sábado, 30 de junho de 2018

ERA DO FUNDAMENTALISMO ECONÔMICO


Fundamentalismo econômico

Frei Betto 








O passado costuma ser conhecido por eras, como as dos coletores e caçadores, agricultores nômades e sedentários etc. Eras do cobre, do bronze, do ferro...
A antiguidade grega se destaca como era do nascimento da filosofia (embora ela tenha outra mãe além da grega, a chinesa), assim como a República romana se destaca como a era do direito.
Como a nossa contemporaneidade será conhecida no futuro? Meu palpite é que seremos conhecidos como a era do fundamentalismo econômico.
Porque todas as nossas atividades giram em torno do dinheiro. Era do business. Time is money. Do lucro exorbitante. Da desigualdade social alarmante. Do império dos bancos.
Era na qual apenas oito homens dispõem de renda superior à soma da renda de 3,6 bilhões de pessoas, metade da humanidade. Era na qual tudo tem valor de troca, e não de dom.
Esse fundamentalismo submete a política à economia. Elege-se quem tem dinheiro. Todo o projeto político é pensado em função de ajuste fiscal, redução de gastos em programas sociais, cortes orçamentários, privatização do patrimônio estatal, redução da dívida pública.
No altar das Bolsas de Valores, tudo é ofertado, em sacrifícios humanos, ao deus Mercado. É ele que, com as suas mãos invisíveis, abençoa paraísos fiscais, livra os mais ricos de pagarem impostos, eleva as cotações do câmbio, abarrota a cornucópia da minoria abastada e arranca o pão da boca da maioria pobre.
Outrora meus avós, ao despertar de um novo dia, consultavam a Bíblia. Meus pais, a meteorologia. Meus irmãos, as oscilações do mercado financeiro.
Sucateia-se o ensino público para fortalecer a poderosa rede de educação particular. Propõe-se a reforma da Previdência para desobrigar o Estado de assegurar aposentadoria e transferir o encargo aos planos de previdência privada.
A saúde há tempos está privatizada: médicos preferem fazer parto por cesariana; cirurgias desnecessárias são recomendadas; o SUS não funciona; os planos de saúde e os medicamentos têm aumentos sazonais.
O mais nefasto efeito do fundamentalismo econômico é, de um lado, a acumulação privada e, de outro, a exclusão social. Quem tem dinheiro prefere guardá-lo no banco e aplicá-lo no cassino financeiro a usufruir uma vida mais saudável e solidária.
Quem não tem padece a humilhação da pobreza, da carência de bens e direitos essenciais, do salário minguado e do desemprego.
A exclusão reforça as vias criminosas de acesso ao dinheiro e ao fetiche das mercadorias: narcotráfico, roubo, sonegação e corrupção. Agora o rei já não proclama “L’État c’est moi”. Ele brada “In Gold we trust”.


sexta-feira, 29 de junho de 2018

LIMITE DE GASTOS PARA AS ELEIÇÕES DE 2018


TSE divulga limite de gastos para as eleições 2018

Agência Brasil









Para o cargo de presidente da República o teto será de R$ 70 milhões para o primeiro turno

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o limite de gastos das campanhas eleitorais deste ano, bem como o limite quantitativo para contratação de pessoal. Para o cargo de presidente da República o teto será de R$ 70 milhões para o primeiro turno, valor que pode ser acrescido em R$ 35 milhões caso haja segundo turno.
O limite fixado às campanhas para deputado federal ficou em R$ 2,5 milhões. Para os cargos de deputados estadual ou distrital, o teto ficou fixado em R$ 1 milhão. No caso das campanhas para governadores e senadores, o limite de gastos variam de acordo com o eleitorado de cada unidade da Federação.
São Paulo, por exemplo, é a unidade federativa com maior teto de gastos para a campanha a governador (R$ 21 milhões, no primeiro turno e outros R$ 10,5 milhões em caso de segundo turno), seguido do Rio de Janeiro,  de Minas Gerais e da Bahia (14 milhões mais R$ 7 milhões em caso de segundo turno); Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (R$9,1 milhões mais R$ 4,55 milhões para o segundo turno).
Estados com população de até 1 milhão de eleitores terão seus gastos limitados a um teto de R$ 2,8 milhões, para a campanha ao governo estadual. Em caso de segundo turno, essas campanhas terão seu teto  acrescido em R$ 1,4 milhão. Informações sobre o limite de gastos para o governo das demais unidades podem ser obtidas no site do TSE.
O TSE também disponibilizou em seu portal o limite de contratações diretas ou terceirizadas de pessoal, para serviços de militância e de mobilização nas ruas, tanto para a campanha presidencial como para as de senador, deputados e governadores.
Com uma população de 9 milhões de eleitores, São Paulo é o estado que terá direito a fazer o maior número de contratações: 9.324 para as campanhas à presidência e ao Senado; 18.648 para a campanha ao governo do estado; e 6.527 para a campanha à Câmara dos Deputados.

SITUAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL NÃO É BOA


País perdeu 204 mil postos de trabalho no trimestre encerrado em maio, diz IBGE

Estadão Conteúdo








Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,3%

O Brasil perdeu 204 mil postos de trabalho em apenas um trimestre, ao mesmo tempo em que mais 115 mil pessoas migraram para o contingente de desempregados. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego passou de 12,6% em fevereiro para 12,7% em maio. O resultado só não foi mais elevado porque outros 475 mil indivíduos aderiram à população inativa no período. A população inativa alcançou o patamar recorde de 65,413 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, dentro da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
No trimestre até maio, o mercado de trabalho perdeu 351 mil vagas com carteira assinada no setor privado, em relação ao trimestre terminado em fevereiro, descendo ao menor patamar da série histórica.
O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado aumentou em 307 mil pessoas, e outros 193 mil indivíduos deixaram o trabalho por conta própria. O setor público teve aumento de 290 mil postos de trabalho em apenas um trimestre. O emprego como trabalhador doméstico diminuiu em 155 mil pessoas.

OUTRA TRAGÉDIA COM TIROS NOS EUA


Tiroteio em redação de jornal deixa vários mortos e feridos nos EUA

Agência Brasil








Segundo meios de comunicação locais uma pessoa, apontada como suspeita, foi detida

Cinco pessoas morreram e várias ficaram gravemente feridas devido a um tiroteio que aconteceu nesta quinta-feira (28) no Capital Gazette, um jornal diário em Annapolis, no estado de Maryland. A confirmação sobre o número de vítimas foi divulgada no fim da tarde pela polícia local.
Autoridades também confirmaram que um suspeito foi preso no local, mas sua identidade ainda não foi revelada.
O incidente ocorreu dentro do escritório do Capital Gazette, um jornal diário histórico da cidade. A área permanece isolada. Annápolis se localiza a 50 quilômetros na área metropolitana da capital Washington.
O governador do estado, Larry Logan, escreveu no Twitter: “Absolutamente arrasado em saber dessa tragédia em Annapolis”. Ele também pediu que a população da região atenda aos pedidos de manter distância do local.
O presidente Donald Trump escreveu no Twitter após ser informado sobre o tiroteio. “Meus pensamentos e orações estão com as vítimas e suas famílias. Obrigado a todos os primeiros socorros que estão atualmente no local”.


ENCHENTE SEM PRECEDENTES NO RIO GRANDE DO SUL DESDE O ANO DE 1941

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