quarta-feira, 28 de outubro de 2020

MIGRAÇÃO DE PESSOAS NO MUNDO DEVIDO À FOME DESTACA A ONU

 

No Dia Mundial da Alimentação, FAO destaca futuro da migração

Agência Brasil

 

 

Todos os anos, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, FAO, celebra o Dia Mundial da Alimentação em 16 de outubro.

Neste dia são organizados eventos em mais de 150 países. O objetivo é promover uma ação global em prol daqueles que sofrem com a fome e apelar à garantia da segurança alimentar e uma dieta nutritiva para todos.

Migração

Este ano, o dia é dedicado à relação entre migração, segurança alimentar e agricultura. Com o tema: “Mude o futuro da migração, invista em segurança alimentar e desenvolvimento rural”.

Em sua mensagem sobre o dia, o diretor-geral da agência, José Graziano da Silva, afirmou que existe um número crescente de pessoas forçadas e migrar. Isto deve-se principalmente a conflitos, fome, pobreza, falta de acesso a recursos e ao impacto da mudança climática.

Comunidades

Em inglês, José Graziano da Silva disse que a FAO procura apoiar os países a investirem em meios de subsistência e em comunidades rurais mais resilientes. Desta forma, as populações rurais podem ter a opção de ficarem na sua terra ou abandoná-la, se assim o quiserem.

Para a FAO, o objetivo mundial de alcançar a Fome Zero até 2030 não pode ser atingido sem abordar as conexões entre a segurança alimentar, o desenvolvimento rural e a migração.

Zonas Rurais

O investimento em desenvolvimento rural sustentável, adaptação à mudança climática e meios de subsistência resilientes nas zonas rurais é uma parte importante da resposta mundial ao atual desafio da migração.

Segundo a agência da ONU, um grande número de migrantes vem de áreas rurais, onde mais de 75% dos pobres e pessoas com insegurança alimentar dependem da agricultura de subsistência baseada em recursos naturais.

Em 2015, havia 244 milhões de migrantes, um aumento de 40% em relação ao ano de 2000. A maioria dos refugiados provém do Médio Oriente e Norte da África, Ásia Central, América Latina e Europa Oriental.

Roma

A FAO, junto com os seus parceiros, pretende ampliar o seu trabalho para fortalecer a contribuição positiva dos migrantes, refugiados e deslocados internos para a redução da pobreza, segurança alimentar e nutrição.

Nesta segunda-feira, as celebrações do Dia Mundial da Alimentação decorrem na sede da FAO, em Roma, contando com a participação do papa Francisco e Ministros da Agricultura do grupo das sete economias mais industrializadas do mundo, G-7.

Acesso a alimentos é gravemente desigual em todo o mundo, diz ONU

Uma refeição básica está muito além do alcance de milhões de pessoas em 2020, de acordo com um novo estudo divulgado pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA. da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo a pesquisa, a pandemia de covid-19 agrava a situação causada por conflitos, mudanças climáticas e problemas econômicos.

Refeição

O relatório Custos de um Prato de Alimentos 2020 destaca os países onde uma refeição simples, como arroz com feijão, custa mais, quando comparada com o rendimento das pessoas.

O Sudão do Sul está mais uma vez no topo da lista, com ingredientes básicos custando 186% da renda diária de uma pessoa. Dezessete dos 20 principais países nessa situação estão na África Subsaariana.

Em comunicado, o diretor executivo do PMA, David Beasley, disse que “são as pessoas mais vulneráveis ​​que sentem os piores efeitos.”

Segundo ele, as vidas “dessas pessoas já estavam no limite antes da pandemia de coronavírus, e agora sua situação é muito pior, com a pandemia ameaçando uma catástrofe humanitária.”

Moçambique

Dentre os 36 países analisados, está Moçambique, onde uma refeição custa cerca de 21.89% da renda diária.

A pesquisa afirma que “após duas décadas de paz e estabilidade, a insegurança na província de Cabo Delgado ameaça o progresso socioeconômico.” Além disso, Moçambique continua a ser um dos países mais propensos a desastres do mundo, com secas e pragas afetando as culturas básicas em grande parte do país.

