sábado, 1 de maio de 2021

EMPRESAS ESTATAIS SÃO USADAS PELO GOVERNO PARA FAZER POLÍTICA

 

As dificuldades para a existência de empresas de economia mista em nosso País são enormes

Adriano Pires*, O Estado de S.Paulo

No mercado existem, basicamente, três tipos de empresa: as privadas, as estatais e as de capital misto No Brasil com a nossa tradição de grande participação do Estado na economia sempre tivemos empresas de capital misto em importantes setores da economia. As mais conhecidas talvez sejam a Petrobrás e a Eletrobrás. Empresas de economia mista são criadas na tentativa de o Estado participar como acionista em segmentos denominados como estratégicos e ao mesmo tempo garantir na administração da empresa a eficiência do setor privado. Conciliar esses dois quesitos é muito difícil, em particular, em países que, como o Brasil, não resistem à tentação de intervir na economia.

A trajetória das empresas de economia mista não tem sido das melhores no Brasil. Ao longo do tempo se verifica em quase todos os governos, com intensidades diferentes, o uso dessas empresas para as chamadas práticas populistas. Ora para combater a inflação, ora para ajudar os amigos do governo de plantão, políticos e empresários. No final essas empresas, que possuem como sócios toda a sociedade, representada pela União, e são criadas para gerar dividendos que deveriam ser utilizados em benefícios de todos, acabam por atender a objetivos específicos do governo de plantão. A maneira mais usual de intervir nas empresas de economia mista tem sido por meio dos preços.

Eletrobrás
Indicação dos novos presidentes da Petrobrás e da Eletrobrás marcou retrocesso do governo Bolsonaro. Foto: Wilton Júnior/Estadão

o setor de energia, não faltam exemplos. Entre 2011 e 2014, a intervenção do governo Dilma na política de preços da Petrobrás causou um rombo no caixa de algo como US$ 40 bilhões e uma multa de US$ 3 bilhões dada pela Suprema Corte Americana. Mais uma dívida de US$ 100 bilhões e o escândalo do Petrolão.

A Eletrobrás até hoje sofre efeitos da Lei 12.783/2013, oriunda da conhecida MP 579/2012, que causou enormes prejuízos a seus acionistas. Na ocasião, a lei obrigou as empresas de geração e transmissão, em particular a Eletrobrás, a anteciparem a renovação de suas concessões condicionadas à redução de 20% nas tarifas de eletricidade. Também penalizou os consumidores. Ao reduzir as tarifas de forma artificial, deu um sinal econômico de abundância de recursos hídricos e isso levou a baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que não se recuperaram até hoje, o que vem exigindo um despacho de térmicas fora da ordem econômica. Isso quase quebrou a Eletrobrás, causando um rombo de R$ 100 bilhões pagos até hoje pelos consumidores e o tarifaço de 2015.

O temor do mercado é pela volta da velha prática de tratar as empresas de economia mista como se fossem totalmente estatais e as políticas criativas dos preços da energia. Isso pode ser turbinado pela antecipação do calendário eleitoral, com a elegibilidade do ex-presidente Lula. O primeiro sinal da volta das velhas práticas foi o processo de indicação dos novos presidentes da Petrobrás e da Eletrobrás, passando por cima da governança e dos Conselhos de Administração das empresas. No quesito preço dos combustíveis, o presidente da Petrobrás foi demitido porque o presidente Bolsonaro achou inadmissível os aumentos da gasolina, do diesel e do botijão de gás feitos nos primeiros meses de 2021. Parece que o governo não gosta que a Petrobrás dê lucro. Para evitar aumento de dois dígitos nas tarifas, a Aneel já anunciou uma série de medidas para a redução das tarifas que somam R$ 18,8 bilhões, permitindo que os reajustes de 2021 caiam de 18,2% para 8,5%. O gás natural vai ter um aumento dado pela Petrobrás de 39% a partir do início de maio. Vamos aguardar o que será feito de criatividade para evitar novos aumentos do gás natural. O novo presidente da Petrobrás no discurso de posse falou que vai tomar medidas para reduzir a volatilidade dos preços dos combustíveis, dar previsibilidade e conciliar os interesses dos acionistas com o dos consumidores. Será que ele possui o cálice do Santo Graal.

