terça-feira, 1 de agosto de 2017

MADURO PRESIDENTE DA VENEZUELA CRITICA AS SANÇÕES IMPOSTAS PELOS ESTADOS UNIDOS



'Traga mais sanções, Trump', diz Maduro sobre restrições impostas por Washington

Estadão Conteúdo







"Eles não me intimidam. As ameaças e sanções do império não me intimidam nem um pouco", disse Maduro em um discurso televisionado

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, minimizou as restrições econômicas impostas a ele pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um discurso na TV venezuelana, nesta segunda-feira. Maduro ainda desafiou o republicano a mandar mais sanções.

"Eles não me intimidam. As ameaças e sanções do império não me intimidam nem um pouco", disse Maduro em um discurso televisionado. "Eu não dou ouvidos a ordens do império, nem agora nem nunca... Traga mais sanções Donald Trump", desafiou.

Mais cedo, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra Maduro, na esteira da eleição de uma Assembleia Constituinte no país vizinho. De acordo com o governo americano, a constituinte tem como missão "usurpar o papel constitucional da Assembleia Nacional, que foi democraticamente eleita, ao reescrever a Constituição e impor um regime autoritário à democracia venezuelana".

O governo de Donald Trump afirmou que Maduro prosseguiu com a Assembleia Constituinte, embora venezuelanos e governos democráticos em todo o mundo tivessem se oposto ao processo, que ataca fundamentalmente as liberdades do povo venezuelano.

"Como resultado das ações de hoje, todos os recursos de Nicolás Maduro sujeitos à jurisdição americana estão congelados e os cidadãos americanos estão proibidos de lidar com ele", afirmou o Departamento do Tesouro.

(Com informações da Associated Press)

CRIME EM HAMBURGO NA ALEMANHA DE IMIGRANTE PALESTINO



Alemanha diz que suspeito de ataque era possível radical e mentalmente instável

Estadão Conteúdo









Homenagens são feitas no local do crime

Um homem palestino que matou uma pessoa a facadas e feriu outras seis em Hamburgo, na Alemanha, era suspeito de ser um radical islâmico, mas também foi considerado psicologicamente instável, disseram autoridades alemãs neste sábado (29). O suspeito é um jovem de 26 anos que não tinha documentos de identidade além de uma certidão de nascimento mostrando que nasceu nos Emirados Árabes Unidos. Ele foi rapidamente controlado pelos transeuntes e preso após o ataque de sexta-feira em um supermercado no distrito de Barmbek, em Hamburgo. O seu nome não foi revelado pelas autoridades de acordo com as leis de privacidade da Alemanha.

O motivo do ataque não foi esclarecido neste sábado, mas acredita-se que ele tenha agido sozinho e não há indícios de que tenha ligações com qualquer rede terrorista, disse o secretário de Interior do Estado de Hamburgo, Andy Grote.

Um juiz emitiu um mandado de prisão formal neste sábado que mantém o suspeito em custódia antes de possíveis acusações de assassinato e tentativa de assassinato, disse a porta-voz da Promotoria de Hamburgo Nana Frombach à agência de notícias Dpa. Ela disse que as autoridades vão avaliar na próxima semana se os procuradores federais, que lidam com casos de terrorismo na Alemanha, devem assumir o caso.

A polícia disse que o suspeito pegou uma faca de cozinha com uma lâmina de 20 centímetros de uma prateleira de supermercado na sexta-feira à tarde e esfaqueou três homens. Um deles morreu. Ele então deixou o supermercado e feriu mais três pessoas do lado de fora, nem todas com a faca. Pessoas que passavam pelo local perseguiram o agressor e conseguiram controlá-lo até a chegada da polícia. Uma outra pessoa ficou levemente ferida quando caiu no tumulto, segundo a polícia.

O suspeito chegou à Alemanha em março de 2015 após paradas na Espanha, Suécia e Noruega. O seu pedido de asilo foi rejeitado no fim do ano passado, e as autoridades estavam tentando garantir novos documentos palestinos para expulsá-lo.

