, deu à campanha a oportunidade de se organizar, conversar com lideranças partidárias e empresariais, e conhecer as necessidades locais. Ele nega que haja uma divisão do partido e diz que mantém contato com o governador gaúcho, Eduardo Leite, que disputou as prévias com Doria.

Enquanto lida com divergências internas e os impactos midiáticos negativos da saída de Geraldo Alckmin, um de seus fundadores, o PSDB busca apoio de outros partidos e não descarta a união de siglas de centro e centro-direita nas eleições presidenciais do ano que vem, com União Brasil, MDB, entre outros. “Este é um momento de diálogo e estamos em contato com todos da terceira via. É possível e é o ideal [que haja apenas uma candidatura da centro-direita em 2022]”, afirmou Pedroso.

Um recente encontro entre Doria e Sergio Moro (Podemos) alimentou especulações sobre uma possível aliança entre os pré-candidatos do Podemos e do PSDB em 2022. O paulista avaliou a reunião como positiva “para construção de uma base de centro-liberal com sentimento de proteção do Brasil e dos brasileiros”. O presidente do PSDB, Bruno Araújo, chegou a declarar que Moro seria um ótimo vice de Doria. Mas o principal empecilho para isso, neste momento, é que a candidatura do ex-juiz mostra mais viabilidade eleitoral do que a do tucano, considerando as duas pesquisas eleitorais citadas anteriormente (Moro tinha 10%, segundo a Genial/Quaest, e 9%, de acordo com o Datafolha).

Ainda é muito cedo para dizer se um dos dois desistirá de concorrer à Presidência para apoiar o outro ainda no primeiro turno. Uma decisão só será tomada no ano que vem, mais perto do prazo limite da Justiça Eleitoral para definição das candidaturas, em agosto.

Podemos aposta que Moro terá voto útil da terceira via
Sergio Moro é a opção de terceira via mais bem posicionada, segundo as pesquisas mais recentes do Datafolha e Genial/Quaest. Por isso, líderes do Podemos estão convictos de que o ex-juiz é o candidato da terceira via com mais chances terá de chegar ao segundo turno.

“Os números das pesquisas são muito bons. Foi um crescimento rápido desde a filiação. E, por incrível que pareça, ainda existe um grau de desconhecimento da candidatura dele. Naturalmente, com o processo da campanha andando e as pessoas sabendo que ele é candidato e entendendo que ele é a única via com possibilidades, a tendência é que ele tenha inclusive o voto útil da terceira via”, disse a presidente do Podemos, Renata Abreu.

A estratégia do partido para que Moro cresça nas pesquisas será mostrar que o ex-juiz representa “muito mais do que o combate à corrupção” e que é uma pessoa com capacidade de trazer estabilidade política e institucional para o Brasil, fugindo de “radicalismos”.

A deputada Renata Abreu também afirmou à Gazeta do Povo que a sigla está conversando com todos os partidos de centro de forma permanente e que os recentes encontros de Moro com outros pré-candidatos, como Doria e Felipe D’Ávila, têm o objetivo de consolidar um pacto de não agressão entre esses pré-candidatos.

“Nós temos uma convergência de que qualquer um desse espectro que entre é melhor para o Brasil, então a nossa ideia é não fazer um trabalho destrutivo”. Sobre a perspectiva de que haja apenas um candidato da terceira via de centro, Renata disse que a “ideia é trabalhar por isso”. “Acho que a população vai cobrar isso dos candidatos.”

Tebet, D’Ávila e Vieira têm alguns meses para mostrar viabilidade
Os demais postulantes da terceira via terão que provar que têm potencial para subir nas pesquisas ao longo do primeiro semestre do ano que vem. Caso contrário, a tendência é que retirem suas pré-candidaturas e apoiem outros nomes.