Tudo isso nos leva a dois comentários. O primeiro é que a tentação da intervenção, o pouco apreço ao lucro e a dificuldade de separar os interesses do governo acionista do governo preocupado com a sociedade mostram a impossibilidade da existência de empresas de economia mista no Brasil. O segundo é que entra governo, sai governo e ficamos armando e desarmando bombas-relógio.

*DIRETOR DO CENTRO BRASILEIRO DE INFRAESTRUTURA (CBIE)

CORREIOS ESTÃO NA LISTA DE PRIVATIZAÇÃO

 

Os estudos da primeira fase do processo de privatização dos setor postal brasileiro foram concluídos, mas antes é preciso primeiramente saber o que o Brasil quer dos seus Correios

Celso Ming, O Estado de S.Paulo

Os estudos do BNDES sobre a privatização dos Correios estão adiantados, mas as pendências são tantas que é preciso primeiramente saber o que o Brasil quer agora dos seus Correios, uma empresa estatal hoje à beira do sucateamento. Não bastaria providenciar volumosa injeção de capital. É preciso saber como e em que investir.

Os Correios operam em três áreas. As duas principais são entrega de correspondência, que envolve cartas, boletos, marketing direto, pequenos malotes, etc; e a outra, encomendas e logística. Há ainda um terceiro segmento pouco expressivo na área de serviços financeiros.

O principal problema do setor de correspondência é a brutal concorrência produzida pela revolução tecnológica. Quase ninguém mais escreve cartas, até mesmo os cartões de Natal e os antigamente tão interessantes cartões-postais caíram em desuso. E sabe-se lá há quantos anos ninguém mais recebe telegramas… A maior parte da comunicação entre pessoas e empresas é feita agora pelo WhatsApp, por e-mail e pelas redes sociais.

Os Correios perdem por ano 1 bilhão em volumes de correspondência, como apontam os resultados da Fase 1 dos estudos de desestatização do setor postal, realizados pelo Consórcio Postar, com a coordenação do BNDES e supervisão dos Ministérios da Economia e das Comunicações e dos Correios.

Mas contam com duas qualidades de valor inestimável: exclusividade por lei na entrega de correspondências e grande penetração, que podem garantir escala de produção. Seus serviços de coleta e entrega cobrem 5.500 dos 5.568 municípios do Brasil.

Correios
A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) tem exclusividade por lei na entrega de correspondências. Seus serviços de coleta e entrega cobrem 5.500 dos 5.568 municípios do Brasil. FOTO: André Dusek/Estadão

São cerca de 50 mil carteiros que cuidam da entrega de correspondências na chamada milhagem final. De um lado, esses profissionais podem ser vistos como patrimônio da empresa. Mas a enorme perda de mercado na área de coleta e entrega de correspondências é forte indício tanto de ociosidade crescente nesse serviço como de grande passivo trabalhista. Ou seja, os Correios operam com receitas fortemente declinantes e custos altos demais.

Na área logística, as deficiências são enormes, especialmente na entrega de encomendas e de documentos. É um segmento que os Correios estão perdendo para grandes empresas internacionais como AmazonDHL FedEx. Além disso, o grande salto do comércio eletrônico, de 12% ao ano nos últimos cinco anos no Brasil, levou grandes empresas, comoLojas Americanas (B2W)Magazine LuizaSubmarino e Via (até agora, Via Varejo) a investir em logística e em serviços próprios de entrega rápida e, assim,  garantir mais fatias no mercado potencial. Nessa área, os Correios pararam no tempo.