Os moçambicanos ainda não conseguem pagar o custo de uma dieta nutritiva e a desnutrição crónica afeta quase metade das crianças com menos de cinco anos. A pesquisa afirma que “a Covid-19 vem agravando o frágil contexto humanitário, com quase 4 milhões de pessoas necessitando de assistência.”

Nesse momento, o apoio do PMA inclui transferências de dinheiro e rações para levar para casa para crianças afetadas pelo fechamento de escolas.

Causas

O relatório destaca o conflito como um fator central para a fome em muitos países, pois obrigou as pessoas a fugir de suas casas, terras e empregos. A situação baixou drasticamente o rendimento e a disponibilidade de alimentos a preços acessíveis.

A ligação entre segurança alimentar e paz foi destacada na semana passada, quando o PMA recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho no combate à fome.

No país com o prato de comida mais caro, o Sudão do Sul, a violência já deslocou mais de 60 mil pessoas e está prejudicando colheitas e meios de subsistência.

Com o início da pandemia, a renda diária gasta com comida na mais nova nação do mundo aumentou 27%, para 186%. Se um morador de Nova Iorque tivesse que pagar a mesma proporção de seu salário por uma refeição, gastaria US$ 393.

Burkina Fasso faz parte desta lista de países pela primeira vez, com o número de pessoas que enfrentam níveis de crise de fome triplicando para 3,4 milhões de pessoas. No Burundi, a instabilidade política, o declínio nas remessas e as interrupções no comércio e no emprego deixaram as pessoas do país expostas à insegurança alimentar.

O Haiti também figura entre os 20 primeiros, com consumidores gastando mais de um terço de sua renda diária em um prato de comida, o equivalente a US$ 74 para alguém no estado de Nova Iorque. As importações representam mais da metade dos alimentos e 83% do arroz consumido no Haiti, tornando o país vulnerável à inflação e à volatilidade dos preços nos mercados internacionais.

Crise

O PMA estima que as vidas e meios de subsistência de até 270 milhões de pessoas estarão sob grave ameaça em 2020, a menos que medidas imediatas sejam tomadas para combater a pandemia.

David Beasley também destacou a situação de pessoas que vivem em áreas urbanas. A covid-19 levou a enormes aumentos no desemprego. Para milhões de pessoas, perder um dia de trabalho significa perder um dia de comida, para elas e seus filhos.

O chefe do PMA avisa que a situação “pode causar crescentes tensões sociais e instabilidade.”

 

COLUNA ESPLANADA DO DIA 28/10/2020

 

Garantias

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini

 


O presidente Jair Bolsonaro fez há dias o terceiro telefonema, em dois meses, para o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman Al Saud. O chanceler Ernesto Araújo é presença certa nessas ligações – em especial para a tradução no inglês, a língua da reunião. O que se diz no Palácio, entre gabinetes, é que o xeique quer garantias para que invista pesado nos leilões de extração de petróleo. Como notório, já revelado pela Coluna em 2014 – e recentemente lembrado – o amigo de Al Saud, o herdeiro dos Emirados Árabes, perdeu quase US$ 1 bilhão em ações compradas da Petrobras na Bolsa de NY, com a derrocada das mesmas na Lava Jato.

Desce a cortina
Com a desculpa de levar assuntos de Minas Gerais ao Palácio, o governador Romeu Zema esteve com Bolsonaro, a convite. O presidente está de olho no comando do Novo, e quer atrair o partido para a base do Governo. Zema tem influência na legenda.

Cá e lá 
Um senador italiano conservador, Matteo Salvini, apareceu na TV no domingo defendendo a cloroquina contra a Covid-19, e disse torcer por Donald Trump nos EUA.

É contigo, MP
Continua o mistério no Governo do Maranhão, que não quis responder demanda da Coluna sobre comunicação nem pela Lei de Acesso à Informação. O MP foi acionado.

Saldo no azul
Os líderes nas pesquisas, Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição a prefeito por São Paulo; Bruno Reis, candidato em Salvador (DEM); e João Campos (PSB) candidato a prefeito do Recife são os campeões de recebimento do Fundo Eleitoral. Embolsaram : R$ 7,8 milhões, R$ 7,7 milhões e R$ 7,5 milhões, respectivamente, para gastarem nas suas campanhas, segundo dados do TSE.