No caso da senadora Simone Tebet, a cúpula do MDB pretende viabilizar a candidatura dela até março. A seu favor, há o fato de ser a única mulher na disputa, ter baixa rejeição e contar com o suporte de um dos maiores partidos do país. Contudo, até mesmo pelo tamanho da sigla, seu nome não é consenso interno. No Nordeste, por exemplo, lideranças emedebistas são a favor de uma composição com o PT, aproveitando a popularidade de Lula na região.

D’Ávila (Novo) também está disposto a abrir mão da candidatura à Presidência, mas salienta que este é um momento em que os pré-candidatos estão apresentando propostas e que é preciso “dar tempo ao tempo” para que as ideias sejam debatidas. “Por enquanto estamos na fase de apresentar os rostos. Mas, daqui para frente, é preciso cobrar o debate de propostas. É isso que vai fazer com que haja união lá na frente, porque se as propostas forem completamente dissonantes, não haverá união”, afirmou D’Ávila em entrevista recente ao site Poder 360.

“É uma maratona de 41 quilômetros e estamos apenas no quilômetro um. As coisas mudam muito na política. São muito dinâmicas. Tem muito chão até a definição das candidaturas em julho do próximo ano”, continuou. “Não adianta antecipar essa união, porque ela não vai acontecer antes desse período.”

Em outra entrevista, ao jornal mineiro O Tempo, ele disse acreditar que até maio ou junho, a chamada terceira via terá “dois ou três nomes competitivos”. “Evidentemente, ao longo do próximo ano, até maio e junho, a terceira via, que tem muita gente hoje, provavelmente vai ter ou três nomes só, competitivos. Aí que precisa estudar se há a possibilidade de real união, que acho que existe, mas que tem que ser embasada nas propostas, não em torno de pessoas ou partidos”, pondera.

Já a respeito do senador Alessandro Vieira, a informação de bastidor é que ele tende a desistir de sua candidatura presidencial nos próximos meses. Membros do Cidadania inclusive se reuniram com Moro e uma aliança com o Podemos em 2022 já foi cogitada. Apesar disso, o partido sustenta que continua apoiando a pré-candidatura de Vieira.

Pacheco será candidato, garante Kassab

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, reafirmou recentemente que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, será o candidato ao Planalto pelo partido. Segundo Kassab, Pacheco é alguém que representa “a mais importante expressão da renovação na política”.

Sobre os baixos percentuais de intenção de voto em pesquisas eleitorais, Kassab argumenta que a tendência é que esse resultado permaneça até abril ou maio do ano que vem devido ao desconhecimento de seu nome e de sua candidatura, até porque Pacheco nunca foi candidato no plano nacional.

Na avaliação do presidente do PSD, além de Pacheco, são viáveis as candidaturas de Lula, Bolsonaro, Sergio Moro, Ciro Gomes e João Doria. Ele considera ainda ser possível uma união entre Doria e Moro e não descarta a saída de Ciro da corrida eleitoral.

Contudo, uma união do PSD com com o PT é cogitada nos bastidores. O ex-tucano Geraldo Alckmin poderia ingressar no partido para compor a chapa da presidência com Lula.


Veja os resultados de todas as pesquisas eleitorais para Presidência da República divulgadas até o momento
Metodologia das pesquisas citadas na reportagem
A pesquisa Genial/Quest citada na reportagem teve o seguinte resultado: Lula (PT), com 46%; Jair Bolsonaro (PL), 23%; Sergio Moro (Podemos), 10%; Ciro Gomes (PDT), 5%; João Doria (PSDB), 2%; Rodrigo Pacheco (PSD), 1%; Felipe D’Ávila (Novo), 1%. Branco/nulo somaram 7% e indecisos, 4%.

A pesquisa da Genial/Quaest foi realizada entre os dias 2 e 5 de dezembro, com 2.037 pessoas com 16 anos ou mais. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas face-a-face, por meio da aplicação de questionários. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Já o Datafolha entrevistou 3.666 eleitores com 16 anos ou mais, entre 13 e 16 de dezembro, em 191 municípios brasileiros. As entrevistas foram presenciais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/terceira-via-comeca-2022-com-baixa-expectativa-de-uniao-em-torno-de-um-so-nome/
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BRIGA EUA E CHINA POR ROTAS DE SATÉLITES E ESTAÇÃO ESPACIAL

 

Reclamação na ONU
Por
Fábio Galão

Elon Musk fala sobre o projeto Starlink em videoconferência durante evento em Barcelona, em junho deste ano| Foto: EFE/Alejandro García

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, é o pivô do mais recente desentendimento diplomático entre China e Estados Unidos.