Autoridades disseram que ele estava no radar como um suspeito de ser um radical islâmico, mas não como um "jihadista". Um amigo do suspeito teria alertado as autoridades sobre mudanças, dizendo que ele parou de beber álcool e começou a falar sobre o Alcorão, disse Torsten Voss, chefe da filial de Hamburgo da agência de inteligência nacional da Alemanha. Os oficiais entrevistaram o jovem e tiveram a impressão de que ele era uma "personalidade desestabilizada", mas não representava perigo imediato, segundo Voss. "Nós o avaliamos como alguém que era psicologicamente instável mas sem motivações extremistas islâmicas claras", disse Voss, em entrevista coletiva. Uma busca do quarto do homem em um centro de requerentes de asilo não localizou armas.

TEMER CONVOCA A TROPA DE CHOQUE PARA BARRAR A DENÚNCIA CONTRA ELE



Doze ministros devem reassumir mandatos na Câmara para votar contra denúncia

Estadão Conteúdo










Nesta terça-feira Temer pretende participar de um almoço com a bancada ruralista em busca de mais apoio

Doze ministros do governo que são deputados licenciados devem reassumir os mandatos na Câmara para ajudar a barrar, no plenário, a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, apresentada pela Procuradoria-Geral da República. A votação está marcada para quarta-feira, 2, e o presidente tem passado os últimos dias em demoradas articulações políticas, que incluem distribuição de cargos e emendas parlamentares, pedindo apoio para se manter no cargo.

Nesta terça-feira, por exemplo, Temer pretende participar de um almoço com a bancada ruralista. A Frente Parlamentar pela Agropecuária reúne 209 deputados. Para que a denúncia contra Temer seja aceita são necessários 342 votos - dois terços dos parlamentares - e, mesmo com traições na base aliada, o governo acredita que conseguirá derrotar a oposição. Pelos cálculos do Palácio do Planalto, o presidente tem hoje o apoio de aproximadamente 240 dos 513 deputados.

Temer jantou no sábado com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que, após as delações da JBS, está sendo investigado pelos crimes de obstrução de Justiça e corrupção passiva. O presidente reforçou o apelo para que o dividido PSDB fique a seu lado na votação de quarta-feira. Dos 46 deputados do PSDB, porém, pelo menos 26 votarão pela aceitação da denúncia contra Temer.

Alvo de novo pedido de prisão apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Aécio se comprometeu a tentar reverter votos na seara tucana, conversando com deputados de Minas para pedir que ajudem Temer a barrar a denúncia. O PSDB ocupa hoje cinco ministérios. Apesar do discurso oficial do governo de que punirá os infiéis, a avaliação reservada é a de que, virada a página da primeira denúncia, o governo precisará do partido de Aécio para tentar aprovar a reforma da Previdência no Congresso.

A dois dias da votação da denúncia de Janot no plenário da Câmara, Temer continuou, nesta segunda-feira, recebendo representantes de bancadas que têm demandas a apresentar ao governo, a exemplo do que fez na semana passada. Na lista estavam parlamentares indecisos, como o deputado Roberto Góes (PDT-AP). Ele se encontrou com Temer em audiência com a presença do governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e do também deputado Cabuçu Borges (PMDB-AP), que vota com o Planalto.

Na contabilidade do governo há entre 30 e 40 deputados que se dizem indecisos. Por isso mesmo, além de pedir aos ministros-parlamentares que reassumam seus mandatos temporariamente na Câmara, Temer quer que todos mobilizem as bancadas de seus Estados e de seus partidos para garantir não só o maior número de votos a seu favor como, no mínimo, a presença em plenário para dar quórum à sessão, mesmo se o parlamentar se abstiver.

Os doze ministros que devem reassumir suas cadeiras na Câmara para ajudar Temer são Antônio Imbassahy (Governo), Bruno Araújo (Cidades), Fernando Bezerra Coelho Filho (Minas e Energia), Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Mendonça Filho (Educação), Ricardo Barros (Saúde), Helder Barbalho (Integração Nacional), Leonardo Picciani (Esporte), Marx Beltrão (Turismo), Maurício Quintella (Transportes), Sarney Filho (Meio Ambiente) e Ronaldo Nogueira (Trabalho).

Ao mesmo tempo em que faz de tudo para escapar da denúncia apresentada por Janot, Temer está recorrendo a agendas positivas, com o objetivo de mostrar que o governo não está parado. Para esta terça-feira, por exemplo, o presidente programou uma cerimônia no Planalto com a presença dos ministros da Educação e da Saúde, a fim de anunciar a abertura de novos cursos e vagas em Medicina.