E no vermelho
Enquanto isso as escolas estão fechando, os hospitais ficam sem remédios, o lixo acumula nas ruas das cidades e a segurança é fraca nessas capitais.[/TXT_CE] 

Transitando
Em passagem relâmpago pelas cidades de Olinda e Recife no domingo, o senador Fernando Bezerra (MDB) acendeu uma vela a Deus e outra ao Diabo. No primeiro município, defendeu o candidato do MDB, Celso Muniz. Já na capital de Pernambuco, disse que Mendonça Filho do DEM, é o melhor e mais preparado candidato.

Foto e voto
A decisão é do STF: No dia da eleição, você pode levar apenas documento com foto para votar. Não precisa do título de eleitor – em caso de não o encontrar ou não tê-lo.

Vai parar
Empresários de pequenas empresas de transporte de passageiros, que operam viagens fretadas por aplicativos, fazem hoje manifestação pelas ruas de São Paulo contra as recentes medidas anunciadas pela Agência de Transportes do Estado (Artesp).

Parou
A principal queixa dos manifestantes é pela tentativa da agência em obrigar o “circuito fechado”, ou seja, a compra de ida e volta aos passageiros e a tentativa de “clandestinizar” a plataforma Buser, conhecida como “Uber do Ônibus”.

Na Justiça
A Buser anunciou sexta-feira que irá cobrar judicialmente do fiscal da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Reginaldo Moreno Romero, os prejuízos causados à empresa pela apreensão que considera irregular ocorrida no dia 18 de outubro, em Uberaba (MG). Conforme a empresa, Romero interrompeu a viagem, apreendendo o veículo da empresa JK Turismo, que levava 22 passageiros para Goiânia/GO. 

Malhete na pista
]Para a startup, o ato foi ilegal e abusivo, contra a ordem judicial do TRF (Processo nº 1027611-88.2020.4.01.3800), que determinou que a ANTT se abstenha “de criar qualquer óbice, impedir ou interromper viagens intermediadas” pela Buser.

 

GOVERNOS BLOQUEIAM JORNALISTAS NAS REDES SOCIAIS

 

Pelo menos 40 jornalistas foram bloqueados por autoridades nas redes sociais

 

Poder360

 


© Kon Karampelas/Unsplash No levantamento, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) considerou as autoridades públicas que usam suas contas pessoais para divulgar atos oficiais

Levantamento feito pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) mostra que 40 jornalistas foram bloqueados em redes sociais por autoridades públicas em 2020. O número de bloqueios chega a 81, uma vez que 1 mesmo profissional pode ser impedido de acompanhar mais de uma pessoa em cargo público.

A associação considerou no levantamento as autoridades públicas que usam suas contas pessoais para divulgar atos oficiais.

Segundo a Abraji, entre os bloqueados há mais homens (28) e jornalistas da região Sudeste (31). Os profissionais atuam em veículos de imprensa de São Paulo (20), Rio de Janeiro (10) e Minas Gerais (1). Na sequência, vêm os que trabalham no Distrito Federal (6).

Para coletar os casos, a Abraji divulgou 1 formulário, mas também recebeu relatos por outros meios.

Entre as 12 mulheres bloqueadas está Cecília Olliveira, jornalista do Intercept Brasil. De acordo com a Abraji, ela acumula 6 bloqueios no Twitter: do presidente Jair Bolsonaro, do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Marco Feliciano (Republicanos-SP), do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) e do secretário especial da Cultura, Mário Frias.

A Associação lembra que está em análise no Congresso o projeto de lei 2630/2020, conhecido como “PL das fake news”. O texto proíbe o bloqueio por parte de integrantes dos governos federal, estadual e municipal.

O artigo 18 do texto considera de interesse público as “contas de redes sociais utilizadas por entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, e dos agentes políticos cuja competência advém da própria Constituição, especialmente detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. Também se inclui na lista as contas de ocupantes, no Poder Executivo, de cargos como ministros e secretários de Estado.

 

GOVERNO CONTA COM O APOIO DO STF PARA EMPAREDAR O CONGRESSO

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