Pequim enviou no início de dezembro uma reclamação ao Comitê para Uso Pacífico do Espaço Sideral das Nações Unidas para reclamar que a estação espacial Tiangong, menina dos olhos do programa espacial chinês, teve que realizar “manobras evasivas” para “evitar uma possível colisão” com satélites Starlink lançados pela SpaceX, uma das empresas de Musk.

Segundo informações da Associated Press, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, argumentou esta semana que colisões quase ocorreram em 1º de julho e 21 de outubro, colocando em risco a tripulação de três membros da estação espacial, e exigiu que Washington “tome medidas imediatas para evitar que tais incidentes voltem a acontecer”.

A Starlink é um projeto de Musk para o estabelecimento de uma constelação de satélites, com o objetivo de fornecer internet de alta velocidade a todo o mundo. Mais de 1,9 mil satélites foram lançados pela SpaceX desde o início do projeto, em 2019, e o número deverá chegar a cerca de 42 mil em órbita nos próximos anos.

No contexto da Guerra Fria 2.0, a queixa chinesa não pode ser entendida como apenas uma preocupação com a segurança da sua estação especial – diz respeito também à disputa militar com os Estados Unidos.

“Se os satélites de Musk ocupam grandes porções das órbitas [próximas à Terra e sincronizadas com o sol], haverá poucas oportunidades para outras nações enviarem seus próprios satélites”, afirmou Song Zhongping, ex-instrutor das Forças Armadas chinesas, em entrevista ao South China Morning Post.

“Os satélites Starlink têm potencial para servir às forças dos Estados Unidos durante períodos de guerra, e o poder de ter milhares de olhos no céu nunca pode ser subestimado”, acrescentou.

O projeto de Musk não vem sendo criticado apenas pela China. Recentemente, o diretor-executivo da Agência Espacial Europeia, Josef Aschbacher, acusou o empresário sul-africano naturalizado americano de estar “ditando as regras” para uma nova economia espacial comercial.

Em resposta, Musk alegou ao Financial Times que o espaço é “enorme” e que seus satélites são muito pequenos. “Não é uma situação em que estamos efetivamente bloqueando os outros de alguma forma. Não impedimos ninguém de fazer nada, nem planejamos fazer isso”, argumentou.

Independentemente de disputas comerciais e militares, especialistas cobram uma regulação do lançamento de satélites para evitar que o acúmulo de lixo especial ameace a segurança de telecomunicações e tripulações espaciais.

Em novembro, a Rússia confirmou um teste com míssil antissatélite, que atingiu um aparelho espacial inoperante russo que estava em órbita desde 1982. Em resposta, os Estados Unidos acusaram a Rússia de ter colocado em perigo a tripulação da Estação Espacial Internacional (EEI) e informaram que o teste gerou centenas de milhares de fragmentos orbitais menores, que representarão um risco a operações espaciais durante anos.

“O espaço pode ser grande, mas como os satélites estão em áreas bem específicas, (essas áreas) estão ficando lotadas. Certamente, o recente teste antissatélite russo mostrou como essas regiões podem estar superlotadas”, afirmou Marla Geha, professora de astronomia na Faculdade de Artes e Ciências de Yale, em entrevista ao site da universidade.

“Além da coleta de lixo espacial, acho que o verdadeiro caminho a seguir é a regulamentação. Precisamos fazer alguns pequenos ajustes agora – como colocar um foguete em cada satélite para tirá-lo de órbita de maneira responsável – para que não haja um grande problema em cinco ou dez anos”, complementou.


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