Os grandes atrasos com que lidam nos seus serviços de Sedex são demonstração de colapso nas áreas de automatização, digitalização e governança, que compromete a capacidade operacional e impede avanços na entrega de encomendas.

Mas a maioria dos problemas que ameaçam os Correios de desmanche não é exclusiva do Brasil. No mundo inteiro, empresas postais enfrentam o mesmo impacto da revolução tecnológica (veja gráfico). Por isso mesmo, grande número de países se viu na necessidade de recriar modelos operacionais, instituir agências regulatórias independentes, reestruturar e injetar grandes volumes de capital para modernizar esses serviços.

Embora todos os países reconheçam suas empresas postais como prestadoras de serviços públicos que asseguram direitos universais (acessíveis a todos, independentemente das distâncias, dificuldade de acesso e eventuais custos extras), nem todos optaram pela privatização de todas as áreas postais, porque contaram com recursos fiscais para a modernização.

Mas essa não parece a solução correta de um país como o Brasil, cujo Tesouro está no bagaço e não tem como bancar essa atualização.

Por isso, a avaliação das experiências com reestruturação do setor postal em outros países pode servir de guia para a modelagem da reinvenção dos Correios por aqui. Mas, atenção, quanto mais tempo durar a remodelação, mais rapidamente os Correios afundarão e mais difícil se tornará a reestruturação, porque a concorrência terá mais tempo para se fortalecer e dominar fatias de mercado.

CELSO MING É COMENTARISTA DE ECONOMIA*

PATO OU ÁGUIA NA VIDA

 

Você decide.

Eu estava no aeroporto quando um taxista se aproximou.

A primeira coisa que notei no  táxi foi uma frase, logo li:

– Pato ou Águia? Você decide.

A segunda coisa que notei foi um táxi limpo e brilhante, o motorista bem vestido, camisa branca e calças bem passadas, com gravata.

O taxista saiu, me abriu a porta e disse:

“Eu sou João, seu chofer. Enquanto guardo sua bagagem, gostaria que o senhor lesse neste cartão qual é a minha missão.

” No cartão estava escrito: Missão de João  – Levar meus clientes a seu destino de forma rápida, segura e econômica, oferecendo um ambiente amigável.

Fiquei impressionado.

O interior do táxi estava igualmente limpo.

João  me perguntou:

“O sr. aceita um café?” Brincando com ele eu disse: “Não, eu prefiro um suco”. Imediatamente ele respondeu:

“sem problema.

Eu tenho uma térmica com suco normal e também diet, bem como água” também me disse:

“Se desejar ler,  tenho o jornal de hoje e também algumas revistas.”

Ao começar a corrida João  me disse:

“Essas são as estações de rádio que tenho e esse é o repertórios que elas tocam.” Como se já não fosse muito, o João ainda me perguntou se a temperatura do ar condicionado estava boa.

Daí me avisou qual era a melhor rota para meu destino e se eu queria conversar com ele ou se preferia que eu não fosse interrompido.

Eu perguntei:

“Você sempre atende seus clientes assim?” “Não”, ele respondeu.

“Não sempre. Somente nos últimos dois anos. Meus primeiros anos como taxista passei a maior parte do tempo me queixando igual aos demais taxistas.

Um dia ouvi um doutor especialista em desenvolvimento pessoal. Ele escreveu um livro chamado Quem você é faz a diferença. Ele dizia: Se você levanta pela manhã esperando ter um péssimo dia, certamente o terá.

Não seja um PATO!

Seja uma ÁGUIA !

Os patos só fazem barulho e se queixam, as águias se elevam acima do grupo. Eu estava todo o tempo fazendo barulho e me queixando.

Então decidi mudar minhas atitudes e ser uma águia. Olhei os outros táxis e motoristas.

Os táxis sujos, os motoristas pouco amigáveis e os clientes insatisfeitos.

Decidi fazer umas mudanças. Como meus clientes responderam bem, fiz mais algumas mudanças.