Embora saiba que uma contagem mais precisa dos votos que terá no plenário da Câmara somente será possível na própria quarta-feira, Temer fez, na noite desta segunda-feira, mais uma rodada de reuniões com sua "tropa de choque" para checar os números. No Congresso, a contabilidade está a cargo de Beto Mansur (PRB-SP), que virou uma espécie de braço direito do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Assessores do presidente lembram que, até a votação, os dias de trabalho serão cada vez mais longos no Planalto.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 01/08/2017



O preço da tropa

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 








O Governo federal vai gastar R$ 1,5 milhão por dia para manter as tropas do Exército no Rio de Janeiro até 31 de dezembro, revelou o presidente Michel Temer a seleto grupo ontem, em visita à cidade. Serão, por baixo, R$ 225 milhões até o fim do ano apenas para patrulhar a cidade e dar uma sensação de segurança aos cariocas e visitantes. Não é a primeira vez que o Exército toma as ruas da capital pela ordem. Foi assim no complexo do Alemão, há seis anos, e pelo visto sem resultados.
Desatenção 
O governador do Rio, Luiz Pezão, recebeu e encaminhou pelo whatsapp fotos de PMs distraídos, flagrados mexendo nos celulares em diferentes pontos, até numa favela.

Alerta no QG
Pezão mandou as fotos para o comandante-geral da PM e para o secretário de Segurança. Discute-se no Palácio proibir soldados de saírem do QG com celular.

Patriotas
Jair Bolsonaro condicionou sua filiação ao PEN à mudança de nome, antecipou a Coluna nas redes sociais no domingo. Estuda-se ‘Patriotas’ ou a volta do ‘PRONA’.

Drible
O futuro ex-PEN pode se coligar com o PTB nos Estados. Bolsonaro atira verbalmente, mas cuida de si. Não será surpresa para próximos se ele disputar o Governo do Rio.

Voo solo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já trata abertamente com aliados sobre eventual candidatura a presidente. Ele recebeu há dias no Palácio Bandeirantes o líder do PTB regional, o deputado estadual Campos Machado, que prometeu apoio ao tucano.

Reforço
Na contrapartida, Campos Machado revelou a Alckmin que o PTB paulista não descarta lançar candidato próprio ao Governo. A legenda foi a que mais cresceu em números de prefeitos e vices em São Paulo na eleição de 2016.

Escola Dória
João Dória Jr fez escola. O milionário Vittorio Medioli, ítalo-brasileiro eleito prefeito de Betim, na grande BH, abre mão do salário desde janeiro. E como empresário estreante na política, desponta como potencial candidato ao Governo de Minas.
Dono de si
O presidente Temer tem, hoje, 240 votos seguros no plenário da Câmara para evitar que a denúncia do PGR Janot chegue ao STF. Precisa de no mínimo 173.

Venezuela aqui
Um grupo de imigrantes venezuelanos sem-teto chegou a Brasília, e fez manifestação pacífica com bandeiras e pedido de socorros em semáforos da capital neste domingo.

Venezuela aqui 2
Mais de 120 venezuelanos estão acampados na rodoviária de Manaus e redondezas. As mulheres ou se tornam faxineiras ou se prostituem, por R$ 80 o programa.

2022
Cacique político que circula pelo Poder desde que Dom Pedro II soltava pipa crava que Marcelo Crivella (PRB) – pelo centro-esquerda – e o tucano João Dória (centro-direita) vão polarizar as apostas para o Palácio do Planalto em 2022. Se não forem abatidos.

Olho do cão 
A Transbank, empresa de malotes, foi condenada a pagar R$ 35 mil de indenização por danos morais a um ex-conferente que era obrigado a ficar nu, segundo relatou, na frente de dois vigias e um cão pitbull. A decisão foi do Tribunal Superior do Trabalho.

Chegou a conta
O tamanho do prejuízo da Lava Jato para Lula da Silva, condenado em 1ª instância: desde ano passado não aparecem convites para palestras no exterior.

Bispos & Poder
O bispo de Umuarama (PR), que tem citado salmos relacionados à política nos sermões, é Dom João Mamede Filho. Dom José Maimone é o bispo emérito da diocese.