quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

FUGA ESPETACULAR DE EMPRESÁRIO BRASILEIRO DO JAPÃO PARA O LÍBANO


A surpreendente fuga do empresário brasileiro Carlos Ghosn de prisão domiciliar no Japão para o Líbano

 
 
© Reuters Ainda não está claro como Carlos Ghosn conseguiu deixar o Japão
O ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, viajou ao Líbano após fugir do Japão, onde é acusado de crimes financeiros.

Num comunicado, Ghosn disse que não fugiu da Justiça, mas sim "da injustiça e da perseguição política". O advogado Junichiro Hironaka, que representa o brasileiro, afirmou que está "estupefato" com a notícia e que não falou recentemente com seu cliente.
Não está claro como Ghosn conseguiu deixar o país, já que ele estava impedido de viajar para o exterior e sob supervisão da Justiça.
O brasileiro, que tem um patrimônio estimado em US$ 120 milhões, era uma das figuras mais poderosas da indústria automotiva até ser preso em novembro de 2018. Ele nega ter cometido qualquer irregularidade.
O caso dele atraiu atenção internacional e os vários meses em que ficou na prisão levou a um questionamento sobre o sistema judicial japonês. O executivo de 65 anos nasceu no Brasil, é descendente de libaneses e passou parte da infância e juventude em Beirute, capital do Líbano, antes de completar os estudos em Paris.


© AFP Esta casa em Beirute pertence a Ghosn. A esposa dele, Carole, nasceu na capital libanesa

Ele possui passaportes francês, brasileiro e libanês. Mas seu advogado disse a repórteres em Tóquio, nesta terça (31), que a equipe de defesa de Ghosn ainda está com os documentos dele.
"Eu nem sei se conseguiremos contato com ele. Não sei como vamos prosseguir a partir de agora", disse Hironaka.
O Líbano não tem acordo de extradição com o Japão. Ghosn foi liberado da prisão em abril após pagar US$ 9 milhões em fiança e sob várias restrições que tinham como objetivo impedir que ele saísse do país.
O que diz o comunicado de Carlos Ghosn
O executivo brasileiro divulgou um breve comunicado depois que várias agências de notícias publicaram a informação de que ele teria viajado ao Líbano.
Ele confirmou que embarcou para o país do Oriente Médio e disse que "não vai mais ser mantido refém pelo viciado sistema de justiça japonês, em que a culpa é presumida, a discriminação é desenfreada e direitos humanos básicos são negados".
"Agora eu posso finalmente me comunicar livremente com a imprensa e espero começar a fazer isso na próxima semana."
Ghosn tem repetidamente negado qualquer irregularidade desde que foi preso pela primeira vez. Os advogados dele acusaram o governo japonês de conspirar contra seu cliente, dizendo que o processo teve "motivações políticas".
A esposa de Ghosn, Carole Ghosn, disse à BBC News em junho que autoridades tentaram "intimidar e humilhar" o casal.



© Getty Images Carole Ghosn (à direita, ao lado de Carlos Ghosn) chegou a dizer que pediria ajuda aos presidentes dos EUA e do Brasil e acusou o sistema judicial japonês de não respeitar os direitos do marido

Como o executivo conseguiu fugir do Japão é uma incógnita. Ghosn tinha que observar diversas restrições por determinação da Justiça desde que foi solto sob fiança.
Ele era monitorado por um sistema de vídeo em sua casa e tinha limitações para uso de celular e computador. Teve também que entregar os passaportes a seu advogado e necessitava pedir permissão a um juiz para passar mais de duas noites fora de casa.
De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo News, os termos da fiança não haviam sido modificados.
Vergonha e questionamentos no Japão
O correspondente da BBC News em Tóquio, Rupert Wingfield, diz que a fuga de Ghosn deixou na capital japonesa um sentimento de embaraço e muitas perguntas sem resposta.