No meu primeiro ano como águia, dupliquei meu faturamento. Este ano, já quadrupliquei.

O senhor teve sorte de tomar meu táxi hoje. Já não estou mais na parada de táxis. Meus clientes fazem reserva pelo meu celular ou mandam mensagens. Se não posso atender, consigo um amigo taxista “águia” confiável para fazer o serviço.”

João era diferente. Oferecia um serviço de limusine em um táxi normal. João, o taxista, decidiu deixar de fazer ruído e queixar-se como fazem os patos e passou a voar por sobre o grupo, como fazem as águias.

Não importa se você trabalha em um escritório, com manutenção, professor, servidor público, político, executivo, empregado ou profissional liberal ou taxista!

Como você se comporta? Se dedica a fazer barulho e se queixar? Ou está se elevando acima dos demais?

Lembre: A DECISÃO É SUA

Essa chave só abre pelo lado de dentro!

E CADA VEZ VOCÊ TEM MENOS TEMPO PARA MUDAR!

Este ano não terá nada de novo se nós não tivermos atitudes novas!

Que possamos ser melhores pais, melhores maridos melhores esposas, melhores mães, melhores filhos, melhores cristãos!

Que não venhamos a repetir os erros do passado!

Que possamos abraçar mais, elogiar mais, agradecer mais!

Que Jesus possa nos dar a sabedoria necessária, para podermos ser Águias, fazendo grandes vôos e vivermos num mundo melhor e de muita paz!!!!

AUTOR DESCONHECIDO

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CLUBE MILITAR É A FAVOR DE INTERVENÇÃO MILITAR

 

 Marcelo Godoy e Lauriberto Pompeu – Jornal Estadão

Após agenda oficial do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, registrar dois encontros com militares da reserva no Rio, na sexta-feira e no domingo, o presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa, publicou na quinta-feira, 28, uma nota com críticas e ameaças aos Poderes Legislativo e Judiciário, à oposição e à imprensa. Ele diz que o Executivo (Jair Bolsonaro) é o único Poder a cumprir a Constituição e crítica a CPI da Covid, no Senado.

“O Poder Executivo, único dos três poderes que está sendo obrigado a seguir a Constituição a risca, que utilize o Art 142 da Constituição Federal para restabelecer a Lei e a Ordem. Que as algemas voltem a ser utilizadas, mas não nos trabalhadores que querem ganhar o sustento dos seus lares, e sim nos verdadeiros criminosos que estão a serviço do ‘Poder das Trevas’.”

O presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa, uma nota com críticas e ameaças aos Poderes Legislativo e Judiciário © Reprodução O presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa, uma nota com críticas e ameaças aos Poderes Legislativo e Judiciário

Segundo o general as “trevas” são representadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “E como “as trevas” têm poder devastador, no dia 27 de abril de 2021, instalou-se uma CPI no Senado, encabeçada por um senador cuja família foi presa recentemente por acusações de esquema de corrupção no Amazonas.”

O militar diz que já conhece o resultado CPI. “Culpar o Presidente por aquilo que não o deixaram fazer.” Depois comparou os parlamentares com o traficante Fernandinho Beira-Mar e Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. “Temos os ‘Marcolas e Fernandinhos Beira-Mar’ investigando a atuação da polícia”. Sobre os ministros do STF, general afirmou: “Se não conseguem inocentar o bandido de estimação, basta encontrar subterfúgios para anular processos”. Em um tom messiânico, o general afirmou: “Bastou a eleição de um Presidente que acredita em Deus para que todo o inferno se levantasse contra ele”.© Reprodução Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, registrou dois encontros com militares da reserva no Rio

Há 20 dias, o Clube publicou artigo em que chamava de traidor os generais que se opunham a Bolsonaro. O Estadão procurou a Defesa ontem para saber com quem o ministro se encontrou no Rio e o que foi tratado nos encontros, mas não obteve resposta. Nesta quinta-feira, 28, Braga Netto foi ouvido na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. “Não existe politização nas Forças Armadas. Isso é uma ideia equivocada.