© STEPHANE DE SAKUTIN/AFP/GETTY IMAGES As condições da soltura de Ghosn sob fiança incluíam monitoramento de sua casa com câmeras de segurança e a entrega dos do executivo passaportes aos advogados de defesa

Como uma figura tão conhecida, que teve de entregar seus passaportes, conseguiu deixar um país que não tem fronteira terrestre com nenhum outro?
A imprensa japonesa especula que Ghosn pode ter usado um outro passaporte, com nome diferente.
Promotores haviam alertado que, se o executivo fosse solto, havia um risco de fuga, devido ao seu amplo patrimônio e múltiplas cidadanias.
Que acusações Ghosn enfrenta?
Ghosn já foi considerado o "herói" do sucesso da Nissan e se tornou até personagem de revista em quadrinhos no Japão. Mas sua queda foi tão notável quanto sua ascensão.
Ele passou 108 dias sob custódia, após ser preso em Tóquio em novembro de 2018. A Nissan demitiu Ghosn três dias depois disso.
Promotores alegam que o executivo fez um pagamento multimilionário a um distribuidor da Nissan em Omã. A empresa japonesa, por sua vez, acusa Ghosn de desviar dinheiro da companhia para enriquecimento próprio.
Ele também é acusado pelos investigadores de ter reportado ao fisco remuneração menor do que a que recebia. Ghosn nega todas as acusações.

NOTÍCIAS DO DIA 02/01/2020


Agenda do dia: veja o que você precisa saber hoje
 

MUNDO 









- Secretário-geral da ONU manifesta preocupação com nova ameaça nuclear
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar “profundamente preocupado” com o anúncio do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, sobre uma possível retomada de testes nucleares e balísticos. Na terça-feira, Kim Jong-un disse que “não há mais base para manter unilateralmente” o acordo de cessar os testes nucleares na Coreia do Norte. (Via Poder360)

- Manifestantes deixam embaixada dos EUA no Iraque
Manifestantes pró-Irã deixaram o complexo da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, um dia após a invasão que forçou Washington a enviar tropas extras ao local e ameaçar retaliar o Irã. A invasão ocorreu depois de ataques aéreos realizados pelos EUA no Iraque e na Síria e que mataram 25 pessoas. (Via Poder360)

Inundações na Indonésia deixam 23 mortos

POLÍTICA
- Bolsonaro diz que quer 'começar bem o ano', sem falar com a imprensa
O presidente Jair Bolsonaro declarou na manhã do primeiro dia do ano que deseja "começar bem" 2020, sem falar com a imprensa. O chefe do Executivo saiu do Palácio da Alvorada para cumprimentar o público, e quando foi chamado pela imprensa respondeu: "Eu quero começar bem o ano". Não há previsão de agenda oficial de Bolsonaro para os próximos dias. (Via Correio Braziliense)

- Temer: ‘O governo vai bem porque dá sequência ao que eu fiz’
Em entrevista ao Estado, o emedebista diz que o governo Jair Bolsonaro “vai indo bem” porque dá sequência ao que ele fez, mas afirma ser contrário a bandeiras de seu sucessor, como o excludente de ilicitude. Ao falar sobre política, Temer descarta a “rotulação” dos políticos entre direita, esquerda e centro. (Via Estadão)

- Moro elogia investimentos do governo Bolsonaro em segurança
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi ao Twitter no primeiro dia do ano para elogiar investimentos do governo Jair Bolsonaro na sua área. O ex-juiz aproveitou ainda para agradecer o ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo “apoio” nos gastos. (Via Veja)


BRASIL
- 'Porta': foragido publica vídeo; polícia oferece recompensa

- Três pessoas morrem em cachoeira no sul de Minas
Três pessoas morreram atingidas por tromba d'água em cachoeira no município de Guapé, na região sul de Minas Gerais. O fenômeno, também conhecido como cabeça d'água, ocorre quando chove forte na parte superior do curso d'água em que se encontra a cachoeira. O volume do rio ou córrego sobe, na maioria das vezes, abruptamente, e atinge banhistas, que, geralmente, são pegos de surpresa. (Via Estadão)

ECONOMIA
- Multa de 10% na demissão sem justa causa é extinta
Começou a valer o fim da multa adicional de 10% do FGTS em demissões sem justa causa paga pelos empregadores. A taxa foi extinta no último dia 12 pelo presidente Jair Bolsonaro. Segue valendo o pagamento da multa de 40% para os trabalhadores. (Via Veja)

- OAB pede cancelamento de cobrança de tarifa no cheque especial
A Ordem dos Advogados do Brasil divulgou um ofício que pede ao Banco Central a revogação da cobrança de tarifa no cheque especial. O BC definiu que as instituições financeiras poderão cobrar tarifas para limites de crédito que ultrapassar R$ 500. (Via Poder360)

ESPORTE
- Jornais destacam possível volta de Neymar ao Barça
O atacante do Paris Saint-Germain é seriamente cogitado como reforço do Barcelona neste ano, de acordo com o “Diário Sport” e “Mundo Deportivo”. Os jornais espanhóis colocam como prioridade do time catalão a chegada de Neymar. (Via Torcedores.com)

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