Houve uma troca de ministros e, por uma questão funcional, houve troca dos comandantes.” Bolsonaro entrou em atrito com a antiga cúpula militar e demitiu o então ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva. O deputado federal Roberto Peternelli Junior (PSL-SP), que é general da reserva, disse não concordar com os termos da nota do Clube. “O pensamento médios de meus colegas é legalista. O Braga Netto pensa como o Fernando. Isso não muda.”

Leia a íntegra da nota do Clube Militar

Nota do presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa © Reprodução Nota do presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa

BOLSONARO ASSINA SUSPENSÃO DE PAGAMENTO DO PROFUT NA PANDEMIA

 

 Da Redação – Veja

O presidente Jair Bolsonaro promulgou nesta sexta-feira, 30, o artigo da Lei 14.117, aprovada em setembro pelo Senado e em dezembro pela Câmara, que suspende a obrigatoriedade dos clubes do pagamento parcelado de suas dívidas no programa Profut ao longo do estado de calamidade pública, provocado pela pandemia da Covid-19. Em janeiro, Bolsonaro havia vetado a demanda alegando “contrariar o interesse público e não ter constitucionalidade”. A decisão do político acabou derrubada pelo Congresso.Bolsonaro recebe dirigentes no Palácio do Planalto© Marcos Correa – Presidência da República/Reprodução Bolsonaro recebe dirigentes no Palácio do Planalto

“Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu promulgo, nos termos do parágrafo 5 o do art. 66 da Constituição Federal, as seguintes partes vetadas da Lei n o 14.117, de 8 de janeiro de 2021”, registrou em trecho, publicado no Diário Oficial da União.

O Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), lei de responsabilidade fiscal do futebol, foi criado em 4 de agosto 2015 e teve inscrição de 18 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Apenas Palmeiras e Red Bull Brasil não aderiram ao refinanciamento.

As parcelas suspensas serão incorporadas ao saldo devedor dos clubes para pagamento após o fim da pandemia. A projeção inicial era que o valor “economizado” pudesse ser utilizado para pagar salários e garantir empregos de funcionários. Entre os clubes, durante a suspensão do futebol, foi comum a perda de patrocínios e uma série de atrasos de salários que se tornaram públicos.

Em janeiro, também causou polêmica o fato do veto de Bolsonaro revogar o artigo 57 da Lei Pelé, que previa o repasse de receitas as duas maiores entidades sindicais de atletas do país: a Federação das Associações de Atletas Profissionais (Faap) e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf).

A Faap tinha direito a 0,5% dos salários dos atletas e 0,8% do valor correspondente às transferências, tanto nacionais como internacionais. A Fenapaf tinha direito a 0,2%, correspondente a transferências. O prejuízo, segundo a Faap, poderia ultrapassar 10 milhões de reais anuais e até mesmo o desaparecimento da entidade.

EX-GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO SOFRE IMPEACHMENT

 

 Cássio Bruno – VEJA

O Tribunal Especial Misto (TEM) decidiu nesta sexta-feira, 30, pelo impeachment do governador afastado do Rio de JaneiroWilson Witzel (PSC), por corrupção. O placar foi de 10 a 0. Os cinco desembargadores e cinco deputados estaduais, que compõem o órgão, votaram a favor do afastamento definitivo. Agora, o governador em exercício Cláudio Castro (PSC) assume o comando do Palácio Guanabara oficialmente. Castro deverá ser empossado neste sábado, 1º. A acusação afirmou, entre outras coisas, que havia uma caixinha da propina paga por Organizações Sociais (OSs), na área da Saúde, que tinha o ex-juiz federal como um dos principais beneficiários. Segundo as investigações, o valor total arrecadado de forma irregular pelo grupo teria sido de R$ 55 milhões. Witzel sempre negou o caso.

EGB_5631t© Egberto Nogueira/Ímãfotogaleria/VEJA EGB_5631t

Votaram a favor do impeachment os desembargadores Teresa Castro Neves, Maria da Glória Bandeira de Mello, Inês da Trindade, José Carlos Maldonado e Fernando Foch e os deputados estaduais Waldeck Carneiro (PT), relator do processo, Alexandre Freitas (Novo), Chico Machado (PSD), Dani Monteiro (PSOL) e Carlos Macedo (Republicanos). O grupo também decidiu que Witzel ficará inelegível por cinco anos. Dos julgadores, apenas Freitas votou pelo afastamento de quatro anos.

A votação foi o último capítulo do processo de impeachment, iniciado há um ano. Durante esse tempo, houve vários recursos de Witzel tentando a suspensão no Supremo Tribunal Federal (STF). No início do rito, o TEM negou, por unanimidade, pedido da defesa do governador afastado para anular o processo.  A denúncia dos deputados Luiz Paulo Corrêa da Rocha (Cidadania) e Lucinha (PSDB), que abriu o processo de impeachment, foi baseada na Operação Placebo, do Ministério Público Federal (MPF). Nela, Witzel e a primeira-dama Helena foram alvos de busca e apreensão. A Operação Placebo, então, desencadeou a Operação Tris in Idem, que determinou o afastamento de Witzel, baseada na delação premiada do ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos.

Witzel foi denunciado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que aceitou a denúncia. O processo criminal que corre na Corte pode o levar à prisão. Witzel é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou Witzel como o “líder da organização criminosa” porque ele teria estabelecido um esquema de propina na contratação de hospitais de campanha, respiradores e medicamentos destinados ao combate à pandemia do novo coronavírus.

Em entrevista exclusiva a VEJA, Witzel acusou o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), como o real “chefe da quadrilha”. Witzel apontou Ceciliano como o novo capo – o chefão das máfias italianas – do Rio. “Ele precisa ser investigado”, disparou. Em nota, por sua vez, o petista disse que Witzel “tem o direito de espernear”. “Entendo a mágoa que ele nutre contra mim, o que explica essas acusações sem provas”, escreveu Ceciliano.

Os autores do processo de impeachment relataram os seguintes crimes de responsabilidade de Witzel: desvios de até 7% dos contratos das OSs; contratação do Iabas para construir e administrar sete hospitais de campanha por R$ 835 milhões, sem licitação, sob suspeita de irregularidades, que não foram entregues à população; permitir a OS Unir voltar a ter contratos com governo, após ter sido desqualificada; e desorganização no combate à pandemia; entre outros.

CRIANÇAS BRASILEIRAS SABEM MAIS DE SEXO QUE DA ESCOLA

 

 Marco Antônio Carvalho – Jornal Estadão

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que as crianças brasileiras não sabem ler apropriadamente, mas sabem até colocar uma camisinha. A fala ocorreu durante aula magna proferida na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) na segunda-feira, 26. Ribeiro disse que “estava na hora de dar um basta nisso” e citou uma disputa, que foi levada ao Tribunal de Contas da União (TCU), envolvendo o tema em livros didáticos.

Sobre o tema, Ribeiro disse que é “bem radical” © GABRIELA BILO/ ESTADAO Sobre o tema, Ribeiro disse que é “bem radical”

“O presidente da República pediu para mim: ‘Milton, cuide das crianças’. Professora Ludmila, crianças com nove anos, dez anos, não sabe ler (sic). Sabe tudo, com respeito a todas as senhoras aqui presente, sabe até colocar uma camisinha, mas não sabe que ‘b’ mais ‘a’ é ‘ba’”, disse, se dirigindo a uma plateia que acompanhava presencialmente o evento.

Na sequência, disse que precisava “dar um basta nisso”. “É por isso que esse pessoal do contra me levou agora para o Tribunal de Contas da União porque eu retirei do edital do livro didático questões de gênero para crianças de 6 a 10 anos”, contou o ministro. A questão no TCU, segundo Ribeiro, foi decidida a seu favor.

“Onde já se viu, começar a discutir esses assuntos… Não que eu sou contra as discussões desses assuntos, respeito a orientação de todos, mas acho que a gente não tem o direito de violar a inocência de uma criança nessa idade de 6 a 10 anos trazendo questões…Se você quer ser homem, é homem, se quer ser mulher, é mulher. A biologia, a natureza diz que ele é homem, é xy, mas eles querem dizer que a pessoa pode escolher o que quer”, continuou o ministro em sua fala na UFPB.

Sobre o tema, Ribeiro disse que é “bem radical”. “Se querem me chamar de radical, eu sou. Acho que existe idade para tudo, e eu não permiti e o melhor o TCU por unanimidade me apoiou e disse que não era a hora de discutir esse assunto com crianças de 6 anos a 10 anos, era um tema que não poderia estar no edital que lancei para os livros didáticos.”

Em fevereiro, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) questionou mudanças no edital do Programa Nacional do Livro Didático. Ela apontou que o edital havia retirado dos critérios para a escolha das obras temas como violência contra a mulher, racismo e preconceito regional. “Pluralismo de ideias e respeito à diversidade são base da educação!”, disse a parlamentar na oportunidade.

Essa não é a primeira fala do ministro sobre o tema de gênero e diversidade. Em depoimento à Polícia Federal em março, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu desculpas sobre as declarações feitas em entrevista ao Estadão, em que afirmou que o “homossexualismo (sic)” é “fruto de famílias desajustadas”. Aos investigadores, Ribeiro disse que não quis “desrespeitar ninguém” com a fala e afirmou que, na sua visão, “a família dos gays são famílias como a sua”.

AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA POR VIDEOCONFERÊNCIAS FICAM PROIBIDAS

 

 Da Redação – VEJA

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luiz Fux, criticou nesta sexta-feira, 30, a decisão do Congresso Nacional que derrubou a efetivação das audiências de custódia por videoconferência. A crítica do ministro foi feita durante evento do conselho para aprimoramento das audiências.

STF-LUIZ-FUX-2020-72-(3).jpg© Nelson Jr./SCO/STF STF-LUIZ-FUX-2020-72-(3).jpg

Na semana passada, o Congresso derrubou vetos do presidente Jair Bolsonaro a dispositivos do Pacote Anti Crime. Com a decisão dos parlamentares, a formalização legal das audiências de custódia virtuais não foi aprovada.

Para Fux, as audiências são uma garantia fundamental do preso, no entanto, diante da pandemia de covid-19, o CNJ estabeleceu regras para as audiências por videoconferência durante o período.

Segundo o presidente, a derrubada do veto foi ocasionada por um movimento de advogados criminais.

“O Congresso Nacional entendeu de derrubar a audiência de custódia, e o que é mais lamentável é que a derrubada da audiência de custódia por videoconferência vai impedir que essa audiência se realize. Com isso, o que está por detrás é a bastardia da ideia originária, que é não deixar realizar a audiência de custódia para mais tarde afirmar que a audiência de custódia por videoconferência não foi realizada e solicitar-se habeas corpus, obtendo liberdade para criminosos perigosíssimos, líderes de organizações criminosas, e essa nossa causa de profunda indignação”, afirmou Fux.

Desde 2015, a realização da audiência de custódia presencial é obrigatória. Dessa forma, o preso deve ser levado ao juiz responsável pelas audiências no prazo de 24 horas após a prisão pela polícia. O magistrado avalia a necessidade da manutenção da prisão e poderá determinar que o preso seja solto e cumpra uma medida cautelar, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Com Agência Brasil

DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA É DE US$ 355,733 BILHÕES DE DÓLARES

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